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MINISTÉRIO DA SAÚDE

DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA


PNC ITS, HIV/SIDA

FORMAÇÃO EM MATÉRIA DE
MODELOS DIFERENCIADOS DE . .
SERVIÇOS PARA O HIV/SIDA

MDS mais intensivos . .

JAN_2023
Conteúdo da apresentação
1.
2. 3.
Objectivos da
Definição Objectivos
sessão

4. 4. 5.
Descrição dos Critérios de Cronograma de
modelos elegibilidade seguimento

6.
Pontos chave
Objectivos da sessão

Dotar os formandos de conhecimento sobre os MDS


mais intensivos:
• Definição
• Objectivos
• Descrição do modelo
• Critérios de elegibilidade
• Cronograma de seguimento
Conceito de MDS mais intensivos
Os MDS mais intensivos são aqueles que se oferecidos
de forma isolada, não culminam com a redução da
frequência de visitas do utente à US.

Ou seja, se o utente estiver inscrito apenas MDS mais


intensivos, ele deve continuar a receber a consulta
clínica, consulta de APSS/PP, levantamento de ARVs e
Profilaxias mensalmente.
MDS mais intensivos
Os MDS mais intensivos são:
Dispensa de ARVs
Extensão do Paragens únicas Dispensa de ARVs
através de Clínicas
horário de (CT, TB/HIV, SAAJ através de brigadas
móveis para PC e
atendimento e SMI) móveis
vulnerável

Dispensa de ARVs
Abordagem Doença Avançada
através do
familiar por HIV
provedor
MDS mais intensivos
Se elegível, um utente pode estar inscrito em um MDS mais
intensivo e outro MDS menos intensivo em simultâneo.

Por ex. O utente pode estar em seguimento na extensão de


horário e na dispensa semestral ao mesmo tempo. Ou pode estar
inscrito na PU dos Cuidados e Tratamento e na dispensa
trimestral ao mesmo tempo.

Nestas situações, o cronograma de seguimento deve sempre ser


alinhado ao MDS menos intensivo.
. .
Extensão de horário de
atendimento
. .

1. EXTENSÃO DO HORÁRIO DE ATENDIMENTO


Definição

Consiste na oferta de serviços de prevenção e cuidados e tratamento para o


HIV/SIDA na US, antes e/ou depois das horas normais de expediente.

Este modelo permite melhorar o acesso aos serviços de saúde para


populações que enfrentam barreiras no acesso a estes serviços durante o
horário normal de funcionamento das instituições públicas como:
• Homens
• Funcionários do sector público e privado
• Trabalhadores por conta própria
• Alunos e estudantes
• Adolescentes e jovens
• Populações chave e vulneráveis
Extensão do horário de atendimento

Apesar deste modelo beneficiar primariamente utentes que


enfrentam barreiras durante as horas normais de expediente,
outros utentes (incluindo utentes faltosos e reintegrados após
abandono) que prefiram procurar os serviços nestas horas,
devem também beneficiar-se deste modelo.
Objectivos do modelo
Melhorar o acesso aos serviços para
utentes que enfrentam barreiras de
acesso durante as horas normais de
expediente

Contribuir para melhoria da:


Ligação aos cuidados
Adesão
Retenção
Supressão Viral

Contribuir para redução da


morbimortalidade pelo HIV
Descrição do Modelo

A oferta dos serviços pode ser efectuada em três modalidades,


podendo as mesmas ocorrer em simultâneo ou de forma isolada,
dependendo das condições da US:
• Início do atendimento antes das 7:30h da manhã
• Oferta atendimento para além das 15:30H
• Oferta de serviços clínicos aos finais de semana e feriados
Descrição do Modelo
Início do atendimento antes das 7:30h da manhã
• Consiste na abertura da US (farmácia e laboratório) às 6h da manhã, permitindo que
utentes em seguimento, levantem os seus medicamentos sem enfrentar longas filas de
espera, e utentes com a análise de Carga Viral colham as respectivas amostras.

Para o funcionamento pleno deste modelo, deve haver disponibilidade de:


• 1 profissional de Farmácia e 1 auxiliar administrativo (US de pequeno volume)
• 2 técnicos de farmácia e 2 auxiliares administrativos (para US de médio e grande
volume).
• Para a componente de CV, pelo menos um técnico de laboratório deve estar
disponível para a colheita de amostras.
Todos os instrumentos de registo da farmácia devem ser actualizados (FILA, LRDA, iDART,
Ficha Mestra e SESP) assim como do laboratório (Livro de CV, disalink), tal como acontece
durante atendimento nas horas regulares.
Descrição do Modelo
Oferta do atendimento para além das 15:30H
• Consiste na extensão da oferta de todos os serviços relacionados
ao HIV (recepção, digitação, ATS, Serviços TARV, SMI, SAAJ,
TB, APSS/PP, Laboratório e Farmácia) e de outras Doenças
Crónicas depois das 15:30.

• Ou seja, este serviço é destinado a todos os utentes de doenças


crónicas, incluindo o HIV/SIDA.
Descrição do Modelo
Oferta do atendimento para além das 15:30H
• Para o funcionamento pleno deste modelo, a US deve ter
disponíveis recursos humanos que possam cobrir o horário
regular e as horas extra.

• Para tornar este modelo sustentável, recomenda-se o trabalho


em turnos, de modo que a equipe do 1º turno entre às 07:30h e
saia às 15:30h e a equipe do 2º turno entre às 11:00h e saia às
19:00h.
Descrição do Modelo
Oferta de serviços clínicos aos finais de semana e feriados
• Consiste na oferta de todos os serviços (Recepção, Digitação, ATS, Serviços TARV, SMI,
SAAJ, TB, APSS/PP, Laboratório, Farmácia e de Doenças Crônicas) aos sábados e
feriados, das 07:30 às 13:00.

• Pelo menos um provedor para cada serviço deverá estar disponível para a implementação
deste MDS. Recomenda-se que no dia anterior, a equipa identifique os utentes com
consulta clínica agendada para o dia seguinte usando como fonte de informação os
FILAs, agenda de marcação de consultas, SESP ou iDART.

• Deste modo, são preparados antecipadamente os medicamentos destes utentes,


reduzindo ainda mais o tempo de espera.
Descrição do Modelo
Oferta de serviços clínicos aos finais de semana e feriados

• De modo a tornar este modelo sustentável, recomenda-se que


as equipas trabalhem de forma alternada, evitando que seja
uma mesma equipa escalada todos os finais de
semana/feriados.

• Para o bom funcionamento deste modelo, é crucial a


elaboração de uma escala com os diferentes turnos, devendo
esta ser activamente monitorada pelo Director Clínico da US.
Critérios de elegibilidade
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
• Atendimento antes das 7h
• Estar inscrito na DT com consulta
semestral.
• Extensão de horário (EH) depois das
15:30H e durante os finais de semana e
feriados: • Desejar sair do modelo
• Utentes com dificuldade de procurar os • Condição clínica que necessita de serviços
serviços de saúde durante as horas não disponíveis durante a EH
normais de expediente.
• Todos os outros utentes em seguimento
nas US que implementam este MDS, que
tenham interesse em receber os serviços
fora do horário normal de expediente.
Cronograma de seguimento

O seguimento de utentes que recebem cuidados e tratamento fora


do horário normal de expediente deve ser ajustado à condição de
cada utente, ou seja, aos outros MDS em que o utente esteja
inscrito.
Cronograma de seguimento
• Utentes em seguimento neste MDS (EH), podem alternar entre receber
serviços em horários fora do expediente ou em horário normal de
expediente, de acordo com as suas necessidades.

• Para facilitar a implementação deste modelo, deve-se implementar a


marcação de consultas por blocos, com um mínimo de 2 blocos:
• 1º Bloco – Das 07:30 às 15:30
• 2º Bloco – Das 15:30 às 19:00

• Para além das actividades de rotina, todos os sectores devem divulgar a


mensagem sobre a existência deste modelo na US.
Pontos chave 1/2

• A EH consiste na oferta de serviços de prevenção e cuidados e


tratamento para o HIV/SIDA e outras doenças crônicas antes e/ou
depois das horas normais de expediente.

• Permite melhorar o acesso aos serviços de saúde para populações que


enfrentam barreiras no acesso a estes serviços durante o horário
normal de funcionamento de instituições públicas.

• Pode ser efectuada em três modalidades (início do atendimento antes


das 7:30h da manhã, oferta de atendimento para além das 15:30H e a
oferta de serviços clínicos aos finais de semana e feriados).
Pontos chave 2/2
• O seguimento de utentes que recebem cuidados e tratamento
fora do horário normal de expediente deve ser ajustado à
condição de cada utente, ou seja, aos outros MDS em que o
utente esteja inscrito.

• De modo a tornar este modelo sustentável, recomenda-se que


as equipas trabalhem de forma alternada, evitando uma mesma
equipa escalada todos os finais de semana/feriados.

• Para o bom funcionamento deste modelo, é crucial a elaboração


de uma escala com os diferentes turnos, devendo esta ser
activamente monitorada pelo Director Clínico da US.
Obrigado!
. .

Paragens únicas
. .

2. PARAGENS ÚNICAS
Definição

Este modelo consiste na oferta dos serviços relacionados ao HIV e outras


condições que o utente apresenta, num mesmo gabinete de atendimento,
visando reduzir a sua circulação e tempo de espera na US.

O modelo de PU deve ser implementado nos seguintes sectores: SMI (CPN,


CPP e CCR), SAAJ, TB/HIV e Gabinete de consulta TARV (pediátrico ou
adulto).

Para a implementação da PU no Gabinete de Consulta TARV, a US deve ter


disponibilidade de RH (capacitados para a provisão de serviços integrados),
infraestrutura (para oferta de serviços respeitando a privacidade) e materiais
(para armazenamento seguro de medicamentos, ficheiros, e outros
consumíveis no gabinete).
Objectivos do modelo
Prover atendimento integrado ao utente

Melhorar a qualidade dos serviços oferecidos

Contribuir para melhoria da:


Ligação aos cuidados
Adesão
Retenção
Supressão Viral

Contribuir para redução da


morbimortalidade pelo HIV
Critérios de elegibilidade
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
PU no SAAJ PU no SAAJ
• Ser adolescente ou jovem (10 aos 24 anos) • Ter idade < 10 anos ou > 24 anos
de ambos sexos com revelação total do • Ter um ou mais partos anteriores
diagnóstico.
• Ser nulípara PU TB/HIV
• Terminar com sucesso o tratamento para TB
PU TB/HIV
• Ser utente co-infectado TB/HIV. PU nos cuidados e tratamento
• Ter última CV suprimida
PU nos cuidados e tratamento • Ser MG ou ML
• Ser utente novo início TARV (até ter o • Ser co-infectado TB/HIV
resultado da 1ª CV suprimida);
• Ter a CV não suprimida.
• Apresentar DAH
Cronograma de seguimento do utente na PU do SAAJ e C&T

SERVIÇO PERIODICIDADE

Consulta clínica Mensal até ao 3º mês e depois trimestral

Mensal até ao 3º mês e depois trimestral


Consulta de APSS/PP

ARVs – Mensal até ao 3º mês e depois trimestral


Farmácia INH – Mensal até ao 3º mês e depois trimestral
CTZ – Mensal até ao 3º mês e depois trimestral

• Para entrar para o seguimento trimestral, o utente deve reunir os critérios para a DT.
• Após a recepção do resultado da CV, reavaliar elegibilidade para outros MDS menos intensivos
Cronograma de seguimento do utente na PU do SAAJ e C&T

• Após o 3º mês de TARV, o utente em seguimento na PU do SAAJ


deve ser reavaliado para inclusão em outros MDS, mantendo o
seguimento no SAAJ até à transição para a consulta TARV do
adulto.
• Utentes em seguimento na PU de C&T por CV≥ 1000 cópias devem
ter o seu cronograma ajustado ao fluxo de seguimento de utentes
com Carga Viral elevada.
• Toda AJ grávida inscrita no SAAJ, segue o calendário de
seguimento clinico e laboratorial de MG, e não deve ser inclusa em
MDS menos intensivos.
Nota
• Algumas US oferecem o serviço de consulta do trabalhador.

• Neste modelo, os utentes devem receber os serviços no


formato de paragem única, tendo o seu cronograma de
seguimento ajustado à sua condição ou ao outro MDS em que
o utente estiver inscrito.

• Os critérios de exclusão para este MDS são: gravidez, lactação


e infecção por TB, inscrição na DS e desejar sair do modelo.
Nota
• Em US com SAAJ específico, todas as crianças e
adolescentes com idade superior a 10 anos e com
revelação total do diagnóstico devem ser referenciadas
para este sector.

• Crianças em seguimento no modelo de AF e que transitam


para o seguimento no SAAJ, devem sair do modelo de AF
e passar para o seguimento individual no SAAJ.
Cronograma de seguimento do utente na PU de TB/HIV

SERVIÇO PERIODICIDADE

Consulta clínica Mensal

Consulta de APSS/PP Mensal

ARVs – Mensal
Farmácia INH – N/A
CTZ – Mensal
Descrição de actividades por sector – Consulta clínica

• Oferecer todos os serviços no mesmo gabinete de consulta


clínica (clínicos, APSS/PP, laboratoriais e de Farmácia) .

• Organizar as FM no gabinete de consulta, de acordo com as


normas de arrumação do arquivo.

• Armazenar no gabinete os medicamentos e outros


consumíveis de forma segura.

• Verificar/confirmar os critérios de elegibilidade do utente à


paragem única.
Descrição de actividades por sector – Consulta clínica

• Se confirmada a elegibilidade, explicar ao utente que


receberá os cuidados integrados no mesmo gabinete, até
que tenha critérios de seguimento na consulta TARV
normal.

• Explicar ao utente o cronograma de seguimento de


acordo com a sua condição.

• Registar na FM toda a informação relativa aos serviços


oferecidos.
Descrição de actividades por sector – APSS/PP

• Deve ser no mesmo dia e no mesmo local, em função da consulta


clínica;
• Actualizar o endereço e contacto telefónico;
• Solicitar o consentimento para chamadas ou VD, caso o utente
ainda não o tenha dado;
• Avaliar a necessidade e oferecer mensagens de prevenção
positiva;
• Avaliar a adesão e reforçar a importância da mesma;
• Reforçar a mensagem sobre a toma correcta dos ARVs e
Profilaxias;
• Avaliar factores psicossociais que podem afectar a adesão;
• Reforçar mensagens sobre hábitos de vida saudáveis.
Descrição de actividades por sector – Laboratório

• As actividades do laboratório devem ser realizadas no


gabinete de consulta sempre que possível.

• Colher as amostras de sangue para a carga viral, CD4 e


outras análises laboratoriais de acordo com a elegibilidade
de cada utente.

• Os resultados das análises devem ser enviados ao sector da


PU, arquivados na bolsa plástica para registo na FM,
comunicação e entrega ao utente na consulta seguinte.
Descrição de actividades por sector – Recepção

• Localizar e enviar para às PU as FM dos utentes inscritos


neste modelo;
• Devolver ao arquivo geral as FM de utentes que terminam o
seguimento neste modelo;
• Criar um sistema de arquivo de FM para os utentes em
seguimento na PU no gabinete da PU.
Pontos chaves sobre a PU do SAAJ e C&T

• Em US com SAAJ específico, todas as crianças e adolescentes


com idade > 10 anos e com a RD total, devem ser referenciadas
para este sector.
• Apesar do utente receber os serviços integrados na PU, poderá
ser referenciado para outros serviços na US sempre que os
mesmos não estejam disponíveis na PU.
• US com disponibilidade de RH e Infraestrutura devem
implementar PU específica para serviços de pediatria, onde
serão seguidas crianças até aos 14 anos.
• US devem arquivar as FM dos utentes em seguimento na PU no
próprio gabinete de consulta.
. .
Paragem Única no
Serviço de SMI
. .

PARAGEM ÚNICA NA SMI


PU no Serviço de SMI

O modelo de PU-SMI consiste na oferta dos cuidados


relacionados a saúde materna e infantil à MG, ML e suas
crianças, num mesmo gabinete de atendimento. Os cuidados para
a PTV são oferecidos de forma integrada na PU-SMI.

As MG vivendo com HIV devem receber os cuidados integrados


na CPN e as Mulheres Lactantes devem ser seguidas junto às
suas crianças expostas como um par na CPP e CCR.
Critérios de elegibilidade

CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO


PU SMI PU na CCR:
∙ Ser Mulher Grávida (PU na CPN) ∙ ML mãe de CE que tenha alta da CCR (por
∙ Ser Mulher Lactante (PU na CCR) resultado definitivo ou por óbito da
∙ Ser Criança Exposta (PU na CCR) criança).
Cronograma de seguimento da MG na PU de SMI

SERVIÇO PERIODICIDADE

Consulta Pré Natal Mensal

Consulta clínica TARV Mensal

Mensal
Consulta de APSS/PP

ARVs – Mensal
Farmácia INH – Mensal
CTZ – Mensal
Cronograma de seguimento da ML na PU de SMI

SERVIÇO PERIODICIDADE

Consulta TARV Mensal

Mensal
Consulta de APSS/PP

ARVs – Mensal
Farmácia INH – Mensal
CTZ – Mensal
Calendário de seguimento da CE na CPP e CCR
Serviço
Periodicidade

1º CPP: Geralmente na maternidade


2º CPP: 7º - 20º dia de vida
Consulta pós-parto (CPP)
3º CPP: 21º - 28º dia de vida*

Inicia com 1 mês de vida da criança,


Consulta de criança em risco (CCR) Consulta clinica mensal até aos 12 meses e depois
Bimensal até alta da CCR.

* Criança exposta que se apresenta na terceira CPP com 28 dias de vida, deve
fazer esta consulta e registar no livro da CCP. No mesmo dia, esta CE deve ser
referida para CCR para a sua primeira CCR.
. .
Dispensa Bimestral de ARVs
para a Mulher Lactante
. .
Dispensa Bimestral de ARVs para a ML

Consiste no aviamento bimestral (de 2 em 2 meses) de ARVs para a


mulher lactante VHIV, mãe de CE exposta em seguimento na CCR.

Neste modelo, a cada visita a CCR, o par mãe/criança recebe:


• Consulta clínica para a Criança Exposta;
• Consulta clínica para a ML (consulta TARV);
• Sessão de APSS/PP para a ML;
• Dispensa de ARVs e profilaxias para 60 dias para a ML;
• Dispensa de profilaxia comCTX para a CE;
• Exames laboratoriais para a ML e CE de acordo com as normas.
Critérios de elegibilidade
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE DA ML e CE
A ML deve: A criança exposta deve:
• Ser ML em TARV há mais de 6 meses, e • Ter 12 meses de vida e estar em aleitamento
materno, e
• Apresentar o resultado da Carga viral
actualizada suprimida, e • Ter o último resultado de PCR negativo, e

• Não apresentar nenhuma condição • Sem outra condição de risco e nem sinais e
clínica activa do estadio 3 ou 4 da sintomas de doença que requeira monitoria
OMS. clínica regular, e

• Ter bom crescimento avaliado através da


classificação do P/E nos últimos 3 meses de
seguimento.
Cronograma de seguimento da ML e CE na DB
Serviço Periodicidade

Consulta da CCR (CE) Bimestral

Consulta de TARV (ML) Bimestral


Consulta de APSS/PP (ML)
Bimestral

ARV (ML)
Farmácia CTZ (ML e CE) Bimestral
TPT (ML) se elegivel
Pontos chaves sobre a Paragem Única
• O modelo de PU consiste na oferta dos serviços num mesmo gabinete de
atendimento, visando reduzir a circulação do utente e o tempo de espera na US.

• O modelo de PU deve ser implementado nos seguintes sectores: SMI (CPN e


CCR, CPP), SAAJ, TB/HIV e Gabinete de consulta TARV.

• Após o 3º mês de TARV, o utente em seguimento na PU do SAAJ (excepto


adolescente grávida) deve ser reavaliado para inclusão em outros MDS,
mantendo o seguimento no SAAJ até à transição para a consulta TARV do
adulto.

• Utentes em seguimento na PU de C&T por CV≥ 1000 cópias devem ter o seu
cronograma ajustado ao fluxo de seguimento de utentes com Carga Viral
elevada.
Estudo de Caso

CE-HIV, em seguimento na CCR, com teste HIV ao nono mês


negativo, filha de mãe em TARV a entrada na CCR com CV ao nono
mês pós-parto indetectavel, sem nenhuma condição clinica do estadio
3 ou 4 da OMS na actual consulta dos 12 meses pós-parto.

Qual o modelo que esta ML pode beneficiar?


. .
Abordagem
Familiar
. .

3. ABORDAGEM FAMILIAR
Definição

Considera-se um grupo de família quando no


agregado familiar existem pelo menos 2 membros
vivendo com HIV recebendo cuidados em
conjunto.
Definição

• Consiste no atendimento da família, no mesmo dia, no mesmo gabinete e pelo


mesmo provedor, numa consulta familiar, facilitando deste modo o
seguimento e tratamento dos membros da mesma família.

• Além de facilitar o seguimento, a abordagem familiar permite melhorar o


envolvimento de pais e cuidadores, parceiros e irmãos no tratamento uns dos
outros.

• Permite desta maneira reduzir o estigma no seio das famílias e melhora a


adesão e retenção dos utentes em cuidados, particularmente das crianças.

• Ajuda também no processo de revelação do sero-estado no seio da família.


Objectivos do modelo
Prover atendimento integrado a família

Melhorar a qualidade dos serviços


oferecidos

Contribuir para melhoria da:


Ligação aos cuidados
Adesão
Retenção
Supressão Viral

Contribuir para redução da


morbimortalidade pelo HIV
Critérios de elegibilidade
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
• Utentes HIV positivos (criança, adolescente, jovem
e adulto), em TARV, independentemente da data
do diagnóstico, estadio clínico ou imunológico.

• Ser membro do mesmo agregado familiar e estar


em seguimento na mesma US.
• Recusar-se em fazer parte do
• Ter revelação total do sero-estado entre os modelo;
membros da família com idade recomendável,
independentemente de haver sero- discordância.

• Consentir em fazer parte do grupo de família.


Nota:
• Embora a positividade para o HIV seja um dos principais
critérios para integrar a AF, podem ser inclusos no grupo,
membros seronegativos nas seguintes condições:

• Parceiro sero-discordante, incluindo aqueles que estão em


PrEP.

• Pais ou cuidadores seronegativos de crianças HIV+, que


tenham alguma doença crónica em seguimento na mesma US
(Exemplo: HTA, Diabetes, etc).
Nota:

• Outros filhos sero-negativos ou irmãos sero-negativos da criança


HIV+ do grupo de família, que tenham alguma doença crônica
que requeira seguimento na mesma US;

• Cuidadores (que não sejam pais biológicos) das crianças HIV+.


Neste caso, só entram na AF se o agregado tiver pelo menos dois
membros da família HIV+.

• Mulher que engravida estando em seguimento na AF, querendo,


pode manter-se no grupo, acompanhando os seus familiares a
consulta sempre que necessário.
Cronograma de seguimento do utente na AF
• Recomenda-se, numa primeira fase (logo após a criação de grupo de
família), que se faça marcação de consultas clínicas, consultas de
APSS/ PP e dispensa de ARV na mesma data para todos os membros
do grupo.

• Contudo, a cada consulta, o provedor de saúde deve fazer avaliação


das condições de estabilidade de cada um dos membros para decidir
pela inclusão/continuidade em algum MDS menos intensivo.

• O Cronograma de seguimento será ajustado ao modelo em que cada


membro estiver incluído.
Cronograma de seguimento do utente na AF
• Todos os membros da família podem ser incluídos em MDS menos intensivos
caso sejam elegíveis.

• Poderão surgir situações em que parte dos membros possam ser incluídos em
MDS menos intensivos e os restantes continuem no seguimento mensal. Estas
condições são:
• Agregado familiar com 2 ou mais membros adultos (um estável e outro
instável);
• Ter pelo menos uma criança com idade < 2 anos;
• Ter criança ≥ 2 anos ou adolescentes instáveis.

• Nestes casos, o membro instável deverá ser acompanhado mensalmente por um


adulto (fixo ou de forma rotativa) até que reúna os critérios de estabilidade.
Descrição de actividades por sector

Neste modelo, as actividades em cada sector são as


rotineiras, com excepção da farmácia, que deve organizar
as FILAs do grupo de família numa única pasta
suspensora, e estas, arrumadas em pasta suspensa
específica para grupos familiares.
Pontos chave sobre a Abordagem Familiar

• AF consiste no atendimento da família, no mesmo dia, no


mesmo gabinete e pelo mesmo provedor, numa consulta
familiar.

• Embora a positividade para o HIV seja o principal critério


para integrar a AF, podem ser incluídos no grupo
membros seronegativos em seguimento na US por outras
condições crônicas.

• O cronograma de seguimento individual será ajustado ao


modelo em que cada membro estiver incluído.
. .
Dispensa Comunitária de
ARVs através do Provedor
. .
Definição

A dispensa de ARV na comunidade através do provedor


de saúde consiste na oferta de TARV e profilaxias no
domicílio do utente (desde que este tenha consentido em
receber visitas domiciliares), através de um técnico de
saúde.

Este MDS tem como grupo alvo utentes que faltam à


consulta clínica e/ou levantamento antirretroviral, mas
que têm a intenção de continuar com o tratamento.
Objectivos do modelo
Manter em TARV utentes com
dificuldades de acesso à US

Contribuir para melhoria da:


Adesão
Retenção
Supressão Viral

Contribuir para redução da


morbimortalidade pelo HIV
Critérios de elegibilidade
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
• Utente ≥ 2 anos que seja: • Criança com idade inferior a 2 anos.
• Faltoso a consulta ou levantamento de ARV,
contactado telefonicamente, que tenha • Utente faltoso, contactado
referido dificuldades em apresentar-se na telefonicamente e promete retornar aos
US devido a questões relacionadas a cuidados e tratamento na US.
transporte ou de recursos financeiros para
deslocação, mas tem interesse em continuar • Utente faltoso que não mostre interesse
com o TARV e aceita receber a medicação em continuar o tratamento após receber
na comunidade. intervenção para retorno aos cuidados.
• Faltoso a consulta ou levantamento de ARV,
com os critérios acima referidos, sem • Mulheres grávidas e lactantes.
contacto telefónico, mas que consentiu em
receber visita domiciliar.
Dispensa Comunitária de ARVs através do Provedor

Utentes em DT são elegíveis a este modelo, caso


faltem ao levantamento intercalar entre as consultas.

Nestes casos, o provedor deve aviar medicamentos


para 1 mês e referi-lo imediatamente à US.
Dispensa Comunitária de ARVs através do Provedor

A dispensa pelo provedor não deve ser oferecida duas vezes


consecutivas sem que o utente retorne à consulta na US;

Em caso do par cuidador/criança, deve-se sempre garantir a


dispensa de ARV para o cuidador e para a criança, caso esta
também tenha faltado.

Par cuidador/criança < 2 anos faltoso deve ser referido á US para


continuidade de serviços. Estes não devem receber ARVs na
comunidade.
Cronograma de seguimento
Os utentes que recebem os ARVs na comunidade através do
Provedor de saúde não têm um cronograma específico de
seguimento.
Todos os utentes devem ser aconselhados a retornarem a US o
mais breve possível, dentro de 1 mês.

Antes de sair para a visita na comunidade, o provedor deve


avaliar se o utente é elegível para serviços específicos, como
colheita de CV, testagem ou referência de parceiros sexuais e
filhos menores de 15 anos.
Pacote de serviços
• Entrega de medicamentos antirretrovirais;

• Entrega de INH e CTZ a utentes que já estejam a receber estas profilaxias;

• Distribuição de insumos de prevenção (preservativos e lubrificantes);

• Oferta de APSS/PP: avaliação da adesão, de factores psicossociais que afectam a adesão,


aconselhamento para reforço da adesão, oferta de mensagens de PP;

• Rastreio para referência e testagem de parceiros sexuais e filhos menores de 15 anos;

• Rastreio de ITS, TB e VBG.


Descrição de actividades ao nível da US
• Fazer chamada para os utentes faltosos a solicitar o consentimento
para levar os medicamentos às suas residências ou um local
combinado;

• Informar ao utente, que ao retornar a US poderá ser


inscrito/continuar em MDS menos intensivos (se for elegível);

• Elaborar as receitas médicas e levantar os medicamentos (ARVs e


profilaxias) na Farmácia do ambulatório (local exclusivo para
dispensa de ARVs ao Provedor), para entrega pelo provedor de
saúde na comunidade;
Descrição de actividades ao nível da US

• Para os utentes atendidos na PU, separar FILAS dos mesmos e


partilhar os dados de NID/Nome do paciente, medicamento, linha
terapêutica, regime terapêutico e duração da terapêutica ao provedor
que fará a visita, para entregar na Farmácia um dia antes da saída
para comunidade

• A Farmácia entrega os medicamentos (ARVs e profilaxias) ao


provedor de saúde (quantidade de acordo com a lista apresentada,
os ARVs devem estar registados na folha do Mini LRDA do
provedor que fica na US );

• Conferir as quantidades de ARVs e profilaxias recebidos pelo


provedor de saúde e levar o duplicado do Mini-LRDA;
Descrição de actividades ao nível da comunidade

Durante a entrega dos ARVs e profilaxias na comunidade:

• Actualizar a data do levantamento seguinte no cartão/caderneta,


bem como colocar um certo no duplicado do Mini-LRDA a fim de
justificar o consumo na Farmácia;

• Registar a informação no Livro de Dispensa Comunitária de ARVs


através do Provedor.

• Informar ao utente que ao se dirigir à US na consulta seguinte,


poderá ser avaliado para outro MDS, e caso seja elegível deixa de ser
necessário receber os ARVs mensalmente na comunidade;
Descrição de actividades ao nível da comunidade

• Avaliar e reforçar a adesão ao TARV e oferecer mensagens de


PP;

• Avaliar os factores psicossociais que afectam a adesão;

• Reforçar necessidade de testagem de parceiros sexuais e filhos <


15 anos;

• Referir a US em caso de VBG.


Gestão de utentes

• Antes de decidir por visita domiciliar, fazer 3 tentativas de


chamadas para todos os contactos disponíveis durante 2 dias
consecutivos;

• Durante a visita, se o paciente for localizado, oferecer o pacote


de serviços descrito;

• Se não for localizado, devolver os medicamentos à US no


mesmo dia.
ALGORÍTMO DE
GESTÃO DE
UTENTES NA DCP
Gestão de utentes

Utentes sem contacto telefónico elegíveis para dispensa de


ARV através do Provedor podem receber os ARV através
deste modelo, desde que tenham consentido receber
visitas no domicílio.

Nestas situações, não sendo possível efectuar a chamada


telefónica, o provedor dirige-se directamente ao domicílio
do utente.
Descrição de actividades ao nível da US, após retorno da
comunidade

Após a dispensa na comunidade, o provedor deverá:

• Solicitar as FM de todos os utentes que receberam os ARV e


profilaxias e efectuar o respectivo registo;

• Enviar as FM para introdução no EPTS.


Pontos chave 1/2

• A dispensa de ARV na comunidade através do provedor de saúde


consiste na oferta de TARV e profilaxias no domicílio do utente,
através de um técnico de saúde.

• Este MDS tem como grupo alvo utentes que faltam à consulta clínica
e/ou levantamento antirretroviral, mas que têm intenção de continuar
com a medicação.

• Utentes em DT são elegíveis a este modelo, caso faltem ao


levantamento intercalar entre as consultas.

• Caso o utente falte ao levantamento na data em que tem consulta,


deve-se aviar a medicação para 1 mês, e referi-lo imediatamente à US.
Pontos chave 2/2

• A dispensa pelo provedor não deve ser oferecida duas vezes


consecutivas sem que o utente retorne à consulta na US;

• Caso o utente seja elegível a CV estando na DT, deve-se


dispensar apenas um frasco de ARV e recomendar ao utente a
dirigir-se à US logo que possível.

• Antes de efectuar a visita, fazer 3 chamadas para todos os


contactos disponíveis durante 2 dias consecutivos
. .
Dispensa Comunitária de ARVs
através de Brigadas Móveis
. .
Definição

Consiste na inclusão de serviços de HIV (prevenção,


diagnóstico, cuidados e tratamento) no pacote de
serviços oferecidos pelas equipas da US que se
deslocam periodicamente à comunidade para oferta
de serviços de saúde integrados.

Neste sentido, os serviços de HIV devem ser inclusos


nas Brigadas Móveis integradas já em curso. Não se
recomenda a criação de brigadas móveis específicas
para os serviços de HIV.
Objectivos do modelo
Aproximar os serviços de
HIV à comunidade

Reduzir o peso da doença


para o utente

Contribuir para melhoria da:


Ligação aos serviços
Adesão
Retenção
Supressão Viral

Contribuir para redução da


morbimortalidade pelo HIV
Serviços oferecidos – Componente de HIV
• Sempre que possível, todos os serviços de HIV oferecidos na US devem ser
oferecidos na BM:
• Prevenção: oferta de preservativos e lubrificantes, ATS, ITS e PrEP.
• Cuidados e tratamento: TARV adulto, TARV Pediátrico, oferta de profilaxias, rastreio
e tratamento de Ios, etc.;
• APSS/PP: Avaliação e reforço da adesão, oferta do pacote de PP, revelação do
diagnóstico, etc.
• Laboratório: Colheita de amostras para análises clínicas (PCR, CD4, CV, baciloscopia
pata TB, Gxpert, hemograma, bioquímica). Realização de testes rápidos (malaria,
sífilis, TB Lam).
• Farmácia: Dispensa de ARVs, profilaxias e medicamentos para as condições mais
frequentes.
Critérios de elegibilidade da US

• Raio de acção que abrange comunidades com dificuldades de acesso, (fraca


disponibilidade da rede de transportes, intransitabilidade, longas distâncias,
migrações sazonais e situações de emergência).
• Dispor de recursos (meio de transporte, combustível, recursos humanos, material e
medicamentos).
• Deverão também ser considerados os recursos disponibilizados pela US da sede ou
pelos parceiros de implementação. Estes recursos devem ser suficientes para
realizar as BM de acordo com o calendário de seguimento dos utentes na
comunidade.
• US com fraca cobertura de serviços de saúde da mulher e da criança (CPN, CCR,
CCS, CCD CPF, Vacinação, Nutrição, etc.).
Critérios de elegibilidade da comunidade

• Fazer parte da lista de comunidades que já recebem BM integradas.


• Dificuldade de acesso à US, quer seja por:
• Inexistência de transporte ou elevado custo de transporte;
• Intransitabilidade das vias de acesso;
• Longas distâncias (≥ 8 km);
• Migrações sazonais
• Plantações, trabalho sazonal, deslocados/as;
• Conflitos militares e calamidades naturais.
Critérios de elegibilidade da comunidade

• Comunidades que tenham no mínimo 15 utentes em


seguimento TARV;
• Altas taxas de positividade no ATS-C;
• Áreas de concentração de população chave (TS, HSH,
Transgénero, PID), caso não estejam a implementar clínicas
móveis para PC e Vulnerável.
Critérios de elegibilidade dos utentes
• A integração dos serviços de HIV nas BM tem como grupo alvo
os utentes HIV negativos que procuram os serviços de
prevenção, e utentes vivendo com HIV, diagnosticados na
comunidade ou referidos à partir da US.

• Os utentes vivendo com HIV que recebem cuidados através


deste modelo, devem ser continuamente avaliados para
elegibilidade a outros MDS menos intensivos e referidos à US
logo que elegíveis.
Critérios de elegibilidade dos utentes
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
• Utente HIV+, caso novo identificado na US ou • Surgimento duma condição clínica grave que
na comunidade, sem condição clínica grave; necessite de seguimento mais diferenciado ao
nível da US;
• Utente HIV+ em TARV na US, e referido a
comunidade (incluindo com utentes com má
adesão ou de risco);

• Caso esteja em tratamento para TB, deverá


estar a fazer o DOT comunitário.
Atenção…

• Utentes com critérios e que optem pela dispensa multimensal


(trimestral ou semestral) de ARV, devem ser aconselhados para o
seguimento na US.

• Utentes em seguimento na BM que desenvolvam condição que


requeira seguimento na US, devem ser referidos para a US.

• O aviamento de ARVs na BM para as mulheres grávidas e lactantes


só deve acontecer se os serviços pré-natais (CPN) e de seguimento
da criança em risco (CCR) completos estiverem disponíveis na BM.
Actividades de preparação da BM - ao nível da comunidade

• Mapeamento das aldeias/comunidades para oferta dos serviços


de brigada móvel (deve ser feito em colaboração com o
responsável de Medicina Preventiva da US);

• Identificação de um ponto focal para cada comunidade (APE ou


outro Agente Comunitário de Saúde), que será o elo de ligação
com a comunidade;

• Identificação dos actores comunitários para a apresentação da


estratégia e o cronograma das BM;
Actividades de preparação - ao nível da comunidade

• Identificação de organizações que fazem o ATS-C para facilitar as


referências;
• Em coordenação com os actores comunitários, promover actividades para
mobilização comunitária e criação de demanda para os serviços oferecidos
(usando outras plataformas como rádios comunitárias);
• Identificação do local de realização da BM ou do local para atendimento
comunitário disponibilizado pela comunidade;
• Em épocas chuvosas e/ou de sementeira, avaliar previamente com a
comunidade e os utentes, a pertinência em deslocar a BM para um ponto
fixo próximo as machambas, minas, zona de pesca, etc.
Actividades de preparação - ao nível da US
• Elaboração do cronograma de visitas: deverá ser elaborado um cronograma
detalhado de visitas às comunidades. Este deverá incluir o nome da comunidade
a visitar, a data da visita e os recursos necessários;

• Elaboração da lista de utentes em TARV e em PrEP a serem seguidos na BM. Lista


que inclui novos utentes identificados na comunidade durante a semana e os
utentes já em seguimento na US. Esta lista servirá também para identificar os
faltosos (todos os utentes que não comparecerem na BM);

• Identificação
e oferta de seguimento na BM aos utentes elegíveis que estão em
seguimento na US;
Actividades de preparação - ao nível da US
Preparação dos recursos para a BM nomeadamente:
• Humanos (identificação do pessoal e responsabilidades de cada integrante);

• Materiais e insumos (viatura, combustível, medicamentos,


testes/consumíveis, vacinas, etc.);

• Instrumentos de registo (livros de registo, fichas mestras, fichas individuais


de PrEP, filas, fichas de CCR, requisições de laboratório – FSR CV, FSR PCR,
etc.);

• Financeiros.
Actividades de preparação - ao nível da US
• Informação e/ou visita de pré-aviso, em coordenação com o ponto focal da comunidade e os
actores comunitários das comunidades a serem visitadas. É importante obter a aprovação dos
líderes comunitários de cada comunidade:

• Antes da implementação da abordagem, deve-se obter a aprovação da Administração


Distrital, Líderes Comunitários e ACS;
• Antes das visitas às comunidades, deve-se partilhar o calendário das visitas com os
Líderes Comunitários e ACS;
• No dia da BM, os Líderes Comunitários e ACS devem estar presentes (não
necessariamente durante todo o período de realização da actividade)

• Depois da realização das BM, os dados de todos os programas envolvidos devem ser
actualizados na US de referência e respectivos instrumentos de registo (manuais e
electrónicos) num prazo de dois dias após a BM.
Princípios gerais para o bom funcionamento das BM

Para que este modelo funcione devidamente, é necessário que o


PF de HIV e o ponto focal da BM da US coordenem as suas
actividades:
• Planificação e registo adequado;
• Comunicação eficiente com as comunidades;
• Retro-informação às comunidades sobre a evolução do
programa;
• Tomada de decisões baseada na análise de dados das
actividades desenvolvidas;
• Gestão adequada dos recursos.
Cronograma de seguimento na BM
• Não existe um cronograma de seguimento específico para os utentes
que recebem os serviços no modelo de BM.

• O cronograma de seguimento dos utentes na BM deve obedecer as


normas de seguimento clínico e laboratorial dos utentes em TARV.

• Os utentes na BM podem estar em simultâneo inscritos em outros


MDSs menos intensivos. Nestas circunstâncias, o utente deve ser
aconselhado a continuar o seguimento no MDS menos intensivo na
US.
Nota:

Nem sempre será possível garantir a presença de


técnicos específicos das áreas listadas acima, no
entanto, a equipa deverá organizar-se por forma a
que os membros integrantes da BM cubram as
actividades de todas áreas.
Registo de informação

• Dados de ATS devem ser registados no livro de ATS-C


• Atribuir uma cota de NIDs à BM sempre que esta for realizar actividades;
• Após a abertura da FM e atribuição de NID aos utentes na comunidade,
estes devem ser registados no livro de APSS/PP, Pré TARV e TARV da US.
• As FM devem ficar armazenadas no arquivo geral da US;
• Para facilitar a localização das FM dos utentes seguidos na BM, deve-se
registar os NID dos utentes em seguimento neste modelo na lista de
utentes em seguimento nas BM.
• A BM deve ter a sua folha de contagem individual. Os dados desta folha
devem ser agregados ao resumo mensal da US;
• As folhas de contagem da brigada móvel devem ser arquivadas na US.
Registo de informação

A equipa da BM deve levar 2 mini-LRDA, um para a consulta


integrada geral e outro para SMI;
O aviamento de ARV deve ser registado nos seguintes
instrumentos durante a BM:
• Mini LRDA
• Receita Clínica
• Ficha Mestra
Registo de informação

Para a componente de SMI, devem ser levados todos os


instrumentos usados para o registo dos serviços rotineiros de
Saúde da Mulher e Criança oferecidos na US;

A BM deve ter requisições e protocolos de análises clínicas


(hemograma, bioquímica, CD4 e carga viral). Toda informação de
amostras colhidas deve ser registada nos respectivos livros de
registo do laboratório.
Fluxo de informação

Antes da partida da BM para à comunidade:


• Extrair do SESP ou da lista de utentes em BM a lista de utentes a serem
atendidos na comunidade;
• Ter uma lista de quota de NID a serem atribuídos na comunidade;
Durante as actividades:
• Preencher todos os instrumentos citados anteriormente.
Depois das actividades deve:
• Preencher a folha de contagem de HIV/SIDA com os dados do dia;
• Inscrever todos os utentes nos livros de pré-TARV e TARV;
• Descarregar a informação do mini-LRDA e receitas clínicas no LRDA;
• Descarregar toda a informação de análises no livro de registo do laboratório;
• Passar a informação referente a APSS/PP da ficha mestra para o livro de
registo.
Pontos chave

• Este modelo consiste na inclusão de serviços de HIV no pacote de


serviços oferecidos pelas equipas da US que se desloca
periodicamente à comunidade para realizar a BM.
• Tem como grupo alvo os utentes HIV negativos que procuram os
serviços de prevenção, e utentes HIV positivos instáveis e estáveis,
diagnosticados na comunidade ou referidos à partir da US.

• Utentes com critérios e que optem pela dispensa multimensal


(trimestral ou semestral) de ARV, devem ser aconselhados para o
seguimento na US.

• Utentes em seguimento na BM que desenvolvam condição que


requeira seguimento na US, devem ser referidos para a US.
. .
Clínicas Móveis para Populações
Chave e Vulneráveis
. .

6. Clínicas Móveis para Populações Chave e Vulneráveis


Definição

Consiste na oferta de serviços de saúde na comunidade, como


mecanismo de melhorar o acesso aos serviços para populações
que enfrentam barreiras de acesso aos mesmos, e encontram-se
em elevado risco de contrair a infecção pelo HIV.

As clínicas móveis tem como grupo alvo principal as populações


chave e vulneráveis, entretanto não se pode vedar o acesso a
outros grupos populacionais que os procuram. Nestas
circunstâncias, deve-se oferecer os serviços ao utente e
aconselhar a continuidade do seguimento na US.
Objectivos do modelo
Melhorar o acesso aos serviços para
Aproximar os serviços à utentes que enfrentam barreiras de
comunidade acesso durante as horas normais de
expediente

Reduzir o peso da
doença para o utente

Contribuir para melhoria da:


Ligação aos cuidados
Adesão
Retenção
Supressão Viral

Contribuir para redução da


morbimortalidade pelo HIV
Critérios de elegibilidade dos utentes
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Utentes pertencentes a grupos de PC ou • Surgimento duma condição clínica grave que
vulnerável que sejam: necessite de seguimento mais diferenciado ao
nível da US;
• Utente HIV+, caso novo identificado na US ou
na comunidade, sem condição clínica grave;

• Utente HIV+ em TARV na US, e referido a


comunidade (incluindo com utentes com má
adesão ou de risco);

• Caso esteja em tratamento para TB, deverá


estar a fazer o DOT comunitário.
Cronograma de seguimento na CM
• Não existe um cronograma de seguimento específico para os utentes
que recebem os serviços no modelo de CM.

• O cronograma de seguimento dos utentes na CM deve obedecer as


normas de seguimento clínico e laboratorial dos utentes em TARV.

• Os utentes na CM podem estar em simultâneo inscritos em outros


MDSs menos intensivos. Nestas circunstâncias, o utente deve ser
aconselhado a continuar o seguimento no MDS menos intensivo na
US.
Princípios gerais para o bom funcionamento das CM

Localização - as CM devem estar em locais estratégicos, definidos


em estreita colaboração com os representantes dos beneficiários
da PC. No entanto, estas devem se localizar próximo às “zonas
quentes” e locais de residência da PC. Além disso, para não
estigmatizar ou constranger a PC no acesso aos serviços, especial
atenção deve ser dada ao pacote de serviços oferecidos, sinalética,
imagens e material IEC disponibilizado.
Princípios gerais para o bom funcionamento das CM

Serviços oferecidos - é recomendável a oferta de pacotes


adicionais e de interesse para toda a população, por exemplo,
distribuição de insumos de prevenção, medição da pressão
arterial, PF, rastreio de ITS e TB, rastreio de CACUM, da Próstata,
Diabetes, Epilepsia, diagnóstico e tratamento da malária,
demonstração de técnicas de palpação testicular, diagnóstico e
tratamento da malária.
Princípios gerais para o bom funcionamento das CM

Horários – Devem ser flexíveis para absorver populações


indisponíveis durante horários regulares de funcionamento das
US - por exemplo: os TS preferencialmente visitam a US antes de
se dirigirem às “zonas quentes”.

Entretanto, de modo a garantir sustentabilidade das CM e


segurança para os profissionais de saúde, recomenda-se que as
mesmas funcionem das 15 ás 20 horas, podendo o horário ser
adaptado de acordo com as condições de cada local.
Princípios gerais para o bom funcionamento das CM

Ligação entre os serviços na comunidade e a US - os provedores


da CM devem ser da US de referência. De forma a responder à
alta rotatividade dos provedores do Serviço Nacional de Saúde e
garantir a sustentabilidade das CM, deve ser estabelecido um
sistema de rotatividade dos provedores afectos a CM.
Registo de informação

• Dados de ATS devem ser registados no livro de ATS-C


• Atribuir uma cota de NIDs à BM sempre que esta for realizar actividades;
• Após a abertura da FM e atribuição de NID aos utentes na comunidade,
estes devem ser registados no livro de APSS/PP, Pré TARV e TARV da US.
• As FM devem ficar armazenadas no arquivo geral da US;
• Para facilitar a localização das FM dos utentes seguidos na BM, deve-se
registar os NID dos utentes em seguimento neste modelo na agenda de
utentes em seguimento nas BM.
• A BM deve ter a sua folha de contagem individual. Os dados desta folha
devem ser agregados ao resumo mensal da US;
• As folhas de contagem da brigada móvel devem ser arquivadas na US.
Registo de informação

A equipa da CM deve levar 2 mini-LRDA, um para a consulta


integrada geral e outro para SMI;
O aviamento de ARV deve ser registado nos seguintes
instrumentos:
• Mini LRDA
• Receita Médica
• Ficha Mestra
Registo de informação

Para a componente de SMI, para além do livro da CPN, CCR,


SSR-PF, CCS, CCD, deve ser levado o livro de PCR e todos os
outros instrumentos de registo necessários para a CM;

A CM deve ter requisições e protocolos de análises clínicas


(hemograma, bioquímica, CD4 e carga viral). Toda informação de
amostras colhidas deve ser registada nos respectivos livros de
registo do laboratório.
Fluxo de informação

Antes da partida da BM para à comunidade:


• Extrair do SESP ou da lista de utentes em seguimento na CM a lista de utentes
a serem atendidos na comunidade;
• Ter uma lista de quota de NID a serem atribuídos na comunidade;
Durante as actividades:
• Preencher todos os instrumentos citados anteriormente.
Depois das actividades deve:
• Preencher a folha de contagem de HIV/SIDA com os dados do dia;
• Inscrever todos os utentes nos livros de pré-TARV e TARV;
• Descarregar a informação do mini-LRDA e receitas clínicas no LRDA;
• Descarregar toda a informação de análises no livro de registo do laboratório;
• Passar a informação referente a APSS/PP da ficha mestra para o livro de
registo.
Pontos chave 1/2

• Este modelo consiste na oferta de serviços na comunidade,


como mecanismo de melhorar o acesso aos serviços para
populações que enfrentam barreiras de acesso aos mesmos e
encontram-se em elevado risco de contrair a infecção pelo HIV.

• As clínicas móveis tem como grupo alvo principal as


populações chave e vulneráveis, entretanto não se pode vedar
o acesso a outros grupos populacionais que os procuram.

• As CM devem estar em locais estratégicos, definidos em estreita


colaboração com os representantes dos beneficiários.
Pontos chave 2/2

• Os seus horários devem ser flexíveis para absorver populações


indisponíveis durante horários regulares de funcionamento das
US;

• os provedores da CM devem ser da US de referência;

• Para a segurança dos provedores e equipamentos, é


recomendável a coordenação com a unidade policial mais
próxima
Obrigado!

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