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Escola Superior de Relações Internacionais

Universidade Joaquim Chissano

Estudante: Wesla Franco Nhone

Como as empresas multinacionais contribuem para o desenvolvimento da globalização.

A globalização produtiva ocorreu com o crescimento e a expansão das multinacionais. Elas estão
presentes em todos os países do mundo e atualmente passam por incorporações e fusões, com a
ampliação do seu ramo de atuação. Várias multinacionais industriais apresentam lucro maior no
setor financeiro que na produção industrial.

A Globalização da produção é dirigida em grande medida por empresas Multinacionais, razão


pela qual constituem um dos principais actores da Globalização. As formas de actuação das
empresas Multinacionais variam muito em função de diversos factores, designadamente: a
proporção de actividade económica no estrangeiro; a quantidade de países em que operam; a
quantidade de empresas subsidiárias; o grau de internacionalização da propriedade do capital; o
nível de internacionalização das actividades centrais de gestão, administração e investigação; os
sectores de actividade económica em que operam, etc.

Fusões e alianças entre empresas

Mais recentemente, as empresas multinacionais têm multiplicado as fusões e as alianças entre si,
designadamente através de acordos que envolvem transferências de tecnologias, transferências
de licenças de produção, partilhas no fabrico de componentes e processos de montagem, partilha
de mercados, etc.

Muitas vezes, e de forma tendencialmente crescente, a segmentação e a deslocalização do


processo produtivo concretiza-se de forma indirecta, ou seja, por intermédio de subcontratações,
processos de cooperação e alianças entre empresas, licenças de produção, regimes de
franchising, etc. Na era da Globalização económica, o capital e as empresas deixam
frequentemente de ter rosto e de estar ancorados em determinado país. As empresas actuam no
espaço mundial (em termos de produção, comercialização e mesmo de gestão e organização) e o
seu património é pertença de uma multiplicidade de accionistas com origem em diversos países.
Neste sentido, como a formação do capital já não se circunscreve a fronteiras nacionais, a
territorialidade do capital é frequentemente impossível de identificar. Esta é uma das razões que
leva alguns autores a preferir qualificar como transnacionais as empresas e os capitais, em
detrimento da expressão multinacional. Por outro lado, importa sublinhar que os processo de
deslocalização produtiva e de subcontratação já não se limitam apenas à indústria transformadora
e aos trabalhos menos qualificados, encontrando-se cada vez mais também no sector dos
serviços.

Deslocalização de Serviços

Em síntese, o processo de Globalização não se limitou a implementar a deslocalização de


segmentos produtivos intensivos em mão-de-obra indiferenciada, mas parece estar em vias de
evoluir para deslocalizações produtivas que requerem trabalho qualificado e altamente
qualificado. De qualquer modo, pelo menos por enquanto, um amplo e importante conjunto de
actividades produtivas, designadamente ao nível da investigação, da concepção e da produção
altamente qualificada, tem-se mantido bastante enraizado nas economias avançadas do mundo
ocidental, embora tais actividades se tenham tornado estreitamente ligadas a outras actividades
produtivas localizadas noutras regiões do mundo.

Referencias bibliográficas

 BARRETO, António (org.) (2005), Globalização e Migrações, Viseu, Imprensa de


Ciências Sociais
 AUER, Peter, Geneviève BESSE e Dominique MÉDA (eds.), (2005), Offshoring and the
Internationalization of Employment - A challenge for a fair globalization? International
Labour Organization (International Institute for Labour Studies), Genève
 BAGANHA, Maria Ioannis, João FERRÃO e Jorge MALHEIROS (coord.s) (2002), Os
Movimentos Migratórios Externos e a sua Incidência no Mercado de Trabalho em
Portugal, Lisboa, Observatório do Emprego e Formação Profissional
 BONAGLIA, Federico, Andrea GOLDSTEIN (2006), Globalização e Desenvolvimento,
Lisboa, Editorial Presença

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