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2023
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Angelina Abudo
,
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o
Universidade Rovuma e extensão de Cabo Delgado
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2023 º
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Índice
Índice ................................................................................................................................ 3
Introdução ......................................................................................................................... 4
Conclusão ....................................................................................................................... 12
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Introdução
Objectivo Geral:
Objectivos Específicos:
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1. Desenvolvimento cognitivo de Piaget
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no desenvolvimento, Piaget desdobra o seu papel em quatro factores essenciais para o
desenrolar do processo:
A hereditariedade: a maturação interna. Este factor deve certamente ser considerado sob
todos os pontos de vista, mas é insignificante porque não actua isolado.
A experiência física: a acção dos objectos. Constitui um factor essencial, que não se trata
de subvalorizar, mas que por si só é suficiente. A lógica da criança, em especial, não
advém da experiência dos objectos, mas sim das acções exercidas sobre os objectos, o
que não é de maneira nenhuma a mesma coisa, isto é, a parte activa do indivíduo é
fundamental, não bastando a experiência extraída do objecto.
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As quatro etapas ou estágios que Piaget identificou são os seguintes:
De acordo com essa teoria, o desenvolvimento ocorre por meio da sucessão de quatro
estágios: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. As
idades em que diferentes pessoas atingem cada estágio podem variar, mas a ordem de
sucessão dos estágios é constante. Cada estágio é caracterizado por novas estruturas, isto
é, novas formas de compreender o mundo e agir sobre ele, que permanecem como
subestruturas nos estágios posteriores. (Piaget, Jean,1968).
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1.2.4. Estágio das operações formais (a partir dos 11 anos)
De acordo com a teoria de Piaget, nesta etapa, que continua durante toda a vida adulta, os
adolescentes já são capazes de realizar abstrações de problemas concretos e utilizá-los
em racionalizações lógicas indutivas e dedutivas. Isto permite que eles desenvolvam, de
maneira mais profunda, a percepção de si mesmos, dos outros e do mundo, o que os leva
a se interessarem e desenvolver os valores morais.
Apesar das críticas feitas posteriormente à teoria de Piaget , e sem desconsiderá-las, vale
ressaltar que ela gerou uma mudança de paradigma no que diz respeito à aprendizagem
que as crianças têm de suas experiências de vida. Comparado com a passividade que era
atribuída a elas, sendo modeladas unicamente através de sua relação com o ambiente ou
condicionadas exclusivamente por seus atributos genéticos, Piaget introduziu um modelo
inovador que integra ambas as influências.
Por sua vez, o autor afirma que cada uma dessas etapas propõe uma série de conflitos ou
crises para os sujeitos. A resolução bem-sucedida desses conflitos permite que sejamos
dotados de certas competências ou pontos fortes que servirão por toda a vida. Pelo
contrário, a não resolução dos mesmos pode dar origem a certas dificuldades para
enfrentar as adversidades no futuro.
As etapas que Erikson propõe caracterizam-se por manter uma relação de tensão entre
duas forças de desenvolvimento, que desafiam os sujeitos a resolvê-las. As 4 primeiras
focam na infância e as 4 restantes na adolescência e idade adulta.
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2.1.1. Etapa 1: confiança básica versus desconfiança (0 a 18 meses)
Essa etapa é muito importante, pois a partir da relação com os pais e suas figuras de
referência, a criança começa a estabelecer as bases para compreender as relações.
Quando o bebê vivencia positivamente estas descobertas, e quando a mãe confirma suas
expectativas e esperanças, surge a confiança básica, ou seja, a criança tem a sensação de
que o mundo é bom, que as coisas podem ser reais e confiáveis. Do contrário, surge a
desconfiança básica, o sentimento de que mundo não corresponde, que é mau ingrato. A
partir daí, já podemos perceber alguns traços da personalidade se formando, ainda que
em tão tenra idade (Erikson, 1987 e 1976).
Aqui a criança começa a ensaiar a tomada de decisões próprias. Ela exerce sua autonomia
da exploração do mundo, bem como de seus primeiros “nãos”.
Nesta fase eriksoniana, que corresponde ao estágio anal freudiano, a criança já tem algum
controle de seus movimentos musculares, então direciona sua energia às experiências
ligadas à atividade exploratória e à conquista da autonomia. Porém, logo a criança começa
a compreender que não pode usar sua energia exploratória à vontade, que tem que
respeitar certas regras sociais e incorporá-las ao seu ser, fazendo assim uma equação entre
manutenção muscular, conservação e controle (Erikson, 1976).
A criança também põe em prática suas próprias iniciativas e é conveniente que sua
curiosidade seja estimulada.
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Tarefas que exigem esforço se destacam aqui. Aos poucos, a brincadeira vai perdendo
destaque e esse papel é transferido para atividades de maior comprometimento ou “mais
produtivas”.
Erikson deu um destaque a esta fase que, contraditoriamente, foi a menos explorada por
Freud (no esquema freudiano, corresponde à fase de Latência, por julgá-la um período de
adormecimento sexual). Aqui, trata-se do controle da atividade, tanto física como
intelectual, no sentido de equilibrá-la às regras do método de aprendizado formal, já que
o principal contato social se dá na escola ou em outro meio de convívio mais amplo do
que o familiar.
Nessa fase, a personalidade se fortalece, por isso a crise do momento está relacionada
a “quem sou eu?”. Começam as tensões com os pais, à medida que o adolescente tenta
responder por si mesmo e estabelecer seus gostos e interesses.
Aqui se trata de estabelecer relações de proximidade versus distância com outras pessoas.
Isso implica na possibilidade de se sentir à vontade com o outro e de sentir confiança
nele. Aqueles que não conseguem resolver essa crise podem tender para relacionamentos
superficiais.
Um risco apontado por Erikson para esta fase é o elitismo, ou seja, quando há formação
de grupos exclusivos que são uma forma de narcisismo comunal. Um ego estável é
minimamente flexível e consegue se relacionar com um conjunto variável de
personalidades diferentes. Quando se forma um grupo fechado, onde se limita muito o
tipo de ego com o qual se relaciona, poderemos falar em elitismo.
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2.1.7. Etapa 7: geração versus estagnação (30 a 50 anos)
Cada vez mais esta fase tem se ampliado. Até algumas décadas atrás, a forma de viver
esta fase era casando e criando filhos, principalmente para a mulher. Hoje, com uma gama
maior de escolhas a serem feitas, as formas de expressar a generatividade também se
ampliam, de forma que as principais aquisições desta fase, como dar e receber, criar e
manter, podem ser vividas em diversos planos relacionais, não somente na família.
Segundo os autores, são diversas formas de não se cair no marasmo da lamentação, que
Erikson chama de estagnação.
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Conclusão
Em suma, os processos cognitivos são os recursos que todo indivíduo tem para adquirir,
processar e transformar informações, que também vão ajudar na tomada de decisões. Eles
podem se manifestar de forma orgânica ou artificial, consciente ou inconsciente, mas
sempre de maneira rápida e integrada.
Portanto, o desenvolvimento cognitivo seria o processo pelo qual o ser humano obtém
conhecimento, através de sua interação com o meio que o rodeia.
Jean Piaget defende o desenvolvimento cognitivo em 4 estágios fundamentais: sensório-
motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. É na transição entre eles
que há maiores chances de acontecer o desequilíbrio entre assimilação e acomodação.
A teoria de desenvolvimento de Erik Erikson considera o ser humano como um ser social,
um ser que vive em grupo e sofre a pressão e a influência deste. Por isso, a sua teoria é
designada psicossocial.
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Referencias bibliograficas
LIVIA MATHIAS SIMAO; Maria Thereza Costa Coelho de Souza; Nelson Ernesto
Coelho Junior. (2002). Noção de objeto, concepção de sujeito: Freud, Piaget e Boesch.
Casa do Psicólogo.
Piaget, Jean (1968). Six psychological studies. David Elkind. New York: Vintage Books.
Piaget, Jean (2003). A psicologia da crianca. Bärbel Inhelder, Octavio Mendes Cajado.
Rio de Janeiro: Difel/Bertrand Brasil.
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