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SUMÁRIO

1. Introdução .................................................................................................. 3
2. Objetivo ...................................................................................................... 5
3. Metodologia................................................................................................ 6
4. Apresentação dos dados .......................................................................... 8
5. Discussão dos dados .............................................................................. 10
6. Conclusão ................................................................................................ 12
7. Referencial Bibliográfico......................................................................... 13
Anexos ............................................................................................................ 14
Apêndices ....................................................................................................... 16
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1. Introdução
O sistema de classificação de pacientes por complexidade assistencial
mostra-se como uma alternativa a ser adotada, exigindo para sua
implementação uma mudança na postura administrativa e assistencial de
toda a equipe envolvida no atendimento deste grupo de pacientes (FUGULIN
et al, 1994).

O sistema de classificação de pacientes vem sendo considerado como


instrumento essencial e é definido como um sistema que permite a
identificação e classificação de pacientes em grupos de cuidados, ou
categorias, e a quantificação dessas categorias como medida dos esforços
de enfermagem requeridos. Assim, possibilita ao enfermeiro , em suas
atividades de gerenciamento, avaliar e adequar o volume de trabalho
requerido com o pessoal de enfermagem disponível. A utilização de um
sistema de classificação de pacientes pode, também, auxiliar o enfermeiro a
justificar a necessidade de pessoal adicional, quando ocorre aumento do
volume de trabalho na unidade, além de subsidiar as decisões referentes ao
recrutamento e seleção de pessoal de enfermagem (GIOVANNETTI et al,.
1999).

Foram determinadas cinco categorias de pacientes:

1 - CUIDADOS INTENSIVOS: pacientes graves e recuperáveis, com risco


iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais, que requeiram
assistência de enfermagem e médica permanente e especializada;

2 - CUIDADOS SEMI-INTENSIVOS: pacientes recuperáveis, sem risco


iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais que requeiram
assistência de enfermagem e médica permanente e especializada;

3 - ALTA DEPENDÊNCIA: pacientes crônicos que requeiram avaliações


médicas e de enfermagem, estável sob o ponto de vista clínico, porém, com
total dependência das ações de enfermagem quanto ao atendimento das
necessidades humanas básicas;

4 - CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS: pacientes estáveis sob o ponto de


vista clínico e de enfermagem que requeiram avaliações médicas e de
enfermagem, com parcial dependência de enfermagem para o atendimento
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das necessidades humanas básicas;

5 - AUTO CUIDADO: pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e de


enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, mas
fisicamente auto-suficientes quanto ao atendimento das necessidades
humanas básicas.

Após clara definição das categorias de pacientes, foram elaborados os


perfis dos pacientes que se enquadrariam em cada uma dessas categorias.

Vale salientar que a descrição do perfil do paciente pertencente a cada


categoria deve ser elaborada conjuntamente pela equipe médica e de
enfermagem, de modo a contemplar os aspectos globais da assistência,
envolver e comprometer os profissionais com a proposta adotada, aspecto
fundamental para sua operacionalização e concretização.

A implementação da classificação de pacientes por complexidade


assistencial em tempo real pode contribuir para que o processo de trabalho
do Enfermeiro seja diferenciado, com qualidade e com um atendimento
humanizado.

Considerado como instrumento essencial na prática gerencial de


enfermagem, o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) proporciona,
ainda, informações para o processo de tomada de decisão quanto à
alocação de recursos humanos, à monitorização da produtividade e aos
custos da assistência de enfermagem (GAIDZINSKI, 1994). Bem como para
a organização dos serviços e planejamento da assistência de enfermagem.
O conhecimento do perfil assistencial dos pacientes é outro fator que pode
subsidiar o planejamento e a implementação de programas assistenciais que
melhor atendam às necessidades dessa clientela (POLETTI, 2000).
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2. Objetivo
Otimizar a escala de trabalho dos auxiliares e técnicos de enfermagem.
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3. Metodologia
A partir da vivencia obtida durante o período de estagio, foi
compreendido a necessidade de se reorganizar o 2º Subsolo que dispõe de
20 leitos e atende o seguinte perfil de pacientes: clínica medica, pré e pós
cirúrgico, do hospital San Paolo,

Ao verificar que na prática profissional, não há diferença entre as


atividades realizadas pelos técnicos e auxiliares de enfermagem, decidiu-se
inserir na folha de censo o grau de dependência apresentado pelos
pacientes.

Para obtenção dos dados da pesquisa, foi aplicada a escala de Fugulin


durante 07 dias aleatórios no mês de maio e verificada a distribuição dos
pacientes entre auxiliares e técnicos de enfermagem, afim de que fosse
comprovada a presença de uma divisão injusta dos pacientes entre os
profissionais, comprovando com isso a necessidade de se empregar a
avaliação de Fugulin.
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Tabela 1-Planejamento do trabalho utilizando a ferramenta 5W2H, São


Paulo, 2013.
O QUE? PORQUE? ONDE QUEM? COMO? QUANTO? QUANDO?

Identificar o Para iniciar o Hospital San Flávia e Vivência Sem custo 02/04/2013
1 problema
trabalho Paolo Priscila no setor
Levantar a Embasar o Biblioteca Flávia e Pesquisando Sem custo 08/04/2013 a
2 bibliografia
trabalho Unisant’anna Priscila o tema 12/04/2013
Coleta de dados Conhecer a Hospital San Flávia e Visitando os Sem custo 08/05/2013 a
3 (Pacientes)
população Paolo Priscila leitos 29/05/2013
Verificação da Checar a Hospital San Flávia e Verificando Sem custo 08/05/2013 a
4 escala de
funcionários divisão do Paolo Priscila as escala de 29/05/2013
trabalho trabalho
Aplicação Verificar a Hospital San Flávia e Visitando os Sem custo 08/05/3013 a
5 escala Fugulin
complexidade Paolo Priscila leitos 29/05/2013
dos pacientes
Tratamento dos Provar a Biblioteca Flávia e Tabelas do Sem custo 04/06/2013
6 dados
necessidade Unisant’anna Priscila programa
do projeto Excel

7 Finalizar o Organizar os Unisant’anna Flávia e Reunindo Sem Custo 06/06/2013


projeto
tópicos do Priscila os dados
projeto coletados

8 Entrega do Apresentar a Unisant’anna Flávia e Impresso e Sem custo 10/06/2013


projeto
proposta de Priscila encadernado
intervenção ao professor
8

4. Apresentação dos dados


Na sequência será apresentado em forma de tabelas do
programa Excel os dados que foram coletados para comprovar a
necessidade da avaliação dos pacientes diariamente através da Escala de
Fugulin .

A tabela número 2 faz uma comparação entre os leitos e o tipo de


cuidado empregado pelos profissionais para cada paciente, coletados em
sete dias aleatórios do mês de maio, 2013.

Tabela 2- Avaliação através da Escala de Fugulin com base


Leito/Dia, São Paulo, 2013.

Leito / Dia 08/05/2013 14/05/2013 15/05/2013 21/05/2013 22/05/2013 28/05/2013 29/05/2013


202/A Mínimos Mínimos Mínimos Vazio Mínimos Mínimos Vazio
202/B Mínimos Vazio Mínimos Mínimos Mínimos Vazio Vazio
204/A Mínimos Mínimos Vazio Vazio Mínimos Mínimos Mínimos
204/B Mínimos Mínimos Intermediários Mínimos Mínimos Vazio Vazio
206/A Mínimos Mínimos Mínimos Mínimos Mínimos Intermediários Mínimos
206/B Mínimos Mínimos Vazio Mínimos Mínimos Mínimos Mínimos
208/A Mínimos Intermediários Mínimos Intermediários Intermediários Vazio Vazio
208/B Intermediários Vazio Mínimos Mínimos Mínimos Mínimos Mínimos
210/A Vazio Mínimos Mínimos Vazio Mínimos Intermediários Mínimos
210/B Vazio Vazio Vazio Vazio Vazio Mínimos Vazio
212/A Intermediários Mínimos Vazio Mínimos Mínimos Mínimos Intermediários
212/B Vazio Intermediários Mínimos Intermediários Intermediários Mínimos Vazio
214/A Vazio Vazio Vazio Mínimos Vazio Mínimos Mínimos
214/B Vazio Mínimos Vazio Mínimos Mínimos Mínimos Vazio
216/A Mínimos Mínimos Intermediários Vazio Vazio Mínimos Mínimos
216/B Mínimos Intermediários Intermediários Intermediários Intermediários Mínimos Mínimos
218/A Mínimos Vazio Mínimos Mínimos Mínimos Vazio Mínimos
218/B Intermediários Intermediários Vazio Intermediários Intermediários Intermediários Intermediários
220/A Intermediários Vazio Mínimos Mínimos Vazio Mínimos Vazio
220/B Mínimos Intermediários Vazio Intermediários Intermediários Intermediários Intermediários

A tabela número 3, apresenta uma relação entre o profissional que


forneceu o atendimento e o tipo de cuidado que o paciente exigia do técnico ou
auxiliar de enfermagem, com base na Escala de Fugulin empregada na tabela
anterior. Para manter o sigilo da pesquisa, o nome dos profissionais que
atuaram durante a coleta de dados foi trocado por letras, conforme
apresentado na nota no final da tabela.
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Tabela 3 - Relação de atendimento Técnico/Auxiliar de enfermagem com


base Leito/dia, São Paulo, 2013.
Leito /
Dia 08/05/2013 14/05/2013 15/05/2013 21/05/2013 22/05/2013 28/05/2013 29/05/2013
202/A A A E A D
202/B A E H A
204/A A A A D H
204/B A A E H A
206/A A A E H A D H
206/B A B E B A E
208/A B B F E B
208/B B F E B A E
210/A B F B A E
210/B A
212/A B B F C B F
212/B B G F C B
214/A F B F
214/B C F C B
216/A B C G B F
216/B C C H G D C G
218/A C H G D G
218/B C C G D C G
220/A C H G C
220/B C C G D C G

Nota : Os profissionais do plantão par do mês de maio tiveram seu nome


substituído pelas letras A, B, C e D. Os enfermeiros do plantão ímpar foram
substituídos pelas letras E, F, G, H.
Na tabela, os profissionais que as letras estão em negrito, correspondem
aos leitos que foram caracterizados de acordo com a escala de Fugulin.
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5. Discussão dos dados


A idéia de classificar pacientes não é recente. Florence Nightingale
também se utilizou desta prática buscando localizar, mais
convenientemente, na enfermaria, os pacientes cujo nível de cuidado
demandava maior atenção de enfermagem (RIBEIRO, 1972, ALCALÁ et al,
1982).

Para a construção dos dados obtivemos a participação de 9


profissionais com titulo de auxiliares ou técnicos de enfermagem, todos
atuantes no segundo sub solo no período noturno.

Durante a avaliação dos dados, foi possível verificar que a auxiliar/


técnica de enfermagem A atendeu 1 paciente intermediário, a auxiliar/
técnica de enfermagem B atendeu 5 pacientes intermediários, a auxiliar/
técnica de enfermagem C atendeu 8 pacientes, a auxiliar/ técnica de
enfermagem D atendeu 4 pacientes, internados no plantão par durante o
período da coleta dos dados..................................

No plantão impar, a auxiliar/ técnica de enfermagem E atendeu 2


pacientes, a auxiliar/ técnica de enfermagem F atendeu 2 pacientes, a
auxiliar/ técnica de enfermagem G atendeu 6 pacientes e a auxiliar/ técnica
de enfermagem H não atendeu nenhum paciente intermediário durante o
período da coleta.

Fica evidenciado com os dados coletados que a divisão é feita pelos


enfermeiros acontece de forma aleatória, dividindo os leitos em bloco sem
que haja uma verificação do nível de cuidado, não promove uma divisão
justa do trabalho que cada paciente exige baseado na escala de Fugulin.

Nesse aspecto, a avaliação feita diariamente utilizando a escala de


Fugulin no censo, promoveria uma divisão correta do trabalho entre os
enfermeiros, melhorando com isso a qualidade do trabalho dos profissionais,
já que não haveria mais sobrecarga de trabalho para determinado
profissional.

A literatura evidencia diversos estudos que procuraram analisar as


atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem e, particularmente,
aquelas realizadas pelos profissionais de enfermagem, com a finalidade de
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avaliar o trabalho desenvolvido por esta categoria profissional. (BORDIN


et.al.,2008), (SOARES et.al.,2009).

Os aspectos quantitativos e qualitativos dos recursos humanos em


enfermagem estão diretamente ligados à qualidade da assistência oferecida
ao paciente, de forma que requerem a atenção das gerências devido aos
reflexos negativos que o dimensionamento inadequado desses recursos
pode causar à assistência prestada à clientela(TANOS, MASSAROLO E
GAIDZINSKI, 2000).

É necessário buscar a melhoria das condições de trabalho nos hospitais


preservando a saúde dos trabalhadores que atuam nessas instituições
promovendo com isso além de uma maior satisfação do trabalhador, a
diminuição do absenteísmo e afastamentos, mas principalmente melhorando
a qualidade da assistência prestada ao paciente.
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6. Conclusão
Concluiu-se que a classificação diária dos pacientes fornece
informações sobre a carga de trabalho distribuído entre auxiliares e técnicos
de enfermagem. O conhecimento do perfil assistencial dos pacientes pode
subsidiar o planejamento e a implementação de programas assistenciais que
melhor atendam as necessidades desses pacientes, auxiliando na
distribuição diária e na capacitação dos recursos humanos de enfermagem
para o atendimento de cada grupo.

Dessa forma mostra-se de extrema importância que o enfermeiro avalie


separadamente cada paciente, o classifique e faça a divisão dos pacientes
pela equipe assistencial de modo que o trabalho seja dividido de forma justa
promovendo com isto um atendimento de melhor qualidade tanto para o
cliente interno como externo e principalmente resultados positivos para a
instituição.

Com base nos resultados apresentados nesse estudo, sugerimos que a


classificação de pacientes segundo a escala de Fugulin seja transmitida de
um enfermeiro para o outro, anotada no impresso fornecido pela instituição
(censo) que o mesmo usa para relatar os acontecimentos no momento da
troca de plantão.
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7. Referencial Bibliográfico
ALCALÁ, M.U. et. al. Cálculo de pessoal: estudo preliminar para o
estabelecimento de quadro de pessoal de enfermagem na
superintendência médico hospitalar de urgência. São Paulo, Secretaria de
Higiene e Saúde, 1982.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM - COFEN 293/2004.Parâmetros


para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas
unidades assistenciais das instituições de saúde e assemelhados
Disponível em: http://www.saude.mg.gov.br/atos_normativos/legislacao-
sanitaria/estabelecimentos-desaude/exercicio-profissional/res_293.pdf

DEGROOT HA.Patient classification system evaluation. Part 1: essential


system elements. J nursadm. 1989;19(6):30-5.

FUGULIN FMT, SILVA SH, SHIMIZU HE, CAMPOS FPF.Implantação do


sistema de classificação de pacientes na unidade de clinica medica do
hospital universitário da universidade de São Paulo Rev. Med. HU-USP,
v.4, n.1/2, p.63-8, jan./dez. 1994.

GIOVANNETTI P. Understanding patient classification systems. J


NursAdm 1999; 9(2):4-9.

POLETTI NAA. O cuidado de enfermagem a pacientes com feridas


crônicas: a busca de evidências para a prática. [dissertação]. Ribeirão
Preto (SP): Escola de Enfermagem deRibeirão Preto/USP; 2000.

RIBEIRO, C.M. sistema de classificação de pacientes como subsídio para


provimento de pessoal de enfermagem. São Paulo, 1972. 98 p. Tese
(doutorado) - escola de enfermagem , universidade de São Paulo.

SOARES AVN. Carga de trabalho de enfermagem no Sistema de


Alojamento Conjunto. [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem,
Universidade de São Paulo; 2009.
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Anexos

Tabela 4. Censo utilizado no Hospital San Paolo, São Paulo, 2013.


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Relatório do Plantão de Enfermagem Unidade Data / /


Leito Paciente Diagnóstico Im portante Manha Tarde Noite

Enfermeira(o) Enfermeira(o) Enfermeira(o)


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Apêndices

Tabela 5. Censo San Paolo com a introdução da Escala de Fugulin, São


Paulo, 2013.
17

Relatório do Plantão de Enfermagem Unidade Data / /


Leito Paciente Diagnóstico Im portante Fugulin Manha Tarde Noite

Enfermeira(o) Enfermeira(o) Enfermeira(o)

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