Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam características
novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Que em seu plano ideológico afirmava que a civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente. As teorias sobre as diferentes raças humanas surgiram inicialmente no final do século XVIII e início do século XIX, tendo como autor principal Joseph Arthur de Gobineau, o “pai do racismo moderno”, surgiram como forma de tentar justificar a ordem social que surgia à medida que países europeus tornavam-se nações imperialistas, submetendo outros territórios e suas populações ao seu domínio.
O Darwinismo Social pode ser definido como a transposição da teoria da evolução
das espécies e da seleção natural do terreno da ciência natural para a realidade sociocultural. Na seleção natural percebemos que o organismo mais forte sempre é o selecionado. Dentes as varias consequências do Darwinismo Social podemos citar, as políticas de segregação racial do século XX.
Os movimentos separatistas - regionais, religiosos e étnico-nacionais - são marcas
que reordenam os territórios pertencentes a diversas sociedades mundiais. Em alguns países, grupos étnico-nacionais diferentes convivem tranquilamente, enquanto que, em outros, há sérios conflitos e movimentos sociais que acabam redefinindo os territórios. Um exemplo é a África do Sul, que, ao longo dos anos de 1980 e de 1990, com a questão do Apartheid, teve vários conceitos associados a essa barreira ideológica. Nesse precisamos compreender alguns conceitos primordiais que são:
Muro Anti-imigração - É contrário(a) ao espírito de cooperação, contraponto da
relação bilateral em seu conjunto, e prevalece para garantir a segurança na fronteira, gerando um clima de tensão entre as comunidades fronteiriças.
Identidade étnico-cultural - Está associado(a) a determinadas formas de
organização social que surgem e se desenvolvem através da experiência de grupos humanos identificados por crenças, normas, idiomas e técnicas, aprovadas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Etnia - É constituído(a) por comunidades diferenciadas pela cor da pele, por uma cultura específica e pela origem em uma dada população nacional.
Etnocentrismo - Trata-se de uma avaliação pautada em juízos de valor daquilo que
é considerado diferente. Por exemplo, enquanto alguns animais como escorpiões e cães não fazem parte da cultura alimentar do brasileiro, em alguns países asiáticos estes animais são preparados como alimentos, sendo vendidos na rua da mesma forma como estamos habituados aqui a comer um pastel ou pipocas. Assim, o que aqui é exótico, lá não necessariamente o é. Outro exemplo, para além da comida, é a vestimenta, pois, tomando como base o costume do homem urbano de qualquer grande centro brasileiro, certamente a pouca vestimenta dos índios e as roupas típicas dos escoceses – o chamado kilt – são vistas com estranheza. Da mesma forma, um estrangeiro, ao chegar ao Brasil, vindo de um país qualquer com muita formalidade e impessoalidade no trato, pode, ao ser recepcionado, estranhar a cordialidade e a simpatia com que possivelmente será tratado, mesmo sem ser conhecido.
A manutenção da identidade de um grupo está relacionada com o cultivo de
aspectos culturais, desta forma os costumes e as tradições, como comemorações que evocam as memórias coletivas ou reforçam mitos que constituem o arcabouço interpretativo do grupo.