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Agrupamento de Escolas

D. António Taipa

Componente Experimental de Física e Química A | 11.º Ano

Relatório N.º 3

Título: Constante de acidez

Data de realização: 27/04/2022

Autores: Ana Raquel Nº1;


Ana Salomé Nº2;
Duarte Carneiro Nº7;
Eduardo Alves Nº8; 11ºA.

Domínio em avaliação: Aplicação prática e/ou experimental


Modalidade: Formativa  Para Classificação 

Classificação: Data: Professor:


I – INTRODUÇÃO

1.1. Objetivo

O objetivo desta atividade laboratorial é determinar uma constante de acidez de um ácido


fraco monoprótico por medição do pH de uma solução aquosa de concentração conhecida
desse ácido.

1.2. Fundamento Teórico

O ácido acético, CH3COO, cujo nome IUPAC é ácido etanoico, é um dos ácidos
carboxílicos mais simples. É um composto orgânico que atribui ao vinagre o sabor azedo
e aroma forte. Sendo um ácido fraco, este ácido ioniza-se parcialmente em água, dando
origem ao anião acetato e ao catião oxónio, numa reação reversível. Este ácido é
inflamável e corrosivo, portanto deve-se ter alguns cuidados na sua utilização. Como por
exemplo, mantê-lo afastado de chamas ou fontes de ignição, não ingerir, não expor a
altas temperaturas, não permitir o contacto com a pele ou a roupa e usar máscara
protetora. A força do ácido depende do valor numérico da constante de acidez, Ka: ácidos
fortes têm constantes de acidez tão elevadas que as suas ionizações em água são
consideradas completas; ácidos fracos, como o ácido acético, que possuem reações
de ionização em água pouco extensas, apresentam baixos valores de K a.
A constante de acidez, Ka, corresponde à constante de equilíbrio da reação de ionização
de um ácido. Como qualquer constante de equilíbrio depende da temperatura.
[𝐴−][𝐻3𝑂+]
Calculamos a constante de acidez através da seguinte formula: K a = [𝐻𝐴]
O seu valor para o ácido acético é 1,8 × 10-5, a 25 °C.

II – DESENVOLVIMENTO

2.1. Materiais e Métodos

Materiais utilizados
Os materiais utilizados na realização desta atividade foram: pipetas volumétricas de 50,00
cm³ e de 20,00 cm³, um pompete, um gobelé de 100 cm³, balões volumétricos de 100,0
cm³ e de 200,0 cm³, um sensor de temperatura, um medidor de pH, um agitador
magnético e uma barra magnética. Como reagente foram utilizados uma solução padrão
de CH₃COOH 0,10 mol/dm3 e água destilada.

Procedimento experimental
Começou-se por adicionar, recorrendo às pipetas volumétricas, 50,00 cm³ de solução
padrão de ácido acético 0,10 mol/dm3 no balão volumétrico de 100,0 cm³ e 20,00 cm³ no
balão de 200,0 cm³. De seguida, adicionou-se cerca de 50 cm³ da solução de ácido
acético com a respetiva concentração de 0,010 mol/dm 3 ao gobelé e mediu-se a
temperatura a que se encontra a solução de ácido acético. Logo após, introduziu-se a
barra magnética no gobelé e colocou-se em cima da placa do agitador magnético e ligou-
se o agitador durante alguns minutos. Depois mergulhou-se o medidor de pH na solução
contida no gobelé, deu-se início à medição, aguardou-se que o valor de pH estabilizasse
e leu-se o valor do pH medido. Seguidamente, lavou-se o medidor de pH com água
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destilada e secou-se com papel absorvente. Por fim, repetiu-se o procedimento referido
anteriormente para as soluções de concentração 0,050 mol/dm³ e 0,10 mol/dm³.

2.2. Resultados

Os resultados obtidos encontram-se nas tabelas I e II:

Tabela I – Incertezas de leitura


Instrumento de medida Grandeza medida Incerteza de leitura
Medidor de pH pH ± 0,01
Sensor de temperatura Temperatura ± 0,1

Tabela II – Valores de pH e de Ka de soluções aquosas de ácido acético de diferentes concentrações, a uma dada temperatura
Temperatura:(20,5 ± 0,1) ºC Ka (tabelado): 1,8 x 10-5
[CH3COOH] / [H3O+] / [CH3COO-] /
Gobelé pH [CH3COOH] / mol dm-3 Ka
mol dm-3 mol dm-3 mol dm-3
1 0,010 4,28 5,20 x 10-5 5,20 x 10-5 0,009948 2,72 x 10-7
2 0,050 3,69 2,04 x 10-4 2,04 x 10-4 0,049796 8,36 x 10-7
3 0,10 3,48 3,31 x 10-4 3,31 x 10-4 0,099669 1,10 x 10-6

Para o preenchimento da tabela II utilizou se a equação da ionização do ácido acético:


CH3COOH (aq) + H2O (l) ⇌ H3O+ (aq) + H3COO– (aq).
Através do pH conseguimos calcular a concentração de H3O+, [H3O+] = 10-pH.
Pela estequiometria de reação, podemos concluir que n(H3O+) = n(CH3COO-), logo, [CH3COO-]
= [H3O+].
Calculamos a concentração de [CH3COOH] ao subtrairmos à concentração inicial a
concentração de [H3O+], [CH3COOH] = Ci - [H3O+].
Calculamos a Constante de Acidez através da seguinte fórmula:

III – CONCLUSÃO E CRÍTICA

Observando os valores constante de acidez do ácido acético (CH₃COOH) para as três


soluções de diferente concentração é possível verificar que os valores, devido a terem
ordens de grandeza diferentes, estão muito afastados. A partir dos resultados obtidos foi
possível compara-los ao valor da constante de acidez do CH₃COOH tabelado á mesma
temperatura que foi realizada a experiência, usando a fórmula do erro percentual:

.
Após realizada a conta, foi obtido o valor de 96%, o que nos deixa concluir que os
resultados desta atividade laboratorial foram muito pouco exatos. Esta percentagem de
erro tão grande pode ser justificada por má calibração do medidor de pH, má lavagem de
materiais, os erros paralaxe, ou seja, má preparação.
Concluindo, se compararmos a concentração de H₃O⁺ (catião oxónio) e a de CH₃COOH
não ionizado, é possível constar que a [H₃O⁺] é muito mais pequena, logo, houve pouca
ionização. O que significa que o ácido acético é um ácido fraco.

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BIBLIOGRAFIA/Webgrafia

RODRIGUES, Carla; SANTOS, Carla; MIGUELOTE, Lúcia; SANTOS, Paulo (2020)


Química 11, Porto: Areal Editores.

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