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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas


Curso de Psicologia

AMANDA AGUIAR SILVA RA: N6533C6


ANA LAURA LIMA DE OLIVEIRA RA: F22FDF0
DANIELLE GARGARO DOS SANTOS RA: G14EJJ0
GABRIELA ORSI DE OLIVEIRA RA: N670GE0
INARAY TAIANNY PEREIRA RA: F277607

RESUMO DO CAPÍTULO APAIXONAR-SE E DESAPAIXONAR-SE

BAURU - SP
2022
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho visa trazer um resumo do capítulo 1: Apaixonar-se e
desapaixonar-se do livro amor líquido de Zygmunt Bauman. O livro tem como
temática principal as relações humanas no contexto atual.
O texto começa com uma citação de Charles Baudelaire e a partir disso
começa a fazer uma série de indagações, prendendo a atenção do leitor para
questões relacionadas aos sentimentos e se seria possível tornar essas questões
mais ordenadas e alinhadas.
O próximo gancho foi trazer reflexões a respeito dos dois maiores
participantes da vida humana, sendo o amor e a morte. Segundo Ivan Klima (autor
citado por Bauman) o amor realizado e a morte seriam semelhantes por ter um
começo e um fim, não permitindo qualquer tipo de retorno.
Bauman começa a dizer que as ferramentas (instrumentos de trabalho)
surgem através de diferentes processos, não possuindo uma ancestralidade nem
descendência. Desse modo, ele diz que a história vai sendo construída ao longo das
experiências, fazendo comparação com o amor e a morte. Um exemplo é que os
sentimentos surgirão em algum momento (momento este indefinido) e não tem como
escapar ou se esconder deles.
Quando o amor se encerra, as pessoas tentam enquadrar a experiência que
tiveram em uma norma, regra; com o intuito de compreender e lidar melhor em uma
próxima oportunidade. Ao se tratar da morte, não se pode ter uma compreensão do
que é, pois apenas a pessoa que teve essa experiência saberá. Como não é
passível de se ter essa experiência (morte) mais de uma vez, não é possível
‘’capacitar-se’’ para uma próxima vez.
No seguinte capítulo, ele começa a comentar sobre o que seria estar
apaixonado e que algumas pessoas alegam ser mais propensas ao amor. Isso pode
se dar ao fato de que houve alterações históricas, essas fizeram que o amor
deixasse de ser extremamente valorizado e como Bauman diz ‘’até que a morte nos
separe’’ acabou caindo em desuso pela fragilidade das relações atuais. Assim o
amor surge como sendo uma experiência que pode acontecer várias vezes na vida.
Ele diz que as pessoas conhecem o amor como sendo algo intenso e curto,
por isso, que se tornou comum começar uma relação, terminar e começar outra.
Começar uma nova relação seria vista como melhor, pois a partir do último ela
acabou ‘’adquirindo’’ novos aprendizados.
Ele faz citação a um acontecimento no banquete de Platão, ao dizer que a
fala da profetiza nesse banquete faz referência ao amor, dizendo que ele tem seu
significado na construção e não na busca de algo pronto, ou seja, seria algo que as
pessoas iriam desenvolver ao longo do tempo juntas. Ele começa a dizer que o amor
não é algo que se pega pronto em um supermercado, como um produto. Logo, ele
faz alusão a sociedade consumista, em que se procura somente ter, sem fazer
qualquer esforço.
O autor traz distinções entre o desejo e o amor. O desejo é provocado pelo
novo, por algo que não tem dificuldades e pela satisfação momentânea. Já o amor é
determinado pelo cuidado diário e constância. Possuindo também outra
discordância, visto que o desejo vê o outro como um objeto de seu prazer, enquanto
o amor quer se aprofundar e enxergar o outro como sujeito.
Prosseguindo seu raciocínio, ele apresenta um exemplo de como ocorre as
relações atuais; sendo que pode ocorrer a partir de uma troca de olhares, um pouco
de conversa e com essa pouca interação podem decidir passar a noite juntos. Nesse
exemplo, os indivíduos têm a liberdade pela ausência de qualquer compromisso,
mas acabam por ter o contato físico e amoroso de um relacionamento sério. Porém,
no caso de um deles querer algo mais sério enquanto o outro deseja continuar com
suas relações casuais, isso pode gerar dificuldades que o farão decidirem pelo
afastamento ou pelo crescimento do relacionamento.
O autor diz que o desejo precisa de um tempo (mesmo o desejo precisando
de pouco tempo, para os padrões atuais torna-se um longo período) para surgir e
por isso dizer que as relações casuais acontecem por desejo poderia ser equívoco,
podendo acontecerem pelo simples motivo das pessoas quererem consumir, possuir
e ‘’procurarem’’ ter a cada relação uma melhor satisfação.
Retornando à comparação ao sistema capitalista, ele diz que quando surgiu o
cartão de crédito, esse veio com a promessa de não se ter que esperar para
satisfazer seus desejos. Nisso o autor diz que os encontros rápidos não acontecem
por uma questão de desejo, mas que ocorre pela necessidade dos indivíduos de
quererem possuir a todo momento (assim como usam o cartão de crédito), visto que
não há mais escolha ou seleção do parceiro. O parceiro não precisa de requisitos e
a partir do momento que não for mais satisfatório (agradável) ele pode ser trocado
por outro (produto).
Bauman comenta sobre os relacionamentos que abrangem ter um
compromisso, para se ter isso é necessário tempo, vontade e responsabilidade; por
ter essa doação ao outro as pessoas esperam que haja frutos, como se fosse um
tipo de investimento em que pode haver bons resultados ou não. Esses resultados
de podem vir em forma de segurança, apoio emocional, mas isso é apenas uma
probabilidade já que em uma relação a longo prazo envolve incertezas, desafios e
inseguranças.
Quando a insegurança chega, ela pode atrapalhar uma relação, em especial
quando o outro começa a mudar seu comportamento em função disso, seja sendo
mais presente, carinhoso ou mais possesivo e agressivo. Ao acontecer isso a
personalidade de ambos pode ser perdida e o parceiro pode se submeter as
vontades do outro e isso em algum momento terá consequências, podendo uma
delas acarretar na separação.
Uma das causas que levam ao fracasso de um relacionamento é a falha em
comunicar ao outro seus incômodos, seja por estar acomodado com a situação e por
isso deseja evitar discussões, podendo também ser quando uma pessoa tem
autocontrole e aí entende que apesar dos defeitos ama aquele outro e vai aceitá-lo
dessa maneira.
Ele começa a dar mais significados sobre o que seria o amor, podendo ser
quando uma pessoa passa a diferenciar o outro como alguém com um nome, dotado
de voz, dando a ele mais ênfase ao invés de outros. Ao dar ao outro um sentido,
isso faz com que começa a ter incertezas em relação ao futuro.
O autor agora diz sobre as rápidas relações que ocorrem por conveniência de
ambas as partes, mas que em algum momento pode começar a surgir sentimentos e
até mesmo desejo. Ele diz que para não acontecer isso existe duas principais
condições, sendo uma a de não se apaixonar, não se doar a algo que pode não
existir ou dar resultados. Já a segunda condição seria manter essa relação como ela
é, no caso de conveniência, não permitindo que se altere.
Por fim, ele começa a falar sobre a seção de uma revista, esta decidiu
comentar sobre casais que preferem morar separados, ter cada um seu ciclo de
amizade e cada um com sua conta bancária, ou seja, quando estão com vontade
eles marcam de se encontrar. Alguns leitores se mostraram favoráveis a essa
escolha de vida, em que não há perca de independência, podendo fazer o que
quiser. Porém, outros dizem que se perde o essencial de um relacionamento que é a
construção e os desafios diários que um casal passa juntos, por meio desses
desafios que eles conseguem amadurecer e melhorar a relação.
Bauman finaliza dizendo que a revista leva os leitores a verem que a vida tem
que ser experimentada, consumida e assim só reforça o sistema capitalista de
consumir cada vez mais.
O trabalho de observação que será feita pelo grupo fará uma analisa sobre as
atividades humanas; sendo essas que envolvam a leitura, trabalho, conversas e
nisso pode ser evidenciado se a pessoa demonstra ser consumista através de suas
falas e vestimentas.

REFERÊNCIAS

BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 2004.

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