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GEOGRAFIA

8º ANO

2º Corte Temporal
MATERIAL DE APOIO
PEDAGÓGICO

2023
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Governador do Estado de Goiás Superintendente de Gestão e


Ronaldo Ramos Caiado Desenvolvimento de Pessoas
Hudson Amarau De Oliveira
Vice-Governador do Estado de Goiás
Daniel Vilela Superintendente de Infraestrutura
Gustavo de Morais Veiga Jardim
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Superintendente de Planejamento e Finanças
Taís Gomes Manvailer
Secretária-Adjunta
Helena Da Costa Bezerra Superintendente de Tecnologia
Bruno Marques Correia

Diretora Pedagógica
Márcia Rocha de Souza Antunes
Diretora de Política Educacional
Superintendente de Educação Infantil e Patrícia Morais Coutinho
Ensino Fundamental
Giselle Pereira Campos Faria Superintendente de Gestão Estratégica e
Avaliação de Resultados
Superintendente de Ensino Médio Márcia Maria de Carvalho Pereira
Osvany Da Costa Gundim Cardoso
Superintendente do Programa Bolsa
Superintendente de Segurança Escolar e Educação
Colégio Militar Márcio Roberto Ribeiro Capitelli
Cel Mauro Ferreira Vilela
Superintendente de Apoio ao
Superintendente de Desporto Educacional, Desenvolvimento Curricular
Arte e Educação Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Marco Antônio Santos Maia
Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos
Superintendente de Modalidades e Temáticas Alessandra Oliveira de Almeida
Especiais
Coordenador de Recursos Didáticos para o
Ensino Fundamental
Evandro de Moura Rios
Diretor Administrativo e Financeiro
Andros Roberto Barbosa Coordenadora de Recursos Didáticos para o
Ensino Médio
Superintendente de Gestão Administrativa Edinalva Soares de Carvalho Oliveira
Leonardo de Lima Santos
Linguagens

Fagner Barbosa Ribeiro – Língua Portuguesa


Maria Magda Ribeiro – Língua Portuguesa
Sandra de Mesquita – Língua Portuguesa
Mileidy Pereira Morais – Língua Estrangeira/Inglês

Matemática

Alan Alves Ferreira


Tayssa Tieni Vieira de Souza
Fábio Rodrigues Lucena
Luiz Felipe Ferreira de Morais

Ciências Humanas

Wanessa Santos Silva – Geografia


Declyê Rezende de Faria Sodré – Geografia
Jéssyka Priscilla Rodrigues Cruvinel – História

Ciências da Natureza

Bruno Nóbrega – Ciências da Natureza


Lívio de Castro Pereira – Ciências da Natureza

Revisão

Alessandra Oliveira de Almeida


Katiuscia Neves Almeida
Colega Professor,

Este material pedagógico é um compilado de aulas


elaboradas a partir de habilidades do Documento Curricular
para Goiás – DCGO, organizadas por turma e corte temporal.
Seu objetivo é subsidiar o planejamento quinzenal do
professor e, de forma alguma, substituir sua organização e
planejamento.

A partir destas aulas, você pode inserir outras


habilidades complementares de modo que os objetos de
conhecimento sejam desenvolvidos e a aprendizagem
aconteça.

Nesse sentido, este material pedagógico não tem


caráter de livro didático e sim de instrumento de apoio ao
trabalho pedagógico em sala de aula.

Um excelente trabalho para você!


SUMÁRIO

Aula 6: EUA, China e Brasil ................................................................. 5


Respostas ................................................................................................ 9

Aula 7: Posição dos EUA e dos BRICS no cenário socioeconômico


mundial ................................................................................................. 10
Respostas ............................................................................................... 13

Aula 8: Influência do capital Estadunidense e Chinês na distribuição


das atividades econômicas ................................................................... 14
Respostas ............................................................................................... 19

Aula 9: EUA, China e Brasil ............................................................... 20


Respostas ............................................................................................... 25

Aula 10: Posição geopolítica do Brasil em relação à América e África


no pós-guerra........................................................................................ 26
Respostas ............................................................................................... 32
GEOGRAFIA
AULA 6
Objeto de conhecimento: EUA, China e Brasil – relações socioeconômicas; contexto histórico
Habilidade: (EF08GE07-A) Conhecer o processo histórico, até o final do século XX, do fortalecimento político-
econômico estadunidense no cenário mundial.

O DESTINO MANIFESTO
A conquista da independência alcançada
pelos Estados Unidos promoveu um notável
processo de crescimento econômico e
populacional. Mais do que isso, a vitória contra
os antigos laços coloniais foi apenas o primeiro
passo para que outras conquistas viessem a ser
logo empreendidas por essa mesma população.
Nesse contexto, observamos o expressivo
alargamento das fronteiras da nação norte-
americana rumo ao norte e ao sul de um imenso
espaço inexplorado.
A primeira das conquistas estabelecidas
pelos Estados Unidos aconteceu em 1803,
quando o governo negociou a compra da
O “Progresso Americano”, de John Gast (1872). Onde o progresso,
Louisiana junto aos franceses. Pouco tempo representado pela mulher de vestes brancas, expulsa os indígenas e a “vida
depois, no ano de 1819, o governo conseguiu selvagem”, trazendo consigo a sociedade moderna norte-americana.
Disponível em: http://sergiohistoria.blogspot.com/2010/10/2o-ano-o-destino-
adquirir a Flórida anteriormente controlada pelos manifesto.htm Acesso em 28 de mar. de 2020.
espanhóis. Essa mesma política de compra
territorial também aconteceu no Alasca – comprado dos
russos em 1867, e na conquista do Oregon – região que
anteriormente pertencia aos domínios do Império
Britânico.
No caso de conquista da região do Texas, os
Estados Unidos tiveram que empreender uma guerra
contra o México. Desde as primeiras décadas do século
XIX, colonos norte-americanos se instalavam de forma
ilegal ou consentida nos territórios texanos empreendendo
formas autônomas de organização de suas áreas de
influência. Com o passar do tempo, o não reconhecimento
da autoridade política mexicana incitou os colonos
daquela área a travarem uma guerra contra os mexicanos.
A vitória contra os mexicanos aconteceu
paralelamente ao processo de ocupação das terras a oeste.
A busca e o controle dessas terras motivaram diversos
colonos e imigrantes europeus a tentarem a sorte buscando
Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historia- um pedaço de terra onde poderiam alcançar uma vida mais
america/marcha-para-oeste-nos-eua.htm Acesso em: 28 de mar. de
2020.
próspera. É importante ressaltar que nessa corrida, um

5
violento conflito contra as populações indígenas promoveu, décadas mais tarde, as famosas histórias que
marcaram os filmes de faroeste.
Porém, mesmo sendo marcada pela violência e pelas guerras, a expansão dos Estados Unidos até o
extremo oeste recebeu uma significativa justificação ideológica, a doutrina do Destino Manifesto, que colocou
os colonos norte-americanos como divinamente destinados a promover a conquista dessas novas terras. A
ambição e o interesse econômico ganharam um arrebatador apelo religioso que legitimava os conflitos e
massacres que marcaram esse episódio na história norte-americana.
Todas essas conquistas territoriais foram de fundamental importância para que os Estados Unidos
acelerassem o seu processo de desenvolvimento agrícola e industrial. No setor agrário, o país conseguiu
ampliar sua produção de trigo, milho e algodão. Além disso, a criação de ovinos, suínos e bovinos significou
outra frente de fortalecimento da pecuária estadunidense. Na indústria, o crescimento dos mercados
consumidores e o investimento em infraestrutura dinamizaram a economia nacional.
Os ganhos alcançados por meio de tantas conquistas foram a prova fundamental que comprovava a
doutrina do Destino Manifesto. Com isso, essa sociedade mobilizada em torno do objetivo de conquistar terras
construiu uma autoimagem de uma nação eleita por Deus para civilizar novas terras e prosperar
economicamente. Dessa forma, estavam estabelecidas as condições e o sentimento que transformaram as
antigas Treze Colônias em uma grande potência mundial.
Ao longo do século XIX, os Estados
Unidos foram transformando-se em uma
nação extremamente rica e tornaram-se uma
potência econômica mundial no período da
Primeira Guerra Mundial. Sua história ficou
marcada por guerras como a Guerra de
Secessão, a Segunda Guerra Mundial e a
Guerra do Vietnã.
Além disso, a história norte-
americana foi marcada por movimentos
sociais — como o movimento que lutava
pelos direitos civis dos afro-americanos na Disponível em: https://oglobo.globo.com/mundo/eu-tenho-um-sonho-lembre-lendario-
década de 1960 e teve nomes de destaque, a discurso-de-martin-luther-king-22543575. Acesso em: 28 de mar. de 2020.

exemplo de Martin Luther King Jr., Rosa Parks, Malcolm X, entre outros. Recentemente, a história
americana teve como destaque a luta — questionada por muitos — do país contra o terrorismo.
LINHA DO TEMPO - RESUMO
o A colonização dos EUA foi realizada pelos ingleses.
o Treze Colônias era o termo usado para definir as colônias britânicas situadas na Costa Leste dos EUA
até que essas conquistassem sua independência.
o A primeira tentativa de colonização inglesa foi realizada pelo corsário inglês Sir Walter Raleigh.
o A primeira das treze colônias foi Virgínia, fundada em 1607 pela London Company,
o As treze colônias puderam desenvolver-se de maneira bastante autônoma, com características que
permitiram dividi-las em Colônias do Norte e Colônias do Sul.
o A independência dos EUA foi resultado da divergência de interesses entre a colônia e a metrópole ao
longo do século XVIII.

6
oApós cinco anos de guerra, os ingleses,
derrotados, reconheceram a independência dos
Estados Unidos.
o No século XIX, os norte-americanos
expandiram seu território no que ficou conhecido
como “Marcha para o Oeste”.
o No auge do processo de expansão territorial,
os EUA entraram em combate contra os mexicanos
na Guerra Mexicano-Americana, que aconteceu
entre 1846 e 1848.
o A Guerra de Secessão foi resultado das
divergências políticas entre os estados do norte e
Disponível em: https://www.letras.mus.br/blog/rosa-de-hiroshima-significado/ os estados do sul na questão da expansão do
Acesso em: 28/03/2020 trabalho escravo para os novos territórios.
o No processo de Reconstrução do Sul, uma série de leis racistas foram aprovadas no sul dos EUA, com
o objetivo de retirar direitos civis e políticos dos afro-americanos.
o No século XX, os EUA tornaram-se a maior potência econômica do mundo, mas sofreram um grande
baque na Crise de 1929, muito conhecida por ter sido um colapso de superprodução.
o Em 1941, os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial em decorrência do ataque a Pearl Harbor
realizado pelos japoneses.
o Em 6 e 9 de agosto de 1945, os norte-americanos lançaram bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki
como forma de forçar a rendição japonesa.
o O discurso de Harry Truman, em 1947, é considerado o marco que deu início à polarização que
simbolizou a Guerra Fria.
o Ao longo da Guerra Fria, os americanos envolveram-se direta ou
indiretamente com conflitos como a Guerra da Indochina, a Guerra
da Coreia, a Guerra do Vietnã etc.
o Ao final da década de 1950, foi iniciado no país o movimento pelos
direitos civis dos afro-americanos, o qual teve como grandes
nomes Malcolm X e Martin Luther King Jr.
o A partir da década de 1960, os americanos financiaram ditaduras
militares em países da América Latina, como Brasil, Argentina e
Chile.
o No século XXI, os EUA foram alvo de ataques terroristas em 2001,
e, em represália, ordenaram a invasão do Afeganistão, em 2001, e
do Iraque, em 2003.
Disponível em:
Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/destino-manifesto.htm http://www.arionaurocartuns.com.br/2019/06/cha
https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/historia-eua.htm rge-guerra-fria.html Acesso em: 28 de mar. de
Acesso em 28 de mar. de 2020. 2020.

ATIVIDADES
1. Observe a imagem a seguir:
É possível ver na imagem Colúmbia, a personificação feminina dos EUA, levando cabos de telégrafos para o
Oeste, sendo ainda acompanhada por colonos estadunidenses e pelos trens. Do lado esquerdo, estão os

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indígenas e animais selvagens, em um quadrante escuro da tela, o que mostra que a chegada de Colúmbia
levaria a luz a esses locais. A imagem representa também a ideologia:
(A) da Doutrina Monroe.
(B) da Aliança para o Progresso.
(C) do Destino Manifesto.
(D) da Guerra ao Terror.

2. A incorporação de novas áreas, entre 1820 e 1850, que deu aos Estados Unidos sua atual conformação
territorial, estendendo-se do Atlântico ao Pacífico, deveu-se fundamentalmente:
(A) a um avanço natural para o oeste, tendo em vista a chegada de um imenso contingente de imigrantes
europeus.
(B) aos acordos com as lideranças indígenas, Sioux e Apache, tradicionalmente aliadas aos brancos.
(C) à vitória na guerra contra o México, que, derrotado, foi obrigado a ceder quase a metade de seu território.
(D) à compra de territórios da Inglaterra e Rússia, que assumiram uma posição pragmática diante do avanço
norte-americano para o oeste.

3. Explique os principais objetivos da marcha para o oeste e suas consequências.

4. Descreva as principais medidas dos EUA durante a guerra fria.

5. Podemos dizer que a doutrina do Destino Manifesto ainda está presente na ideologia norte-americana? Por
quê?

6. Leia abaixo o texto do historiador e ex-senador dos EUA, Albert Beveridge:


“Ele [Deus] nos fez os mestres organizadores do mundo para estabelecer um sistema onde reina o caos. (...)
Ele nos fez adeptos do bom governo para que possamos administrá-los aos povos selvagens e senis (...) ele
marcou o povo americano como Sua nação escolhida para finalmente liderar no trabalho de regeneração do
mundo. Essa é a missão divina da América (...) Nós somos os depositários do progresso mundial, os guardiões
da paz virtuosa”.
BEVERIDGE apud FERES JUNIOR, João.
Spanish América como o Outro da América, Revista Lua Nova, n.62, São Paulo, CEDEC, 2004, p. 69-89.
O trecho do texto de Beveridge é um exemplo das concepções ideológicas difundidas através do termo Destino
Manifesto. Além do caráter religioso da predestinação dos habitantes iniciais das Treze Colônias inglesas, o
Destino Manifesto tinha por objetivo, entre outros fatores, levar aos demais povos da América:
(A) a religião calvinista dos puritanos ingleses.
(B) a democracia e a civilização.
(C) ações militares contra o terrorismo.
(D) o combate ao comunismo.

7. Marque a alternativa abaixo que representa CORRETAMENTE a Guerra de expansão do trabalho escravo
para os novos estados.
(A) Guerra dos Emboabas
(B) Conflito Ancestral
(C) Guerra Fria
(D) Guerra de Secessão
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Respostas Aula 6
1. Alternativa C
2. Alternativa B
3. Entre os fatores que motivaram e favoreceram a Marcha para o Oeste está: a) a possibilidade de as famílias
de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu imigrantes europeus. b) o desejo de fugir da região
litorânea afundada em guerras com tribos indígenas fixadas ali desde o período da colonização.
A Lei do Povoamento excluiu os povos indígenas do direito à cidadania, não os considerando cidadãos norte-
americanos. O processo de extermínio da população indígena foi acontecendo gradativamente; as lutas e os
conflitos entre colonos e índios foram inevitáveis.
4. Apoio indireto, principalmente militar, por parte de Estados Unidos e URSS à golpes militares em países
da África e América. - Extinção das relações econômicas, culturais e até esportivas entre os países do bloco
capitalista e os do socialista. - Corrida Armamentista e Espacial entre Estados Unidos e União Soviética.
5. Quando se observa algumas campanhas como ás que ocorreram na Guerra Fria, com ás guerras do
Afeganistão, Coreia, Vietnã etc, a Operação Condor que corresponde a imposição de ditaduras na América
Latina que supostamente lutavam contra o perigo comunista, e os conflitos contemporâneos que se baseiam
no discurso de guerra contra o “terrorismo”, pode-se pensar que estes fatos se amparam na ideia de que eles
são a nação destinada a administrar e guiar o mundo.
6. Alternativa C
7. Alternativa D

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AULA 7
Objeto de conhecimento: Posição dos EUA e dos BRICS no cenário socioeconômico mundial
Habilidade: (EF08GE09-A) Analisar a posição dos EUA e dos BRICS - Brasil, Rússia, China e África do Sul, no cenário
socioeconômico mundial, compreendendo os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos
produtos agrícolas e industrializados.

BRICS

Mecanismo formado por países chamados “emergentes”, o BRICS possui um grande peso econômico e
político e pode desafiar as grandes potências mundiais. O BRICS é um agrupamento econômico atualmente
composto por cinco países: Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul. Não se trata de um bloco
econômico ou uma instituição internacional, mas de
um mecanismo internacional na forma de um
agrupamento informal, ou seja, não registrado
burocraticamente com estatuto e carta de princípios.
Em 2001, o economista Jim O´Neil formulou a
expressão BRICs (com “s” minúsculo no final para
designar o plural de BRIC), utilizando as iniciais dos
quatro países considerados emergentes, que possuíam
potencial econômico para superar as grandes potências
mundiais em um período de, no máximo, cinquenta
anos. Disponível em: http://www.bh1.com.br/administracao-de-marketing/o-abc-
da-marca-e-os-desafios-das-marcas-dos-brics/ Acesso em: 01 de abril de
O que era, no início, apenas uma classificação 2022.
utilizada por economistas e cientistas políticos para designar um grupo de países com características
econômicas em comum, passou, a partir de 2006, a ser um mecanismo internacional. Isso porque Brasil,
Rússia, Índia e China decidiram dar um caráter diplomático a essa expressão na 61º Assembleia Geral das
Nações Unidas, o que propiciou a realização de ações econômicas coletivas por parte desses países, bem como
uma maior comunicação entre eles.
A partir do ano de 2011, a África do Sul também foi oficialmente incorporada ao BRIC, que passou então
a se chamar BRICS, com o “S” maiúsculo no final para designar o ingresso do novo membro (o “S” vem do
nome do país em Inglês: South África).
Atualmente, os BRICS são detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o grupo de países que
mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da população mundial, 45% da força de trabalho e o
maior poder de consumo do mundo. Destacam-se também pela abundância de suas riquezas nacionais e as
condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las.

BRICS desafiam a ordem econômica internacional

Durante a V Cúpula do BRICS, em 27 de março de 2013, os países do eixo decidiram pela criação de um
Banco Internacional do grupo, o que desagradou profundamente os Estados Unidos e a Inglaterra, países
responsáveis pelo FMI e Banco Mundial, respectivamente. A decisão sobre o banco do BRICS ainda não foi
oficializada, mas deve se concretizar nos próximos anos. A ideia é fomentar e garantir o desenvolvimento da
economia dos países-membros do BRICS e de demais nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento.
Outra medida que também não agradou aos EUA e Reino Unido foi a criação de um contingente de reserva
no valor de 100 bilhões de dólares. Tal medida foi tomada com o objetivo de garantir a estabilidade econômica

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dos 5 países que fazem parte do grupo. Com essas decisões, é possível perceber a importância econômica e
política desse grupo, assim como também é possível vislumbrar a emergência de uma rivalidade entre o
BRICS, os EUA e a União Europeia.
Texto disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/bric.htm Acesso em 14 de maio de 2020

ATIVIDADES
1. “A ideia dos BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil, em estudo de
2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios
econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um
agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por
ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS”.
(IPEA. Conheça os BRICS. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/).
Sobre o BRICS, assinale o que for correto:
(A) corresponde a um bloco econômico em processo de formação.
(B) é um agrupamento informal de cunho diplomático.
(C) é um organismo internacional paralelo à ONU.
(D) representa todas as nações emergentes do planeta sob a liderança de cinco países.

2. Sobre os BRICS, assinale o que for INCORRETO:


(A) É um grupo formado pelos países considerados emergentes, formando um dos maiores blocos econômicos
do planeta, atrás apenas da União Europeia.
(B) Formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o BRICS é um acordo internacional diplomático
entre nações consideradas emergentes.
(C) Até 2011, a sigla era conhecida apenas por “BRIC”, sendo alterada após a inclusão da África do Sul no
grupo.
(D) Recentemente, os BRICS vêm discutindo sobre a criação de um banco internacional próprio do grupo,
paralelo ao FMI e ao Banco Mundial.

Leia o fragmento de reportagem a seguir para responder as questões 3 e 4.

DIPLOMACIA BRASILEIRA
Alinhamento “automático” do Brasil com EUA causa atritos na cúpula dos Brics
Itamaraty* quer tirar de documento do bloco crítica a unilateralismo* e apoio a agência para
refugiados palestinos
BRASÍLIA - 2.nov.2019 às 19h54
“O governo Jair Bolsonaro abraçou posições dos Estados Unidos e abriu uma disputa com os demais
parceiros nos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Nas negociações
para formular a declaração oficial da cúpula, que acontece nesta quarta (13) e quinta-feira (14), o
Itamaraty atua para convencer os membros da aliança a retirar do documento trechos que contrariam
interesses norte-americanos no Oriente Médio. Os principais pontos de atrito causados pelo alinhamento
automático do Brasil aos EUA são menções a palestinos, unilateralismo e Irã.”
Disponível em: https://tinyurl.com/brics-789 Acesso em: 05 de ago de 2020.

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Vocabulário
*Itamaraty: neste contexto, diz respeito ao Ministério das Relações Exteriores.
**Unilateralismo: defesa de um só ponto de vista ou posicionamento político, partidário,
econômico, etc (geralmente se tratando de indivíduos ou grupos de indivíduos que buscam
que todas as coisas ocorram à sua maneira).

3. O posicionamento do Brasil em relação aos EUA pode prejudicar seu relacionamento junto aos BRICS?

4. Este posicionamento traz algum benefício ao Brasil? Por quê?

Leia o fragmento de reportagem do ano de 2020 a seguir para responder as questões 5 e 6.

Por que o governo Trump estuda banir o TikTok dos


EUA
Com sua mistura eclética de dança, desenhos de
comédia e sincronização labial, o TikTok se tornou um
fenômeno entre os jovens.
O que é o TikTok?
O TikTok é um aplicativo gratuito, uma espécie de
versão resumida do YouTube. Os usuários podem postar
vídeos de até um minuto e escolher entre um enorme
banco de dados de músicas e filtros.
A China poderia usar o TikTok para espionar
pessoas?
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, alegou que os usuários do TikTok correm o risco de seus
dados acabarem "nas mãos do Partido Comunista Chinês".
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-53489720 Acesso em: 13 de ago de 2020

5. Qual é o motivo dos EUA resolver banir o acesso de um aplicativo chinês de seu país? Nesse contexto,
como pode ser descrita a relação destes países?

6. Muitos especialistas observam este embate (dentre vários outros envolvendo ambos países) e o classifica
como sendo parte do cenário de uma segunda Guerra Fria. Por que eles fazem esta afirmação?

7. Faça uma pesquisa sobre invasão de privacidade, roubo de dados e escândalos de espionagem recentes e
indique quais países possuem mais participação nestes fatos.

12
Respostas Aula 7
1. Alternativa A.
2. Alternativa A.
3. Sim, este posicionamento pode afastar o Brasil de seus parceiros comerciais nos BRICS, principalmente
da China, que é a maior importador de produtos brasileiros.
4. O Brasil teve apoio dos EUA para adentrar a OCDE, mas ainda não foi aceito pela organização. Neste
caso, tem mais a perder (por um acordo comercial que já existe com a China) do que a ganhar (um acordo
comercial sem previsão de efetivação).
5. O motivo do governo dos EUA de banir um aplicativo chinês é a suspeita de roubo de dados de cidadãos
de seu país. Deste modo, a relação entre EUA e China se demonstra cada vez mais conflituosa.
6. Pelo clima de tensão que novamente se demonstra entre duas potências politicamente distintas (de maneira
geral: EUA, (novamente) capitalista e China “socialista”).
7. Partindo de um extenso histórico, EUA e a Rússia são os países que mais praticaram e praticam
espionagem no mundo. Os fatos mais recentes são a influência russa na última eleição que elegeu o atual
presidente norte-americano, e a extração de dados e a manipulação da opinião pública (o surgimento das
famosas “fake news”) em redes sociais que auxiliaram os resultados deste mesmo presidente assim como
outros eleitos em outros países e com o mesmo perfil deste mencionado.

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AULA 8
Objeto de conhecimento: A influência do capital estadunidense e chinês na distribuição das atividades econômicas.
Habilidade: (EF08GE14-A) Analisar a influência do capital estadunidense e chinês no processo de distribuição das
atividades econômicas pelo mundo, com destaque para o Brasil.
Briga de gigantes: As relações entre EUA e China
As relações no sistema internacional nunca se fazem sozinhas: o crescimento de um país pode ser visto
tanto como oportunidade quanto ameaça. O desenvolvimento de armamentos pode significar guerra em
potencial, enquanto que assinar acordos e tratados podem fortalecer canais de cooperação. Definitivamente a
interação entre os países tem suas consequências. Agora jogue nessa bagunça internacional duas das maiores
economias da atualidade e uma história de afastamento e aproximação. O resultado é complexo.

Disputa pelo primeiro lugar


O crescimento da China assusta e abala a posição de
conforto dos EUA no topo do sistema internacional. Isso
significa que, cada vez mais, os Estados Unidos perdem sua
posição como indiscutível potência hegemônica. E o que, de
maneira simples, significa hegemonia? Bem, significa que os
EUA têm relevância direta à nível global em áreas como
economia, defesa e diplomacia, conferindo ao país influência
internacional e, consequentemente, muito poder. E é contra toda
essa influência mundial que a China propõe oposição, seja porque o PIB da China aumenta quase dez vezes
mais rápido que o dos EUA, ou porque as despesas militares da China (tendo chegado, em 2011, um orçamento
militar de US$ 91,7 bilhões) ameaçam ultrapassar as de Washington, e até porque, desde 2008, a China tem
achado brechas nos países capitalistas fragilizados para se impor no cenário internacional.

EUA E CHINA: Uma relação de interdependência


Você poderia pensar que isso se encaminharia para um conflito gigantesco, certo? Mas a resposta não é
tão simples assim. A verdade é que esses dois gigantes são tão inimigos quanto dependentes um do outro. Em
inúmeras áreas existe cooperação efetiva entre EUA E China: na luta contra o terrorismo, na tentativa de conter
a proliferação de armas de destruição em massa ou na luta contra a crise financeira.
A realidade é que, por mais que essas duas economias disputem o cenário econômico mundial, elas não
conseguiriam se sustentar nele sozinhas. A China, desde a década de 2000, tem investido muito fortemente no
Tesouro norte-americano e se tornado uma das maiores exportadoras para a América. Isso, de maneira prática
e simples, significa que é muito do dinheiro da China que estabiliza a economia dos EUA, tanto porque
empresta dinheiro ao governo em troca de um tipo de remuneração, com juros (através do investimento no
Tesouro), quanto porque faz dinheiro entrar no país (com as exportações).
De maneira complementar, é justamente a compra de produtos pelo mercado estadunidense que garante o
que chamamos de superávit (altos níveis de exportação) na balança comercial chinesa e a estabiliza como uma
das economias que mais exporta. A compra e a venda de produtos são extremamente necessárias, de formas
diferentes, para os dois mercados.
A questão é complexa: como coordenar uma situação onde se relacionar com um país para garantir a
sobrevivência da sua economia é também fazer com que a dele cresça? E como não deixar que esse crescimento
te tire de sua posição de poder mundial? É por isso que os EUA parecem esse país tão “indeciso”, que ao
14
mesmo tempo que recebe produtos chineses, acusa o país de violar as regras de mercado, de concorrer de
forma “desleal”. É uma relação paradoxal de “cuspir no prato que come”, pois ao mesmo tempo que “se
alimenta” dos produtos chineses, acaba por alavancá-los, temendo que sejam superados por eles.

E o mais irônico dessa história toda é que foram as próprias potências que, no começo do desenvolvimento
de Pequim, se envolveram em uma relação tóxica de dependência. Os EUA tiraram proveito de uma mão de
obra de baixo custo e consumo barato, ao mesmo tempo que mandavam suas empresas poluentes para a Ásia.
As empresas em território asiático eram oportunidade de emprego ao mesmo tempo que oportunidade de
desenvolvimento para um mercado que era novo na economia global. Saldo final e duradouro: nos EUA e
China, baixa nos empregos e ataque ao meio ambiente, respectivamente. “Parceria” essa que dura até os dias
de hoje, com altos níveis de emissão de carbono e economias dependentes.
Contudo, a vantagem mais significante
dos EUA em comparação aos chineses é a sua
ideologia: enquanto a cultura norte-americana
já é facilmente difundida por todo o mundo, a
cultura asiática, caracterizada por um maior
conservadorismo e tradicionalismo, não
encontra tamanha abertura, até porque bate de
frente com o “poder do Ocidente”, ou seja,
tradições mais liberais. A cultura dos EUA é
tão difundida ao redor do mundo que qualquer
oposição causa estranheza a um mundo
acostumado com “liberdades” (há
controvérsias), tanto política quanto
econômicas. A penúltima administração dos
EUA, pelo ex-presidente Barack Obama, tinha
estabelecido canais de diplomacia. Mas o atual
presidente Trump parece ter outras ideias para
essa relação complexa. Disponível: http://geografiaem360graus.blogspot.com/2011/05/charges-consumismo.html
Acesso em: 20 de abr de 2021.

Texto completo disponível em: https://www.politize.com.br/eua-e-china-guerra-comercial/ Acesso em: 20 de ago de 2020.

EUA E CHINA REVIVEM A GUERRA FRIA:

O mundo parece estar girando para trás, com os principais atores do tabuleiro mundial retomando
movimentos de meio século, mas na direção oposta. Uma das versões sobre a “diplomacia do pingue-pongue”,
instaurada em 1971, dá conta de que a artimanha foi desenrolada pelo premier chinês Zhu Enlai e abraçada pelo

15
chanceler norte-americano Henry Kissinger, para derreter o gelo da “guerra fria” entre os dois países, que durava
pelo menos duas décadas.
Pois, agora, os chineses parecem estar agindo ao contrário: em setembro, o líder Xi Jinping convidou
pessoalmente o presidente russo Vladimir Putin para os Jogos Olímpicos de Inverno-2022 (marcados para
fevereiro, até segunda ordem), deixando Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, à deriva. Desta vez o
esporte virou pano de fundo para uma “guerra quente” na política (ao menos atletas que treinam por anos e anos
não devem ser prejudicados…).
Há 50 anos, Richard Nixon e Mao Zedong se abriam à reaproximação entre seus países. O primeiro
tencionava impedir um conflito China-URSS, que vinham de confrontos na fronteira. O segundo queria os
militares norte-americanos fora de Taiwan, a ilha que “escapou” do domínio chinês. Assim, Nixon deu
permissão à equipe nacional de tênis de mesa para aceitar o convite de uma excursão à China. Como o ato foi
bem recebido pela população dos Estados Unidos, os políticos seguiram em frente no estreitamento de relações
e hoje são duas parceiras comerciais gigantescas.
E agora? Pela tradição olímpica, o país-anfitrião dos Jogos faz o convite aos líderes mundiais, só depois
replicado pelo Comitê Olímpico Internacional. Mas os chineses não estão gostando de insinuações de Biden
quanto a trapaças e violação de direitos humanos, depois de aguentarem o fanfarrão raivoso Donald Trump.
Percebendo finalmente que estava mesmo era na lista dos não-convidados (após encontro online com Xi em
novembro), o atual presidente norte-americano retrucou com ameaças de “boicote diplomático” aos Jogos. A
resposta chinesa foi que se utilizará de “contramedidas” caso a decisão se confirme e dizendo para Biden parar
de politizar os Jogos.
Os adversários entraram em campo e não parecem muito dispostos a jogar por um empate diplomático.
Seguimos assistindo da geral.

Disponível em: https://istoe.com.br/eua-china-revivem-a-guerra-fria/ Acesso em: 08 de abr. de 2022.

ATIVIDADES
1. Quais foram os proveitos obtidos pelas empresas e economia norte-americana em relação a mão de obra
chinesa?

2. Cite os principais aspectos da interdependência entre as economias chinesa e norte-americana.

3. Qual é o principal problema dos EUA ao se tornar parceiro comercial da China?

4. "Trata-se, na verdade, de uma tentativa de conciliar o processo de abertura econômica (o estímulo à


iniciativa privada, ao capital estrangeiro, à modernização do país) com a manutenção, no plano político, de
uma ditadura de partido único."
(SENE. E. & MOREIRA, J.C. "Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização." São Paulo: Ed. Scipione, 1998, p.178.)

O texto refere-se ao sistema político-econômico adotado no(a)


(A) EUA
(B) Coréia do Sul.
(C) Rússia.
(D) China

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5. A China, desde meados dos anos setenta, tem passado por grandes transformações sociais e econômicas.
Sobre essas transformações, todas as alternativas apresentam características da China atual, EXCETO
(A) A China permanece oficialmente socialista, e o Partido Comunista continua a exercer o controle do poder
no país.
(B) A propriedade do Estado continua marcante apesar da expansão dos setores cooperativista e privado.
(C) Os ramos vitais da indústria, os bancos, as ferrovias, as telecomunicações e o setor energético continuam
sendo controlados pelo Estado.
(D) O setor agrícola permanece intocável e não foi afetado pelas medidas de modernização da economia de
mercado

6. Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio, o protótipo criado em Worthing
(Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México, com componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei
(EUA), fabricados no Japão. (…). Já a indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus
produtos ‘made in USA’, esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas.
(Renato Ortiz, Mundialização e Cultura)

O texto ilustra como em certos países produz-se tanto um carro esporte caro e sofisticado, quanto roupas que
nem sequer levam uma etiqueta identificando o país produtor. De fato, tais roupas costumam ser feitas em
fábricas — chamadas “maquiladoras” — situadas em zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre têm
direitos trabalhistas garantidos.
A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que
(A) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela aproximação entre
um centro rico e uma periferia pobre.
(B) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de produção dos bens e
mercadorias.
(C) reafirma as diferenças entre um centro rico e uma periferia pobre, tanto dentro como fora das fronteiras
dos Estados Nacionais.
(D) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais e do intercâmbio de
tecnologia.

7. Nos últimos anos, acirrou-se a guerra comercial entre EUA e China, com a imposição mútua de tarifas e
restrições. Com relação aos possíveis impactos dessa guerra comercial sobre a economia global, assinale V
para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
(V) O conflito tende a afetar a economia de outros países, pois as cadeias de produção e consumo estão
interligadas.
(V) A guerra pode aumentar os custos das exportações e gerar um ciclo de diminuição do comércio
internacional.
(V) A disputa afeta o mercado financeiro, porque grandes empresas mundiais têm bases produtivas na China.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) (V) F – V – F. (B) (V) F – V – V. (C) (V) V – F – F. (D) (V) V – V – V.

Leia a seguir o texto sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Com o argumento de que busca proteger os produtores norte-americanos e reverter o déficit comercial
que os Estados Unidos têm com a China (eles mais compram da China do que vendem), Donald Trump vem
17
anunciando desde 2018 tarifas sobre produtos importados do país asiático. O objetivo é dificultar a chegada
de produtos chineses aos Estados Unidos, o que estimularia a produção interna. O governo da China, por sua
vez, tem reagido a esses anúncios com retaliações, chegando a impor também tarifas sobre produtos norte-
americanos. É difícil dizer ao certo quando a disputa, nos moldes em que se encontra agora, foi iniciada, mas
algumas datas podem ser consideradas marcantes. Durante a campanha eleitoral, os discursos de Trump já
apontavam críticas ao déficit comercial dos Estados Unidos em relação à China. Já como presidente, Trump
fez o primeiro anúncio de taxas sobre produtos chineses em março de 2018. Desde então, já anunciou outras
medidas e ameaçou adotar outras. A China tem respondido também com barreiras comerciais aos produtos
norte-americanos e ameaças.
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/16/guerra- -comercial-entenda-a-piora-das-tensoes-entre-china-e-eua-e-as-incertezas- -para-a-
economia-mundial.ghtml - editado. Acesso em: 14 out. 2019.

8. Essa guerra comercial entre os dois países é provocada pela política


(A) comunista do governo chinês para difundir o modo de produção asiático (com base no escravismo).
(B) protecionista (impede a concorrência) do governo estadunidense para salvaguardar a sua economia.
(C) externa militarizada (ocupação a países) dos Estados Unidos para conter o avanço do comunismo.
(D) multilateral (relação entre vários) da União Europeia para garantir os mercados chinês e estadunidense.

9. Qual é a vantagem dos EUA em relação China quanto a ideologia adotada no mundo inteiro?

10. A República Popular da China se apresenta, principalmente, como um país


(A) agrícola, produzindo através das Comunas Populares (cooperativas autônomas) e mantendo-se fechada ao
comércio internacional.
(B) de economia estatal e cooperativa, com algumas zonas de livre mercado (sem intervenção estatal) abertas
aos capitais internacionais.
(C) economicamente ligado a Taiwan, Cingapura e Coreia, compondo os “Tigres Asiáticos” (mercado
comum).
(D) socialista industrializado e dotado de uma agricultura extensiva mecanizada (economia com base no setor
primário).

18
Respostas Aula 8
Obs.: Apesar da nomenclatura “maquiladora” ser atribuída as empresas norte-americanas que se instalam em
território mexicano em busca de isenção de impostos e mão de obra barata para a montagem de mercadorias,
é esta prática que dinamizou e até os dias de hoje é praticada em território chinês por empresas de países
desenvolvidos, incluindo os EUA (caso da Apple, HP, Microsoft, etc.).
1. Os EUA tiraram proveito de uma mão de obra de baixo custo e consumo barato, ao mesmo tempo que
mandavam suas empresas poluentes para a Ásia. As empresas em território asiático eram oportunidade de
emprego ao mesmo tempo que oportunidade de desenvolvimento para um mercado que era novo na economia
global. Saldo final e duradouro: nos EUA e China, baixa nos empregos e ataque ao meio ambiente,
respectivamente. “Parceria” essa que dura até os dias de hoje, com altos níveis de emissão de carbono e
economias dependentes.
2. A realidade é que, por mais que essas duas economias disputem o cenário econômico mundial, elas não
conseguiriam se sustentar nele sozinhas. A China, desde a década de 2000, tem investido muito fortemente no
Tesouro norte-americano e se tornado uma das maiores exportadoras para a América. Isso, de maneira prática
e simples, significa que é muito do dinheiro da China que estabiliza a economia dos EUA, tanto porque
empresta dinheiro ao governo em troca de um tipo de remuneração, com juros (através do investimento no
Tesouro), quanto porque faz dinheiro entrar no país (com as exportações).
De maneira complementar, é justamente a compra de produtos pelo mercado estadunidense que garante o que
chamamos de superávit (altos níveis de exportação) na balança comercial chinesa e a estabiliza como uma das
economias que mais exporta. A compra e a venda de produtos são extremamente necessárias, de formas
diferentes, para os dois mercados.
3. A questão é complexa: como coordenar uma situação onde se relacionar com um país para garantir a
sobrevivência da sua economia é também fazer com que a dele cresça? E como não deixar que esse crescimento
te tire de sua posição de poder mundial? É por isso que os EUA parecem esse país tão “indeciso”, que ao
mesmo tempo que recebe produtos chineses, acusa o país de violar as regras de mercado, de concorrer de
forma “desleal”. É uma relação paradoxal de “cuspir no prato que come”, pois ao mesmo tempo que “se
alimenta” dos produtos chineses, acaba por alavancá-los, temendo que sejam superados por eles.
4. Alternativa D
5. Alternativa D
6. Alternativa C
8. Alternativa B
9. A vantagem mais significante dos EUA em comparação aos chineses é a sua ideologia: enquanto a cultura
norte-americana já é facilmente difundida por todo o mundo, a cultura asiática, caracterizada por um maior
conservadorismo e tradicionalismo, não encontra tamanha abertura, até porque bate de frente com o “poder do
Ocidente”, ou seja, tradições mais liberais. A cultura dos EUA é tão difundida ao redor do mundo que qualquer
oposição causa estranheza a um mundo acostumado com “liberdades” (há controvérsias), tanto política quanto
econômicas.
10. Alternativa B

19
AULA 9
Objeto de conhecimento: EUA, China e Brasil – relações socioeconômicas.
Habilidade: (EF08GE07-B) Compreender as relações geopolíticas e econômicas atuais entre os EUA, a China e o Brasil: processos
de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas e do capital.

A NOVA ORDEM MUNDIAL

A Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico
internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.
Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e
o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o
mundo se viu diante de uma nova configuração
política. A soberania dos Estados Unidos e do
capitalismo se estendeu por praticamente todo o
mundo e a OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte) se consolidou como o maior e
mais poderoso tratado militar internacional. O
planeta, que antes se encontrava na denominada
“Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar
um novo termo para designar o novo plano
político.
A primeira expressão que pode ser designada
para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se
tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse
quesito.
A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar
não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado
Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a
saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo
a partir do final da década de 2000.
Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada
para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política
dos EUA e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômico.

Mudanças na hierarquia internacional

Outra mudança acarretada pela emergência da Nova Ordem Mundial foi a necessidade da reclassificação
da hierarquia entre os Estados nacionais. Antigamente, costumava-se classificar os países em 1º mundo (países
capitalistas desenvolvidos), 2º mundo (países socialistas desenvolvidos) e 3º mundo (países subdesenvolvidos
e emergentes). Com o fim do segundo mundo, uma nova divisão foi elaborada.
A partir de então, divide-se o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul
(subdesenvolvidos), estabelecendo uma linha imaginária que não obedece inteiramente à divisão norte-sul
cartográfica, conforme podemos observar na figura abaixo.

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É possível perceber, no mapa acima,
que a divisão entre norte e sul não
corresponde à divisão estabelecida
usualmente pela Linha do Equador, uma
vez que os critérios utilizados para essa
divisão são econômicos, e não
cartográficos. Percebe-se que alguns países
do hemisfério norte (como os Estados do
Oriente Médio, a Índia, o México e a China)
encontram-se nos países do Sul, enquanto
os países do hemisfério sul (como Austrália
e Nova Zelândia), por se tratarem de Mapa com a divisão norte-sul e a área de influência dos principais centros de poder.
economias mais desenvolvidas, encontram-
se nos países do Norte.
No mapa anterior também podemos visualizar as áreas de influência política dos principais atores
econômicos mundiais. Vale lembrar, porém, que a área de influência dos EUA pode se estender para além da
divisão estabelecida, uma vez que sua política externa, muitas vezes, atua nas mais diversas áreas do mundo,
com destaque para algumas regiões do Oriente Médio.
A “Guerra ao terror”
Como vimos, após o final da Guerra Fria, os Estados Unidos se
viram isolados na supremacia bélica do mundo. Apesar de a Rússia
ter herdado a maior parte do arsenal nuclear da União Soviética, o
país mergulhou em uma profunda crise ao longo dos anos 1990 e
início dos anos 2000, o que não permitiu que o país mantivesse a
conservação de seu arsenal, pois isso custa muito dinheiro.
Em face disso, os Estados Unidos precisavam de um novo
inimigo para justificar os seus estrondosos investimentos em
armamentos e tecnologia bélica. Em 2001, entretanto, um novo
inimigo surgiu com os atentados de 11 de setembro, atribuídos à
organização terrorista Al-Qaeda.
Com isso, sob o comando do então presidente George W. Bush,
os Estados Unidos iniciaram uma frenética Guerra ao Terror, em A tragédia de 11 de setembro vitimou centenas
que foram gastos centenas de bilhões de dólares. Primeiramente os de pessoas, mas motivou os EUA a gastarem
ainda mais com armas.
gastos se direcionaram à invasão do Afeganistão, em 2001, sob a
alegação de que o regime Talibã que governava o país daria suporte para a Al-Qaeda. Em segundo, com a
perseguição dos líderes dessa organização terrorista, com destaque para Osama Bin Laden, que foi encontrado
e morto em maio de 2011, no Paquistão.
O que se pode observar é que não existe, ao menos por enquanto, nenhuma nação que se atreva a
estabelecer uma guerra contra o poderio norte-americano. O “inimigo” agora é muito mais difícil de combater,
uma vez que armas de destruição em massa não podem ser utilizadas, pois são grupos que atacam e se
escondem em meio à população civil de inúmeros países.
Como a guerra comercial entre EUA e China pode afetar a economia mundial
A China exporta aos Estados Unidos muito mais do que importa em produtos norte-americanos. Isso
passou a ser um problema para economia e política americana. A bandeira de campanha do presidente dos

21
EUA, Donald Trump foi o combate aos produtos “Made in China”. Para tanto passou colocar em prática sua
política América First (América Primeiro), cujo o objetivo é fortalecer a indústria americana em detrimento
de produtos importados.
A tensão aumentou quando os Estados Unidos impuseram tarifas
de 25% sobre a importação de aço e 10% sobre o alumínio de diversos
países. Os chineses são os maiores produtores e exportadores mundiais
de aço e ameaçaram retaliar sobretaxando produtos agrícolas
exportados pelos americanos. Seria o início de uma guerra comercial?
São denominadas guerras comerciais os conflitos iniciados quando um
país impõe tarifas comerciais à importação de uma nação, que
corresponde sobretaxando os produtos de seu concorrente.
As disputas comerciais entre países são frequentes e quem define
as regras do comércio internacional e eventuais soluções de conflito é a
Organização Mundial do Comércio (OMC), órgão criado nos anos 90.
Disponível em:
O presidente Donald Trump decidiu agir contra a China sem submeter https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,5-
pontos-para-entender-a-guerra-comercial-entre-eua-
suas queixas à OMC. E a China, que se tornou membro da OMC apenas e-china,70002887026 Acesso em: 07 de abr de 2020.
em 2001, recorreu à organização contra os EUA. O presidente
americano Donald Trump alega que os acordos comerciais com a China não têm sido vantajosos para os
Estados Unidos, especialmente com a ida de fábricas para o país asiático e a consequente perda de empregos.
Guerras comerciais podem gerar efeitos negativos para os dois lados, caso não terminem em uma solução
negociada. Nesse caso, no entanto, como os envolvidos são as duas maiores potências mundiais, os lances do
conflito tendem a afetar a economia de outros países em nível mundial. Isto porque as cadeias de produção e
consumo estão interligadas.
Texto e imagens disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/nova-ordem-mundial.htm https://g1.globo.com/economia/noticia/entenda-a-guerra-
comercial-entre-eua-echina-e-como-ela-pode-afetar-a-economia-mundial.ghtml Acesso em: 07 de abr de 2020.

ATIVIDADES

1. Explique o que significa a expressão “Nova Ordem Mundial” e aponte as suas principais características.

2. Observe a imagem a seguir.

22
A divisão mundial em países de 1º, 2º e 3º mundo tornou-se obsoleta perante a Nova Ordem Mundial. O Mapa
acima é demonstrativo da nova divisão mundial existente. Explique as principais características dessa divisão.

3. Para responder a questão, leia o fragmento abaixo.


“Em 4 de outubro de 1957, quando os soviéticos colocaram em órbita o primeiro satélite artificial - Sputnik-1
, o mundo vivia sob tensão constante. [...]. Hoje, a Guerra Fria não existe mais, mas o clima no espaço ainda
está longe de refletir o ambiente de interação globalizada que mudou a economia, a política e a ciência em
terra firme. Ao contrário do que acontece em outras áreas tecnológicas, o país que quiser lançar satélites por
conta própria hoje tem de aprender sozinho. Os americanos não querem que a tecnologia de lançadores de
satélites que pode ser utilizada para lançar bombas caia na mão de determinados países, mesmo que sejam
amigos, [...]. Mesmo quando existe um projeto envolvendo vários países, como a Estação Espacial
Internacional, a colaboração se dá mais pela divisão do trabalho do que pela transferência da tecnologia entre
os países. [...]. Hoje, apenas EUA, União Europeia, Rússia, China, Índia e Japão são capazes de colocar
satélites em órbita. Cada um aprendeu a fazê-lo sozinho.”
GARCIA, Rafael. 50 anos depois do Sputnik, espaço ainda vê Guerra Fria. Folha de S. Paulo, 30/09/2007.

O fim da Guerra Fria entre os EUA e a URSS e o novo avanço do capitalismo com a globalização mundial
estabeleceram uma nova ordem geopolítica. Sobre esse assunto é correto afirmar que:

(A) houve a eliminação das fronteiras nacionais com a fusão de países em blocos econômicos regionais e o
surgimento do domínio das tecnologias de ponta pelos novos países industrializados e subdesenvolvidos.
(B) surgiram áreas de livre comércio como reservas de mercado para multinacionais, disputas entre capitalismo
e socialismo representadas por EUA pela União Europeia.
(C) houve a divisão do mundo em Primeiro Mundo (países capitalistas desenvolvidos), Segundo Mundo
(países socialistas) e Terceiro Mundo (países capitalistas subdesenvolvidos e os de economia em transição do
socialismo para o capitalismo).
(D) surgiram blocos econômicos regionais; novos centros de poder - como o Japão e a União Europeia - e
tensões entre interesses políticos e econômicos dos países desenvolvidos do Norte e subdesenvolvidos do Sul.

4. A Nova Ordem Mundial assinala o fim da bipolaridade entre União Soviética e Estados Unidos. Então, a
partir do início do século XXI, os norte-americanos iniciaram uma guerra ao terrorismo, que passou a ser o
novo adversário dos EUA no cenário internacional. Um evento que pode assinalar essa nova empreitada é:

(A) A Guerra do Iraque, cujo objetivo era aniquilar o terrorista internacional Saddam Hussein.
(B) A caçada e morte de Osama Bin Laden, em 2 de maio de 2011.
(C) A Guerra das Coreias, com o objetivo de exterminar terroristas norte-coreanos.
(D) A Guerra entre Israel e Palestina, em que os EUA buscaram extinguir facções terroristas israelenses.

5. Leia o texto a seguir.

A queda das torres do World Trade Center foi certamente a mais abrangente experiência de catástrofe que se
tem na História, inclusive por ter sido acompanhada em cada aparelho de televisão, nos dois hemisférios do

23
planeta. Nunca houve algo assim. E sendo imagens tão dramáticas, não surpreende que ainda causem forte
impressão e tenham se convertido em ícones. Agora, elas representam uma guinada histórica?
ERIC HOBSBAWM (10/09/2011) - www.estadao.com.br

A guinada histórica colocada em questão pelo historiador Eric Hobsbawm associa-se à seguinte repercussão
internacional da queda das torres do World Trade Center:
(A) concentração de atentados terroristas na Ásia Meridional
(B) crescimento do movimento migratório de grupos islâmicos
(C) intensificação da presença militar norte-americana no Oriente Médio
(D) ampliação da competição econômica entre a União Europeia e os países árabes

6. Sobre a “guerra comercial” entre EUA e China, algumas medidas de retaliação foram adotadas por ambos
países. Quais são os objetivos destes países com essas medidas?
Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-nova-ordem-mundial.htm
Acesso em: 07 de abr de 2020.

7. A Nova Ordem Mundial marca uma mudança na estrutura política, econômica, militar e social em nível
global. Qual acontecimento político que marcou o início dessa nova ordem?

24
Respostas Aula 9
1. Nova Ordem Mundial é a lógica internacional da ordem de poder entre os Estados nacionais no período que
sucede a Guerra Fria. A Nova Ordem Mundial é caracterizada pela unimultipolaridade, uma vez que temos a
supremacia dos Estados Unidos no campo bélico e político, e a emergência de várias potências no campo
econômico: China, União Europeia, Japão e o próprio EUA.
2. A nova divisão apresentada no mapa divide o mundo em países do norte e países do sul e segue os critérios
econômicos. Dessa forma, os países considerados desenvolvidos localizam-se ao norte e os países
subdesenvolvidos localizam-se ao sul. A divisão proposta no mapa também diz respeito às áreas de influência
das principais potências internacionais que são, respectivamente, Estados Unidos, União Europeia, China e
Japão.
3. Alternativa D.
4. Alternativa B.
5. Alternativa C.
6. Com o argumento de que busca proteger os produtores norte-americanos e reverter o déficit comercial que
os Estados Unidos têm com a China, Trump vem anunciando desde 2018 tarifas sobre produtos importados
do país asiático. O objetivo é dificultar a chegada de produtos chineses aos Estados Unidos, o que estimularia
a produção interna. O governo da China, por sua vez, tem reagido a esses anúncios com retaliações, chegando
a impor também tarifas sobre produtos norte-americanos.
7. O fim da Guerra Fria marcou a passagem de uma Ordem Mundial marcada pela bipolaridade, entre Estados
Unidos e União Soviética, para a multipolaridade, também chamada de Nova Ordem Mundial, cenário que
remete à presença de várias forças de poder no globo.

25
AULA 10
Objeto de conhecimento: Posição geopolítica do Brasil em relação à América e África no pós-guerra
Habilidade: (EF08GE08-A) Compreender a importância da posição geopolítica do Brasil para as Américas e para a
África, do pós-guerra ao contexto atual.

EUA, CHINA E BRASIL – RELAÇÕES SOCIOECONÔMICAS

O ano de 2008 parece ter sido marcado


como o fim de um ciclo de crescimento
econômico, que alcançou, de uma forma ou
de outra, praticamente todos os países. Após
a turbulência financeira caracterizada por
redução do preço de ativos, quebras de
importantes instituições financeiras no
mundo e desvalorização de praticamente
todas as moedas nacionais em relação ao
dólar dos EUA e ao iene, rapidamente
constata-se queda nos indicadores de
produção e aumento do desemprego.
O comportamento da economia dos EUA é apontado como determinante para a superação da crise. O
déficit norte-americano em contracorrente permitiu estratégias de desenvolvimento por meio de exportações por
diversos países. Alguns analistas vêm o esboço de uma estratégia norte-americana de recuperação pelo
fortalecimento de sua indústria nacional, o que reduziria a necessidade de importações e estimularia as
exportações. O déficit externo dos EUA poderia se reduzir não só pelo equivalente à queda na renda de seus
residentes, mas também pela realocação de produção para dentro de suas fronteiras, em detrimento das
importações.
A recente posse do presidente Barack Obama joga
mais ansiedade na tentativa de previsão do
comportamento futuro da economia dos EUA e, por
consequência, do mundo. E não por uma possível
característica protecionista de democratas em oposição a
um liberalismo republicano. A política comercial
externa norte-americana parece ser muito mais orientada
de forma pragmática do que seguir tal vertente. Mas
momentos de crise econômica muitas vezes fazem
intensificar disputas comerciais por causa da redução da
capacidade de importar e da busca por novos mercados.
A China é, atualmente, um dos principais parceiros
comerciais dos EUA e um dos principais atores
econômicos no mundo. As taxas de crescimento chinesas
chamam atenção desde a década de 1980. Já em 1985,
o país alcançara uma taxa de crescimento do produto

26
interno bruto (PIB) de dois dígitos e, desde então, exceto por raros anos, apresenta
as mais altas taxas do mundo. Em 2007, a China alcançou o segundo lugar no
ranking de países exportadores, ao vender US$ 1,2 trilhão ao exterior; valor
superado, por pouco, apenas pela Alemanha.
Em janeiro de 2009, EUA e China celebraram trinta anos de relações
diplomáticas. Conhecida como “diplomacia do pingue-pongue”, por causa do uso
do esporte para a retomada da comunicação entre os dois países, a política de
aproximação dos EUA com a China teve como marco a visita do presidente Richard
Nixon a até então fechada China, em 1972. Passados dois anos da morte de Mao Tsé-
tung, em 1979, os dois países estabeleceram vínculos diplomáticos formais.
Os fatores de debilidade enfrentados por ambas as nações no
https://www.pensador.com/autor/mao_tse_
decorrer da década de 1970, junto ao contexto de insegurança que tung/
pairava no sistema internacional durante a Guerra Fria, foram alicerces que favoreceram a aproximação entre
os EUA e a China naquele período. Os dois países obtiveram ganhos recíprocos a partir da aproximação, por
meio de fortes fluxos de investimento externo norte-americano na China e posterior fluxo de exportações
chinesas para os EUA. Atualmente, é inegável a conclusão de que tais países apresentam economias com
grande interdependência. O conjunto formado pela expressão “Designed in Califórnia”, acompanha- da logo
abaixo por “Assembled in China”, impresso no verso de muitos produtos eletrônicos, parece expressar, pelo
menos, uma nuance da interdependência de suas indústrias, mas não resume a relação entre os dois países. A
China vem desenvolvendo a fabricação e a exportação de uma pauta de produtos cada vez mais sofisticados.
Entender como se processou a estratégia de desenvolvimento chinesa, que resultou nas espetaculares taxas
de crescimento verificadas nos últimos anos, é de suma importância para a análise de qual deva ser seu
comportamento nos próximos anos diante de um contexto internacional de maior dificuldade. A sua
interdependência com a principal economia mundial amplifica tal importância.
Com a China acostumada a crescer acima de 10% a.a., a hipótese de uma taxa de expansão de 6% do PIB,
como cogitada por alguns analistas para 2009, poderia significar o tão temido cenário de hard landing. A
brusca desaceleração chinesa e/ou uma recessão de maior magnitude nos EUA, fenômenos que parecem inter-
relacionados, poderão trazer graves consequências para as economias dos demais países.

O CONTEXTO ECONÔMICO ENTRE CHINA E BRASIL

A economia brasileira experimentou nos últimos anos um período extraordinário crescimento de suas
exportações, impulsionado pelo cenário internacional extremamente favorável entre 2003 e 2008.
Além do aumento da demanda de várias commodities agrícolas e minerais, estimulado pelo vigoroso
crescimento da China, a elevação dos preços internacionais desses importantes produtos na pauta de
exportações brasileiras também exerceu impactos positivos.

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Enquanto no período 1990-2002 a taxa média de crescimento anual das exportações brasileiras foi de 5,6%,
entre 2003 e 2008 essa taxa elevou-se para 22%. O volume recorde de mais de US$ 190 bilhões atingido pelas
exportações em 2008 superou em cerca de
US$ 120 bilhões as exportações de 2003,
resultando em reservas elevadas e em
redução da vulnerabilidade externa,
abrindo caminho para condições
macroeconômicas mais favoráveis para
a retomada de uma trajetória de maior
crescimento. Os efeitos da crise
internacional, porém, provocaram uma
queda importante das exportações
brasileiras em 2009, mas a recuperação
ocorrida em 2010 e 2011 levou o país a
um novo recorde de exportações (gráfico 1).
As importações, por sua vez, também tiveram um crescimento expressivo, em especial em 2007 e 2008, quando
o crescimento do mercado interno brasileiro e a valorização cambial fizeram com que a absorção de importações
crescesse a um ritmo mais acelerado que o crescimento das exportações. A crise internacional interrompeu
momentaneamente este processo, mas é possível observar uma trajetóriade retomada a partir de 2010.
Interessante notar que, quando se analisa o desempenho geral do comércio
exterior brasileiro, é possível notar a influência direta e indireta do crescimento
chinês, tanto nos fluxos de exportação como nos fluxos de importação. No caso
das exportações, o efeito do crescimento chinês provocou tanto um aumento
das quantidades exportadas quanto nos preços das exportações de um grande
conjunto de commodities exportadas, não apenas pelo Brasil, mas para vários
países da América Latina. (Jenkins, 2011). Indiretamente, o acúmulo de
reservas resultante do boom de exportações possibilitou, por um lado, a adoção
de políticas econômicas mais favoráveis ao crescimento econômico, como a
expansão do crédito e a redução dos juros básicos, embora esta última variável
tenha se mantido ainda em patamarbastante superior aos níveis internacionais.
Por outro lado, o próprio crescimento das exportações e a entrada de capitais,
seja de investimentos de portfólio atraídos pelo diferencial de juros, seja de investimentos diretos do tipo market
seeking, atraídos pelo mercado interno em expansão, ou do tipo resource seeking, voltado para explorar as condições
favoráveis de produção de commodities, resultaram em um processo de valorização cambial, em especial a partir de
2004.
A combinação de mercado interno aquecido com câmbio valorizado, por sua vez, estimulou o crescimento das
importações, em especial de produtos manufaturados. No período pós-crise, as políticas de recuperação dos países
centrais voltaram a aumentar a liquidez internacional, pressionando ainda mais a valorização da moeda brasileira.
Dessa forma, em 2010 e 2011, a recuperação da economia brasileira foi marcada pelo aumento das importações.
As relações bilaterais de comércio do Brasil com a China devem ser, portanto, analisadas dentro deste contexto.
Do ponto de vista das exportações, predomina o efeito favorável das quantidades e dos termos de troca sobre as
commodities. Por conseguinte, nas importações, verifica-se um crescimento intenso das importações de produtos
manufaturados, com uma competição crescente no mercado brasileiro de produtos originários da China, tanto com
produtos originários de outros países quanto com as manufaturas produzidas localmente.

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RELAÇÕES BRASIL – ÁFRICA: ANTECEDENTES DIPLOMÁTICOS E COMERCIAIS

Em que pese o fato de o Brasil ser o segundo país com maior


população negra, entre o período que vai do processo de
Independência à primeira metade do século XX, a temática africana
revelava-se ainda tímida na esfera governamental brasileira. Sua
aparição dava-se apenas em função do interesse brasileiro pelo norte
da África, onde o país, desde 1861, mantinha instalado um consulado.
Nesse período, a timidez das relações do Brasil com a África está
associada à prioridade dos problemas de fronteiras na agenda
diplomática do país após a conquista da Independência, quando os
interesses brasileiros deslocaram-se, com nitidez, do Oceano
Atlântico para a Bacia do Prata, num processo de regionalização da
política externa (SILVA, 1989).
A percepção de que a África poderia representar uma dimensão privilegiada para a política externa
brasileira emerge de forma emblemática somente na década de 1960, no quadro da Política Externa
Independente, inaugurada pelo governo Jânio Quadros (QUADROS, 1961). Essa noção surge respaldada por
debates acadêmicos que já se realizavam durante o governo Juscelino Kubitschek, protagonizados por
intelectuais como Gilberto Freyre, que defendiam a constituição de uma comunidade luso-tropical no espaço
atlântico (FREYRE, 1958; 1960; GONÇALVES, 1994). Naquele período, entretanto, a ratificação pelo Brasil
do Tratado de Amizade e Consulta obscurecia a temática africana e relegava-a à esfera das questões lusitanas.
Assim, ao longo da segunda metade do século XX, a dimensão das potencialidades africanas foi sendo
incorporada de forma progressiva e substancial à política externa brasileira. Associada a um discurso terceiro-
mundista, inicialmente pretendeu contrabalançar o peso das relações do país com os Estados Unidos e opor-
se às limitações impostas pela clivagem Leste-Oeste da Guerra Fria. Em meio ao processo de descolonização
que se realizava no mundo afro-asiático, o Brasil identificava na África a possibilidade de arranjos
diplomáticos capazes de possibilitar-lhe um posicionamento diferenciado no cenário internacional
(JAGUARIBE, 1958; BITELLI, 1989).
A ação brasileira para África e a política de solidariedade
para com os povos do Terceiro Mundo, no início da década de
1960, estão integralmente associadas ao papel de ator
protagonista pleiteado pelo Brasil na esfera internacional.
Enquadram-se num conjunto de ações (estabelecimento de
relações comerciais e diplomáticas com os países socialistas
da Ásia e da Europa, principalmente com a URSS) que
buscavam a revisão das relações do país com os Estados
Unidos e seu poderio hegemônico. As iniciativas para a África
constituem-se em elementos que dão início a uma efetiva
https://medium.com/funda%C3%A7%C3%A3o-fhc/brasil-e-
%C3%A1frica. política africana no Brasil. Pensada e planejada no contexto do
quadro diplomático, altamente insulado, no caso brasileiro
(CHEIBUB, 1985; LIMA, 2000; LIMA & SANTOS, 2001), correspondendo a uma política que guarda em si
consistência e cálculos estratégicos. Caracterizou-se, então, um capítulo importante na busca brasileira por
novos parceiros políticos e econômicos internacionais e, ao mesmo tempo, um espaço para a conquista de
maior autonomia no quadro das relações internacionais da época (SARAIVA, 1994).

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Desse ponto de vista, a política africana do Brasil seguia o comportamento universalista de sua
diplomacia, em que se valoriza o estabelecimento de parcerias não excludentes com vistas à promoção da
própria autonomia. Nesse período, entretanto, a prevalência das relações especiais do Brasil com Portugal
dificultava a implementação de uma política de efetivo apoio aos territórios africanos em processo de
independência. A postura brasileira de apoio a Portugal nas questões relativas às colônias portuguesas ainda
se encontrava atrelada à retórica dos laços tradicionais de amizade, baseados na condição de ex-colônia e na
herança cultural lusitana (PINHEIRO, 1988).
Somente a partir década de 1970, com o advento da Revolução dos Cravos (1974) e a independência das
colônias portuguesas (1974-1975), é que as ações do Brasil para com a África passaram a evoluir mais
consideravelmente em favor da autonomia dos novos Estados e da consolidação de relações amistosas e
equânimes destes com Lisboa (SANTOS, 2001). A partir dessa década, Portugal dá início ao processo de
redefinição de seu papel nas relações internacionais, deslocando-se de seu relativo isolamento internacional
para o processo de integração à Comunidade Econômica Europeia, que se concretiza em 1985 (FREIXO,
2001).
Neste período, sob os governos militares Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel (1974-
1979) e João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985), as relações do Brasil com as colônias portuguesas
na África registram um substancial aprofundamento. Por meio da denominada política do pragmatismo
responsável, o Brasil torna-se parceiro privilegiado de países africanos, com destaque especial para a Nigéria
(de quem o país compra petróleo), de países da África austral e das ex-colônias portuguesas2.
Contando com a presença de empresas brasileiras,
como a Petrobrás, por meio da subsidiária Braspetro,
e a Construtora Norberto Odebrecht, operando no
continente africano, o intercâmbio comercial
demonstra o aspecto efetivamente positivo tanto no
interesse de compradores africanos por produtos
brasileiros, como também o de importadores
brasileiros por produtos africanos, haja vista que, de
1973 a 1974, as exportações brasileiras crescem 129,1%, passando de US$ 190 001 000 para US$ 435 323
000. No mesmo período, as importações originadas do continente africano registram o expressivo crescimento
de 300,2%, avançando de US$ 169 903 000 para US$ 679 998 0004 (SANTANA, 2003).

Disponível em:
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/11296/1/RB%2031%20As%20Rela%C3%A7%C3%B5es%20Econ%C3%B4micas%20entre%20China%20e%2
0EUA_Resgate%20Hist%C3%B3rico%20e%20Implica%C3%A7%C3%B5es_P_BD.pdf. Acesso em 22 mai. de 2022

ATIVIDADES

1. O ano de 2008 parece ter sido marcado como o fim de um ciclo de crescimento econômico, que alcançou,
de uma forma ou de outra, praticamente todos os países. Após a turbulência financeira caracterizada por
redução do preço de ativos, quebras de importantes instituições financeiras no mundo e desvalorização de
praticamente todas as moedas nacionais em relação ao dólar dos EUA e ao iene, rapidamente constata-se queda
nos indicadores de produção e aumento do desemprego.
Levando em consideração o tempo histórico e a crise norte americana, qual país foi um dos principais aliados
dos EUA na busca pela fuga da crise?

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2. Em janeiro de 2009, EUA e China celebraram trinta anos de relações diplomáticas. Conhecida como?

3. A economia brasileira experimentou nos últimos anos um período de extraordinário crescimento de suas
exportações, impulsionado pelo cenário internacional extremamente favorável entre 2003 e 2008.
Quais os fatores podemos destacar ao analisarmos o impacto que a crise causou entre as relações econômicas
de Brasil e China?

4. “Em que pese o fato de o Brasil ser o segundo país com maior população negra, entre o período que vai do
processo de Independência à primeira metade do século XX, a temática africana revelava-se ainda tímida na
esfera governamental brasileira.”
Justifique essa frase acima.

5. Sob os governos militares Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel (1974-1979) e João
Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985), as relações do Brasil com as colônias portuguesas na África
registram um substancial aprofundamento.
Esse aprofundamento econômico se deve a instalação de qual empresa brasileira em território africano?
(A) GERDAL. (C) VALE.
(B) PETROBRÁS. (D) ELETROBRÁS.

6. A África também já serviu como ponto de partida para comédias bem vulgares, mas de muito sucesso, como
Um príncipe em Nova York, e Ace Ventura: um maluco na África; a África parece um lugar cheio de tribos
doidas rituais de desenho animado. A animação O Rei Leão da Disney, o mais bem-sucedido filme americano
ambientado na África, não chegava a contar com elenco de seres humanos.
LEIBOWITZ, E. Filmes de Hollywood sobre África ficam no clichê. Disponível em: http://noticias.oul.com.br. Acesso em 22/05/2022.

A produção cinematográfica referida no texto contribui para a constituição de uma memória sobre a África e
seus habitantes. Essa memória enfatiza e negligência, respectivamente, os seguintes aspectos do continente
africano:
(A) A história e a natureza.
(B) O exotismo e as culturas.
(C) A sociedade e a economia.
(D) O comércio e o ambiente.

7. Analisando o QUADRO 1 no texto com dados sobre a exportação e importação brasileira para a África,
qual ano o valor da exportação chegou próximo ao valor da importação de produtos em ambos territórios?
(A) 1974
(B) 1971
(C) 1972
(D) 1973

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Respostas Aula 10
1. O país que contribuiu com a fuga da crise já instalada nos EUA foi a China, com sua imensa quantidade de
mão de obra, e uma pré-disposição gigantesca para instalação de transnacionais após abertura para o mercado
externo e também, dispõe-se de uma vasta quantidade de matéria prima.
2. Conhecida como “diplomacia do pingue-pongue”, por causa do uso do esporte para a retomada da
comunicação entre os dois países.
3. A crise internacional interrompeu momentaneamente o processo de importação e exportação entre os dois países,
mas é possível observar uma trajetória de retomada a partir de 2010 quando as duas economias se estabelecem
perante a crise. Uma das maiores exportações brasileiras para o território chinês é o minério de ferro.
4. Em que se possa analisar, dava-se apenas em função do interesse brasileiro pelo norte da África, onde o
país, desde 1861, mantinha instalado um consulado. Nesse período, a timidez das relações do Brasil com a
África está associada à prioridade dos problemas de fronteiras na agenda diplomática do país após a conquista
da Independência, quando os interesses brasileiros se deslocaram, com nitidez, do Oceano Atlântico para a
Bacia do Prata, num processo de regionalização da política externa.
5. Alternativa B – PETROBRÁS.
6. Alternativa B - O exotismo e as culturas.
7. Alternativa A – 1974.

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