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AMANDA SECCO
GUTEMBERG RODRIGUES
PATRICIA KAMILA
TIAGO CRISTIANO
2023
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2023
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Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 6
2. DOUTRINA JURIDICA: ..................................................................................................................... 8
3. CAIO MÁRIO ................................................................................................................................... 8
4. CARLOS ROBERTO GONÇALVES ...................................................................................................... 9
5. NATUREZA JURIDICA .................................................................................................................... 10
6. FORMAS DE CONSTITUIR SERVIDÃO ............................................................................................ 12
6.1. Contrato: .............................................................................................................................. 12
6.2. Sentença:.............................................................................................................................. 12
6.3. A imposição legal de servidão: ............................................................................................. 12
6.4. Servidão de passagem: ......................................................................................................... 12
6.5. Servidão ambiental:.............................................................................................................. 12
6.6. Servidão administrativa: ....................................................................................................... 13
6.7. A servidão por usucapião: .................................................................................................... 13
6.8. Doação ou testamento: ........................................................................................................ 13
6.9. Por destinação do proprietário: ........................................................................................... 14
7. TIPOS DE SERVIDÃO: .................................................................................................................... 14
7.1. Servidão de passagem: ......................................................................................................... 14
7.2. Servidão de aqueduto: ......................................................................................................... 14
7.3. Servidão de luz: .................................................................................................................... 14
7.4. Servidão de vistas: ................................................................................................................ 15
7.5. Servidão de esgoto: .............................................................................................................. 15
7.6. Servidão contínua:................................................................................................................ 15
7.7. Servidão intermitente: ......................................................................................................... 15
8. CLASSIFICAÇÃO............................................................................................................................. 15
8.1. Podem ser elas classificadas como: ...................................................................................... 15
8.1.1. Rústica: ......................................................................................................................... 15
8.1.2. Urbana: ......................................................................................................................... 15
8.2. Quanto ao seu exercício, podem ser elas: ............................................................................ 15
8.2.1. Positivas:....................................................................................................................... 16
8.2.2. Negativas: ..................................................................................................................... 16
8.3. Podem ser também: ............................................................................................................. 16
Ativas:........................................................................................................................................... 16
Passivas: ....................................................................................................................................... 16
8.4. Quanto a sua origem, podem ser: ........................................................................................ 16
Legais: .......................................................................................................................................... 16
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Naturais: ....................................................................................................................................... 16
Convencionais: ............................................................................................................................. 16
8.5. Quanto a exteriorização do direito real, podem ser elas:..................................................... 16
8.5.1. Aparentes: .................................................................................................................... 17
8.5.2. Não aparentes: ............................................................................................................. 17
8.6. Quanto a situação dos prédios, podem ser elas: .................................................................. 17
8.6.1. Contínuas:..................................................................................................................... 17
8.6.2. Descontínuas: ............................................................................................................... 18
9. AÇÕES JUDICIAIS .......................................................................................................................... 18
9.1. Confessória: .......................................................................................................................... 18
9.2. Negatória:............................................................................................................................. 19
9.3. Possessória: .......................................................................................................................... 19
9.4. Nunciação de obra nova: ...................................................................................................... 19
9.5. Usucapião: ............................................................................................................................ 19
10. SERVIDÃO E INDENIZAÇÃO ....................................................................................................... 19
10.1. Artigos que mencionam danos, prejuízos e indenização. ................................................. 19
10.2. Imposição legal de uma servidão: .................................................................................... 20
10.3. Acordo entre as partes: .................................................................................................... 20
10.4. Danos causados pela servidão: ......................................................................................... 20
11. JURISPRUDÊNCIA ...................................................................................................................... 21
12. PREVISÃO LEGAL ...................................................................................................................... 22
Art. 1.378 ..................................................................................................................................... 22
Art. 1.380. .................................................................................................................................... 22
Art. 1.381. .................................................................................................................................... 22
Art. 1.382. .................................................................................................................................... 22
Art. 1.383. .................................................................................................................................... 22
Art. 1.384. .................................................................................................................................... 22
Art. 1.385. .................................................................................................................................... 22
Art. 1.386. .................................................................................................................................... 22
13. CARACTERÍSTICAS DA SERVIDÃO .............................................................................................. 22
14. DIREITOS E DEVERES DOS PROPRIETÁRIOS DOS PRÉDIOS DOMINANTES E SERVIENTES .......... 23
15. PROTEÇÃO JURIDICA. ............................................................................................................... 25
15.1. Ação Confessória: ............................................................................................................. 25
15.2. Ação Negatória: ................................................................................................................ 25
15.3. Ação de Manutenção de Posse:........................................................................................ 25
15.4. Ação de Nunciação de Obra Nova: ................................................................................... 26
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1. INTRODUÇÃO
2. DOUTRINA JURIDICA:
3. CAIO MÁRIO
Caio Mário define a servidão como um direito real limitado que concede ao
proprietário do imóvel dominante o direito de utilização de parte do imóvel serviente,
estabelecido por meio de um ato de vontade ou pela lei.
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Caio Mário ainda destaca que a servidão é um direito bilateral, que confere ao
titular do direito de servidão o direito de utilizar parte do imóvel de outra pessoa, e ao
proprietário do imóvel serviente o direito de restringir o uso do seu bem, em relação
ao direito do proprietário do imóvel dominante.
Sobre a constituição da servidão, Caio Mário afirma que ela pode ocorrer por
meios diversos, como pela lei, por contrato ou testamento, e que é fundamental que
as condições da servidão estejam descritas com precisão e clareza no contrato,
evitando conflitos futuros.
Por fim, Caio Mário aborda as formas de extinção da servidão, que podem
ocorrer por renúncia do titular, falta de uso, desapropriação do imóvel serviente pelo
Estado ou por decisão judicial, que verifique a falta de utilidade da servidão ou o
desaparecimento das condições que a motivaram.
Carlos destaca que a servidão pode ser constituída por meio de um negócio
jurídico, por lei ou por testamento, devendo ser registrada no cartório de registro de
imóveis competente.
5. NATUREZA JURIDICA
Disciplinada nos arts. 1.378 ao 1.389 do CC, a servidão é direito real que impõe
uma restrição às faculdades de uso e gozo sobre o prédio serviente em benefício do
prédio dominante estabelecendo uma relação de sujeição entre dois imóveis.
A natureza jurídica da servidão pode ser descrita como um direito real limitado de
gozo, ou seja, é um direito que recai sobre uma coisa (imóvel) e confere ao seu titular
certas faculdades em relação a essa coisa.
A servidão serve à coisa e não ao proprietário, restringindo a liberdade natural da
coisa, ou seja, obrigação que surge com a constituição da servidão é propter rem
(adere ao bem e não ao titular.)
Daí a necessidade dos seguintes requisitos para que a servidão se configure:
Podemos dizer que se trata de direito real taxativo, como se vê no art. 1225, III do
Código Civil:
Art. 1.225. São direitos reais: III - as
servidões;
Aos direitos reais é aplicado o Princípio Da Taxatividade. Ele define o que a lei
estabelece e quais são os direitos reais de forma taxativa e expressa. Não se usa
analogia e nem interpretações para se encontrarem mais direitos reais que não os
previstos pelas legislações vigentes. Os imóveis de que trata o direito de servidão não
precisam ser limítrofes, mas é necessário que pertençam a pessoas diferentes ou
seja, proprietários distintos, porque se pertencerem a um mesmo proprietário não há
que se falar em dominante e em dominado.
A limitação na servidão implica que o proprietário do prédio dominante tem o
direito de utilizar o prédio serviente de uma determinada maneira específica, de
acordo com as condições estabelecidas no título constitutivo da servidão. Essas
condições podem envolver o direito de passagem, o direito de uso de recursos
naturais (como água, por exemplo) ou outras restrições e obrigações impostas ao
prédio serviente, ou seja. Essas limitações ao direito de propriedade do prédio
serviente são legais e devem ser respeitadas pelo proprietário, a fim de garantir o
exercício pleno do direito de uso.
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6.1. Contrato:
Se o título constitutivo for um contrato e seu valor superar o limite, 30 salários-
mínimos, é necessária sua formalização por escritura pública. Se não ultrapassar
esse valor admite-se instrumento particular para sua constituição.
Independentemente do valor o registro no cartório de imóveis é obrigatório.
6.2. Sentença:
Pode decorrer a servidão de sentença proferida em ação de divisão do imóvel.
Ao serem divididos e repartidos os quinhões, estabelecer-se-á servidão sobre um
quinhão em favor de outro.
7. TIPOS DE SERVIDÃO:
8. CLASSIFICAÇÃO
8.1.1. Rústica:
Servidões situadas em prédio rural. Ex.: servidões destinadas: à passagem
pelo terreno vizinho; à coleta de água da fonte do prédio vizinho; à utilização do pasto
vizinho para alimentação do gado; à condução do gado à fonte do vizinho;
8.1.2. Urbana:
Servidões sitas em prédio urbano. Ex.: servidões destinadas: a impedir criação
de obstáculos à entrada de luz no prédio dominante; a proibir construção acima de
determinada altura.
8.2.1. Positivas:
Nestas estão permitidas praticar atos sobre o prédio serviente, como exemplo,
a servidão de passagem; as primeiras obrigam o titular do prédio serviente a tolerar
atos realizados pelo dono do prédio dominante, como ocorre na servidão de
passagem e de aqueduto
8.2.2. Negativas:
Nestas o titular é privado de algumas ações, como exemplo, tem-se a proibição
de construir. Já as negativas demandam uma abstenção por parte do dono do prédio
serviente, o que sucede, por exemplo, na servidão de não levantar uma construção
superior a determinada altura (altius non tollendi) e na servidão de não abrir janela.
Em todo caso, não obstante a menção dessa classificação, em realidade ela
apresenta pouca importância prática.
Legais: estão são as advindas pela lei, como por exemplo, a passagem forçada;
Naturais: são as que derivam da situação dos prédios, como por exemplo, a
relacionada ao escoamento das águas;
8.5.1. Aparentes:
Servidão aparente é aquela que se apresenta por obras exteriores visíveis, que
se destinam e são indispensáveis ao seu exercício. Pode-se citar, entre as servidões
aparentes, a servidão de passagem por estrada pavimentada e a servidão de
aqueduto.
8.6.1. Contínuas:
A servidão é contínua quando o seu exercício independente de atuação
humana, dispensa a intervenção do homem, sendo esse o critério fundamental para
a distinção. Logicamente ela pode ser exercida de forma ininterrupta, mas não é o seu
exercício contínuo, como foi esclarecido, que a caracteriza como uma servidão
contínua. Entre as servidões contínuas podemos destacar a servidão de aqueduto
(aquaeductus), a servidão de vista (prospectu), a servidão de não construir (non
aedificandi) e a servidão de passagem de energia elétrica. Assim, a servidão é
contínua desde o instante que seu exercício não supõe uma renovação de atos
sucessivos por parte daquele que vai se beneficiar dela: a água escoa naturalmente
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pelo aqueduto, a energia elétrica passa pelos cabos e a luz passa naturalmente pela
janela48.
8.6.2. Descontínuas:
Só tem sua continuidade se for da vontade humana, pois depende da atividade
humana, como exemplo, tem-se a de retirar água e a de trânsito. É a servidão cujo
exercício supõe a intervenção do homem, isto é, necessita de fato atual do homem
para ser exercida (besoin du fait actuel de l’homme), decorrendo daí sua
descontinuidade. Pode-se citar a servidão de passagem e a de tirar água em prédio
alheio (aquae haustus), que permite a retirada de água de nascente, de poço ou de
outra fonte de água existente no prédio serviente. Desse modo, as servidões que
dependerem de intervenção constante e atual do homem são, necessariamente,
descontínuas.
Estas classificações combinam entre si, como mostra VENOSA (2004, p. 440),
“Assim, a servidão pode ser contínua e parente, como a de aqueduto; contínua e não
aparente, como a de não abrir janela ou porta; descontínua e aparente, como a de
caminho marcado no solo, e descontínua e não aparente, como a de caminho sem
qualquer marca visível.”
9. AÇÕES JUDICIAIS
9.1. Confessória:
Pede reconhecimento pela via judicial da existência da servidão negada ou
contestada;
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9.2. Negatória:
O dono de prédio serviente, para defender seus direitos contra aquele, que,
sem título pretende ter servidão sobre o imóvel, ou, então, almeja ampliar direitos já
existentes.
9.3. Possessória:
Para evitar esbulhos por parte do proprietário do dono do prédio serviente,
também é o meio de requerer o interdito possessório em favor do prédio dominante
contra o proprietário do prédio serviente ou terceiros; Artigos 920 a 933CPC
9.5. Usucapião:
Citada anteriormente e prevista no art. 1379 do CC.
11. JURISPRUDÊNCIA
A servidão é direito real sobre imóvel alheio, pois o titular do prédio dominante
exerce sobre o prédio serviente um poder jurídico de gozar de um benefício instituído
em seu favor, sem depender de qualquer intermediário;
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É indivisível porque o ônus permanece íntegro ainda que haja divisão do prédio
serviente ou do dominante;
Tem duração indefinida, pois uma vez instituída, passa a gravar o imóvel
serviente, por tempo indeterminado, embora tenha suas preliminares de extinção.
- Evitar qualquer dano ao prédio serviente, uma vez que a servidão deve
atender às necessidades do prédio dominante (artigo 1.385 do Código Civil);
- Cancelar a servidão, comprovando sua extinção, nos casos de: a) fusão dos
dois prédios na mesma pessoa; b) retirada das respectivas construções devido a
contrato ou outro título; c) não utilização por 10 anos seguidos (artigo 1.389, incisos I
a III do Código Civil).
Convenção, se a servidão foi criada por vontade das partes e pode ser
cancelada por acordo entre as partes interessadas ou rescisão contratual;
Preclusão do direito da servidão, em razão de atos opostos ou de extinção
do domínio do prédio serviente;
O Código Civil, em seu artigo 1.387, parágrafo único, esclarece que, se o
prédio dominante estiver hipotecado e a servidão estiver mencionada na escritura
hipotecária, será necessário o consentimento expresso do credor hipotecário para
cancelar a servidão, a fim de evitar prejuízos ao valor do imóvel onerado.
19. CONCLUSÃO
A servidão também pode ser constituída por acordo entre as partes ou por
decisão judicial, sendo que a sua extinção pode ocorrer por diversos motivos, como
o desuso ou a incorporação da servidão ao imóvel dominante.
20. BIBLIOGRAFIA