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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA/JF

Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica


Curso: Psicologia
Disciplina: A palavra na clinica
Professor: Sara Barreto
Alunos: Geovani Souza Costa
Caso Aimée e a paranóia da auto punição

O caso Aimée é um dos mais famosos na psiquiatria e psicanálise, este caso foi à tese de
Jcaques Lacan, trouxe novas concepções sobre o que se sabia a respeito da psicose
paranóica, o caso Aimée projetou Lacan como um novo pensador nesse campo, mas
também casou polemicas na comunidade cientifica pela forma como foi tratado. O caso
Aimée conta a historia de uma mulher de 28 anos que na verdade se chamava
Marguerite Pantaine o nome Aimée é de um dos personagens de romances que ela
escreveu, nasceu na frança em uma família camponesa, nesta mesma idade começou
apresentar idéias persecutórias, aconteceu durante sua primeira gravidez, sua filha
nasceu morta e ela se convenceu de que uma amiga havia sido a culpada, logo
melhorou, mas na segunda gravidez as idéias retornaram e ela não permitia que ninguém
chegasse perto de seu filho Didier durante os primeiros 5 meses as idéias persecutórias
aumentaram e ela teve de ser internada pela primeira vez em um hospital psiquiátrico,
quando recebeu alto foi morar em paris sozinha. Em uma noite na qual uma atriz muito
famosa chamada Huguette Duflos se apresentaria Aimée acabou atacando ela com uma
navalha, pois ela desconfiava que essa atriz queria machucar seu filho, esse o qual se
distanciou, mas mantinha um contato, ela desenvolve essas idéias de perseguição
atribuindo a artista e a outras pessoas que faziam parte do contexto de transtornos
mentais dela. Surge ai a megalomania sugerindo idéias de que é conhecida por todos os
delírios sugerem também que ela imaginava que todos queriam matar seu filho, quando
ela foi internada devido seu estado mental, foi tratada por Jacques Lacan no hospital de
Santa Ana por um ano e meio, Lacan observou e concluiu que devido ao fato de ter sido
presa internada os seus sintomas desapareceram ou seja ele descobriu algo curioso sobre
a auto-punição que era o fato de ser punida que restaurou sua sanidade, como ela tinha
uma culpa inconsciente depois de receber a sentença de punição o delírio não era mais
necessário. De acordo com Jacques Lacan, Marguerite foi curada simplesmente por
ser severamente punida por sua tentativa de assassinato. Sabe-se que alguns de
seus delírios reapareceram mais tarde, mas também que não complicaram sua vida
nem a levaram a uma nova hospitalização, por isso a tese básica lacaniana foi
considerada correta.

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