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Inês Francisco
Jacinto António Rimádio Mané
Leonardo Joanes
Maria da Felicidade Benjamim
Paulo Luís João Tomo
Universidade Pedagógica
Montepuez
2019
Gervásio João Taunde
Inês Francisco
Jacinto António Rimádio Mané
Leonardo Joanes
Maria da Felicidade Benjamim
Paulo Luís João Tomo
Universidade Pedagógica
Montepuez
2019
Introdução
O meio social em que vivemos faz parte de nossa vida e contribuiu de maneira significativa
para o desenvolvimento humano. A família, a escola, a comunidade são grupos sociais aos
quais somos inseridos em determinadas fases do desenvolvimento e que contribuem para o
desenvolvimento da aprendizagem. De modo a compreender a importância do meio social
para a aprendizagem falaremos agora da teoria da aprendizagem social de Albert Bandura.
Este teórico centralizou suas pesquisas no estudo do comportamento humano, quando este
está inserido no contexto social, valorizando os processos cognitivos do indivíduo. Para
Bandura o homem não é totalmente influenciado pelo meio, pois suas reacções e estímulos
são auto-activadas, na teoria social cognitiva o homem não é visto como um ser passivo
dominado pelas acções ambientais, mas sim como um ser influente em todos os processos. O
comportamento não precisa ser reforçado para ser aprendido ou adquirido, o homem aprende
e adquire experiências observando as consequências dentro do seu ambiente, assim como as
vivências das pessoas aos quais convive.
Teoria de Aprendizagem Social de Albert Bandura
Após ter sido inicialmente influenciado pela corrente behaviorista, ele desviou-se
radicalmente, sublinhando as importâncias dos factores cognitivos e sociais nas suas
pesquisas. Hoje ele faz parte da chefia da corrente da Sociologia Cognitiva na América do
Norte.
O meio social em que vivemos faz parte de nossa vida e contribuiu de maneira significativa
para o desenvolvimento humano. A família, a escola, a comunidade são grupos sociais aos
quais somos inseridos em determinadas fases do desenvolvimento e que contribuem para o
desenvolvimento da aprendizagem. De modo a compreender a importância do meio social
para a aprendizagem falaremos agora da teoria da aprendizagem social de ALBERT
BANDURA.
Para BANDURA o homem não é totalmente influenciado pelo meio, pois suas reacções e
estímulos são auto-activadas, na teoria social cognitiva o homem não é visto como um ser
passivo dominado pelas acções ambientais, mas sim como um ser influente em todos os
processos. O comportamento não precisa ser reforçado para ser aprendido ou adquirido, o
homem aprende e adquire experiências observando as consequências dentro do seu ambiente,
assim como as vivências das pessoas aos quais convive.
A imitação ou observação era considerada como uma conduta não criativa, portanto não
inteligente e pouco digna de interesse. Esta tal concepção esquecia das grandes vantagens que
a observação oferece principalmente ao nível da aprendizagem.
Menos paciência será exigida aquele que, tendo já visto alguém a conduzir, o observa e imita-
o, tendo mais probabilidade de realizar sua aprendizagem após um primeiro trajecto. Assim, a
observação favorece consideravelmente a aprendizagem de comportamentos que,
espontaneamente teriam uma fraca probabilidade de ocorrência, isto é de serem aprendidos.
Aprendizagem obrigacional
Por exemplo, uma criança de quatro anos pode aprender a se aproximar e brincar com o cão
da família simplesmente ao observar o irmão mais velho. Uma criança de oito anos pode
adquirir uma atitude negativa em relação a uma minoria após escutar seus pais falando sobre o
grupo de maneira pejorativa.
As primeiras versões das teorias de aprendizagem eram em grande parte tributos à doutrinas
do determinismo ambiental de Watson: que dizia que crianças, jovens, sem conhecimentos
eram vistos como recipientes passivos da influência ambiental – elas tornariam aquilo que
pais, professores e outros programam para elas.
BANDURA contesta este ponto de vista ao ressaltar que a criança e adolescentes são seres
activos, pensadores que contribuem em muitas maneiras para o próprio desenvolvimento. A
aprendizagem observacional requer que o observador esteja activamente atento, codifique e
retenha os comportamentos realizados pelos modelos sociais. E as crianças normalmente
possuem liberdade para escolher o modelo social o qual observarão, tendo assim algo a dizer
daquilo que aprendem dos outros.
BANDURA propôs o conceito de determinismo recíproco para descrever sua visão do que o
desenvolvimento humano reflecte a interacção entre uma pessoa activa, o seu comportamento
e o ambiente onde está inserida, a situação ou ambiente em que vive a criança sem duvida a
influencia, mas o comportamento da criança influencia ou afecta o ambiente. A implicação é
que as crianças estão activamente envolvidas em moldar o próprio ambiente, que por sua vez
vai influenciar no seu crescimento (desenvolvimento).
Segundo BANDURA aponta 9 factores que facilitam a aprendizagem social que são elas:
Capacidades motoras – BANDURA propôs que um acto possa ser aplicado e praticado
depois de ser observado se criança é potencialmente capaz de aplicar e praticar. Na
perspectiva de BANDURA, em alguns casos um mero ensaio pode ser adequado para
reproduzir um comportamento observado, e a prática pode ser necessária. Isto pode ser
verdadeiro para actividades como guiar, dactilografar, desenhar e aprender a ler e a
escrever.
Para que um comportamento observado seja reproduzido de forma perfeita é necessário a
pratica. Por exemplo, se os alunos estão a ser ensinados a pronunciar palavras de uma língua
estrangeira, o professor deve demonstrar como é que essas palavras são pronunciadas, de
igual importância, os alunos devem pronunciar essas palavras varias vezes até obter o
domínio dessa pronunciação.
A aprendizagem na sala de aulas ou noutro lugar qualquer ocorre como resposta ou reforço,
onde quer que seja os alunos mostrem um comportamento social ou académico desejável, tal
comportamento deve ser seguido de um reforço, isto ira motivar os outros alunos a mostrar
um comportamento similar uma vez que são reforçados de forma vicariante.
A identificação opera-se na sala de aula quando os alunos se identificam com os outros alunos
e professores. Através da identificação, a pessoa desenvolve uma filosofia de vida que orienta
as suas decisões e o seu comportamento no geral.
O afecto modelo-sujeito – este factor foi especialmente estudado no âmbito das relações
pais-filhos, os comportamentos parentais adquirem um valor de reforço positivo
secundário aos olhos da criança dada a sua associação frequente com experiencia
gratificantes para ela;
A semelhança modelo-sujeito – a similaridade inscreve-se numa teoria cognitiva de
imitação: um indivíduo que se aperceba de que partilha de uma mesma característica com
a outra pessoa/modelo, em essa característica está associada a uma outra, qualquer que
seja, acaba por conceber que também ele possui ambas características.
Tendo mostrado igualmente que a semelhança modelo-sujeito afecta tanto a aquisição como a
performance da imitação, ROSEKRANS (1967) fez a seguinte observação: O facto de a
semelhança percebida determinar a aquisição imitativa, bem como a performance, é mais
evidente do que a forma como esse efeito se produz.
Pessoas com elevados estatutos são modelados com mais frequência do que com baixo
estatuto. O estatuto do modelo tem um papel significativo na vida académica dos alunos.
A solicitação, no sentido em que apela para que envolva num comportamento semelhante, isto
pode-se observar na sala de aulas, onde um comportamento desejável encoraja os outros
alunos a comportarem-se de forma semelhante.
A inibição, quando uma pessoa não se quer envolver num determinado comportamento
porque viu outros a não serem reforçados por esse comportamento, por exemplo, um aluno
pode ser repreendido por se comportar inadequadamente na sala de aulas, os outros que
observam esta repreensão têm uma responsabilidade maior de não imitar esse comportamento.
Neste âmbito, os pais e os professores devem ser cautelosos para garantir que as televisões
dêem exemplos certos aos mais novos, o mesmo princípio deverá ser estendidas aos
programas de televisão a que as crianças são expostas.
Os professores não podem só falarem aos seus alunos sobre ser simpático, generoso, útil,
estudioso e trabalhador, é necessário expor essas qualidades, é irrealista esperar que os alunos
sejam trabalhadores e estudiosos quando os seus professores vêm para as suas aulas sem
estarem preparados, demoram muito tempo à marcar os trabalhos, é ainda inútil esperar que
os alunos sejam simpáticos uns para com os outros quando não passa um dia em que uma
criança não seja punida.
Sabendo que a aprendizagem social pode ser vicariante, onde o professor pode ser do agrado
ou não dos seus alunos com base no que os alunos anteriores tinham dito sobre ele, de forma
semelhante, o professor pode gostar ou não de um aluno pelas informações dadas pelo
professor anterior acerca do mesmo, essas atitudes não podem ser encorajados, é necessário
que todos envolventes tentem ser mais objectivos na avaliação de comportamento humano do
que ouvir dos outros.
Uma repreensão a um aluno que não esta atento à aula pode impedir o outro de ter um
comportamento semelhante, enquanto a aprovação de um comportamento ou desempenho de
um aluno pode ser exemplo para outros estudantes que desejam uma aprovação semelhante.
É provável que um professor cuidadoso seja mais popular e modelado, para além disso,
provavelmente, os alunos gostem mais das suas disciplinas e então, estudarão mais
arduamente para agradar e receber a sua aprovação.
Referencias Bibliográficas