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Descartes - Sexta meditação

Sinopse
"Distingue-se a intelecção da imaginação e se descrevem os sinais distintivos de uma e de
outra. Prova-se que a mente se distingue realmente do corpo, mostrando, porém, que ela
está com ele tão estreitamente conjugada que é como se compusessem uma só coisa.
Faz-se o censo de todos os erros que costumam originar-se dos sentidos e se indicam os
modos de evitá-los. Aduzem-se, por fim, todas as razões das quais se pode concluir a
existência das coisas materiais. Não que as repute muito úteis a provar o que provam, a
saber, que há deveras um mundo, que os homens possuem corpos e coisas semelhantes,
das quais ninguém com mente sã jamis duvidou seriamente, mas, porque, ao considerá-
las, não as reconheci nem tão firmes, nem tão manifestas quanto as que empregamos para
chegar ao conhecimento de nossa mente e de Deus, as mais certas e as mais evidentes de
quantas a inteligência humana pode saber. E é tudo o que me propus provar nessas
meditações e a razão, também, de aqui não referir várias outras questões de que nelas
ocasionalmente tratei."(p. 151. 153)

Sobre a existência das coisas materiais e sobre a


distinção real da mente e do corpo
(1-3)

Se são ao menos objeto da matemática, existem. Deus é capaz de fazê-las e eu de as


perceber.
Da faculdade de imaginar quando as experimento decorre que existem
Essa faculdade da imaginação é uma aplicação da capacidade cognoscitiva presente
intimamente a um corpo existente.
Começa por evidenciar a diferença existente entre a imaginação e a intelecção pura.
Apresenta os exemplo do triângulo que ao representarmos como que olhamos para ele
com a nossa mente o que não é possível com um quiliógono, por exemplo.
A contenção de ânimo que uso para imaginar, não a uso para entender.
A contenção de ânimo mostra a diferença entre a imaginação e a intelecção pura.
(4)

A força de imaginar é requerido pela essência da mente, independente de mim,


conjugada pelo corpo. Volta-se, na intelecção, posteriormente, a si mesma procurando
ideias que já possui. Ao imaginar, volta-se ao corpo tendo partindo de uma ideia ou
percebido pelos sentidos. Compreende-se que a imaginação atue assim partindo da
pressuposição que exista um corpo, mesmo que neste § ainda não possa comprovar.

(5)

Coloca outras alternativas a se pensar além da natureza corporal, objeto da


matemática. Parte, agora, a examinar o que seja sentir.

(6)

Expõe o método que será utilizado de refutação e para as respostas daquilo que já
colocou até aqui.

(7)

Parte do sentir. Primeiro a cabeça e todo o próprio corpo. Também o situar-se entre
outros corpos, a sensação de incômodo ou comodidade; dor e prazer. Apercebe-se
dos próprios apetites e afetos. Também o movimento dos outros corpos e as
percepções deles pelos próprios sentidos.

(8)

Percebe que os objetos apresentados aos seus sentidos eram diversas de seu próprio
pensamento e não poderia não sentir quando estivessem presentes.

(9)
Pela vivacidade e expressão dessas ideias percebidas pelos sentidos distinta do que
poderia se formar em si mesmo, parece então impossível que procedessem de si
mesmo, havendo razão para se ter uma causa externa.

(10)

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