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Kant – Imperativo categórico

Para chegarmos ao cerne do que seria o imperativo categórico mostremos primeiro


um panorama do que seria a ética Kantiana e um contexto histórico da ética para
começar. A ética começou na antiguidade sendo mais uma ética teleológica, isto é,
uma ética da virtude ou da felicidade em que o fim que é dado ao homem o é pelo
seu desejo ou natureza; já a ética de Kant está mais para uma ética deontológica, ou
seja, uma ética voltada para o dever onde um fim moral impõe-se ao indivíduo.
Kant tem a ideia de que existe uma lei moral que seria princípios morais válidos sem
exceção para todos os homens, com valor universal e necessário.
Assim, para entendermos melhor o que seria essa lei moral é preciso entender os
princípios práticos, que foram propostos por Kant, lei moral é um desses princípios e
como lei moral iremos encontrar o imperativo categórico que é o objeto da análise sobre
o qual irei discorrer.
Dentre os princípios práticos temos a máxima que é uma determinação subjetiva da
vontade, sendo algo mais pessoal e seu; e os imperativos que se dividem em hipotético
e categórico o hipotético é uma determinação condicionada ao alcance de um fim, já o
imperativo categórico é uma determinação incondicionada pura da vontade, por isso
ele não ser condicionado é o que o diferencia do hipotético, ainda sobre o imperativo
categórico a humanidade deve ser considerada como um fim e não como um meio.
Ademais, ele deve ser necessário e universal e quanto a isso você deve agir em
conformidade apenas de acordo com a máxima que possa vir a ser uma verdade
universal, assim temos uma ética ou filosofia prática com a ideia de dever e o
imperativo. Por fim, Kant fórmula as 3 máximas do imperativo categórico que são
bastante conhecidas.
Segundo Kant (1788) citada por Marilena Chauí (2000, p.445) 1. Age como
se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal
da Natureza;2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua
pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um
meio; 3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal
para todos os seres racional.

Isso foi de suma importância não só para a filosofia e a construção de uma ética em que
o indivíduo era um ser autônomo, mas com um dever ético para com todos, como
também se estendeu para outras áreas, por exemplo a área do direito, a nossa
constituição e os direitos humanos todas essas áreas tem inspiração ou algo que fale
sobre a dignidade humana e essa questão de moral universal que se aplica a todos tendo
por embasamento o imperativo categórico de Kant.

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