Você está na página 1de 24

INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS

ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

ISEP
Aula 3 – Sistema por unidade (PU)
Vantagens do Sistema PU

• Pode ser utilizado em vários ramos das


ciências exatas
• Em sistemas de energia elétrica a utilização do
p.u. traz grandes vantagens e simplificações,
facilitando o entendimento e o trabalho com os
cálculos. Principalmente em sistemas elétricos
com transformadores e máquinas elétricas
Sistema por unidade (PU)

Idéia básica: exprimir as grandezas fundamentais de forma


normalizada, ou seja, exprimir cada grandeza como uma
fração de grandezas fixadas arbitrariamente, chamadas
de grandezas base

𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 𝑛𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑝𝑟𝑖𝑎𝑑𝑎


𝐺𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 𝑒𝑚 𝑝𝑢 =
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑏𝑎𝑠𝑒
Exemplo:
Valores de base

Os valores de base são números reais → os módulos de


números complexos são expressos em pu e os ângulos de
fase não são alterados.

- SEP: São transformadas quatro grandezas fundamentais:


- Tensão (V), Corrente (I), Potência (S) e Impedância (Z)

Sempre que duas forem definidas, as outras duas podem


ser calculadas
Normalmente em SEPs, escolhe-se a potência aparente
base e a tensão base para cada área do sistema, ou
apenas uma para o sistema inteiro. Assim, determina-se a
corrente e a impedância base para cada nível de tensão
base considerado
Valores de base
Sistema p.u e grandezas fasoriais

Seja a tensão fasorial dada em volt

Em p.u.

A potência base adotada é sempre a potência aparente


Sistema p.u e grandezas fasoriais

Se fosse adotada uma base para P e outra para Q?

Portanto, somente a potência aparente é usada como base

Para as impedâncias:
Circuito monofásico em p.u.

Considere o circuito a seguir:


A corrente e a impedância
base são obtidas das
grandezas dadas:

Os valores base de
potência e tensão são
definidos arbitrariamente:
Circuito monofásico em p.u.

Dividindo cada grandeza do circuito pela sua grandeza de


base, o circuito ficará:

Como o fp é 80% atrasado:


Circuito monofásico em p.u.

Como:
E a corrente no sistema é:

A tensão na fonte pode ser encontrada por:


Circuito monofásico em p.u.

Encontram-se então as grandezas reais


Sistemas Trifásicos

Em sistemas trifásicos, com transformadores e máquinas


elétricas, geralmente tratamos de sistemas equilibrados,
logo representa-se apenas uma fase, considerando-se um
sistema em Y
Sistemas Trifásicos

A potência aparente de fase é a potência trifásica:

A tensão base normalmente é a de linha:

A corrente da fase em Y é dada:

A impedância de base do sistema trifásico é a impedância de


uma fase do sistema Y, portanto:
Mudanças de base grandezas em p.u.

Normalmente os parâmetros de um equipamento estão com


base diferente da adotada no sistema, o que requer
mudança de base.
Sendo assim, utiliza-se de técnicas para mudança de base
Mudança de base: Tensão
Mudança de base: Corrente
Mudança de base: Impedância
Mudanças de base

A placa de um gerado síncrono apresenta os dados da figura


abaixo. Calcular a reatância da máquina em p.u. Referida a
uma nova base igual a 100 MVA e 13,2 kV.

2
𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒1 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒0
𝑍𝑝𝑢1 = 𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒0 ∙ 2
𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒0 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒1

2
100𝑀𝑉𝐴 13,8𝑘𝑉
𝑍𝑝𝑢1 = 0,20 ∙
50𝑀𝑉𝐴 13,2𝑘𝑉

𝑍𝑝𝑢1 = 0,472 𝑝𝑢
Próxima aula!

Circuito p.u em transformador

Transformadores de 2 enrolamentos possuem uma


impedância vista pelo lado de AT e outra pelo lado de BT

Possui uma potência e duas tensões de base

Os valores de base são os próprios valores nominais


Bibliografia Básica

I. OLIVEIRA, Carlos César Barioni de. Introdução a


sistemas elétricos de potência: componentes simétricas.
2. ed. São Paulo: E. Blucher, 2000.

II. KAGAN, Nelson; Henrique Kagan. Métodos de


otimização aplicados a sistemas elétricos de potência.
São Paulo: E. Blucher, 2011.

III. PINTO, Milton de Oliveira. Energia elétrica: geração,


transmissão e sistemas interligados. Rio de Janeiro: LTC,
2014. [Impresso e Virtual Minha Biblioteca]
Bibliografia Complementar

I. STEVENSON, William. D. Elementos de Análise de


Sistemas de Potência. São Paulo: MacGraw-Hill do
Brasil, 1986.

II. ZANETTA JR., Luiz Cera. Fundamentos de Sistemas


Elétricos de Potência. São Paulo: Livraria da Física,
2005.

III. MONTICELLI, A. J. Fluxo de Carga em Redes de Energia


Elétrica. Rio de Janeiro: E. Blucher, 1983.
Muito obrigado !

Você também pode gostar