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Indice

1 Introdução..............................................................................................................................................1
2.Metodologia.............................................................................................................................................2
3.Objectivos................................................................................................................................................2
3.1. Objectivo geral................................................................................................................................2
3.2. Objectivos específicos.....................................................................................................................2
4. Vida e Obra de Albert Bandura...........................................................................................................3
5. Aprendizagem Observacional...............................................................................................................4
5.1. Quem Imita Quem?........................................................................................................................4
6. Estágios da aprendizagem observacional.............................................................................................5
6.1. Processos de aquisição....................................................................................................................5
6.2.Processos de aceitação.....................................................................................................................6
6.3.Processos de consequências.............................................................................................................6
7. Conclusão...............................................................................................................................................7
8. Referencias Bibliográficas.....................................................................................................................8

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1 Introdução

Na metade do século atual, o comportamentalismo era claramente a perspectiva dominante


dentro da psicologia nos Estados Unidos: Nas mãos de teóricos como Skinner, as tendências
e as representações internas eram descartadas. Entretanto, Bandura acreditava que os
estímulos ambientais eram uma base inadequada para explicar o comportamento humano.
Argumentava que o comportamento humano só podia ser compreendido em termos de uma
interação recíproca entre estímulos externos e cognições internas. Mantendo a convicção de
que, dentro dos limites impostos pela biologia, a aprendizagem explica a aquisição e a
manutenção do comportamento humano. Mas essa aprendizagem só pode ser compreendida
em um contexto social, e baseia-se na crença da importância causal da cognição. No presente
trabalho iremos abordar sobre a teoria da aprendizagem observacional de Albert Bandura,
como o mais proeminente dos teóricos da aprendizagem Observacional, Albert Bandura
acredita que os princípios de aprendizagem são suficientes para explicar e predizer o
comportamento e a mudança comportamental. Ele centralizou sua atenção ao que as teorias
anteriores da aprendizagem prestaram uma atenção insuficiente não só ao contexto social,
mas também ao fato de que muitas aprendizagens importantes ocorrem indiretamente. Isto é,
ao observar o comportamento dos outros, os indivíduos aprendem a imitar aquele
comportamento ou de alguma maneira modelam-se de acordo com os outros.

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2.Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho o grupo recorreu a uma pesquisa bibliográfica de obras
publicadas em sites da internet, sendo artigos científicos e livros em formato “PDF” que
apresentam em detalhes a teoria da aprendizagem observacional de Albert Bandura.

3.Objectivos

3.1. Objectivo geral


 Apresentar a teoria da aprendizagem observacional de Albert Bandura

3.2. Objectivos específicos


 Abordar sobre a obra de Albert Bandura;
 Compreender a aprendizagem observacional;
 Identificar os processos da aprendizagem observacional.

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4. Vida e Obra de Albert Bandura

Psicólogo norte-americano, nascido em 4 de dezembro de 1925, Bandura estudou psicologia


clínica na Universidade de Iowa e lá recebeu seu Ph.D., em 1952. Em Iowa. Após um ano de
pós-doutorado em clínica, Bandura aceitou, em 1953, um cargo na Universidade de Stanford,
onde atualmente é David Starr Jordan Professor of Social Science.
Bandura foi chefe do Departamento de Psicologia de Stanford e em 1974 foi eleito presidente da
Associação Psicológica Americana. Ele recebeu o Distinguished Scientist Award da Divisão de
Psicologia Clínica da Associação Psicológica Americana o Distinguished Scientific Contribution
Award da Associação da International Society for Research on Agression. Bandura apresentou
sua teoria em uma série de livros. Com Richard Walters como autor júnior, Bandura (1959)
escreveu Adolescent Agression, uma análise do desenvolvimento da personalidade de um grupo
de meninos delinquentes de classe média, seguido por Social Learning and Personality
Development (1963), um volume em que ele e Walters apresentaram os princípios de
aprendizagem social que tinham desenvolvido.
Em 1969, Bandura publicou Principles of Behavior Modification, em que relata a aplicação de
técnicas comportamentais baseadas em princípios de aprendizagem, e em 1973 ele publicou
Agression: A Social Learning Analysis. Social Learning Theory (1977b), em que Bandura “tenta
apresentar uma estrutura teórica unificada para analisar o pensamento e o comportamento
humanos” Foundations of Thought and Action (1986) oferece um tratamento mais detalhado da
teoria. Além desses relatos teóricos, Bandura e seus alunos contribuíram com uma longa série de
artigos empírico.
Poucas das pessoas interessadas na personalidade tentaram incorporar o fenômeno da
aprendizagem observacional às suas teorias da aprendizagem. Bandura tentou não somente
reparar essa negligência, mas também estender a análise da aprendizagem observacional além
dos limitados tipos de situações que já haviam sido considerados. O artigo de 1974 de Bandura,
“Behavior Theories and the Models of Man”, apresenta um sumário relativamente sucinto de seu
ponto de vista: “As nossas teorias foram incrivelmente lentas em reconhecer que o homem pode
aprender também pela observação, além de pela experiência direta... A forma rudimentar de
aprendizagem baseada na experiência direta foi exaustivamente estudada, ao passo que o modo
de aprendizagem pela observação, mais disseminado e eficiente, é grandemente ignorado. É
necessária uma mudança de ênfase.” (p. 863)
A carreira de Bandura foi dedicada a encorajar essa mudança.
Bandura morreu em 26 de julho de 2021 em Stanford, aos 95 anos de idade, de insuficiência
cardíaca.

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5. Aprendizagem Observacional

Bandura (1962, 1977b, 1986) propõe que uma maneira fundamental de os humanos adquirirem
habilidades e comportamentos é observar o comportamento dos outros. A aprendizagem
observacional, A observação de outros “abrevia” a aprendizagem. “Se tivesse que se basear
exclusivamente nas suas próprias ações para aprender, a maioria de nos não sobreviveria ao
processo da aprendizagem” (Kiester e Cudhea, 1974).
O âmbito da aprendizagem por observação vai além da mimica perfeita ou imitação. Em muitos
casos, as pessoas extraem ideias gerais, o que lhes permite ir muito além daquilo que veem e
ouvem (Bandura, 1976; Berkowitz, 1984). Embora provavelmente não usemos as expressões
exatas usadas pelos nossos pais, é muito provável que tenha adquirido alguns padrões sociais
deles, talvez um estilo de lidar com a raiva, de resolver problemas, de interagir com membros do
sexo oposto ou de comportamento maternal ou paternal.
Os modelos tem vários outros efeitos notáveis diminuindo inibições, nos tornando mais
propensos a fazer coisas que já sabemos como fazer mas jamais fizemos antes. Alem disso, ver
repetidas ações se um modelo é dessensibilizante. Condutas que de princípio perturbam ou
sobressaltam, como a violência, perdem o impacto mediante exposição

5.1. Quem Imita Quem?

Quando alguém imita um cachorro da casa, vira notícia de jornal. Por isso as pessoas tendem a
ser seletivas na escolha de seus modelos.
Por meio de estudos experimentas, os psicólogos identificaram qualidades que modelos
frequentemente tem. Imitamos pessoas que parecem bem-sucedidas, glamourosas, poderosas ou
que tenham alto status, imitamos também indivíduos com os quais nos identificamos, aqueles do
mesmo sexo e de faixa etária, nível socioeconómico, nível de instrução e valores semelhantes. E
a quantidade também influi. As crianças por exemplo, são mais propensas a imitar vários
modelos com comportamentos semelhantes do que um único modelo (Fehrenbach 1979).
A responsabilidade ao poder de um determinado modelo é influenciada pelo estado emocional e
o estilo de vida do aprendiz. O despertar moderado de emoções, provenha ele de medo, raiva ou
outro sentimento, parece aumentar a suscetibilidade à aprendizagem por observação. Alem disso

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as pessoas tendem a imitar comportamentos compatíveis com seu estilo de vida (Bandura e
walters, 1963)

6. Estágios da aprendizagem observacional


A aprendizagem por observação requer quatro fazes (Bandura 1971): Exposição, Aquisição,
aceitação e consequências.
Processos de Exposição
As pessoas não vão aprender nada a menos que sejam expostas a certa situação e prestem
atenção a aspectos significativos do comportamento a ser modelado e que os percebam
acuradamente. É mais provável que prestemos atenção a comportamentos relevantes, simples e
que prometam ter algum valor funcional. Em consequência, um modelo vívido, atraente,
competente e visto repetidamente tende a chamar mais a nossa atenção. Além disso, o que uma
pessoa nota é influenciado por sua base de conhecimento e orientação atual.
As características dos observadores também determinam quanto comportamento imitativo vai
ocorrer em uma dada situação. As crianças extremamente dependentes, por exemplo, são mais
influenciadas pelo comportamento de um modelo do que as menos dependentes (Jakubczak &
Walters, 1959). As características do modelo e do observador em geral determinam, juntas, o que
vai ocorrer.
Um estudo especialmente informativo mostrando a interação entre modelo e observador foi
realizado por Hetherington e Frankie (1967) com crianças pequenas e seus pais. Observando os
pais, os investigadores primeiro determinaram o grau de carinho e cuidado que cada um
expressava em relação à criança e qual progenitor era dominante em termos dos cuidados à
criança. Subsequentemente, a criança observava cada progenitor brincar com brinquedos e jogos
fornecidos pelos investigadores, e logo depois permitia-se que ela brincasse com os mesmos
materiais. Era então registrada a quantidade de comportamento imitativo da criança. As crianças
de ambos os sexos tendiam muito mais a imitar um progenitor carinhoso e cuidadoso do que um
frio ou punitivo, mas o maior efeito foi encontrado nas meninas cujas mães eram carinhosas. O
progenitor dominante também provocava mais comportamentos imitativos, mas quando o pai era
dominante, as meninas imitavam mais a mãe do que o pai.

6.1. Processos de aquisição

As respostas do modelo são activamente armazenadas na memória, o comportamento não pode


ser reproduzido a menos que o lembremos por meio de uma codificação simbólica. A retenção
do comportamento observado depende principalmente das imagens mentais e das representações
verbais. A memória pode ser aumentada pela organização do material e pelo ensaio. O material
retido geralmente é transformado para corresponder a algum conhecimento ou expectativa
existente por parte do aprendiz.

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6.2.Processos de aceitação

O aprendiz precisa ser capaz de reproduzir o comportamento que foi observado. Um


comportamento observado, independentemente de quão bem é lembrado, não pode ser encenado
sem as necessárias habilidades e capacidades. Às vezes, os problemas de produção decorrem de
uma falta das habilidades cognitivas ou motoras necessárias, mas muitas vezes refletem a falta de
feedback da pessoa a respeito daquilo que realmente está fazendo. Isso é verdade na
aprendizagem de muitas habilidades atléticas, mas também é um problema frequente nos
comportamentos sociais. Pode ser extremamente informativo, e perturbador, ver ou ouvir fitas
gravadas do nosso comportamento. Tentativa e erro, prática e feedback, todos contribuem para
aquilo que geralmente é um processo gradual de traduzir conhecimento.

6.3.Processos de consequências
A conduta do aprendiz resulta em consequências que virão fortalece-lo ou enfraquece-lo. Em
outras palavras, ocorre o condicionamento operante.

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7. Conclusão

Bandura discorda das abordagens de aprendizagem à personalidade que extraem seus princípios
exclusivamente de estudos de organismos simples em um ambiente impessoal, ou que retratam o
comportamento humano como sendo passivamente controlado por influências ambientais. Com
isto concluímos que o ser humano é capaz de pensamento e de autorregulação, que lhe permitem
controlar seu ambiente tanto quanto ser moldado por ele. Além disso, muitos aspectos do
funcionamento da personalidade envolvem a interação do indivíduo com outros, de modo que
uma teoria adequada da personalidade precisa levar em conta o contexto social em que o
comportamento é originalmente adquirido e continua sendo mantido.
A intenção de Bandura é ampliar e modificar a teoria tradicional da aprendizagem,
desenvolvendo princípios de aprendizagem social. Conforme Bandura descreve:
“A teoria da aprendizagem social explica o comportamento humano em termos de uma interação
recíproca contínua entre determinantes cognitivos, comportamentais e ambientais. No processo
de determinismo recíproco, está a oportunidade de as pessoas influenciarem seu destino e os
limites da Auto direção. Essa concepção do funcionamento humano, então, não lança as pessoas
ao papel de objectos impotentes controlados por forças ambientais, nem ao papel de agentes
livres que podem-se tornar o que quiserem. A pessoa e o seu ambiente são determinantes
recíprocos um do outro” (Bandura, 1977).

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8. Referencias Bibliográficas

Calvin S. Hall, Gardner Lindzey, John B. Campbell. (2000) Teorias da personalidade.


Linda L. Davidoff (2001) Introdução a psicologia: Terceira Edição. Bandura, A. (1962).
Social learning through imitation. Nebraska symposium on motivation.
Bandura, A. (1965). Influence of models’ reinforcement contingencies on the acquisition
of imitative responses. Journal of Personality and Social Psychology.

Bandura A. (1985). Trabalho apresentado no encontro anual da American association for


the advancement of science. Los Angeles

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