Informativo da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Metalúrgicos & Mineiros da Bahia
CAMPANHA SALARIAL
Patronal mantém intransigência e negociação
não avança em mediação na SRT-BA goria para mudar a intransigência patronal.
Setor de Manutenção e Montagem Industrial
Ao lado das negociações da Campanha Salarial
os sindicatos cobram o início das negociações do acordo coletivo aditivo direcionado para as Empresas do Setor de Manutenção e Monta- gem Industrial que trata de questões especí- ficas desse segmento como Pisos Salariais, Folga Mensal, PLR, Ticket Alimentação, Plano de Saúde, Salário Substituição, Acordo de Pa- rada dentre outros pontos. As negociações da data base e do acordo aditivo são discussões Em reunião de mediação promovida pela Supe- Na verdade, a proposta dos patrões não recu- que se somam para a melhoria da qualidade de rintendência Regional do Trabalho, nessa quar- pera o poder aquisitivo dos salários dos meta- vida dos trabalhadores desse setor e romper ta, 30, não houve avanços nas negociações. lúrgicos. Os Sindicatos dos Trabalhadores per- com a discriminação nas condições de trabalho Os patrões insistem em não discutir aumento maneceram com a proposta de 10% (dez por real de salários e alegam a crise no parque in- cento) no piso e 9% de reajuste nos salários entre trabalhadores que atuam em uma mes- dustrial metalúrgico como argumento em não com reflexos nas demais cláusulas econômi- ma área ou em uma mesma empresa. O en- melhorar as condições econômicas e sociais cas da Convenção, o auxílio assistencial para frentamento é a saída para conquistar direitos. dos trabalhadores metalúrgicos no Estado. os filhos com necessidades especiais, as ho- mologações no Sindicato (direito retirado na re- A Federação dos Metalúrgicos e os Sindica- forma trabalhista) e a manutenção dos demais tos de Base apresentaram os dados do DIE- direitos da Convenção Coletiva da Categoria. ESE, na qual 89,1% dos acordos firmados Diante o impasse na mesa de negociação, a na data base julho tiveram ganhos reais, ao Superintendência Regional do Trabalho agen- tempo que os indicadores inflacionários dos dou uma nova rodada de negociação. A ex- meses anteriores ao período da data base pectativa é que o patronato possa evoluir dian- (julho) quanto aos meses posteriores apre- te o novo cenário econômico e político que se sentam uma elevação em comparação a pro- apresenta no País e que se traduz em outro posta de reajuste nos salários de 3%(três por modelo de negociação, mas, para os Sindi- cento) apresentada pelo Sindicato Patronal. catos, só a mobilização e a unidade da cate-
Aumento real do salário mínimo fará PIB crescer 1%
A estimativa é da economista Patrícia Pe- A previsão vai ao encontro da concepção clas- consumo, aquecendo portanto o comércio latiere, diretora-adjunta do Dieese, em en- sista de que a valorização do trabalho não res- e a produção. Por esta razão, como afir- trevista à jornalista Fernanda Trigueiro. ponde apenas ao anseio da classe trabalha- ma o comerciante Lauro Pimenta na bela e dora, mas é também e ao mesmo tempo uma convincente reportagem da jornalista Fer- fonte do desenvolvimento econômico, fortale- nanda Trigueira “o Brasil cresce realmente cimento do mercado interno, redução do de- quando o dinheiro chega” ao bolso dos mais semprego e crescimento do PIB, ao contrário pobres ou “nas classes C e D, que são as do que supõe a malfadada ideologia neoliberal. classes que consomem ali no seu entorno, no comércio local. Isto faz total diferença”. A matéria menciona estatísticas do IBGE comprovando que todo ganho salarial nas famílias trabalhadoras é transformado em Fonte: CTB 41 O Metalúrgico I Julho de 2014 Metalúrgicos Agosto de 2023 I www.fetimbahia.org.br
STIM Dias D’Ávila conquista
Clima Tenso e de insatisfação na Durit benefícios para Os empregados da Durit estão insatisfeitos dos seus empregados. “Chamamos a atenção trabalhadores da CMS com a política salarial adotada dentro da Uni- de todos os trabalhadores e trabalhadoras da dade Fabril de Simões Filho. Além de não ter Durit para que se mobilizem e se unam ao um plano de cargos e salários definido, não seu Sindicado de classe, afim de exercer uma existem critérios transparentes para promo- maior pressão nos Gestores da Empresa e ba- ções dos trabalhadores e trabalhadoras. nir de vez essas práticas tão perversas e ab- Denuncias foram feitas ao Sindicato dos surdas”, finaliza diretor da entidade Metalúrgicos de Simões Filho, informando que a Empresa está dando reajuste salarial a filho de gerente, sem meritocracia, mas sim por grau de parentesco com pessoas do alto es- calão. Isto acontece em um cenário onde exis- Os trabalhadores da CMS, terceirizada tem vários operadores, com salários abaixo na Ferbasa, não recebiam cesta básica e do mercado de trabalho e que executam bem tinham salários bem mais baixos que os as suas atividades, que não são reconhecidos trabalhadores não terceirizados, que ex- pela empresa, gerando uma grande insatisfa- ercem a mesma função, dentro da Ferba- ção em todo chão de fábrica. sa, com mesma carga horária. Depois de O Sindicato chama atenção dessas praticas muita luta e negociação, o Sindicato dos equivocadas da Durit, ao mesmo tempo que Metalúrgicos de Dias D’Ávila venceu a in- reivindicamos que a empresa adote um plano transigência da empresa e conseguiu, não de cargos e salários, que atenda os anseios só a implantação da cesta básica, mas, também, os reajustes que equiparam os salários dos terceirizados com o dos não GE anuncia encerramento da terceirizados e o pagamento de horas ex- tras. produção em outubro deste ano A partir desta sexta, 01, os trabalhadores Em reunião com o Sindicato dos Metalúrgi- que, junto a um processo de venda de patrimônio, da CMS começam a receber seus cartões cos de Camaçari, representantes da GE, em- existem os trabalhadores e trabalhadoras que pre- alimentação. O benefício ficou acordado presa do setor eólico que atua em Camaçari, cisam ser vistos tanto por quem vende quanto por no valor de R$ 400,00 por mês, para cada anunciou o fim da produção em outubro deste quem compra, como seu principal patrimônio, é o trabalhador. Um avanço que reforça a im- ano. Segundo a GE, a unidade estaria sen- que chamamos de responsabilidade social. Pergun- portância dos trabalhadores se unirem ao do vendida para outra empresa do ramo eóli- tas sem respostas deixa um clima tenso na fábrica. seu Sindicato, para tornarem mais forte a co e as negociações já estariam em andamento. luta que nunca acaba, por direitos e mel- “Afinal, como ficam os trabalhadores da GE e das horias. Sindicalize-se! Os trabalhadores já haviam percebido a situação, empresas prestadoras de serviços quanto aos por conta do vai e vem de visitas, no interior da seus futuros? Serão contratados pela futura em- fábrica e, preocupados, fizeram uma denúncia ao presa? A nova empresa começará de imediato a Trabalhadores da Volpe Sindicato, que passou a questionar a empresa so- sua produção? Todos serão absolvidos no novo passam a receber bre o que estava ocorrendo. A grande questão é emprego? E quanto aos direitos conquistados ao longo do tempo? Essas e outras questões cesta básica tem angustiados os trabalhadores que não ob- tém respostas”, explica um diretor do Sindicato.
Visando estas preocupações dos trabalhadores,
o Sindicato se reuniu com representantes da GE, na última quinta-feira, 31, para iniciar um pro- cesso de negociação com o objetivo de criar um acordo de indenização para os trabalhadores e aproveitou o ensejo para, mais uma vez, cobrar respostas quanto ao futuro de cerca de 100 tra- balhadores e trabalhadoras. Novas rodadas de negociação foram agendadas. Mais uma conquista para terceirizados que atuam na Ferbasa. Assim como na CMS, o Sindicato dos Metalúrgicos de Dias D’Ávila STIM Camaçari inicia negociações também conquistou, mediante negocia- ção, o benefício da cesta básica para os com a Amvox trabalhadores da Volpe. O benefício passa a ser concedido para os trabalhadores no Na última terça, 29, representantes da Em- truir uma negociação para que a empresa avance valor de R$ 400,00. presa Amvox e do Stim Camaçari se reuniram e melhore as condições de trabalho do conjunto na sede da entidade, com o objetivo de iniciar dos trabalhadores”, explica um diretor do Sindica- As negociações com mais esta terceiriza- uma mesa de negociação para tratar das condi- to. da da Ferbasa, a Volpe, continua. O Sindi- ções de trabalho e de direitos das trabalhadoras cato busca para os trabalhadores da em- e dos trabalhadores da unidade fabril. Vários be- presa, os benefícios de plano de saúde, nefícios foram pautados neste primeiro encontro. PLR, dentre outros. “Este é o momento dos trabalhadores se unirem ainda mais ao Sindicato para fortalecer a luta, em es- “Questões com o ticket alimentação, PLR, baixos pecial, aqueles que trabalham nas tercei- salários, alta rotatividade e condições de trabalho rizadas que atuam na Ferbasa”. foram alguns dos principais pontos levantados Sindicalize-se e deixe seu Sindicato mais pelo Sindicato, com o intuito de buscarmos cons- forte.