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Povos indígenas e os sertões das minas de ouro do século XVIII

A reação indígena à ocupação e a exploração das minas dos sertões no sec. XVIII se deu
principalmente por volta da década de 1730. Havia, primeiramente, planos de
catequese e civilização, em que se constatou a violência como resultado da prática
consuetudinária (que se baseia nos costumes, na prática, nos hábitos de uma
sociedade), prevaleceram as leis de imigração social dos gentios (era a designação dada
para os não cristãos, os pagãos). As investidas dos índios, que impediram o êxito dos
propósitos do antigo sistema colonial, tornaram objetos da política de estado incluindo
o destino dos povos, na pauta de diretrizes, das quais derivou-se a série de planos de
catequese.
Planos de catequese e aldeamentos – se deu através da ação dos jesuítas de
catequese e aldeamento, nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para
viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura,
a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua,
para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígenas. Esta ação
incrementava a destribalizarão e violentava aspectos fundamentais da vida e da
mentalidade dos nativos, como o trabalho na lavoura, atividade que consideravam
exclusivamente feminina.
Entretanto, nada mais foram do que alternativas dissimuladas de cooptação,
articuladas numa sequência estratégica de anulação das resistências indígenas, como a
invenção dos aldeamentos, foi um meio de confiná-los em redutos projetados para
infringir os hábitos da vida sedentária à vida nômade. Pretendia-se afinal, adaptá-los
ao modelo de civilização europeu.
Em contrapartida à razão da catequese, originou-se uma situação permanente de
tenções diretamente vinculadas à desapropriação das terras indígenas, conjuntamente
nas áreas dos principais focos de lutas indígenas, o que identifica, exatamente nelas a
concentração de uma política indigenista.
Políticas indigenistas - era sinônimo de toda e qualquer ação política governamental
que tivesse as populações indígenas como objeto.
A itinerância dos índios conferiu atributos à identidade dos ambientes naturais, e a
medida que se deslocavam, era constituído a referencia de fluidez dos espaços, mas
para domina-los dependia de fixa-los em limites. Portanto a correlação entre
mobilidade nos sertões e a inconstância dos gentios, configurou uma geopolítica
específica no interior da américa portuguesa, interligado pelos caminhos trilhados das
minas entre o estado de minas gerais e regiões vizinhas

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