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DE
CONSTRUÇÃO
MECÂNICA
PROGRAMA DA DISCIPLINA DE
CEFET - RS
5.5.1 – Ligas de cobre
5.5.2 – Ligas de alumínio
CEFET - RS
PREFÁCIO
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5 DISCIPLINA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA
Unidade I - Materiais de Construção Mecânica
De uma forma geral iremos mostrar a seguir uma classificação dos materiais utili-
zados industrialmente nas construções mecânicas.
Aços Carbono
Aços Aços Liga
Aço Inox
Ferrosos
Cinzento
Ferros Branco
Fundidos Nodular
Metálicos Maleável
Cobre
Comuns Alumínio
Bronze
Latão
Não
Ferrosos Ouro
Nobres Prata
Platina
Produtos da metalurgia do pó
Materiais cerâmicos
Não Cimento e concreto
Metálicos Materiais compósitos
Plásticos
Borrachas
A seguir iremos enumerar alguns limites de resistência à tração para alguns materi-
ais utilizados em construções mecânicas.
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6 DISCIPLINA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA
Unidade I - Materiais de Construção Mecânica
MATERIAIS t (kgf/mm2)
Ferro Fundido 28
Aço carbono 40 - 80
Aço maraging 280
Alumínio puro 5-6
A seguir iremos mostrar um destes ensaios, onde podemos verificar algumas des-
tas propriedades mecânicas, através do gráfico de tensão-deformação.
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7 DISCIPLINA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA
Unidade I - Materiais de Construção Mecânica
SEDE DA CARGA
FIXADOR CORPO
DO DE
CORPO PROVA
DE
PROVA
CABEÇOTE MÓVEL
(KGF/MM2 )
D
C
B
ESCOAMENTO
Deformação %
A - Limite de Proporcionalidade C - Limite de Ruptura
B - Limite de Escoamento D - Limite de Resistência à Tração
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8 DISCIPLINA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA
Unidade I - Materiais de Construção Mecânica
Além dessas propriedades de fabricação que podem ser avaliadas por ensaios es-
pecíficos para cada caso, e com resultados nem sempre quantitativos, ainda é necessário
indicar mais duas outras:
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9 DISCIPLINA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA
Unidade I - Materiais de Construção Mecânica
A maioria dos materiais são usados nas construções mecânicas. os mais usados
são os metais e, dentre estes, os materiais ferrosos ou produtos siderúrgicos.
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10 DISCIPLINA DE TECNOLOGIA MECÂNICA
UNIDADE II - Metais Ferrosos - Siderurgia
A indústria siderúrgica abrange todas as etapas necessárias para, a partir das ma-
térias-primas, produzir-se ferro e aço. O processo clássico e mais usado para a redução
do minério de ferro é o do “alto-forno”, cujo produto consiste numa liga de ferro-carbono
de alto teor de carbono, denominado de “ferro gusa”, o qual, ainda no estado líquido, é
encaminhado à “aciaria”, onde, em fornos adequados, é transformado em aço.
Este é vazado na forma de “lingotes”, os quais, pôr sua vez, são submetidos à
transformação mecânica, pôr intermédio de laminadores, resultando “blocos”, “tarugos” e
“placas”. Estes, finalmente, ainda pôr intermédio de laminadores, são transformados em
formas estruturais como “tês”, “duplos tês”, “cantoneiras” etc., e em outros produtos side-
rúrgicos importantes, tais como trilhos, chapas, barras, etc.
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11 DISCIPLINA DE TECNOLOGIA MECÂNICA
Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
- minério de ferro
- carvão vegetal/coque
- calcário (fundente)
- minério de manganês
- Ar pré-aquecido
O calcário atua como “fundente”, ou seja, reage, pela sua natureza básica, com as
substâncias estranhas ou impurezas contidas no minério e no carvão - geralmente de na-
tureza ácida - diminuindo seu ponto de fusão e formando a “escória”, subproduto, pôr as-
sim dizer, do processo clássico do “alto-forno”.
PRODUTOS DO ALTO-FORNO
- ferro gusa
- escória
- gás do alto-forno
* Ferro Gusa
O principal produto do alto-forno é o ferro gusa, cuja utilização é feita nas aciarias ,
para onde é encaminhado no estado líquido e transformado em aço; o ferro gusa é ainda
utilizado no estado sólido como principal matéria-prima das fundições de ferro fundido.
Há, pois, vários tipos de ferro gusa. Basicamente, o ferro gusa é uma liga de ferro-
carbono de alto teor de carbono e teores variáveis de silício, manganês, fósforo e enxofre,
devido à natureza das matérias-primas empregadas no alto-forno e ao processo de pro-
dução.
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
De um modo geral, a maioria dos ferros gusa possíveis de serem obtidos em alto-
forno está compreendida na seguinte faixa de composição.
carbono - 3 a 4,5%
silício - 0,5 a 4,0%
manganês - 0,5 a 2,5%
fósforo - 0,05 a 2,0%
enxofre - 0,20% máximo
CONSTRUÇÃO DO ALTO-FORNO
2.2 - Aços
É uma liga ferrosa passível de deformação plástica, com teor de carbono entre
0,008% e 2,0%. Além do ferro e do carbono, o aço contém, no mínimo mais Silício (Si), o
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
Manganês (Mn), o Enxofre (S), e o Fósforo (P). Podem contem elementos de liga adicio-
nados intencionalmente.
A maior quantidade dos aços é obtida a partir do ferro gusa, no processo denomi-
nado de conversão, que consiste em diminuir o teor de carbono e impurezas, para conferir
ao aço propriedades adequadas ao emprego nas construções mecânicas.
O número de tipos de aços é muito elevado, pois além dos aços simplesmente ao
carbono com teores variáveis de carbono, é muito elevado a quantidade de aços ligados.
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
- composição química
- estrutura.
Quanto maior o teor de carbono, não variando outros fatores, maior será a resis-
tência à tração e a dureza do aço. Quanto menor o teor de carbono, o aço carbono possu-
irá maio alongamento, maleabilidade, ductilidade, usinabilidade e soldabilidade.
O gráfico abaixo ilustra como variam a resistência à tração, dureza e alongamento
nos aços comuns não temperados, em função do teor de carbono.
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
Quanto a estrutura, ela, por sua vez, é influenciada pelos seguintes fatores:
- composição química
- tratamento mecânico
- tratamento térmico
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
Conforme catálogo comercial da Gerdau S. A., existem uma série de produtos pe-
los quais iremos trabalhar no nosso cotidiano de trabalho. A seguir iremos mostrar alguns
destes.
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
AÇOS ESTRUTURAIS
Estes aços devem possuir os seguintes requisitos fundamentais para a sua aplica-
ção industrial:
- baixo custo
- boa resistência mecânica
- deformabilidade
- soldabilidade
- relação elevada resistência/peso
Os aços para tubos são comumente de baixo carbono (até no máximo de 0,30%) e
manganês até 1,50%. Para aplicações à temperaturas mais elevadas, torna-se convenien-
te adicionar Cr, que melhora a resistência à corrosão e à oxidação, e Mo que melhora as
propriedades de fluência.
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
O teor de carbono varia de 0,50 a 1,20%, o aço pode ainda conter certos elementos
de liga. Os mais usados são o Cr e o Va, além do Si e do Mn em teores mais elevados
que os normais. Estes aços ligados apresentam melhores limites de fadiga. Os aços mais
usados em molas são os SAE 1050, 1065, 1074, 1080, 1090, 1095, 6150, 9260. Estes
últimos são ligados.
Os aços-liga mais empregados na cementação são os tipos SAE 3100, 4100, 4600,
5100 e 6100, com teor máximo 0,23%.
Os aços para nitretação possuem C entre 0,30 e 0,45%, quantidade suficiente para
conferir suporte adequado à camada nitretada que é muito dura e, geralmente, de peque-
na espessura. Esses aços são conhecidos como “Nitralloy”.
São considerados neste item alguns tipos de aços não incluídos nos itens anterio-
res, os quais possuem propriedades especiais e aplicações importantes na indústria em
geral.
* Aços C - Cr: São os empregados em esferas e roletes para mancais, são aqueles
pertencentes às classes SAE 50100, SAE 51100 e SAE 52100.
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
* Aços grafíticos: Devido a sua usinabilidade são utilizados em matrizes para con-
formação à frio, em buchas, cames, etc.
Apresenta o C na forma livre, sob a forma de palhetas pretas de grafita, o qual con-
fere uma fratura cinzenta. Possui elevada resistência a compressão, boa capacidade de
amortecimento, boa usinabilidade. Encontra ampla aplicação, como em peças ornamen-
tais, anéis de pistão, carcaça de compressores, blocos de motores, etc. A tabela a seguir
nos apresenta alguns dados referentes aos ferros fundidos cinzentos segundo a ABNT.
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
16 217 33
33 269 --
FC25 28 248 46
25 241 42
21 229 39
33 269 --
FC30 30 262 48
26 248 45
38 --- --
FC35 35 277 54
31 269 51
FC40 40 --- 60
36 --- 57
Este ferro fundido é assim chamado porque, devido a apresentar o C quase intei-
ramente combinado na forma de Fe3C, mostra uma fratura branca. Possui elevada dure-
za, difícil usinabilidade e soldabilidade.
O emprego do ferro fundido branco é por exemplo em bombas centrífugas para mi-
neração, bolas de moinho, rodas de vagão, equipamentos para britagem, etc...
É designado pela ABNT, pelas letras FMBF (ferro fundido maleável de núcleo bran-
co), FMPF (ferro fundido maleável de núcleo preto), acrescenta-se 04 algarismos, sendo
os dois primeiros o limite de resistência à tração e os dois últimos o alongamento percen-
tual. Ex. FMPF3512 - ferro fundido maleável de núcleo preto, com 35 Kgf/mm2 e 12% de
alongamento.
São aplicados em conexões para tubulações, ferragens para linhas e redes elétri-
cas, caixas para diferencial, cubo de rodas, caixas de engrenagens, etc... A tabela a se-
guir nos relaciona algumas propriedades mecânicas dos ferros fundidos maleáveis mais
aplicados segundo a ABNT.
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Unidade II - Metais Ferrosos - Siderurgia
FMPF-3006 30 -- 6 ---
FMPF-3512 35 19 12 até 150
FMPF-4507 45 26 7 150/200
FMPF-5005 50 30 5 170/230
FMPF-5504 55 33 4 190/240
FMPF-6503 65 39 3 210/250
FMPF-7002 70 50 2 240/285
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