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28/11/2017

MASTER EM
ARQUITETURA
E LIGHTING

Disciplina:
Projeto Arquitetônico:
Clínicas Médicas

Leonora Cristina da Silva


Arquiteta e Urbanista – UFSC
Mestre em Projeto e Tecnologia do Ambiente Construído – UFSC
Analista Técnica em Gestão e Promoção de Saúde – Secretaria do
Estado da Saúde de SC

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Abordagem
A arquitetura da saúde na contemporaneidade.

Processo de planejamento físico funcional em


ambientes de saúde.

Arquitetura da saúde a partir de uma


perspectiva técnica e humana.

Avaliação
Atividade Avaliativa pré-aula: 1,00

Desenvolvimento do Projeto:

a) Zoneamento, Fluxos e acessibilidade 3,00

b) Esboço preliminar 6,00


(Coerência técnica/funcional e
qualidade dos ambientes elaborados)

Total 10,00

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Breve Evolução da Arquitetura para Saúde

Idade Antiga (4000 a.c – 476 dc)


Acreditava-se que somente a fé poderia curar

Assistência em templos religiosos


Templo de DEIR-EL-BAHARI

Templo de DEIR-EL-BAHARI

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Idade Antiga

Localizados fora das


cidades, próximos a
Templos de Asclépio fontes de água mineral Abordagem holística
(Deus grego da ou térmica, (corpo e mente)
medicina) proporcionava visuais
externos privilegiados

Antiguidade - Idade MédiA (476 – 1453)

Cura: processo mágico-religioso,


impregnado de rituais.

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Idade Média

Salão único (comer, dormir e culto religioso)


Nave é a tipologia utilizada na época
Aglomerados de doentes

Idade Moderna (1453- 1789)


Renascimento

Duas formas básicas: o


elemento cruciforme e o
pátio interno ou claustro,
rodeado por galerias e
corredores.

O hospital-pátio, e suas
variações em cruz, “T”, “L”
ou “U”, são formas
hospitalares características
da Renascença
Ospedalle Maggiore, Milão, 1456.

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Idade Moderna

Há áreas para lavagem de roupas sob os alojamentos, cabines sanitárias junto aos leitos
e um sistema de esgotamento dos efluentes para as fossas.
Ospedalle Maggiore, Milão, 1456.

Idade Contemporânea
(após Rev. Francesa)
Florence Nightingale (sec. XIX)
A saúde dos pacientes dependia não
só de cuidados médicos, mas
também da configuração espacial do
edifício

Áreas mínimas Combate à Iluminação e


por leito superlotação ventilação
naturais

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Enfermaria Nightingale
1867

Apoio Leitos Sanitários

Posto de enfermagem

Enfermaria Nightingale

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Enfermaria Nightingale

pé direito alto e janelas altas entre um leito e outro, de ambos os


lados do salão, garantiam ventilação cruzada e iluminação natural

EVOLUÇÃO
Tipologia Pavilhonar
1286 1682 1846

Santo Espírito de Lubeck Chlesea Royal Lariboisiere


França Inglaterra França

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Idade Contemporânea
Era Industrial:

Tipologia pavilhonar

Edifício configura-se a partir de dois


grupos de 5 pavilhões paralelos,
intercalados por áreas de jardins, ligados
por uma circulação ‘galeria’ que
contorna um pátio interno.

Administração, área de consultas


externas, cozinha e farmácia ocupam os
pavilhões frontais. Hospital Lariboisiere, Paris, 1846-1854.

Eixo longitudinal de acesso principal


atinge a capela, rodeada por edifícios de
apoio - salas de banho, necrotério,
centro cirúrgico e área comunitária.

Progressivamente o hospital vai se legitimando


como local propício ao tratamento de doentes.

Hospital Lariboisiere, Paris, 1846-1854.


Hospital Lariboisiere, Paris, 1846-1854.

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Rede Sarah – Lago Norte, DF


João Filgueiras Lima

Complexidade do Agrupamento dos Grandes distâncias


Edifício hospitalar setores Desgaste funcional
Otimização da Custo do terreno
edificação.

FINAL DO SÉC.XIX
Partido vertical

Domínio ESTRUTURA
Metálica e Concreto

CENTROS URBANOS
densamente
ocupados

ESCASSEZ de
grandes áreas

Dificuldade de Hospital Saúde Prêmio, GO.


EXPANSÃO L+M GETS

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Partido Misto
(intensificado no Pós 2ª Guerra)

Kolding Hospital, Dinamarca.


Schmidt Hammer lassen Architects

Bloco Horizontal Monobloco Vertical Orientação solar e


(serviços de apoio (áreas de internação) aberturas visuais
e diagnóstico) das unidades de
internação,

Conhecendo
o objeto de estudo

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Resumo Rede Pública de Saúde

Níveis de Atendimento
Atendimento Atendimento
Atendimento Primário
Secundário Terciário

Refere às procedências ambulatoriais


Porta de entrada do serviço; Refere-se a um nível de média e alta
e de especialidades: consultas
Encaminha para os outros complexidade, na qual hospitais realizam os
eletivas com neurologista,
níveis, se necessário, e realiza procedimentos necessários, equipados
psiquiatras, ortopedistas,
visitas domiciliares, reuniões adequadamente para suprir as demandas
atendimentos com psicólogos,
com a comunidade e ações das enfermidades mais graves. Cirurgias,
fonoaudiólogos, e atendimentos de
intersetoriais. tratamentos específicos, internações, etc..
urgência.

Tipos de Estabelecimentos
Hospital
Centro de Hospital Hospital Hospital
Posto de Saúde Ambulatório Unidade Mista Especializ
Saúde Local Regional de Base
ado

6000 e 10000 Hab.


2000 a 10000 10000 a 20000 51a 150 151 a
500 a 2000 Hab. ou 50000 80000 50 leitos ---------
Hab. Hab. leitos 200 leitos
Hab.

Fonte: produzida pela autora com base em Góes,2010

Rede Pública de Saúde


Nível Primário
Ambulatorial Básico
Diagnóstico simplificado Clínica Geral
Período pré-patogênico Odontologia
Posto Saúde
Centro Saúde

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Rede Pública de Saúde


Nível Secundário
Ambulatorial Estratégico
Urgências, reabilitação e internação até 24h Clínica
Diagnóstico precoce Médica,
Cirúrgica,
Ginecológica
e Obstétrica
Pediátrica

Ambulatório – Policlínica – UPA – Laboratórios


Unidade Mista - Hospital Dia - Maternidade

Rede Pública de Saúde


Nível Terciário
Média e Alta Complexidade
Atendimento em nível ambulatorial,
urgência, emergência e internação Hospitais
Local 50 leitos
Cirurgias, Reabilitação
Regional 51 a 150
Base 151 a 200
Especializado

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NORMAS

O LIVRO DE
RECEITAS faz
o CHEFE DE
COZINHA?

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RDC 50

Planejamento
Programação,
Elaboração e
Avaliação de
Projetos de EAS

Abrangência
Aplicável à todos
os projetos de EAS

Construções
novas, reformas e
ampliações

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PARTE I
1. Elaboração de
Projetos Físicos

1.1. Terminologia
1.2. Etapas de projeto
1.3 Responsabilidades
1.4. Apresentação de
desenhos e documentos
1.5. Tipos e siglas adotadas

PARTE II
2. Programação Físico-
funcional das EAS

2 - Organização físico-funcional
(Programa Necessidades)
2.1. Atribuições de
estabelecimentos assistenciais
2.2- Listagem de atividades
3 - Dimensionamento,
quantificação e instalações
prediais dos ambientes (tabelas)

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PARTE III
3. Critérios para projeto

4. Circulações
5. Condições de Conforto
6. Condições de Controle
de Infecção
7. Instalações Prediais
8. Segurança Contra
Incêndio

RDC 51

ANÁLISE,
AVALIAÇÃO E
APROVAÇÃO
DOS PROJETOS
FÍSICOS DE EAS

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Outras normas aplicáveis


NBR ISO/CIE 8995-1: 2013 – Iluminação de ambientes
de trabalho
NBR 10152 - Níveis de ruído para conforto acústico
NBR 12179 – Tratamento acústico em recintos
fechados.
NBR 7256 – Tratamento de ar
NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos

Código Sanitário Estadual


Corpo de Bombeiros
Plano Diretor e Código de obras

Elaboração de Projetos
Questões fisico-funcionais

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Que tipo de EAS?


Que tipos de
atendimentos?

Especialidade?

Porte?

Faixa etária
atendida?

Qual a proposta assistencial?

Adulto FAIXA ETÁRIA


acima 20
anos Adolescente
10 a 19 anos

Recém
nascido
até 28 dias

Lactente Criança
29 dias até 1 2 a 9 anos
ano e 11meses

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Hospitais
Realizam
procedimentos
cirúrgicos e de
internação

Clínicas
Realizam
procedimentos
ambulatoriais

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Clínica-Dia /
Hospital-Dia
Realizam cirurgias
ambulatoriais e
internações de
curta permanência

ATRIBUIÇÕES DOS EAS


7. Apoio administrativo

1. Atendimento em regime
ambulatorial e de hospital –dia
6. Ensino 2. Atendimento imediato 8. Apoio
e pesquisa 3. Atendimento em regime de logístico
internação
4. Apoio ao diagnóstico e terapia

5. Apoio técnico

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1. ATENDIMENTO EM REGIME
AMBULATORIAL E DE HOSPITAL-DIA

Promoção, prevenção, vigilância à


saúde da comunidade e
atendimento a PACIENTES
EXTERNOS de forma programada e
continuada.

Ações Básicas de Saúde e


enfermagem

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Consultórios

Internação até 24h

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2. ATENDIMENTO IMEDIATO

Atendimento a PACIENTES
EXTERNOS em situações de
sofrimento, sem risco de morte
(urgência) ou com risco de morte
(emergência).

Urgência
(UPAs)

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Emergência
(intra-hospitalar)

3. ATENDIMENTO EM REGIME DE
INTERNAÇÃO

Atendimento a PACIENTES
INTERNOS que necessitam de
assistência direta programada por
período superior a 24 horas.

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- Internação de recém-nascidos até 28 dias (neonatologia)

Neonatologia

Internação
Adulto e Infantil

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Internação intensiva
RDC 07/2010

4. APOIO AO DIAGNÓSTICO E
TERAPIA

Atendimento a PACIENTES
INTERNOS E EXTERNOS em ações de
apoio direto ao reconhecimento e
recuperação do estado da saúde.

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Patologia Clínica
análise de sangue, urina, fezes e
outros fluidos orgânicos

Imagenologia
Radiologia
(Raio X, mamografia, desintometria)
Hemodinâmica
Tomografia
Ressonância magnética
Ultrassonografia
Endoscopia (RDC 06/2013)

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Métodos Gráficos
-Cabine de audiometria
- Sala de fluxo vascular
contínuo (Doppler)
- Sala de eletrocardiografia
- Sala de ergometria
-Sala para estudos do sono etc

Anatomia
patológica e Diagnóstico das doenças baseado
no exame macroscópico de peças
citopatologia cirúrgicas e microscópicos para o
exame de células e tecidos
(biópsias etc)

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Medicina Nuclear

Procedimentos
Cirúrgicos e
endoscópicos

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Partos normais,
cirúrgicos e
intercorrências obstétricas (RDC 36/08)

Atividades de
Reabilitação
Pacientes Internos e Externos

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Atividades hemoterápicas
e hematológicas

Radioterapia

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Quimioterapia
(RDC 220/04)

Atividade Diálise
(RDC 11/2014)

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Atividades relacionadas
ao leite humano
(RDC 171/06)

Oxigenoterapia
hiperbárica

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5. APOIO TÉCNICO

Assistência nutricional, farmacêutica


e esterilização de material médico.

Cozinha,
Lactário,
Nutrição
Enteral
(RDC 63/00)

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Assistência
Farmacêutica
Armazenamento
Manipulação
(RDC 67/07)

Esterilização
Material médico, de enfermagem,
laboratorial, cirúrgico e roupas
(RDC 15/12)

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6. ENSINO E PESQUISA

Promover treinamento em serviço dos


funcionários;

Promover ensino técnico, de graduação e


de pós-graduação;

Promover o desenvolvimento de pesquisas


na área de saúde.

Residência
Médica

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7. APOIO ADMINISTRATIVO

Realizar os serviços administrativos,


de planejamento clínico, de
enfermagem e técnico

Realizar serviços de documentação


e informação em saúde.

8. APOIO LOGÍSTICO

Armazenagem de materiais e equipamentos;

Processamento de chapas e filmes;

Manutenção do estabelecimento;

Lavanderia;

Guarda, conservação e retirada de cadáveres;

Conforto e higiene;

Limpeza e gerenciamento de resíduos;

Infra-estrutura predial.

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Lavanderia
(RDC 06/12)

Gases Medicinais

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Recepção e Espera

E agora o que é que eu faço?

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PLANO FUNCIONAL
ESQUEMÁTICO
PROGRAMA PRÉ-DIMENSIOAMENTO DIAGRAMA FUNCIONAL

Identificação das Dimensionamento das Organização e


Atividades Unidades Funcionais definição dos
Assistenciais Acessos e Fluxos

ZONEAMENTO SISTEMA CONSTRUTIVO CONCEITO E DIRETRIZES

Priorização das Definição da Sustentabilidade,


relações de estrutura e flexibilidade,
proximidade física e infraestrutura conforto,
funcional, (instalações e humanização, etc.
orientação. equipamentos)

Fonte: Oliveira Júnior, adaptado


de Badermann.

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