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Disciplina: Orientação de TCC: Artigo I

Período: 9º P. noturno
Docente: Neire Abreu Mota
Discente: Marizete Dill de Souza

Resenha Baseada no texto Em Defesa da Leveza, do Sensível e da Sensibilidade na


Pesquisa em Educação, das autoras: Valeska Fortes de Oliveira e Monique da Silva.
O texto foi publicado no livro O Sensível e a Sensibilidade na Pesquisa em Educação,
publicado em 2021 pela UFRB, e apresenta um apanhado de propostas didático-pedagógicas
onde estão presentes o simbólico e o imaginário, para se pensar acerca do sensível e da
sensibilidade na pesquisa educativa.
As autoras propõem uma reflexão a respeito de uma nova maneira de fazer pesquisa
em educação, através da ótica da leveza. Elas ainda trazem que a leveza, característica pouco
presente em nosso dia a dia, pode se apresentar como um desafio, numa condição para pensar
num prisma sensivelmente investigativo, atento àquilo que é percebido por aquele que se abre
para a experiência. Numa perspectiva alusiva à Spinoza, onde um tempo para a abertura a
experimentação e para a experiência formadora é condição para o aprendizado ético-afetivo.
Na aprendizagem do que nos constitui, compreendendo os nossos afetos, a proposta das
autoras é pensar a pesquisa em educação através da dimensão do sensível.
Esse texto resume-se à apenas um capítulo do referido livro e contém
aproximadamente 25 páginas, onde as autoras fazem menção à vários autores para embasar
suas perspectivas.

Segundo o texto: Investigações em excesso já foram realizadas nos ambientes


educacionais, considerando os contextos, as pessoas, como objetos de estudo, numa
racionalidade técnica, desprezando intensidades da ordem da aprendizagem do sensível.
Talvez tudo isso responda por que os ambientes investigados se tornam refratários e
defensivos aos resultados e propostas das pesquisas, que acabam por não auxiliar as pessoas
envolvidas a transformarem suas realidades.
De certa forma, a área formativa, requer a participação de vários atores sociais, e seu
sucesso depende da abertura que esses atores dão para uma nova perspectiva. Ou seja, o
sucesso da pesquisa na formação, depende da disponibilidade de se abrir ou não para as
dificuldades que serão enfrentadas nessa caminhada. Trazer o sensível para essa área de fato é
um grande desafio, uma vez que, há resistências. Por isso, é importante que a condução desse
processo flua com leveza, produzindos caminhos que contribuam para a criação de sentidos
sobre a realidade vivenciada.

Ainda segundo o texto: encontramos em Mafessoli (1998, p.180), “a vida, ou os


imaginários que ela suscita, devem ser tomados por aquilo que são, ficando claro que sua
eficácia é real, e que esta é a única que nos importa a partir do momento em que desejamos
levá-la a sério”. A história de Lewis Carroll nos auxilia a olhar a partir do lugar que o
imaginário habita na universidade e, com isso, perceber outras possibilidades de pensar as
vivências com as quais nos deparamos na academia.
Nesse caso o imaginário instituído evidência reflexões, e mesmo aqueles que
vivenciam poucas experiências academicas, já podem visualisar a pouca importância dada ao
pesquisador. A partir disto, podemos dizer que a pesquisa é dependente, ou seja, um processo
dependente da ação de atores instituídos, logo não haverá tanta leveza assim.
As autoras, ainda ressaltam que para pesquisar é preciso empregar a leveza e a
sensibilidade, porém é preciso levar em conta que nesse processo da pesquisa estão
envolvidas as perspectivas de vários atores sociais e podem representar um entrave para o
trabalho do pesquisador. Ou seja, isso tudo, logo nos fazem refletir de que a sensibilidade
também não será prontamente exercida pelo instituído, pois, consiste em estabelecer um
vínculo ora mediado pela disponibilidade dos atores sociais envolvidos.

Valeska Maria Fortes de Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria é professora


Associada do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Federal de Santa
Maria. Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS.
Monique da Silva, Universidade Federal de Santa Maria é mestre em Educação pela
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutoranda em Educação pela Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM). Professora do Instituto Federal Farroupilha - Campus
Alegrete.
Texto da resenha realizado por Marizete Dill de Souza, acadêmica do 9º período do
Curso de Bacharel em Psicologia pela Faculdade Católica de Rondônia – Campus Porto
Velho/RO.

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