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1.

INTRODUÇÃO

Motivar os empregados para alcançar altos níveis de satisfação, desempenho e produtividade,


constitui o ponto central da Psicologia do Trabalho. Muitos autores vêm contribuindo nesse
sentido, formulando teorias, definindo conceitos e situações motivadoras, interpretando
comportamentos e atitudes, estabelecendo metas e objetivos no processo motivacional e
propondo modelos e planos de ação, embora apresentando diversidade nos seus pontos de vista.
Apesar das divergências de opinião, pode-se observar que existe consenso generalizado em
considerar o fenômeno da motivação, representado por um processo de tomada de decisões que,
na situação de trabalho, leva os indivíduos a executarem suas tarefas e a desempenharem suas
atribuições na medida de suas melhores capacidades e esforços. A compreensão desse fenômeno
permitirá, às organizações, chegarem a determinações mais efetivas e acertadas em suas
decisões, no sentido de que as mesmas sejam tomadas com melhor conhecimento de seus
recursos e de seu eficaz aproveitamento, com previsão de seus resultados.

O presente trabalho consta de uma breve revisão sobre o tema em estudo, destinada a contribuir
para melhor interpretar as principais tendências atuais que vigoram neste importante campo do
conhecimento. Para esse fim, podemos agrupar os modelos teóricos propostos em "teorias de
conteúdo" e "teorias de processo", classificação sugerida por Tribett e Rush (1984), a qual
tomamos como esquema de referência em nossa análise. As primeiras partem da determinação
das necessidades humanas para explicar o fenômeno motivacional, identificando
conseqüentemente o comportamento dirigido à satisfação das mesmas, mas sem entrar em
cogitação sobre as operações psicológicas, tanto conscientes como insconscientes, que o
processo envolve. Estas teorias se caracterizam pela ênfase que atribuem à identificação dos
diferentes tipos de necessidades e aos métodos utilizados na sua satisfação, partindo do suposto
de que um empregado satisfeito é um empregado produtivo, e também pela natureza intrínseca
de certos motivos: a recompensa virá da satisfação que proporciona o trabalho em si mesmo.
Contribuições Teóricas Sobre Motivação E Suas Implicações pedagógicas

1. Pensadores

David Ausubel

Segundo Ausubel, a aprendizagem significativa no processo de ensino necessita fazer algum


sentido para o aprendiz e, nesse processo, a informação deverá interagir e ancorar-se nos
conceitos relevantes já existentes na estrutura do aluno. O autor entende que a aprendizagem
significativa se verifica quando o banco de informações no plano mental do aluno se revela,
através da aprendizagem por descoberta e por recepção. O processo utilizado para as crianças
menores é o de formação de conceito, envolvendo generalizações de interesses específicos para
que, na idade escolar já tenham desenvolvido um conjunto de conceitos, de modo a favorecer o
desenvolvimento da aprendizagem significativa. Esses conceitos deverão ser adquiridos através
de assimilação, diferenciação progressiva e reconciliação integrativos de conceitos. Para tanto,
Ausubel sugere para esse processo, a utilização de organizadores prévios para, de fato, ancorar a
nova aprendizagem, levando o aluno ao desenvolvimento de conceitos subsunçores, de modo a
facilitar a aprendizagem subseqüente.

Segundo o autor, são informações e recursos introdutórios, que devem ser apresentados antes
dos conteúdos da matriz curricular, uma vez que tem a função de servir de ponte entre o que o
aluno já sabe e o que ele deve saber para que o conteúdo possa ser realmente aprendido de forma
significativa. Os organizadores se tornarão mais eficazes se forem apresentados no início das
tarefas de aprendizagem para que suas propriedades possam integrar-se como elemento atrativo
para o aluno, visando provocar o interesse e desejo de aprender. Sua formulação deve contar com
um vocabulário bastante familiar ao aluno, de modo que, sua organização, bem como a
aprendizagem sejam consideradas como material de valor pedagógico.

Jerome Bruner

Jerome Bruner foi um dos pioneiros nos estudos da Psicologia Cognitiva nos Estados Unidos.
Bruner inicia seus estudos da sensação e da percepção humana como parte de um processo ativo
e não apenas receptivo. Em 1947 Bruner publicou seu clássico estudo “Valores e Necessidades
como Fatores Organizacionais na Percepção” (Value and Need as Organizing Factors in
Perception). Nesta investigação crianças ricas e pobres eram solicitadas a avaliar o tamanho de
moedas e de discos de madeira. Seus resultados mostram que os valores e a necessidade das
crianças ricas e pobres se diferenciavam ao superestimar o tamanho das moedas, comparadas aos
discos de madeira do mesmo tamanho (Journal of Abnormal and Social Psychology, 1947, vol.
42, pgs. 33–44)

Outro estudo clássico conduzido por Bruner e Leo Postman mostrava reações mais lentas e
menos precisas em relação à cartas de baralho (On the Perception of Incongruity: A Paradigm by
Jerome S. Bruner and Leo Postman. Journal of Personality, 18, pp. 206-223. 1949). Estes
experimentos apontaram novos rumos para a psicologia, o que obrigou aos pesquisadores não
apenas observar a resposta do organismo a estímulos, mas também à suas interpretações internas.
Em 1956 Bruner publica ‘’O Estudo do Pensamento’’ (A Study of Thinking) que inicia o estudo
da psicologia cognitiva, assim como funda o Centro dos Estudos Cognitivos (Center of Cognitive
Studies) em Harvard. Em 1990 ele faz uma série de conferências sobre o assunto, publicadas no
livro ‘’Atos de Significação’’ (Acts of Meaning) e nelas ele refuta o modelo computacional
como metáfora do estudo da mente, defendendo um entendimento holístico da mente e do
sistema cognitivo humanos.

Frederic Skinner

Burrhus Frederic Skinner, conhecido como B. F. Skinner (Susquehanna, 20 de março de 1904 –


Cambridge, 18 de agosto de 1990), foi um psicólogo behaviorista, inventor e filósofo norte-
americano. Foi professor na Universidade Harvard de 1958 até sua aposentadoria, em 1974.

Skinner considerava o livre arbítrio uma ilusão e ação humana dependente das conseqüências de
ações anteriores. Se as conseqüências fossem ruins, havia uma grande chance de a ação não ser
repetida; se as conseqüências fossem boas, a probabilidade de a ação ser repetida se torna mais
forte. Skinner chamou isso de princípio de reforço.[5]

Para fortalecer o comportamento, Skinner usou o condicionamento operante e considerou a taxa


de resposta como a medida mais eficaz de força de resposta. Para estudar o condicionamento
operante, ele inventou a câmara de condicionamento operante, também conhecida como Skinner
Box, e, para medir a taxa, inventou o registrador cumulativo. Usando essas ferramentas, ele e C.
B. Ferster produziram seu trabalho experimental mais influente, que apareceu em seu livro
Schedules of Reinforcement (1957).[6]

Skinner desenvolveu a análise do comportamento, a filosofia dessa ciência que ele chamou de
behaviorismo radical,[7] e fundou uma escola de pesquisa experimental em psicologia - a análise
experimental do comportamento. Ele imaginou a aplicação de suas ideias no projeto de uma
comunidade humana em seu romance utópico, Walden II, e sua análise do comportamento
aplicada culminou em seu trabalho, Verbal Behavior. Skinner foi um autor prolífico que
publicou 21 livros e 180 artigos. A academia contemporânea considera Skinner um pioneiro do
behaviorismo moderno, junto com John B. Watson e Ivan Pavlov. Uma pesquisa de junho de
2002 listou Skinner como o psicólogo mais influente do século XX.[8]

Carl Rogers

Robert Gagné

Urie Bronfenbrenner

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