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21-01-2012

Dois tipos de teorias Vontade boa

1) Teorias deontológicas - o
Devido aos conflitos entre as disposições a vida ética
critério para avaliar a
é uma luta
moralidade das acções é o
seu respeito pelos princípios
Kant propõe como ideal moral o esforço para transformar a
2) Teorias consequencialistas – o vontade dividida e imperfeita numa vontade boa, isto é, numa
critério para avaliar a vontade que se determine a agir por dever
moralidade das acções são
as suas consequências Só a escolha do dever por dever permite transformar a vontade
numa vontade boa

As leis da razão e as leis da natureza


valem universalmente Enunciado do Imperativo Categórico

As leis naturais são descritivas Age apenas segundo uma máxima tal
– dizem como a natureza funciona que possas, ao mesmo tempo, querer
que ela se torne lei universal

As leis morais são prescritivas (normativas) • É uma ordem incondicional


– prescrevem um comportamento
– são incondicionais e absolutas • Impõe a acção como necessária, fim
– são um imperativo categórico (uma ordem incondicional) em si mesma

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Imperativo categórico Fundamento e critério de moralidade


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Significa que
Perguntas Segundo Kant
• A regra particular (máxima) que seguimos deve poder ser aceite por O fundamento da moralidade é a
todos os seres racionais – universalização • qual o racionalidade, i.e. , a autonomia da
fundamento da vontade
moralidade das
• A universalização da máxima garante a imparcialidade e a acções? Isso implica:
independência do agente em relação aos seus interesses particulares • cumprimento do dever por dever
• qual o critério
• independência face às disposições
• A universalização da máxima torna-a acção boa (moral) para avaliar a
sensíveis
moralidade das
acções? • opção pela personalidade

Organograma conceptual
Uma teoria deontológica
a ética racional de KANT
Uma teoria consequencialista:
a ética utilitarista de Stuart Mill
Ser Humano
Disposição para a Disposição para a Disposição para a
animalidade ► ◄ humanidade ► ◄ personalidade

acção legal lei moral racional


↓ imperativo categórico

cumpre a lei dever SUMÁRIO


o móbil são as inclinações sensíveis acção moral (por dever)
Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade
autonomia
acção por interesse, não por dever Distinção qualitativa do prazer e do sofrimento (dor)
vontade boa Ideal moral: a felicidade global
Ser Humano (pessoa
pessoa)
pessoa
fim em si mesmo

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Princípio da Utilidade ou da
Maior Felicidade Prazeres físicos / prazeres espirituais

Prazeres físicos Prazeres espirituais


Uma acção é boa quando promove a felicidade
A felicidade é “única coisa desejável como fim” e, Ligados a necessidades
por isso, boa em si mesma Os prazeres sensoriais ligados intelectuais, sociais, morais
às necessidades somáticas, estéticas
como beber, comer, sexo.
A felicidade é um estado de bem-estar, de prazer (ex.: apreciar um pôr-do-sol,
uma obra de arte, descobrir e
e ausência de dor ou sofrimento
criar, partilhar afectos ou
conhecimentos, ajudar os
outros)

Tábua de valores de Stuart Mill


Refutação das críticas:
o Utilitarismo Conclusão do utilitarismo de Stuart Mill
É preferível um Homem insatisfeito a um porco satisfeito
a) Propõe um ideal moral: a felicidade de todos
Argumentos os Homens, e não apenas a própria
dos críticos • A finalidade da moralidade é a felicidade
b) Identifica o imperativo moral utilitarista com
o mandamento cristão não faças aos outros • O critério de moralidade das acções (o que torna uma
Alguns críticos o que não gostarias que te fizessem a ti acção boa) é a sua utilidade, o seu contributo para criar
argumentaram que e ama o teu próximo como a ti mesmo a maior felicidade
a teoria utilitarista era
c) Indica um ideal jurídico-político:: o bem comum
uma teoria que defendia
ou a felicidade global
• Fazer uma opção moral exige inventariação e avaliação
o egoísmo ético que só das consequências possíveis para se poder escolher
procurava a felicidade
a que previsivelmente produzirá mais felicidade
d) Sugere um ideal pedagógico:: a formação ou bem-estar
própria de indivíduos solidários, empenhados
em promover o bem comum e a felicidade
de todos

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Organograma conceptual
Organograma conceptual
Duas teorias: Kant e Stuart Mill
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Uma teoria consequencialista Teoria deontológica: KANT Teoria consequencialista: S. MILL
A ética utilitarista de Stuart Mill o valor moral das acções depende o valor das acções depende das
do respeito pelos princípios, não consequências
das consequências
Princípio da Utilidade ou Princípio da Maior Felicidade
É boa a acção que trouxer maior felicidade para o maior número
regra com carácter é relativa, não exige fidelidade
A felicidade é o prazer e a ausência de dor, os únicos fins desejáveis
Fundamento
Lei moral ade
leiobjectividade universal
moral e o dever pelo dever aautilidade ou ode
um conjunto Princípio
andamentos
da moralidade (a vontade boa)
e necessária. Toma a forma da
ouMaior
regrasFelicidade
inflexíveis
Concepção qualitativa do prazer Princípio da imparcialidade do Imperativo Categórico

por valorizar os princípios defende a imparcialidade,


prazeres espirituais Critério as consequências
ligados à inteligência
prazeres sensoriais ter em conta a felicidade própria omorais não faz depender
cumprimento do dever ou a o altruísmo e a felicidade global
ligados ao corpo e a de todos os outros de avaliação
Vantagens a moralidade de circunstâncias previsíveis: acçãoeboa
como ideal moral é
político.
e ao conhecimento da moralidade universalização da máxima como
particulares; opõe-se aValoriza
que trazosmais felicidade
efeitos práticos
regra da acção
à instrumentalização da pessoa da acção
global
Imperativo moral
age sempre de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas
apor prescrever o respeito
autonomia por subordinar a moralidade ao critério
Critério de moralidade Objecções
Fim da da utilidade, pode pôr em causa
absoluto
(a pela normal,
opção pela pode
lei que a razão dá
as consequências previsíveis da acção moralidade os direitos individuais e legitimar
alegitimar consequências
si mesma): funestas
transformação a felicidade global
para o indivíduo a instrumentalização dos indivíduos
Acção moral ou boa da vontade numa vontade boa
é a acção que traz mais felicidade ao maior número de pessoas

Dimensão ética do Ser Humano >>> >>> Dimensão ética do Ser Humano
Decisão – Acção
Dimensão ética do agir A consciência opta e o indivíduo age
Ser social o domínio da acção voluntária e intencional orientada Ser moral ↓
(cidadão) por princípios, visando a dignificação e o (pessoa)
aperfeiçoamento dos seres humanos
→ ↓ ← Fundamentos da moral
Justificação e critério de moralidade
Ética ↓ ↓
reflexão sobre os princípios e valores que legitimam os códigos morais
Uma teoria deontologica Uma teoria consequencialista
↓ Ética Racional de Kant Utilitarismo de Stuart Mill

Moral Fundamento da moralidade Fundamento da moralidade


códigos e regras morais estabelecidos por um grupo, sociedade ou cultura A lei moral e o dever como fim em si Princípio da Utilidade ou da Maior
↓ mesmo (a vontade boa) Felicidade
↓ ↓
Norma Consciência moral Intenção
regras Capacidade interior de orientação Julgamento íntimo de Critério da moralidade das acções Critério da moralidade das acções
estabelecidas e avaliação da acção com base em cada um sobre o que O cumprimento do dever por dever As consequências da acção: felicidade ou
socialmente ← princípios. Dimensão autónoma de é permitido ou (o respeito absoluto pela lei universal) infelicidade para o maior número
determinação da acção ← proibido

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