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Formação inicial dos novos Enfermeiros

Estagiários da CSE
Raquel Marques Silva

Julho 2020

centroformacao.cse@gmail.com | centrodeformacao@cse-ao.com Tlm. +244 949 621 682 I Ext


Objectivo Geral

 Capacitar os enfermeiros para estágio profissionalizante


na CSE.
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Objectivos Específicos

 No final das sessões os enfermeiros


deverão:
 Perceber o real valor da profissão de
enfermagem;
 Desenvolver competências técnicas, humanas
e cientificas;
 Perceber a importância da dinâmica de grupo
e trabalho em equipa;
 Potenciar a sua capacidade de juízo clínico e
tomada de decisão.
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Sumário
 1º sessão: Processo de Enfermagem e registos;
 2º sessão: Cuidados de higiene e conforto, alimentação e eliminação;
 3º sessão: Posicionamentos, transferência e úlceras por pressão;
 4º sessão: Pensos a feridas, sinais vitais, exame físico e glicémia capilar;
 5º sessão: Covid 19 e Infeções associadas aos cuidados de saúde;
 6º sessão: Quedas e Escala de Coma de Glasgow (ECG);
 7º sessão: Oxigenoterapia, aspiração de secreções e entubação nasogástrica
 8º sessão: Cateterismo venoso periférico e vesical e colheita de espécimes
para análise;
 9º sessão: Medicação;
 10º sessão: Rotinas de enfermagem.
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Processo de Enfermagem
Registos de Enfermagem

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Enfermagem
 Uma profissão muito credível, construída num percurso histórico notável,
autorregulada, fundada em valores humanistas e de competência técnica
e científica.

 Enfermagem é definida como um processo facilitador das transições


promotoras de bem-estar em todo o ciclo vital do cliente. Na promoção
da saúde, na prevenção da doença, no tratamento e na reabilitação.

 Abertura da Enfermagem para o mundo numa constante preocupação e


interação com o cliente e com tudo o que o rodeia.
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(Silva,2002; Silva, 2007)


Enfermagem

A enfermagem é uma profissão autónoma e as intervenções de


enfermagem são:
 Autónomas, realizadas pelos enfermeiros, sob sua única e exclusiva
iniciativa e responsabilidade de acordo com as respetivas
qualificações profissionais.
 Interdependentes, realizadas pelos enfermeiros em conjunto com
outros técnicos, para atingir um objetivo comum, decorrentes das
prescrições ou orientações previamente formalizadas.
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Processo de enfermagem (PE)
É um dos temas mais importantes para a enfermagem.

A sua importância deve-se ao facto de constituir fundamento:


ensino;
prática;
investigação em enfermagem;
exercício da profissão.

Satisfação das necessidades e resolução de problemas das pessoas.


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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Processo de enfermagem
 Método científico que promove o trabalho com rigor.
 Instrumento de trabalho.

Exige:
Observação sistemática, raciocínio crítico, julgamento clínico e
planificação
+
Capacidades cognitivas, interpessoais e técnicas
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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Processo de enfermagem

• Evidência
• Experiência
Prática baseada clínica
em evidência • Necessidades e
valores das
pessoas

(Cárnio, 2002)
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Processo de enfermagem
Objectivos
 Fornecer um quadro para a planificação dos cuidados de
enfermagem;
 Personalizar os cuidados a fim de melhor responder às necessidades
da pessoa;
 Maximizar os recursos pessoais e os recursos exteriores da pessoa;
 Coordenar o trabalho da equipa, indicando o que é necessário fazer e
a quem o fazer;
 Assegurar a continuidade de cuidados apesar dos diferentes turnos,
das diferentes trocas de equipas.
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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Processo de enfermagem – Etapas
Diagnóstico de Enfermagem
1. Avaliação
Inicial ≠
Diagnóstico Médico

5. Avaliação
2. Diagnóstico

Cuidado
4. Execução 3. Planeamento ≠
Tratamento
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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Processo de enfermagem
Fase Acções
Avaliação inicial Observação
Entrevista
Consulta do Processo Clínico
Informações da Família
Diagnóstico Identificação de um problema (P)
Definição dos factores causais (E)
Definição dos sinais e sintomas (S)
Planeamento Definição de prioridades
Estabelecimento de objetivos ou resultados esperados
Determinação das intervenções no plano de cuidados
(prevenção, redução, eliminação)
Execução Execução das intervenções planeadas
Avaliação Verificação da eficácia dos resultados esperados
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Processo de enfermagem

Diagnóstico: Análise e interpretação dos dados

Permite identificar diagnósticos de enfermagem

Diagnóstico de Enfermagem

Diagnóstico Médico
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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Diagnósticos de enfermagem
 Julgamento clínico que pode não se referir diretamente à doença.

 Decisão clínica acerca das respostas da pessoa, família ou


comunidade, aos problemas de saúde / estilos de vida reais ou
potenciais.

 Os diagnósticos de enfermagem servem de base para escolher as


intervenções de cuidados visando a obtenção dos resultados de que
a enfermeira é responsável.
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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Diagnósticos de enfermagem
Utilização de linguagem apropriada

 Concisa e precisa
 Internacional compreendida por todos os profissionais
 Nomenclatura aprovada

O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PODE ESTAR LIGADO A


DIFERENTES DIMENSÕES DO SER HUMANO

FISICA – PSICOLÓGICA – SOCIAL – ESPIRITUAL


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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Diagnósticos de enfermagem
COMPOSIÇÃO E FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de enfermagem identifica um problema (P), a causa
desse problema (E) e a manifestação (S) – PES

P Relacionado com (R/C) manifestado por PROBLEMA REAL

P R/C PROBLEMA RISCO


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Planeamento
PLANO DE CUIDADOS

O plano de cuidados é um conjunto que compreende o


diagnóstico de enfermagem, os objetivos e as
intervenções e que servem para prever, organizar e
avaliar os cuidados.
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Planeamento
O 1º passo da planificação consiste em fixar
objectivos/resultados esperados
Através do objectivo a enfermeira descreve o comportamento que
ela espera da pessoa ou resultado que quer obter tendo em conta a
situação.
Um objetivo é a projeção de uma intenção que se exprime pela
discrição do comportamento que se espera da pessoa ou um
resultado que se deseja obter depois de ter posto em prática um
conjunto de meios.
(Phaneuf,2001)
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Planeamento
 As intervenções constituem a 2ª parte da planificação dos cuidados

 Pode tratar-se de acções realizadas pela enfermeira, pela própria


pessoa ou outros profissionais da equipa

As intervenções representam qualquer acção que a


enfermeira executa, qualquer atitude ou comportamento
que ela adota ou que procura desenvolver na pessoa, no
quadro das suas funções profissionais visando com elas
a melhoria do estado de saúde da pessoa cuidada.
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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Execução
 É a etapa de realização do plano de cuidados

 Centra-se na realização das intervenções que estão no plano de


cuidados e que visam atingir os objetivos

 Esta permite à enfermeira realizar funções: cuidadora, educadora e


de relação de ajuda

A execução é a quarta etapa do processo de


enfermagem no decurso da qual são realizadas as
intervenções previstas no plano de cuidados para
permitir à pessoa atingir os objetivos fixados.
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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Execução
 A etapa da execução compreende também a DELEGAÇÃO de
algumas ações a auxiliares, família, cuidador …

 Mas não deve delegar intervenções para as quais os


cuidadores não estão “habilitados”

 O enfermeiro continua responsável pelos cuidados que


delega
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SORENSEM e LUCKMANN (1998)


Plano de cuidados

Exercício

A Sra. Joaquina deu entrada no serviço de Medicina com o diagnóstico


médico de acidente vascular cerebral (AVC). Apresenta diminuição da
força muscular no hemicorpo direito, discurso verbal disártrico (difícil
perceção) e disfagia para líquidos.
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Plano de cuidados

Data/ Problema/ Resultado Intervenções de Avaliação Data/


Inicio Diagnóstico esperados Enfermagem Fim
Enfermagem /objetivo
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Registos de Enfermagem

Registo de enfermagem como “a ação ou ato de colocar por escrito factos


relativos à pessoa que requer cuidados de enfermagem (…), que serve de
guia orientador para a prestação de cuidados, devendo conter não só
dados observados e interpretados (diagnósticos de enfermagem) mas
também as intervenções (…) e resultados da ação de enfermagem”.
Figueiroa - Rego (2003, p.39)

Devem ser objetivos, exatos, completos, concisos, atualizados e


organizados.
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Registos de Enfermagem

Ao realizar registos:
• Evitar a duplicação dos dados, os estudos revelam que é uma constante ao
longo dos registos de enfermagem (folha de sinais vitais, terapêutica)

• Incluir a descrição do estado geral, físico e emocional do cliente.

• Conter a presença da família, pois é o elo de ligação mais importante para o


cliente, o seu grande apoio emocional, o agente que mais se envolve no
processo de colaboração com o cliente e equipa de saúde. As suas
necessidades de permanecer junto do cliente para o proteger, apoiar e
aliviar a sua ansiedade não pode ser ignorada.
0579_DR_CF
Registos de Enfermagem

Ao realizar registos:
• A melhor forma de assegurar a clareza dos registos de enfermagem é com
a utilização de linguagem descritiva (ou observacional) em oposição à
linguagem valorativa (“dormiu por longos períodos”, “dormiu por médios
períodos”, “alimentou-se razoavelmente”)

• Evitar dados desnecessários (“doente passou bem”, ”sem queixas” “esteve


sem incidentes”, “cumpriu com a terapêutica”)

• Evitar julgamentos e dar opinião

• Alcançar uma escrita do prazer em vez de uma escrita do dever.


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Passagem de informação oral/transição de
cuidados
É um momento por excelência de troca de informações relevantes de
forma a assegurar a continuidade dos cuidados.

 Sala sem ruídos e sem interrupções


 Disponibilidade física e mental dos enfermeiros
 Escutar a informação de todos os clientes e não apenas dos atribuídos
 Pensamento crítico face ao que se relata ou que se planeia

NOTA: Durante a passagem de informação oral assegurar a presença de


um FHC na enfermaria/corredor
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Passagem de informação oral / transição de
cuidados / Registos de Enfermagem
SAER: Ferramenta de padronização de comunicação em saúde que é
reconhecida por promover a segurança do cliente em situações de
transição de cuidados.

Mnemónica SAER
S - Situação actual
A - Antecedentes
E - Evolução
R - Recomendações
ISBAR: Identify (Identificação), Situation (Situação atual), Background (Antecedentes),
Assessment (Avaliação) e Recommendation (Recomendações).
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Guião para Registos de Enfermagem e Passagem
de informação oral

0 – IDENTIFICAÇÃO (USAR NA PASSAGEM DE INFORMAÇÃO


ORAL)

• Identificação do profissional que vai dar continuidade aos cuidados e


do profissional que está a passar o turno
• Identificação do Cliente (nome, idade, nacionalidade)
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Guião para Registos de Enfermagem e Passagem
de informação oral

1 – SITUAÇÃO ACTUAL

• Motivo de internamento/História actual


• Diagnóstico Médico
• Médico assistente
• Grau de Dependência
• Dieta prescrita (1º registo, só escrever se alterações)
• Score das Escalas avaliadas (escala de Morse e Braden)
• IACS – Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (se presente e
mencionar o tipo de isolamento)
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Guião para Registos de Enfermagem e Passagem
de informação oral
2 – ANTECEDENTES

• Antecedentes crónicos e patológicos significativos (ex: infecto-


contagiosos, neurológicos, cardiológicos, cirúrgicos, psiquiátricos)
• Medicação de ambulatório (1º registo)
• Hábitos de vida de risco (ex: drogas, álcool, tabaco, se presente)
• Limitações motoras, cognitivas, auditivas, visuais, comunicação ou
dependências (se presente)
• Dispositivos no domicilio
• Alergias conhecidas ou sua ausência
• Prestador de cuidados/pessoa significativa
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Guião para Registos de Enfermagem e Passagem
de informação oral
3 – EVOLUÇÃO

Avaliação física cefalocaudal (só o que está alterado) e descrição dos


acontecimentos ocorridos durante o turno:

• Estado emocional e estado de consciência (E. Coma Glasgow);


• Alimentação (oral/SNG data/PEG/parentérica, quantidade ingerida,
necessidade de ajuda total ou parcial;
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Guião para Registos de Enfermagem e Passagem
de informação oral

3 – EVOLUÇÃO

• Eliminação (wc/ urinol/ arrastadeira/ fralda/ drenagem vesical data/


dispositivo urinário, quantidade, frequência e características);
• Cuidados de higiene, transferência;
• Intercorrências ocorridas no turno;
• Vigilâncias realizadas (SV, drenos, outros);
• CVP (data), CVC (data), todos os dispositivos
• Exames realizados;
• Perfusões em curso.
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Guião para Registos de Enfermagem e Passagem
de informação oral

4 – RECOMENDAÇÕES

• Pendentes administrativos (notificação de internamento, informação


médica pontual, guia/seguradora, caução)
• Recomendações médicas escritas e/ou verbais (pensos gelados/
cabeceira da cama a 30º/ repouso absoluto/atitudes terapêuticas)
• Pedidos de exames complementares de diagnóstico e interconsultas
• Resultados de exames a levantar - especificar (ex: exames
hematológicos, RX tórax, TAC CE)
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Guião para Registos de Enfermagem e Passagem
de informação oral

4 – RECOMENDAÇÕES

• Recomendações das principais intervenções de enfermagem:


• Data de substituição de dispositivos (ex: cateter venoso periférico,
sonda vesical…)
• Vigilâncias a realizar (ex: diurese, padrão respiratório, drenagens,
pensos, posicionar de 4/4h, aspirar secreções de 2/2h; administrar
200 ml de água de 3/3h; fazer levante …)
• Terapêutica SOS. Alertas para os cálculos das doses e diluições
(passagem de informação oral)
• Ensinos ao cliente e família (ex: reforçar ensinos ou novas situações)
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Guião para Registos de Enfermagem

NO SAER FAÇA SEMPRE UMA CALIGRAFIA LEGÍVEL


NÃO USE CORRECTOR
QUANDO RASURAR, ESCREVA, SEM EFEITO E ASSINE (a Sr. JM não)
TRANCAR OS ESPAÇOS EM BRANCO
 ESCREVA O PROBLEMA DE ENFERMAGEM, INTERVENÇÕES E
RESULTADOS
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Registos de enfermagem

A documentação dos cuidados


tornou-se sinónimo dos próprios
cuidados pelo que um cuidado não
registado é considerado não
realizado.
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Cuidados de Higiene e Conforto
Alimentação
Eliminação

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Objectivos da Higiene

 Cuidar da Higiene Individual;


 Estimular a função respiratória, circulatória,
mobilidade e eliminação;
 Manter a integridade da pele;
 Promover o auto-cuidado;
 Instruir para o auto-cuidado de higiene pessoal.
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Graus de dependência

0 - Independente – não necessita de ajuda


1- Necessita de ajuda mínima
2- Necessita de ajuda moderada, supervisão/ensino
3 - Necessita de ajuda considerável
4 - Dependência total, não participa na actividade
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Higiene e conforto

 Momento para visualizar toda a superfície corporal e


também de conhecimento do outro, observação, espaço
para ouvir, que pode contribuir para a recuperação do
cliente.

 O banho proporciona sensação de bem-estar, mantem a


pele limpa, estimula a circulação e reduz odor.
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Competências do enfermeiro

 Realizar o banho do cliente dependente e


semidependente;

 Supervisionar o cliente que necessita de ajuda


mínima;

 Fazer a cama ocupada.


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Higiene e conforto

 Quando???
 Diariamente;
 Turno da manha;
 Após transpirar muito;
 Sempre que necessário.
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Higiene e conforto

 Conforme a dependência do cliente o banho pode ser dado


na cama, no chuveiro e com auxílio da cadeira de banho.
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Higiene e conforto

 Higiene total (no leito/cama ou WC)

 Higiene parcial
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Banho no leito
 Avaliar tipo de higiene e grau de dependência;
 Reunir todo o material necessário;
 Lavar as mãos, calçar luvas e colocar avental;
 Colocar o cliente em decúbito dorsal;
 Oferecer a arrastadeira ao cliente;
 Verificar se todos os sistemas de soros, prolongadores, sacos colectores
ou outros, estão livres e permitem acompanhar os movimentos dos
clientes;
0579_DR_CF
Banho no leito
 Lavar o cliente no sentido cefalocaudal das zonas mais limpas
 zonas mais sujas
boca
face
olhos (água simples do canto interno para o externo)
pavilhão auricular
pescoço
membros superiores (imersão das mãos)
tórax
abdómen
membros inferiores (imersão dos pés)
genitais
dorso
região anal
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Banho no leito

 Auxílio na lavagem dos genitais nas mulheres:


 Apenas quando a pessoa apresenta alguma
incapacidade;
 Higiene genital diária e sempre que necessária;
 A lavagem deve ser realizada da zona púbica para o
ânus (de frente para trás);
 Após a lavagem, mudar a esponja/manapula;
 Mudar as luvas
 Nunca esquecer de manter a privacidade do cliente.
0579_DR_CF
Banho no leito
 Auxílio na lavagem dos genitais nos homens:
 Apenas quando a pessoa apresenta alguma
incapacidade;
 Higiene genital diária e sempre que necessária;
 Puxar o prepúcio para baixo e lavar com água e sabão,
bem como toda a parte que envolve a glande com
esponja/manapula. Não esquecer de voltar a colocar o
prepúcio para cima depois de lavar e secar;
 Se dispositivo urinário, trocar diariamente;
 Após a lavagem, mudar de esponja/manapula;
 Mudar as luvas
 Nunca esquecer de manter a privacidade do cliente.
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Banho no duche

 A cadeira de duche, está indicada para clientes


semidependentes que podem fazer levante.
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Objectivos da Higiene oral

 Manter a cavidade oral limpa e húmida;


 Incentivar a higiene dos dentes, das mucosas oral, labial e
da língua;
 Remover resíduos alimentares e secreções;
 Estimular a circulação das gengivas;
 Instruir para o auto-cuidado.
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Cuidados com as unhas

Após o
banho, pois
Forma
estão Mãos
amolecidas arredondada
Cortadas
com corta
unhas e/ou Pés Cortadas a
tesoura direito
pequena

Acumulam Muita
UNHAS
Sujidade
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Registos

Tipo de higiene;
Tipo de colaboração;
Problemas detectados;
Intercorrências durante a higiene;
Ensinos realizados.
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Importância de garantir uma alimentação e hidratação
adequadas
 A alimentação, entre muitas outras funções:
 Assegura a sobrevivência do ser humano;
 Fornece energia e nutrientes necessários ao bom
funcionamento do organismo;
 Contribui para a manutenção do nosso estado de saúde físico
e mental;
 Desempenha um papel fundamental na prevenção de certas
doenças;
 Contribui para o adequado crescimento e desenvolvimento
das crianças e adolescentes.
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Problemas relacionados com as alterações da deglutição
e riscos associados
 Consequências da aspiração de alimentos sólidos
ou líquidos:

- Pneumonias de aspiração Paragem


respiratória

- Obstrução das vias respiratórias

Morte
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Problemas relacionados com as alterações da deglutição
e riscos associados
Sinais de alerta
 Tosse

 Engasgamento persistente O que fazer?


 Dispneia Parar de alimentar
 Cianose incentivar a tossir, se
necessário aspirar
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Cuidados de enfermagem na alimentação entérica através
de sonda nasogástrica (SNG)
 Adequar a dieta;
 Alimentar de forma intermitente (bólus de 4/4h) ou contínua;
 Técnica limpa;
 Administrar os alimentos à temperatura ambiente;
 Verificar se a SNG está posicionada no estômago antes de alimentar;
 Avaliar a estase gástrica (se ≥200ml). O conteúdo residual aspirado deve
ser sempre reintroduzido para prevenir perdas excessivas de electrólitos;
 Não administrar mais de 300ml de uma só vez;
0579_DR_CF
Cuidados de enfermagem na alimentação entérica através
de sonda nasogástrica (SNG)

 Posicionar sentado ou semi-sentado;


 Lavar a SNG e seringa de alimentação após cada alimentação;
 Se alimentação continua, substituir o sistema de alimentação a cada 24h;
 Promover higiene oral adequada;
 Hidratar a cavidade oral;
 Estimular o reflexo de deglutição.
0579_DR_CF
Registos

Tipo de alimentação;
Tipo de colaboração;
Intercorrências durante a alimentação;
Quantidades ingeridas;
Ensinos realizados.
0579_DR_CF
Objectivos da Mudança da fralda

 Manter a integridade da pele;


 Promover o conforto;
 Avaliar as características dos produtos
eliminados;
 Instruir para o auto-cuidado da eliminação.
0579_DR_CF
Mudança da fralda

 A eliminação é a necessidade do organismo em rejeitar as


substâncias inúteis e prejudiciais resultantes do
metabolismo.

 Na mudança da fralda ter atenção às características da


urina (cor, odor, sedimentos, quantidade) e fezes (cor,
quantidade, consistência e odor);
0579_DR_CF
Mudança da fralda
 Quando?????
Sempre que a fralda estiver saturada com urina ou conter
fezes;
Após a higiene;
Pelo menos uma vez no turno da manhã, tarde e noite.

Eliminação Vesical é um tipo de eliminação com as características


específicas: fluxo e excreção da urina por meio da micção,
habitualmente 4/6 vezes durante o período diurno com uma quantidade
média excretada aproximadamente 1000 a 2000 ml nas 24h, em
condições dietéticas normais.
0579_DR_CF
Registos

Continente ou incontinente;
Tipo de ajuda;
Fralda, arrastadeira, WC, urinol, cateter vesical
ou dispositivo urinário
Cor, odor, quantidade, frequência urina
Cor, odor, quantidade, consistência das fezes
0579_DR_CF
Posicionamentos
Transferência
Úlceras por Pressão (UPP)

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Posicionamentos

 São as posturas em que se coloca a pessoa, quando


esta não tem capacidade para mudar de posição sozinha,
e / ou quando a situação clinica não o permite, visando
distribuir o peso pela maior área possível, evitando
sobrecargas nas proeminências ósseas.
0579_DR_CF
Posicionamentos

Vantagens:
 Estimula o padrão respiratório e drenagem de secreções;

 Previne complicações circulatórias e musculoesqueléticas;

 Mantem a integridade da pele;

 Previne atrofias musculares;

 Previne tromboembolismo e edema das extremidades;

 Proporciona conforto e bem-estar;

 Favorece a estimulação sensitiva e motora do cliente.


0579_DR_CF
 Posicionamentos

Consequências da imobilidade
1. - Alterações respiratórias
2. - Alterações cardiovasculares
3. - Alterações gastrointestinais
4. - Alterações urinárias
5. - Alterações metabólicas
6. - Alterações no sistema nervoso
7. - Alterações na pele e tegumentos
8. - Alterações músculo-esqueléticas
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14/07/2020
Cuidados a ter  Posicionamentos

Manter alinhamento Apoiar os


Corporal membros

Alternar todos os
Evitar dor e
decúbitos, se o cliente
desconforto
tolerar

Utilizar equipamento Manter roupa da


adequado à situação cama e do cliente sem
do cliente rugas

Manter articulações Evitar posições


em posição funcional viciosas
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Tipos de Posicionamentos

 Decúbito dorsal – DD;


 Decúbito semi-dorsal (direito/esquerdo) – DSD (D/E);
 Decúbito lateral (direito/esquerdo) – DL (D/E);
 Decúbito ventral – DV;
 Decúbito semi-ventral (direito/esquerdo) – DSV (D/E);
 Posição de Fowler e semi-fowler.
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 Posicionamentos

Decúbito Dorsal
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 Posicionamentos

Decúbito Lateral
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 Posicionamentos

Decúbito Semi-dorsal
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 Posicionamentos

Decúbito Ventral
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 Posicionamentos

Decúbito Semi-ventral
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 Posicionamentos

Posição de fowler e semi-fowler


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 Posicionamentos

Recursos:

 Almofadas de vários tamanhos


 Lençol de transporte (resguardo)
 Superfícies de apoio (colchão de pressão
alternada)
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Levante/transferência
 Uma transferência é um padrão de movimento
pelo qual se move uma pessoa de uma superfície
para outra.
 O levante tem como objetivos:
 Prevenir complicações da imobilidade;
 Incentivar o auto-cuidado;
 Treinar o equilíbrio;
 Preparar para o treino de marcha.
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Levante/transferência
 Técnica do primeiro levante:
Prescrição médica
Avaliar a pressão arterial
Elevar a cabeceira
Sentar a pessoa no leito com os membros inferiores pendentes para
promover e testar a adaptação ao ortostatismo

Durante todo o procedimento avaliar sinais e sintomas de hipotensão


ortostática:
- Observar a face da pessoa (pesquisar sinais de palidez e sudorese);
- Valorizar queixas de náusea, tontura ou obnubilação.
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Levante/transferência

Travar a cadeira de rodas, colocar sapato fechado para não


escorregar, usar calças
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Postura Corporal
0579_DR_CF
Registos

Tipo de colaboração;
Decúbitos realizados;
Cumprimento do posicionamento;
Proeminências ósseas ruborizadas;
Recursos utilizados para o levante, postura
corporal, tolerância ao levante e
intercorrências.
0579_DR_CF
Indicadores de qualidade dos cuidados de
enfermagem:

• Ausência de úlceras por pressão;


• Ausência de infecção e outras complicações que possam resultar dos
cuidados prestados pelos enfermeiros;
• Ausência de erros de medicação;
• Ausência de indicações de agressões físicas ou verbais;
• Ausência de queixas por parte dos utentes;
• Satisfação das visitas pelos cuidados que são prestados aos utentes;
• Satisfação dos utentes pelos cuidados que recebem (…)
0579_DR_CF

Botelho 1998 citado por Ribeiro et al 2008


Úlceras por Pressão

Lesão localizada na pele


e/ou tecido subjacente sobre
uma proeminência óssea,
resultante de pressão ou de
pressão em combinação
com cisalhamento.
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Documento de Consenso da World Union of Wound Healing Societies (WUWHS). O papel das coberturas na prevenção da lesão por pressão. Wounds
International, 2016
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO

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0579_DR_CF

2020-07-14
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Documento de Consenso da World Union of Wound Healing Societies (WUWHS). O papel das coberturas na prevenção da lesão por pressão. Wounds
International, 2016
Classificação UPP

Grau I: Grau II - Grau III: Grau IV:


Eritema não Perda Perda total Perda total
branqueável parcial da da da
em pele espessura espessura espessura
intacta da pele da pele dos tecidos
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CLASSIFICAÇÃO DAS UPP

Grau I: Eritema não branqueável


Pele intacta com rubor não branqueável numa
área localizada, normalmente sobre uma
proeminência óssea.
Em pele de pigmentação escura: a cor pode ser
diferente da pele em redor. A área pode estar
dolorosa, dura, mole, mais quente ou mais fria
comparativamente ao tecido adjacente.

NPUAP/EPUAP/PPPIA (2014)
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CLASSIFICAÇÃO DAS UPP

Grau II: perda parcial da espessura da pele


Perda parcial da espessura da derme, que
se apresenta como uma ferida superficial
(rasa). Pode também apresentar-se como
flictena fechada ou aberta, ou equimose
(Equimose é indicador de lesão profunda).

NPUAP/EPUAP/PPPIA (2014)
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CLASSIFICAÇÃO DAS UPP

Grau III: Perda total da espessura da pele


Perda total da espessura tecidular.
Pode ser visível o tecido adiposo subcutâneo, mas
não estão expostos os ossos, tendões ou músculos.
Pode incluir lesão cavitária e encapsulamento. A
profundidade de uma úlcera de grau III varia com a
localização anatómica.

NPUAP/EPUAP/PPPIA (2014)
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CLASSIFICAÇÃO DAS UPP

Grau IV: Perda total da espessura dos tecidos


Perda total da espessura dos tecidos com
exposição óssea, dos tendões ou músculos.
A profundidade de uma UPP de grau IV varia com a
localização anatómica.
As UPP não devem ser classificadas na ordem
contrária, como forma de avaliar a cicatrização. As
UPP IV é sempre IV, não se transformam em III, II e
I.

NPUAP/EPUAP/PPPIA (2014)
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Qual o grau?????
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Localização mais frequentes
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Prevenção das Úlceras por Pressão

Úlceras por
pressão
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NHS Midlands and East (2012) SSKIN Pressure Ulcer Care Bundle Prevention. 2012. Available at: http://nhs.stopthepressure.co.uk/ Path/docs/Prevention%20bundle.pdf
Superfícies de apoio
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Prevenção das Úlceras por Pressão

A Escala de Braden é constituída por seis subescalas.


a) As subescalas têm como objectivo a avaliação das seguintes
dimensões: Percepção sensorial, Humidade da pele, Actividade,
Mobilidade, Nutrição, Fricção e Forças de Deslizamento;
b) O valor atribuído a cada subescala varia entre 1 e 4 (o menor
valor corresponde a um maior risco de desenvolvimento de úlcera
por pressão);
c) O valor obtido através do somatório dos valores atribuídos a cada
subescala varia entre 6 e 23
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DGS nº 017/2011
Prevenção das Úlceras por Pressão

 Sempre que possível não posicionar o indivíduo numa


superfície corporal que ainda se encontre ruborizada, quente,
edema ou com alterações da consistência devido a um episódio
anterior de pressão no local.
Não utilizar massagem na prevenção de úlceras por
pressão.
Avaliar a pele, dando especial atenção às proeminências
ósseas e dispositivos médicos, a cada mudança da fralda e/ou
posicionamento.

NPUAP/EPUAP/PPPIA (2014)
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Prevenção das Úlceras por Pressão

 Realizar avaliações da pele mais frequentes quando há


presença de dispositivos médicos (sonda vesical, sonda
nasogastrica, máscara de oxigénio, oximetro, etc) em clientes
com ou risco de sinais de edema localizado/generalizado;

 Utilizar o dedo para avaliar eritema (rubor) branqueável ou não


branqueável (o dedo é pressionado sobre o eritema durante
três segundos e o branqueamento avaliado após remoção do
dedo).
NPUAP/EPUAP/PPPIA (2014)
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Prevenção das Úlceras por Pressão
 Incentivar/ assistir/ executar técnica de posicionamento no leito
com uma frequência de no mínimo 3/3h;

 Registar os regimes de reposicionamentos, especificando a


frequência e a posição adoptadas, e incluir uma avaliação dos
resultados observados (estado da pele). A garantir o conforto
do cliente no final de cada posicionamento. Colocar um alarme
para relembrar o reposicionamento;

 Manter calcanhares flutuantes/elevados sem tocar na


superfície de apoio (almofadas, colchão).
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Prevenção das Úlceras por Pressão

 Manter a fralda limpa e seca;

 Roupa da cama esticada e sem rugas e sem restos


alimentares;

 Considerar a substituição do colchão por uma superfície de


apoio que proporcione uma redistribuição mais eficaz da
pressão, sempre que afunde na superfície de apoio
existente;

 Não arraste - o indivíduo enquanto o reposiciona, uso de


resguardos de pano para evitar a fricção.

NPUAP/EPUAP/PPPIA (2014)
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0579_DR_CF
Tratamento das Úlceras por Pressão
Grau I Grau II Grau III/IV

Redobrar a vigilância nas zonas Proteja a úlcera Remova todo o tecido


afectadas, SEM MASSAJAR; cobrindo-a com um desvitalizado, seleccionando o
Providenciar dispositivos de alivio hidrocolóide extra- método mais adequado;
da pressão de forma a diminuir a fino ou gaze gorda + Preencha sempre as
compressa + cavidades/locas com material
pressão, fricção e forças de adesivo; Se a com capacidade de manter o
deslizamento; quantidade de equilíbrio do exsudado; Cubra
Evitar o ocultar o local de exsudado for a cavidade/loca com um penso
alteração cutânea; moderado colocar que a proteja da contaminação
Planear alternância de Aquacel ou mais e mantenha o ambiente
posicionamentos evitando as compressas húmido ideal; Proteja a pele
zonas de pressão prévias. circundante com um creme de
barreira em especial a região
nadegueira e genital;
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Tratamento das Úlceras por Pressão
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Registos

Avaliar a presença de úlcera na admissão;


Risco de desenvolver UPP;
Equipamentos preventivos usados;
Frequência da mudança de posicionamento;
Características da UPP;
Material de penso usado;
Data de realização do próximo penso.
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Pensos a feridas
Sinais Vitais
Glicémia Capilar

centroformacao.cse@gmail.com | centrodeformacao@cse-ao.com Tlm. +244 949 621 682 I Ext


Pele
Estrutura da Pele

1. Epiderme;
2. Derme;
3. Tecido celular Subcutâneo
ou Hipoderme;
4. Órgãos Acessórios.
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Ferida

É uma lesão que dá origem a uma interrupção da integridade e


funções da pele, provocada por um tipo de trauma (físico, químico
ou mecânico), uma cirurgia, um processo isquémico e/ou pressão ou
ainda pode ser desencadeada por uma infecção que acciona as
defesas do organismo .
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Baranoski e Ayello, 2006; Dealey C., 2006; Enoch e Leaper, 2007


Cicatrização das Feridas
4 fases dinâmicas que se sucedem e sobrepõem:

Resposta Vascular
(Alguns minutos)

Fase Inflamatória
(0-4dia)

Fase Proliferativa
(4-21dia)
Fase Remodelação
(8dia a 2anos)
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Flanagan (1997)
Evolução coordenada e sequencial da cicatrização
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(Fonte: Laureano A, Rodrigues A. Cicatrização de feridas. Revista da SPDV. 2011; 69(3): 355-65).
Factores que influenciam a cicatrização
das Feridas
Factores sistémicos
• Idade;
• Diagnóstico clínico e antecedentes pessoais;
• Deficiências imunitárias e terapia
imunossupressora;
• Stress;
• Dor;
Pessoa
• Estado nutricional;
• Factores sociais – tabaco, álcool
• Medicação.
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Factores que influenciam a cicatrização
das Feridas
Factores locais • Excesso de exsudado;
• Temperatura da Ferida; • Agentes citotóxicos;
• Edema; • Ambiente seco;
• Má perfusão; • Pele circundante.
• Localização e dimensões;
• Dor na ferida;
• Infecção;
Local na
ferida
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Classificação das Feridas

Presença de Tecidos
Causa Evolução
infecção envolvidos

• Traumáticas • Aguda • Limpa • Epiderme


• Intencionais • Crónica • Limpa • Derme
• Isquémicas contaminada • Tecido
• Pressão • Contaminada Subcutâneo
• Espontâneas • Infectada • Tendões,
músculos,
ossos
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Tratamento de qualquer ferida

 Avaliação do estado geral da pessoa.


 Etiologia da ferida.
 Avaliação da ferida.
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Cuidados à pessoa com ferida aguda
Técnica asséptica nas primeiras 48h
Limpeza com soro fisiológico aquecido (37ºC)
Material de penso consoante tipo de tecidos presentes, exsudado
(pus), profundidade, drenos, hemorragia
Penso simples (gaze+compressa+adesivo)
Prevenir complicações (infecção)
Médico/enfermeiro
Registo

Efetuar ensino ao cliente/família sobre os cuidados apropriados ao


local de incisão, sinais e sintomas de infeção e necessidade de
comunicar o seu aparecimento.
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Tratamento de feridas crónicas
 Corrigir o estado geral da pessoa

 Conhecer a etiologia da ferida


 Preparação do leito da ferida - TIME
 Escolha do material de penso:
Constituir uma escolha partilhada
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Cuidados à pessoa com ferida crónica
Preparação do leito da ferida
TIME Intervenções
T- Tissue (Tecido não viável ou T- controlo do tecido não viável através
deficiente) do desbridamento
I- Infection (Infeção ou I- controlo da infeção e inflamação
inflamação) através da limpeza eficaz,
desbridamento contínuo e aplicação de
antimicrobiano tópico
M-Moisture (desequilíbrio da M- controlo do exsudado através de
humidade) pensos absorventes, no entanto manter
o leito da ferida húmido
E- Edges (margens da ferida E- estimulação das margens epiteliais
que não avançam ou estão através da preservação do leito e dos
debilitadas) bordos da ferida e pele circundante
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T- controlo do tecido não viável
Desbridamento:

A remoção de tecido necrótico, desvitalizado ou


contaminado e corpos estranhos é o primeiro passo e é
crucial na preparação do leito da ferida.

Falanga, 2004
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T- controlo do tecido não viável
Desbridamento
Remove:
•Tecido morto;
•Corpos estranhos;
•Bactérias.

Estimula:
•Resposta inflamatória;
•Processo cicatricial.
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I- controlo da infecção e inflamação

INFEÇÃO

Colonização critica

Colonização

Superficial Profundo
Contaminação

Pina, 2006
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I- controlo da infecção e inflamação
Diferença entre infeção do compartimento superficial e profundo nas feridas:

SUPERFICIAL: PROFUNDO:
•Não cicatriza; •Dor;
•Tecido de granulação friável; •Aumento do tamanho;
•Tecido de granulação exuberante e •Aumento da temp.;
brilhante; •Eritema > 1-2cm, exsudado e
•Aumento do exsudado; edema;
•Formação de novas áreas de necrose; •Exploração óssea- “prone to bone”.
•Odor.

2 ou 3 dos sinais têm que estar presentes para ser infeção

Sibbald, R, et al 2007
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M- controlo do exsudado
Exsudado normal- favorece o ambiente húmido necessário à
cicatrização.

Ambiente húmido na ferida :


Melhoria na formação de síntese de colagénio e granulação dos
tecidos;
Migração celular e epitelização mais rápida;
Diminui a dor;
Não há formação de crostas.
Winter GD, 1962
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M- controlo do exsudado
AMBIENTE HÚMIDO
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M- controlo do exsudado
AMBIENTE HÚMIDO????
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M- controlo do exsudado
AMBIENTE HÚMIDO????
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M- controlo do exsudado
Aumento do Exsudado:
 Purulento (pode significar infeção), hemático e seroso;
 Lesiona a pele circundante;
 Retarda o processo de cicatrização;
 Ter em conta que o desbridamento autolítico e enzimático
aumenta a produção de exsudado.
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M- controlo do exsudado
Selecção de material de penso com capacidade de
equilibrar/gerir o exsudado

Espumas “Aquacel” (Alginatos)

Outros
absorventes
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Cuidados às pessoas com feridas

Limpeza adequada da ferida…


•Cloreto de sódio a 0,9%, à temperatura do corpo, em embalagens
individualizadas
•É a única solução que pode ser usada em todos os tipos de feridas
•É compatível com os tecidos humanos e não produz lesão dos
tecidos
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Cuidados às pessoas com feridas
Limpeza menos adequada da ferida…
•Antisséptico: substância desinfectante que pode ser usada na pele
ou feridas onde mata (bactericida) ou previne a multiplicação
(bacteriostático) de organismos potencialmente patogénicos.
•Tóxicos para os tecidos quando em concentrações elevadas.
•Não usar em feridas limpas em granulação
•Períodos limitados de tempo
•Após o uso de antisséptico, a ferida deve ser irrigada com solução
salina
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Baranoski e Ayello, 2006; Sadio, 2012


Cuidados às pessoas com feridas
Outras recomendações:
•Se sinais de infeção presentes (dor,
calor, tecido desvitalizado
abundante, odor, eritema, exsudado
purulento, ferida que aumenta de
tamanho) aplicar antisséptico
iodopovidona (pomada ou solução)
ou antimicrobiano prata
(“silvederme”).
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Baranoski e Ayello, 2006


Cuidados às pessoas com feridas
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Cuidados às pessoas com feridas

Outras recomendações:
•Não secar a ferida
•Cobrir de imediato (logo que possível)
•Técnica asséptica (feridas agudas cirúrgicas até 48h, drenos e
desbridamento cortante)
•Técnica limpa (feridas crónicas, agudas traumáticas e
cirúrgicas após 48h)
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Baranoski e Ayello, 2006


Avaliação da ferida
1. Etiologia;
2. Localização;
3. Dimensões;
L
4. Existência de locas, sinus e / ou trajetos fistulosos;
5. Exsudado;
6. Odor;
7. Dor; C
8. Tipo de tecido / leito da ferida;
9. Bordos da ferida e pele peri lesional;
10. Sinais de infeção
comprimento X largura
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Tipos de Tecido no leito da ferida
Tecido necrosado (preto)
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Tipos de Tecido no leito da ferida
Tecido desvitalizado (amarelo/branco)
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Tipos de Tecido no leito da ferida
Tecido infectado (verde)
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Tipos de Tecido no leito da ferida
Tecido de granulação (vermelho)
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Tipos de Tecido no leito da ferida

Tecido de hipergranulação (vermelho)


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Tipos de Tecido no leito da ferida
Tecido Epitelial (rosa)
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Sinais Vitais

• Reflectem o estado fisiológico do indivíduo;

• Estado basal do organismo;

• O enfermeiro deve saber como avaliar os sinais vitais, interpretá-


los, comunicá-los a outros elementos da equipa e planear
adequadamente as intervenções de enfermagem.

Quando Avaliar?
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Pressão arterial

É a pressão com que o sangue circula nas artérias, em


consequência da ação do bombeamento que o coração
efectua em cada pulsação.

Pressão máxima exercida nas artérias é a p. sistólica


Pressão mínima exercida nas artérias é a p. diastólica

140/90 mmHg adulto

Hipotensão, normotensão e hipertensão


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Frequência Cardíaca

Dilatação e contração alternadas duma artéria quando a onda


sanguínea é impulsionada através dela pela contração do
ventrículo esquerdo.

60-100bpm adulto

Frequência (bradicárdico, normocárdico, taquicárdico)


Ritmo (rímico e arrítmico)
Amplitude (normal, cheio, filiforme, ausente)
0579_DR_CF
Locais de avaliação do pulso
Radial Carotídeo

Braquial
Femural
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Respiração
Troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como
objetivo a absorção do oxigénio e eliminação do dióxido de
carbono.

10-20 C/min adulto

Frequência (bradipneico, eupneico, taquipneico)


Amplitude (profunda, superficial)
Tipo (abdominal, torácico, mista)
Ritmo (regular e irregular)
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Oximetria de Pulso

Mede a • Dedo de pé
saturação de
oxigénio no • Dedo da mão
sangue • Lobo da orelha
arterial
• Ponte nasal
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Dor
É um sintoma, uma experiência subjetiva sensorial e/ou
emocional desagradável associada a dano real ou potencial
dos tecidos.
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Temperatura

Controlo da produção e da perda de calor através de mecanismos


fisiológicos ativados pelo hipotálamo, pele e temperatura corporal.

36ºC - 37ºC

Hipotermia, apirético, sub-febril, febril, hipertermia


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Registo da Monitorização de Sinais Vitais
Ano / Mês 2016/Junho
Dia 14
Hora 6 12 18 24
240
230
220
210
PULSO (p/m) E TENSÃO ARTERIAL (mmHg)

200
190

PA- verde
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
Pulso- vermelho
80
70
60
50
Temperatura- azul
40
30
20

40
Respiração- preto
35
RESPIRAÇãO

30
(c/m)

25
20
15
10
5

41º

40º
TEMPERATURA

39º
ºC

38º

37º

36º

35º

10
MÁXIMA
9
8
INTENSA 7
6
DOR

5
MODERADA 4
3
2
LIGEIRA
1
SEM DOR 0
Não Mensurável
100
SATURAÇÃO

95
O2

% 90
85
<80

% ou l/m Fi O2

Observações
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Registoa Monitorização de Sinais Vitais


Exame Físico
Processo que permite reunir dados que possibilitem:

 Reunir dados basais sobre estado saúde da pessoa;


 Avaliar necessidades;
 Detetar problemas;
 Prevenir complicações;
 Descrever o estado do utente;
 Complementar, confirmar os dados que constam da história obtida;
 Levantar diagnósticos de enfermagem: iniciar o processo de
enfermagem.
 Avaliar resultados.
Nota: Parte integrante da avaliação inicial de Enfermagem
0579_DR_CF
Exame Físico
 Em geral são dados objetivos e mensuráveis;
 Inicia-se no preciso momento de contato com a pessoa;
 Pode ser iniciada/guiada pela queixa da pessoa;
 Deve adequar-se ao contexto em que é realizada (ex:
emergência / internamento/ ambulatório);
 “Primeira abordagem de uma avaliação”;
 Importância legal;
 Orientador na tomada de decisão clinica;
 Completo ou Parcial
0579_DR_CF
Exame Físico

Sem o hábito de examinar de forma metódica, rápida,


os Enfºs podem tornar-se rotineiros e mecânicos na
prestação de cuidados.
Exame
 Queixas

 Físico

 Comportamento

 Contexto

 Em simultaneo colher história clinica


Deve ser Atento, Exato, Completo, Preciso e Sucessivo.
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Exame Físico

 Dados:
 Subjectivos;

 Objectivos;

 Gerais;

 Locais.
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Exame Físico

 Métodos:
 Inspeção: Visualização e Olfato;
 Palpação/ Tato
 Percussão;
 Auscultação/ Audição
Nota:
Apoiados por aparelhos de medição
Iniciar do local menos invasivo da privacidade para o mais invasivo.
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Etapas do Exame
Físico
1º - Inspecção 2º - Palpação

3º - Percussão 4º - Auscultação
0579_DR_CF
Exame Físico
Ordem da observação:

• Céfalo-caudal

• Antero-posterior

• Proximal - distal
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Valores de glicémia
0579_DR_CF
Controlo da glicémia
0579_DR_CF
Sintomas de Hipoglicemia
0579_DR_CF
Causas da Hipoglicemia
 Jejum prolongado
 Alterações da digestão
 Doses elevadas de insulina e ou antidiabeticos orais
 Situação de aumento do consumo: esforço físico, emoções
fortes, febre, etc
0579_DR_CF
•Na falta de acesso venoso dar açúcar ou
glicose hipertónica via oral
•Não esperar pelo médico
Abordagem na Hipoglicemia
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Sintomas de Hiperglicemia
0579_DR_CF
Causas e abordagem da Hiperglicémia

Falta de adesão à terapêutica


Excesso de ingestão de alimentos sem o ajuste de insulina
Situações de stress

Abordagem:
•Hidratação vigorosa
•Monitorização rigorosa (1/1h)
•Ao administrar Insulina atenção à correcção do potássio
•Administrar insulina segundo protocolo ou esquema A
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ESQUEMA DE INSULINA
Protocolo
0579_DR_CF

14/07/2020
Abordagem na Hiperglicémia

 Insulina de acção Rápida


 Inicio de acção após 5 min. com
termino de acção após 4 a 6 horas
 Armazenamento em frigorifico 4º a 8ºC
durante 4 semanas
 O frasco em uso pode estar fora do
frigorifico à temperatura ambiente
longe de exposição solar e calor
0579_DR_CF
Covid 19
Infecções Associadas aos Cuidados de
Saúde (IACS)

centroformacao.cse@gmail.com | centrodeformacao@cse-ao.com Tlm. +244 949 621 682 I Ext


O que sabemos sobre o Covid 19?

DGS, 2020
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O que sabemos sobre o Covid 19?
Agente
infeccioso
Vírus (Corona)

Reservatório
Hospedeiro homem, ambiente
Homem hospitalar, casa?

Porta de Saída
como é que o agente
Porta de deixa o reservatório
Entrada (secreções respiratórias
Inalação ou mucosas quando fala, espirra,
(olhos, nariz, boca) canta ou tosse e fezes)
Transmissão
Contacto directo e
indirecto com
gotículas e via aérea
(aerossóis gerados
por procedimentos)
0579_DR_CF
O que sabemos sobre o Covid 19?

O vírus é TRANSMITIDO ENTRE PESSOAS ou superfícies e


objectos contaminados.
0579_DR_CF
O que sabemos sobre o Covid 19?

Os coronavírus, são transmitidos por:


-gotículas respiratórias (partículas superiores a 5 mícrons);
-contacto directo ou indirectas secreções respiratórias
infeciosas, com fezes ou com superfícies contaminadas por estas;
-aerossóis em procedimentos terapêuticos que os produzem.

As vias de transmissão da infecção pelo novo coronavírus não são


totalmente conhecidas.
0579_DR_CF
O que sabemos sobre o Covid 19?
0579_DR_CF
O que sabemos sobre o Covid 19?

Estima-se que o PERÍODO DE INCUBAÇÃO (tempo decorrido


desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas)
seja entre 2 E 14 DIAS.

Pode acontecer a transmissão da doença por pessoas


assintomáticas (sem sintomas).
0579_DR_CF
O que sabemos sobre o Covid 19?
Grupos de Risco

Idosos

Pessoas com doenças crónicas

Profissionais de saúde e seus familiares


0579_DR_CF
O que sabemos sobre o Covid 19?

Actualmente não há vacina nem


tratamento contra o Covid-19.

O tratamento é dirigido aos sinais e


sintomas apresentados e suporte de
órgãos.
0579_DR_CF
O que sabemos sobre o Covid 19?
As complicações da doença podem :
Leves (sem pneumonia ou doença leve) – 81% casos
Graves ( dispneia, hipoxia ou envolvimento pulmonar) – 14% casos
Crítico (falência respiratória, choque ou disfunção multiorgânica ) –
5% casos
Morte

Desconhece-se se quem recuperou gerou imunidade contra novas infecções e se essa


imunidade é para vida
Fonte: norma de orientação para a gestão de casos de covid 19 nas UCI, Ministério da saúde de Angola, 2020
0579_DR_CF
Quando considerar um caso suspeito?

> 37,5ºC

Também pode surgir odinofagia, coriza nasal, cefaleias, mialgias, astenia,


náuseas, diarreia, anosmia (perda total do olfato e hiposmia é a diminuição
do olfato), disgeusia (distorção ou diminuição do senso do paladar).
0579_DR_CF
Quando considerar um caso suspeito?
Caso suspeito

cliente com infecção respiratória aguda (início súbito de febre ou


tosse ou dificuldade respiratória), sem outra etiologia que explique
o quadro + História de viagem ou residência em áreas com
transmissão comunitária activa, nos 14 dias antes do início de
sintomas;
OU
cliente com infecção respiratória aguda + Contacto com caso
confirmado ou provável de infecção por COVID-19, nos 14 dias
antes do início dos sintomas;
OU
cliente com infecção respiratória aguda grave, requerendo
hospitalização, sem outra etiologia.
0579_DR_CF
Limitar o número de pessoas que
entra em contacto com o suspeito

Quando considerar um caso suspeito?


PERANTE UM CASO SUSPEITO
Evitar o contacto, manter a distância superior 1 metro e colocar
máscara e luvas

Dar uma máscara cirúrgica à pessoa suspeita

Colocar o suspeito de imediato na área de isolamento definida pela instituição,


na deslocação garantir o distanciamento superior 1 metro, fechar a porta

Ligar para o 111/101, linha de apoio da CSE, 937503349

Se caso for validado pelo Ministério da saúde o mesmo fará


o transporte do suspeito para o Hospital de Referência
0579_DR_CF
Quando considerar um caso suspeito?
Caso confirmado
A colheita de amostras biológicas (preferencialmente do trato
respiratório) deve ser efectuada por profissionais devidamente
habilitados para a realização da colheita, conservação e
acondicionamento das amostras biológicas (frio 4ºC) (INIS- instituto
nacional de investigação em saúde).

Adaptado de: European


Commission. Current
performance of COVID-19
test methods and devices
and proposed performance
criteria. Working document
of Commission services, 16
April 2020
0579_DR_CF
Quando considerar um caso suspeito?
Caso confirmado
0579_DR_CF
Quando considerar um caso suspeito?
QUARENTENA ou ISOLAMENTO SOCIAL

Se tiver tido contacto com se tiver sido diagnosticado


um cliente diagnosticado com COVID-19 e se o médico
COVID-19 e esta medida for assistente o avaliar
determinada pela Autoridade determinando que a sua
de Saúde (avaliação caso a situação clínica não necessita
caso). de internamento;

Estas medidas são indicadas para o proteger a si, a sua família e


manter a comunidade segura.

É importante que siga esta indicação até ao fim do período


indicado, mesmo que não tenha qualquer sintoma.
0579_DR_CF
Quando considerar um caso suspeito?
QUARENTENA ou ISOLAMENTO SOCIAL
0579_DR_CF
Quando considerar um caso suspeito?
0579_DR_CF
Quais as medidas de prevenção recomendadas?
0579_DR_CF
Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS)

Clientes
Podem
manifestar-
se após a
Profissionais
alta da
unidade de
cuidados
INFECÇÃO

Não estava Cuidados e


presente ou em procedimentos
incubação na altura de saúde
da admissão
DGS (2007)
0579_DR_CF
Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS)

 Sabe-se que segundo estudos internacionais cerca de um


terço das infecções associadas aos cuidados de saúde
são evitáveis.

DGS (2009)
0579_DR_CF
Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS)

 Causa de:
 Morbilidade;
 Mortalidade;
 Dificulta o tratamento adequado do cliente;
 Custos acrescidos de recursos hospitalares e
comunitários.

DGS (2013c)
0579_DR_CF
Níveis de precaução no controlo de infecção

 Precauções Básicas do Controlo da Infecção (PBCI):


medidas que devem ser utilizadas com todos os clientes,
seja qual for o diagnóstico ou suspeita.

 Precauções baseadas nas vias de transmissão:


medidas para cuidar de clientes com diagnóstico ou
suspeita de possuírem microrganismos.
0579_DR_CF
0579_DR_CF
Precauções baseadas nas vias de transmissão
Isolamento

P. Contenção P. Protecção

Contacto

Gotículas

Aerossóis
0579_DR_CF
Aplicação das precauções de contenção
• Luvas Bactérias multi-resistentes:
• Bata/Avental MRSA,Klebsiella, Enterobacter,
E.Coli,.Clostridium dificille
Contacto • Quarto individual
• Precauções básicas
Meningite por Haemophilus influenzae e
Neisseria meningitidis; Pneumonia
• Máscara cirúrgica ou (Haemophilus influenzae em crianças,
resistente a fluidos Mycoplasma, Adenovírus), Doença

Gotículas • Quarto individual


estreptocócica em crianças (escarlatina,
faringite), Gripe, Parotidite, Tosse convulsa
• Precauções básicas (B. pertussis), Difteria faríngea, Rubéola

• Respirador
Tuberculose pulmonar, laríngea ou brônquica
• Quarto individual com Varicela ou sarampo ou rubéola
Aerossóis pressão negativa H1N1
• Precauções básicas Herpes Zooster disseminado ou herpes
localizado em clientes imunodeprimidos
0579_DR_CF
Precauções Básicas do Controlo da Infecção (PBCI)
 PBCI:
1. Colocação/Isolamento de clientes;
2. Higiene das mãos;
3. Etiqueta respiratória;
4. Utilização adequada Equipamento de Protecção Individual (EPI);
5. Descontaminação do equipamento/material clínico e não clinico;
6. Controlo ambiental;
7. Manuseamento seguro da roupa;
8. Recolha segura de resíduos;
9. Práticas seguras na preparação e administração de injectáveis;
10. Exposição a agentes microbianos no local de trabalho.
0579_DR_CF
1. Colocação/Isolamento de clientes

 Nas primeiras 24h após a admissão do cliente, deve ser


avaliado e registado no processo clínico, o risco de
transmissão de agentes infeciosos  onde o cliente deve ser
acomodado e/ou tipo de isolamento.

 Evitar deslocações desnecessárias do cliente entre


enfermarias ou entre serviços.

 Coorte de clientes com a mesma infecção/mesmo risco


epidemiológico documentado (cohorting/ room sharing).
0579_DR_CF
1. Colocação/Isolamento de clientes

 Restrição de visitas

 Profissionais dedicados exclusivamente à prestação de


cuidados do caso

 Limitar o número de profissioanais


0579_DR_CF
2. Higiene das mãos

 CONSTITUI O PROCEDIMENTO ISOLADO MAIS


SIMPLES E COM MAIOR RAZÃO CUSTO-EFICÁCIA
PARA A PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO
ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE

Estima-se que em a nível mundial esta


adesão não ultrapasse os 50,0%!
0579_DR_CF
2. Higiene das mãos – COMO?
As mãos podem ser higienizadas de duas formas:

Solução antisséptica de base alcoólica (SABA):


 Antes e após o contacto direto com o cliente
 Antes de manusear dispositivos médicos invasivos
 Ao passar num local do corpo contaminado para outro não
contaminado no mesmo cliente
 Após o contacto com objetos inanimados e ambiente envolvente
ao cliente
 Após remover luvas
0579_DR_CF
2. Higiene das mãos – COMO?
As mãos podem ser higienizadas de duas formas:

Água e sabão:
 Mãos visivelmente sujas
 Mãos contaminadas ou expostas ao risco de contaminação com
fluidos orgânicos
 Inicio e final do trabalho
 Antes e depois da utilização do WC
 Antes e depois de comer
 Depois de se assoar
 Depois do transporte de equipamento sujo
 Ao entrar e sair do quarto de isolamento ou em cuidados intensos
 Procedimentos a clientes com C. difficile.
0579_DR_CF
Higiene das
mãos
Quando ?
0579_DR_CF
2. Higiene das mãos

Duração de todo
o procedimento:
20-30 segundos

Duração de todo
o procedimento:
40-60 segundos
0579_DR_CF
2. Higiene das mãos

Com o quê?

Não usar de forma simultânea


ou sequencial, uma solução
anti-séptica aquosa ou sabão
antimicrobiano, seguido de
SABA (etanol, isopropanol ou
npropanol)
0579_DR_CF
2. Higiene das mãos - UNHAS

“Unhas naturais, sem verniz ou gel, limpas e saudáveis”


0579_DR_CF
3. Etiqueta respiratória

Medidas individuais
a cumprir por
TODOS, destinadas
a conter as
secreções
respiratórias.
0579_DR_CF
3. Etiqueta respiratória
As medidas de etiqueta respiratória a adoptar:

Evitar tossir ou espirrar para as mãos;


Tossir ou espirrar para o braço ou manga com cotovelo flectido ou
cobrir com um lenço de papel descartável;
Usar lenços de papel descartáveis para assoar, depositar de imediato
no contentor de resíduos e lavar as mãos;
Se usar as mãos inadvertidamente para cobrir a boca ou o nariz, lavá-
las ou desinfectá-las de imediato;
Não cuspir nem expectorar para o chão.
0579_DR_CF
4. Equipamento de Protecção Individual
Princípios Gerais dos Equipamentos de Proteção individual (EPI)
1.Escolha do EPI :
- responsabilidade do profissional de saúde
- deve ser adaptado/adequado aos procedimentos
- baseado na avaliação do risco

2.Colocação e remoção correcta dos EPI


- retirá-los imediatamente, após o procedimento e junto do cliente;
- não reutilizar EPI de um utente para outro
- não reutilizar entre procedimentos limpo/sujo, no mesmo utente);

3.Higienizar as mãos antes e após a utilização dos EPI;

Não existem clientes de risco mas sim procedimentos de risco!!


0579_DR_CF
4.Equipamento de Protecção Individual (EPI) – Luvas

Ao retirar as luvas tenha o cuidado para que a parte


externa das luvas não toque na sua pele
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)

Luvas

O uso de luvas é um factor de risco para a não


adesão à higiene das mãos!
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)
Protecção ocular

Usar quando existe risco de projecção de salpicos de fluidos


orgânicos para a face e, sempre durante procedimentos
geradores de aerossóis (ex. endoscopias brônquicas,
entubações traqueais, aspiração de secreções).

Máscara com viseira


Protector Ocular
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI) - Máscaras
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI) - Respiradores
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI) - Respiradores
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)
Ao COLOCAR máscara cirúrgica (ou outra)
deve:
•Lavar as mãos com água e sabão ou solução à
base de álcool.
•Posicionar a máscara na posição correcta. A
borda dobrável deve estar para cima e a parte
colorida para fora.
•Segurar máscara pelas linhas de
suporte/elásticos e adaptar a cada orelha.
•Ajustar a máscara junto ao nariz e queixo, sem
tocar na face da máscara.
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)
Ao REMOVER máscara cirúrgica (ou outra)
deve:
•Lavar as mãos com água e sabão ou solução à
base de álcool.
•Retirar máscara apenas segurando nas linhas
de suporte/elásticos.
•Colocar a máscara no recipiente adequado
(saco descartável) e lavar novamente as mãos.
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)
Avental
Utilizar durante procedimentos que envolvam
contacto directo com o cliente;

Utilizar para protecção da farda quando se


considera provável contaminação;

Substituir entre clientes e/ou no final do


procedimento (ex.: entre os cuidados de higiene e a
realização de penso de ferida).
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)

Bata protectora

Usar para proteger a pele e a farda, durante


procedimentos que envolvam contacto directo com
o cliente e que se preveja contacto com salpicos de
sangue ou fluidos corporais.

Substituir entre clientes e/ou no final do


procedimento.
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)

Avental ou Bata???

Se houver risco de exposição da roupa ou da pele a


sangue, fluidos orgânicos, secreções e excreções.

Proteção da pele e do fardamento.

Escolha segundo o risco de exposição do braço e


antebraço
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)
Calçado

Antiderrapante, limpo, deve apoiar e cobrir todo o pé, a fim


de evitar a contaminação com sangue e outros fluidos
orgânicos ou lesão com material cortoperfurante.
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)

Touca bouffant
Bem ajustada à cabeça e cobrir todo o cabelo.
Nas áreas protegidas (bloco operatório) e durante procedimentos
assépticos (p.ex. colocação de cateter vascular central).
Durante procedimentos potencialmente geradores de grande
quantidade de aerossóis e salpicos de fluidos orgânicos.
Substituída/eliminada entre sessões ou, se estiver contaminada com
fluidos orgânicos.

O cabelo deve estar preso de forma a não tocar no cliente e nem


nos respectivos equipamentos.
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de
Protecção Individual (EPI)

Sequência na colocação
H
i
g
i
e
n
e

m
ã
o
s
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de
Protecção Individual (EPI)

Sequência na remoção
H H
i i
g g
i i
e e
n n
e e

m m
ã ã
o o
s s
0579_DR_CF
Covid 19
4. Utilização de Equipamento de Protecção Individual

EPI recomendado por várias organizações WHO, CDC, ECDC, DGS, ANVISA, MINSA
0579_DR_CF
4. Utilização de Equipamento de Protecção Individual
0579_DR_CF
Covid 19
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)

Usar avental se bata não impermeável


0579_DR_CF
Covid 19
4. Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (EPI)
0579_DR_CF

Usar avental se bata não impermeável


5. Descontaminação do equipamento clínico

O equipamento clínico utilizado nos clientes pode ficar contaminado


com fluidos orgânicos e agentes infecciosos e, de forma indirecta,
contribuir para a transmissão cruzada.

Usar equipamentos dedicados ao cliente, que sejam exclusivos do


quarto ou área de isolamento (ex.: estetoscópio, esfigmomanómetro,
termómetro) e materiais clínicos de uso único;

Se os equipamentos forem partilhados, devem ser limpos e


desinfectados entre clientes com álcool a 70º.
0579_DR_CF
5. Descontaminação do equipamento clínico

Monitores: alcool 70º ecrã, lixívia 5% (30ml 1,5L H2O) cabos e


braçadeira
0579_DR_CF
5. Descontaminação do equipamento clínico
0579_DR_CF
6. Controlo Ambiental


• Limpeza (remover fisicamente a contaminação)


• Desinfecção (reduzir o nº de microrganismos)


• Esterilização (eliminar os microrganismos)

A limpeza húmida é sempre preferível, à limpeza a seco.


Limpar as superfícies de cima para baixo e no sentido das áreas
mais limpas para as mais sujas;
Usar panos de limpeza, balda e esfregona de uso único.
0579_DR_CF
6. Controlo Ambiental
Sem matéria orgânica:
1º Lavar primeiro com água e detergente;
2º Aplicar a lixívia a 5% diluída em água (60ml para 3000ml água) e
deixar actuar a lixívia durante 10 minutos;
3º Enxaguar apenas com água quente e deixar secar ao ar.

Com matéria orgânica:


1º Aplicar a lixívia a 5% diluída em água (100ml para 900ml água) e
deixar actuar durante 10 minutos. Tapar com toalhetes
2º Lavar com água e detergente;
3º Enxaguar apenas com água quente e deixar secar ao ar.

[% lixívia ∕ % de lixívia desejada] − 1 = Total de


partes de água para cada dose de lixívia
0579_DR_CF
6. Controlo Ambiental
Desinfecção terminal
A limpeza e desinfecção terminal do quarto de isolamento (após alta
ou saída do cliente), inclui a limpeza e desinfecção de todo o
material e equipamento reutilizável;

Esperar 20 minutos após o cliente sair, antes de iniciar a limpeza;

Limpeza profunda (tectos, paredes, mobiliário, sanitário)


0579_DR_CF
7. Manuseamento seguro da roupa
Gerir a roupa de acordo com procedimentos de rotina
internos, consoante o risco:
-Separar e individualizar a roupa;
-Manusear a roupa potencialmente contaminada com o mínimo
de agitação;
-Evitar o contacto directo da pele e das roupas do profissional
com materiais contaminados;
-Depositar a roupa usada no saco próprio (preto), colocado no
WC
0579_DR_CF
7. Manuseamento seguro da roupa
Gerir a roupa de acordo com procedimentos de rotina
internos, consoante o risco:
-Os sacos não devem atingir uma capacidade acima dos 2/3;
-Fechar/selar os sacos da roupa, no quarto, com abraçadeira
plástica;
-Desinfecta o saco externamente com lixívia;
-Coloca os sacos noutro saco preto e coloca nova abraçadeira;
-Encaminha para a zona dos sujos;
-O programa de lavagem deverá realizar-se com
temperaturas entre 60 a 90°C.
0579_DR_CF
8. Recolha segura de resíduos
É obrigatória a separação no local de produção, dos três
tipos de resíduos
- Resíduos do grupo I – Saco Preto
- Resíduos do grupo II – Saco Branco com identificação “Lixo
Hospitalar”
- Resíduos do grupo III – Contentor Amarelo

Esta etapa é da total responsabilidade do profissional que


produz o lixo!!!
0579_DR_CF
8. Recolha segura de resíduos
-Os resíduos produzidos durante a prestação de cuidados são
considerados resíduos grupo “II” (risco biológico);
-A triagem dos resíduos é realizada no local de produção;
-Os resíduos do Grupo com risco biológico, são colocados em saco
descartável resistente (espessura de 50 ou 70 mícrons) preferencialmente
com dimensões adequadas ao volume descartado;
- Os resíduos são duplamente ensacados;
-Após devidamente encerrado com abraçadeira, o saco é colocado no
contentor rígido, onde será encaminhado para incineradora;
-A manipulação e o transporte dos recipientes dos resíduos devem ser
limitados ao estritamente necessário.
0579_DR_CF
9. Práticas seguras na preparação e administração
de injectáveis

1. Local de trabalho limpo


2. Higiene das mãos
3. Seringa estéril
4. Frasco de medicação e diluente estéril
5. Limpeza da pele e descontaminação do local de
administração
6. Recolha adequada dos cortantes
7. Separação adequada dos resíduos
0579_DR_CF
10. Exposição a agentes microbianos no local de
trabalho

O material cortante deve ser depositado em contentor próprio,


imediatamente após o uso pelo profissional.

Colocar os contentores dentro da unidade.

Não reencapsular as agulhas.


0579_DR_CF
10. Exposição a agentes microbianos no local de
trabalho
1º Actuação imediata
2º Informar chefia/supervisor
3º Dirigir-se ao centro do trabalhador (dias uteis Janela
até 17h )/ atendimento permanente
para
4º Preencher a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT), após incidente.
profilaxia
72h
Pele Lavar imediatamente com água e sabão
e se possível com clorohexidina 4%
Picada Fazer expressão e colocar debaixo de
(agulha ou água a correr e lavagem com
incisão) antisséptico
Olhos Lavar abundantemente com SF 0,9%
0579_DR_CF
Queda
Escala de Coma de Glasgow

centroformacao.cse@gmail.com | centrodeformacao@cse-ao.com Tlm. +244 949 621 682 I Ext


Queda
“ (…) um evento onde o indivíduo
involuntariamente fica no chão ou
noutro nível inferior, com ou sem perda
de consciência.”

STERN,C.; JAYASEKARA,R. (2009)- Interventions to reduce the incidence of falls in older adult
patients in acute care hospitals: a systematic review. Evd Based Healthc.vol 7. p. 243-249.
0579_DR_CF
As quedas desencadeiam :
- Dor
- Incapacidade
- Realização de meios complementares de diagnóstico adicionais
- Risco de complicações
- Diminuição da qualidade de vida

•Prolongamento do internamento
•Aumento de custos
•Lesões e Morte

A maioria das quedas podem ser prevenidas e a prevenção


das quedas é um Indicador de Qualidade sensível aos
Cuidados de Enfermagem
Ordem dos Enfermeiros(2005)
0579_DR_CF
Avaliação de Risco de Queda
Escala de Avaliação de Risco de Quedas de Morse
 Escala de avaliação rápida (1 a 3 minutos);

 Exige a observação directa do cliente;

 Possui 6 variáveis, fáceis de pontuar;

 As variáveis não devem ser alteradas;

 Usar somente o valor numérico identificado para cada variável;

 Deve aplicar-se a todos os clientes internados no serviço;

 A primeira avaliação deve ser efetuada nas primeiras 24H de admissão do


cliente;
 Não é aplicável na área da Pediatria.
0579_DR_CF
Pontos Score
Escala de Avaliação de
1. História de Quedas
(últimos 3 meses)
Não

Sim
0

25
Risco de quedas de Morse
2. Diagnóstico Secundário Não 0
(existe mais do que um
diagnóstico clínico) Sim 15

Nenhuma
Acamado 0
Apoiado
Bengala
3. Ajuda na mobilização
Andarilho 15 Score Mínimo: 0
Canadiana
Score Máximo: 125
Apoia-se no
30
mobiliário
Nível de Risco: Score:
Não 0
4. Terapêutica Endovenosa
Sim 20 Baixo Risco 0-24
Normal
Acamado 0 Médio Risco 25-50
Cadeira de rodas

5. Marcha Lenta
10
Alto Risco >50
(com equilibrio)

Alterada/ MORSE,J.(2009)-Preventing Patient Falls-


20 Establishing a Fall Intervention Program .2ª
Cambaleante
edition..New York .p. 55
Consciente das
suas limitações
0
6. Estado Mental
Não consciente
das suas 15
limitações

Total
0579_DR_CF
Escala de Morse
(1) História anterior de queda:
Não (0 pontos): O cliente não teve nenhum episódio de queda nos últimos 3
meses.
Sim (25 pontos): Se o cliente caiu durante o internamento ou se tem história
recente (últimos 3 meses) de queda fisiológica.

(2) Existência de um diagnóstico secundário:


Não (0 pontos): Nenhum diagnóstico susceptível de queda.
Sim (15 pontos): Se existir mais do que um diagnóstico médico atribuído.
Doenças ou condições de saúde do cliente tais como: hipotensão, défices
nutricionais, insónia, incontinência ou urgência urinária, tonturas, vertigens,
alterações neurológicas, desequilíbrio ou alterações posturais, doenças
crónicas como diabetes, hipertensão e outras que, mesmo medicadas e/ou
controladas, possam, a qualquer momento, sofrer alterações que interfiram
na probabilidade de queda, são consideradas como “Diagnósticos
Secundários”.
0579_DR_CF
Escala de Morse
(3) Ajuda para caminhar:
Sem apoio (0 pontos): Se o cliente andar sem qualquer ajuda (mesmo que
seja assistido por um enfermeiro), andar de cadeira de rodas ou se
permanecer deitado e nunca sair da cama.
Auxiliar de marcha (15 pontos): Se o cliente usar muletas, canadianas ou
uma bengala.
Apoio na mobília (30 pontos): Se o cliente se deslocar apoiando-se no
mobiliário.

(4) Terapia intravenosa:


Não (0 pontos): O cliente não tem prescrito terapia intravenosa em perfusão.
Sim (20 pontos): O cliente encontra-se com terapia intravenosa em perfusão.
Se o cliente se encontra a efectuar uma perfusão intermitente, ainda que por
curtos períodos, como por exemplo, antibiótico ou outro tipo de perfusão de
curta duração, pontua-se com 20 pontos.
0579_DR_CF
Escala de Morse
(5) Postura no andar e na transferência:
Normal (0 pontos): O cliente caminha com a cabeça erguida, os braços
balançando livremente ao lado do corpo, anda sem hesitação. O cliente
move-se em cadeira de rodas (encontrando-se totalmente adaptado ou se
está a cumprir repouso na cama, não saindo da mesma.
Desequilíbrio fácil (10 pontos): o cliente anda curvado, mas é capaz de
levantar a cabeça enquanto anda, sem perder o equilíbrio. Os passos são
curtos e pode arrastar os pés. Se utilizar a mobília ou o que está em redor
como apoio, fá-lo de forma leve para se sentir mais seguro e não o agarra de
modo a conseguir permanecer na posição vertical.
Défice de marcha (20 pontos): o cliente tem dificuldade em levantar-se da
cadeira, tenta pôr-se de pé apoiando-se nos braços da cadeira ou
balanceando-se. Como o cliente não tem muito equilíbrio, agarra-se ao
mobiliário, a uma pessoa, ou a ajudas técnicas para andar. Não consegue
andar sem ajuda.
0579_DR_CF
Escala de Morse
(6) Estado mental:
Consciente das suas limitações (0 pontos): O estado mental é avaliado
através da verificação da auto-avaliação relativamente à sua capacidade de
andar. Questione o cliente: "É capaz de ir à casa de banho sozinho?” ou
“Precisa de ajuda?". Se a resposta do cliente ao julgar a sua própria
capacidade é real, logo está consciente das suas limitações.
Não consciente das suas limitações (15 pontos): Se a auto-avaliação do
cliente é irrealista, então considera-se que o cliente sobrestima as suas
capacidades e esquece-se das suas limitações, logo não está consciente das
suas limitações. O estado mental é diferente da orientação tempo-espacial.
Um cliente pode estar orientado no tempo e no espaço e não estar
consciencializado das suas limitações em relação ao risco de queda, por
conseguinte pode não agir de acordo com as recomendações. Um cliente
confuso não está consciente das suas limitações.
0579_DR_CF
Precauções básicas na prevenção de quedas
Sistema de chamada (ex: campainha) acessível;

Sapatos e vestuário adequados à marcha;

Ajudas sensoriais acessíveis (ex: óculos, aparelhos auditivos);

Orientação da pessoa e família/acompanhante em relação ao ambiente;

Cadeiras, camas e outros equipamentos travados;

Altura da cama na posição mais baixa adequada para a pessoa;

Elevação das grades das macas/camas sempre que a pessoa é


transportada, ou se encontra sem supervisão;
0579_DR_CF
Precauções básicas na prevenção de quedas
Iluminação adequada, com luz de presença;

Remoção de barreiras e obstáculos no percurso de marcha;

Piso limpo e seco;

Sinalética de aviso de piso molhado, no âmbito da higienização do


pavimento;

Intervenção imediata em caso de derramamento de líquido no pavimento;

Manter equipamentos, materiais e dispositivos médicos fora da área de


circulação;
0579_DR_CF
Precauções básicas na prevenção de quedas
Dispositivos de apoio à marcha (ex: canadianas, andarilhos, cadeiras de
rodas, cadeiras sanitárias) disponíveis em condições de utilização segura e
acessíveis;

Dispositivos de segurança (ex: corrimãos, barras de apoio aos sanitários)


disponíveis e acessíveis e em condições de utilização segura;

Reorientar clientes confusos;

Utilizar tapetes antiderrapantes nos duches das instalações sanitárias;


0579_DR_CF
Precauções básicas na prevenção de quedas

Prestar atenção especial aos clientes que fazem anti-hipertensores,


antidepressivos, diuréticos, laxantes, sedativos e analgésicos;

Planear cuidados tendo em consideração nos clientes que fazem diuréticos e


laxantes o efeito de pico;

Colocar os clientes com dificuldades de controlo de esfíncteres mais próximo


das instalações sanitárias;

Ensinos.
0579_DR_CF
Precauções em clientes com alto risco de queda
Vigilância frequente, pelos profissionais e acompanhante/família;

Colocação da pessoa em áreas com vigilância permanente de enfermagem;

Disponibilização de equipamentos e/ou idas ao sanitário frequentes;

Utilização de imobilizadores pélvicos (lençóis) para prevenir que a pessoa


escorregue da cadeira/cadeirão;

Equacionar o uso de contenção mecânica;

Sinalizar na pulseira identificadora com um ponto vermelho;


0579_DR_CF
Ocorrência de uma queda – o que fazer?
a) Avaliação do estado de consciência;
b) Avaliação dos parâmetros vitais [pressão arterial (PA), frequência
respiratória (FR), frequência cardíaca (FC), temperatura (T) e dor, da
saturação de oxigénio periférico (SpO2)] e da glicemia capilar;
c) Avaliação de danos associados à queda;
d) No caso de suspeita de contusão cervical não mover a pessoa e imobilizar
a coluna cervical;
e) Verificação de terapêutica anticoagulante;
f) Reavaliação e monitorização da situação clínica, tendo em conta que as
lesões por queda podem não surgir de imediato;
g) Registo e descrição de queda
0579_DR_CF
Alteração do nível de consciência

Consciência é definida como a capacidade do indivíduo se reconhecer a


si mesmo e aos estímulos do ambiente.

Coma é o oposto, mesmo após estímulos de diversas modalidades e


intensidades, em que o cliente permanece de olhos fechados.

2 componentes principais: vigília (estado de alerta) e conteúdo


(pensamento, comportamento, linguagem e expressão).
0579_DR_CF
Alteração do nível de consciência

Escala de Coma de GLASGOW (ECG)

Ocular:
(4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de estímulo externo.
(3) Ao som: abre os olhos quando é chamado.
(2) À pressão: cliente abre os olhos após pressão na extremidade dos dedos
(aumentando progressivamente a intensidade por 10 segundos).
(1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente capaz de abri-los.
0579_DR_CF
Alteração do nível de consciência

Escala de Coma de GLASGOW (ECG)

Verbal:
(5) Orientada: consegue responder adequadamente o nome, local e data.
(4) Confusa: consegue conversar em frases, mas não responde corretamente
as perguntas de nome, local e data.
(3) Palavras: não consegue falar em frases, mas interage através de palavras
isoladas.
(2) Sons: somente produz gemidos.
(1) Ausente: não produz sons, apesar de ser fisicamente capaz de realizá-los.
0579_DR_CF
Alteração do nível de consciência
Escala de Coma de GLASGOW (ECG)
Motora:
(6) À ordem: cumpre ordens de atividade motora (duas ações) como apertar a
mão do profissional e colocar a língua para fora.
(5) Localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de
interromper o estímulo (durante o pinçamento do trapézio ou incisura
supraorbitária).
(4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão
rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa ao corpo.
(3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão
lenta do braço na direção interna do corpo.
(2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo (decorticação)
(1) Ausente: não há resposta motora dos membros superiores e inferiores, apesar
do cliente ser fisicamente capaz de realizá-la (descerebração)
0579_DR_CF
Alteração do nível de consciência

Escala de Coma de GLASGOW (ECG)

Pupilar (atualização 2018):


(2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz
(1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz.
(0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz.

Direcione um foco de luz para os olhos. Registe a nota correspondente à reação


ao estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando
um resultando final mais preciso
0579_DR_CF
Alteração do nível de consciência
Avaliação das pupilas:

Tamanho
Forma
Simetria
Reação à luz
0579_DR_CF
Oxigenoterapia, Aspiração de secreções e
Entubação Nasogástrica

centroformacao.cse@gmail.com | centrodeformacao@cse-ao.com Tlm. +244 949 621 682 I Ext


Oxigenoterapia
Método através do qual se enriquece o ar inspirado com oxigénio
(O2), tem como objectivos prevenir a hipóxia dos tecidos, corrigir as
alterações metabólicas motivadas pela hipoxia e promover uma boa
oxigenação.

A necessidade de O2 é baseada em três aspectos:


· Monitorização de sinais e sintomas de hipoxémia;
· Valores de gasimetria arterial;
· Valores de saturação de O2.

O O2 é um medicamento que deve ser prescrito por um médico.


0579_DR_CF
Oxigenoterapia
A oxigenoterapia pode ser administrada por diferentes interfaces:

Cânula nasal
É uma dupla cânula que se introduz em ambas as fossas nasais,
para proporcionar oxigénio (O2) ao cliente.

Pela forma como é utilizada, permite a administração de O2 durante


as refeições e higiene, em clientes clinicamente estáveis, é mais
confortável, ajustável a vários fluxos de O2, sem sensação
claustrofóbica, pouco afectada pelo movimento da face, bem
tolerada pelo cliente e de baixo custo. Fluxo 0.5 - 5L/min
0579_DR_CF
Oxigenoterapia

Máscara facial simples


O corpo da máscara armazena oxigénio entre as inspirações do
cliente e a expiração se faz através de orifícios laterais ou pela
própria borda da máscara. Abrange nariz e boca, indicado para os
clientes que respiram pela boca.

Fluxo de O2 de 2 a 15L/min
0579_DR_CF
Oxigenoterapia
Máscara tipo Venturi
A mistura do oxigénio com o ar ambiente depende directamente do
fluxo de O2 e do tamanho dos orifícios existentes na face lateral do
doseador. O ar expirado é eliminado para o exterior através dos
orifícios laterais da máscara. Este método proporciona concentração
fixa de O2 entre 24 e 50%, sendo necessário adequar o débito O2
na fonte de acordo com as indicações do fabricante da máscara.
Utilizada na fase aguda de insuficiência respiratória, se frequência
respiratória > 30cpm, não permite alimentação e causa sensação de
claustrofobia.

Fluxo de O2 de 2 a 15L/min
0579_DR_CF
Oxigenoterapia

Máscara de alta concentração

Máscara com saco reservatório que permite a administração


de O2 até 60-90% no ar inspirado quando colocado fluxo que
possibilite manter saco insuflado. É composta por sistemas de
válvulas unidirecionais que proporcionam ar inspirado rico em
oxigénio, evitando a mistura de O2 com ar ambiente e
protegendo a inspiração de ar expirado (fenómeno de non-
rebreathing).
Fluxo de O2 de 15L/min
0579_DR_CF
Oxigenoterapia

Fornecer humidificação apenas: Via aérea artificial; Administração por via


traqueal; Terapia de fluxo superior a 5L/min;

A oxigenoterapia não deve ser interrompida nos transportes, banho, refeições


e aerossoloterapia.

É recomendável a manutenção de Sat.O2 a 96% quando administrada


oxigenoterapia, de forma a prevenir o desenvolvimento de hiperoxémia.
0579_DR_CF
Oxigenoterapia
Administrar o oxigénio com precaução em clientes com Doença Pulmonar
Obstrutiva Crónica (a administração de uma alta concentração pode provocar
depressão do centro respiratório e conduzir a uma insuficiência respiratória
aguda por diminuição do CO2 a que o cliente está habituado).

Atender aos sinais de hipoxia (dispneia, taquipneia, cianose ou palidez,


desorientação temporo-espacial) e aos efeitos tóxicos do oxigénio.
0579_DR_CF
Aspiração de secreções

Remoção de secreções traqueobrônquicas


através da introdução de uma sonda estéril
na nasofaringe, orofaringe ou no tubo
endotraqueal/traqueostomia utilizando
sistema de vácuo.

A sua finalidade consiste em manter as


vias aéreas permeáveis, promover as
trocas gasosas, prevenir infeções,
melhorar a oxigenação arterial e a função
pulmonar.
0579_DR_CF
Aspiração de secreções oro ou nasofaringe

Quando??

De acordo com a prescrição do enfermeiro e necessidade do


cliente (respiração ruidosa, baixa de sat periférica de O2,
dificuldade respiratória, taquipneia, taquicardia)
0579_DR_CF
Aspiração de secreções oro ou nasofaringe

Cuidados de Enfermagem

Utilização de EPI (luvas, máscara com viseira ou máscara e óculos)

Técnica asséptica (uma sonda para cada aspiração, luva estéril na mão
dominante)

Sondas de aspiração de calibre nº 12/14

Posicionar o cliente sentado ou semi-sentado, lateralizando a cabeça


para o lado oposto ao brônquio principal a aspirar
0579_DR_CF
Aspiração de secreções oro ou nasofaringe

Cuidados de Enfermagem

Limitar o tempo a 10-15 segundos no máximo em cada aspiração


(deixar o cliente descansar por 20 a 30 segundos entre as aspirações).

Manter durante a aspiração uma pressão entre 110 a 150mmHg

Introduzir a sonda na boca/nariz sem vácuo em movimentos circulares,


apenas acionar o vácuo aquando no local

No final limpar o circuito com água


0579_DR_CF
Entubação nasogástrica

Introdução de uma sonda o estômago através da narina.

Objetivos:
Prevenir ou aliviar náuseas e vómitos;
Diminuir a distensão abdominal;
Preparar para exames ou cirurgia;
Promover alimentação e hidratação adequada;
Administrar medicamentos;
Drenar o conteúdo gástrico;
Fazer a colheita de suco gástrico.
0579_DR_CF
Entubação nasogástrica

Técnica limpa;
Preparar o material necessário;
Explicar o procedimento e pedir consentimento;
Colocar em decúbito dorsal ou fowler;
Verificar o uso de próteses dentárias móveis e retirá-las;
Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e
até a base do apêndice xifoide;
Cabeça em flexão anterior;
Lubrificar a sonda;
Quando a sonda estiver introduzida na orofaringe, pedir
para deglutir;
0579_DR_CF
Entubação nasogástrica

Observar sinais de cianose, dispneia e tosse.


Comprovar se a sonda está no local:
• aspirar conteúdo gástrico
• introduzir ar e auscultar ruídos hidroaéreos na região
epigástrica
• introduzir a sonda num copo com água
Fixar a sonda não tracionando a narina

Substituir a sonda nasogástrica a cada 10 dias


0579_DR_CF
Registos

 Data e hora;
 Número da sonda e tipo de material;
 Objetivo da entubação;
 Características do conteúdo drenado ou aspirado;
 Reação do cliente.
0579_DR_CF
Cateterismo venoso periférico e vesical
Colheita de espécimes para análise

centroformacao.cse@gmail.com | centrodeformacao@cse-ao.com Tlm. +244 949 621 682 I Ext


Punção venosa periférica
Atender à privacidade do cliente;
Envolver o cliente no procedimento;
Efectuar higienização das mãos antes do procedimento e calçar as
luvas;
Proteger a roupa da cama com resguardo;
Aplicar o garrote 5 a 10 cm antes do local da punção, massajando o
membro, dirigindo o fluxo no sentido ascendente, instruir o cliente para
abrir e fechar a mão repetidas vezes;
0579_DR_CF
Punção venosa periférica

Seleccionar o cateter adequado à veia a puncionar;


Utilizar compressas na assépsia da pele;
 Desinfectar a área a puncionar utilizando compressas embebidas em
desinfectante cutâneo ou aplicar desinfectante em spray directamente e
deixar secar;
Não palpar a zona a cateterizar depois da pele desinfectada;
0579_DR_CF
Punção venosa periférica

Puncionar com o bísel virado para cima;


Cateterizar na zona mais distal do membro;
Cateterizar, se possível, o membro não dominante do cliente evitando
as zonas de flexão (evitar puncionar o membro superior do lado afectado,
nos clientes hemiplégicos ou mastectomizados);
0579_DR_CF
Punção venosa periférica

Rejeitar material no contentor corto-perfurantes;


Aplicar de acordo com objectivo da punção torneia de 3 vias,
obturador/válvula antirefluxo ou prolongador;
Assegurar técnica asséptica na cateterização, na manipulação do
cateter, do sistema e do local de inserção;
Mudar o cateter venoso periférico ao fim de 72 horas;
Deixar os acessos funcionantes e adequados, adesivos limpos e bem
fixos, sem sangue nos tubos, sem sinais inflamatórios, sem soros
perfurados ou desconectados;
0579_DR_CF
Registos

 Localização anatómica
 Nº cateter
 Data e hora
0579_DR_CF
Cateterismo vesical
Consiste na introdução de um cateter através do meato urinário e
uretra até à bexiga.

Objetivos:
• Esvaziar a bexiga quando há retenção urinária e insucesso de
outras intervenções;
• Monitorizar o débito urinário;
• Executar irrigações de bexiga e instilação de medicamentos;
• Facilitar a obtenção de amostras assépticas de urina, em
indivíduos inconscientes ou com dificuldade em colaborar no
procedimento;
• Controlar a incontinência em indivíduos com lesões que
contraindiquem o contacto da pele com a urina.
0579_DR_CF
Cateterismo vesical
Técnica asséptica;
Observar sinais de retenção urinária (globo vesical, dor supra
púbica, confusão e agitação)
Avaliar métodos alternativos à algaliação antes da execução da
mesma;
Providenciar o tipo e calibre de algália tendo em conta a
patologia e finalidade da algaliação (latex, silicone, semi
siliconada, 3vias, bequille, covellair) ;

Latex (amarela) 15/15dias


Silicone (transparente) 30/30dias
0579_DR_CF
Cateterismo vesical
Manter o cateter urinário apenas enquanto houver indicação clínica;
Instruir o cliente sobre o procedimento;

Posicionar o indivíduo expondo apenas a região genital;

Lavar os órgãos genitais com água e sabão;

Diminur os microorganismos da flora perineal, complementando a


lavagem já efectuada e limpar o meato urinário com cloreto de sódio;

Aplicar lubrificante hidrossolúvel estéril em dose única;


0579_DR_CF
Cateterismo vesical
Executar a algaliação:
Homem – com a mão não dominante colocar o pénis num
ângulo de 90°, inserir a algália com a mão dominante com
movimentos circulares até se sentir uma ligeira resistência,
depois baixar o pénis e introduzir a algália até à bexiga (surge
urina no saco colector)
Mulher – com a mão não dominante manter afastados os
grandes lábios ao mesmo tempo que se faz a introdução da
algália, com movimentos circulares até chegar à bexiga.

Inserir um pouco mais a algália e instilar a quantidade indicada


de água destilada para insuflar o balão;
0579_DR_CF
Registos

 Motivo da algaliação
 Data e hora;
 Calibre e tipo da algália;
 Volume de água introduzida no balão;
 Data da próxima algaliação;
 Tolerância e colaboração do indivíduo;
 Características da urina e quantidade drenada;
 Ensinos;
 Colheita de urina para análise.
0579_DR_CF
Colheita de espécimes para análise

Análises ao sangue;
Hemocultura;
Urocultura;
Coprocultura;
Expectoração;

0579_DR_CF
Hemocultura
Hora e nº de colheitas
Colher de 2 hemoculturas num período de 24 horas com intervalo
mínimo de 15 minutos entre cada uma delas (não está indicado
fazer só uma colheita de sangue para hemocultura);
Evitar a colheita em pico febril ou as alturas em que há maior
concentração de antibiótico em circulação;
Não colher através de dispositivos previamente existentes (p.
ex. catéteres);
Seleccionar uma veia proximal periférica (há maior perigo de
contaminação nas veias distais);

Não esquecer: se proceder a outros exames analíticos, da mesma


amostra, o frasco de hemocultura tem de ser o PRIMEIRO a ser
inoculado.
0579_DR_CF
Hemocultura
Técnica asséptica
Desinfectar a área a puncionar utilizando compressas
esterilizadas embebidas com soluto antiséptico alcoólico a 70%
(clorohexidina 2%) ou aplicar desinfectante em spray
directamente e deixar secar (desinfectar 3x consecutivas a pele);
Não palpar a zona a cateterizar depois da pele desinfectada,
só com luvas estetilizadas;
Puncionar com o bísel virado para cima;
Quando a tampa de protecção do frasco da hemocultura é
retirada e não é de imediato inoculado o sangue, desinfectar o
local de inoculação com álcool a 70%;
0579_DR_CF
Urocultura

•Técnica de colheita
no homem
na mulher
na criança
no cliente algaliado - Não é aceitável uma cultura
de urina do saco
•Punção supra-púbica

.
0579_DR_CF
Urocultura

Técnica asséptica;
Limpar a região genital com água ou soro e compressas
esterilizadas;
Urinar para um frasco esterilizado evitando tocar no bocal
(Importância do “jacto-médio”);
Pode ser necessário realizar esvaziamento para os
clientes que não cumprem o procedimento.
0579_DR_CF
Urocultura
Deve ser usado material estéril e técnica asséptica,
passando pelos seguintes passos:
· Clampar a algália durante alguns minutos;
· Desinfectar as mãos;
· Colocar luvas esterilizadas;
· Desinfectar o local de punção com álcool antes da colheita
· Aspirar 20 ml de urina, puncionando agulha SC na parte
oposta do canal do balão com um ângulo de 45º, e colocar
em frasco esterilizado devidamente rotulado, evitando tocar
no bocal do frasco;
0579_DR_CF
Urocultura

· Retirar a pinça de clampagem e limpar o local de punção após a


colheita;
· Enviar a amostra de urina para o Laboratório, o mais rápido
possível (no prazo máximo de uma hora). Se isto não for possível, a
amostra deve ser refrigerada a 4ºC para evitar a proliferação das
bactérias contaminantes;
· É muito importante que a requisição que acompanha a amostra,
contenha a informação referente à presença da algália e antibiotico
que o cliente possa estar a fazer.
0579_DR_CF
Registos

 Data e hora
 Tipo de colheita
 Número de amostras
 Motivo da colheita
0579_DR_CF
Medicação

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Papel da Enfermagem
• Prescrever a
Médico medicação

• Administrar a
medicação, no Grande
Enfermeiro entanto é sempre responsabilidade!
responsável pelos
actos que pratica

• Preparar a
Farmacêutico medicação

ENFERMAGEM É RESPONSÁVEL POR


ASSEGURAR QUE OS MEDICAMENTOS SEJAM
ADMINISTRADOS DE FORMA SEGURA
0579_DR_CF
Papel da Enfermagem

Enfermeiro

Ensinar os clientes a
utilizar
Administrar
Terapêutica Medicamentos de
forma
Segura e correta

Constitui uma das maiores responsabilidades da


Enfermagem, envolve vários conhecimentos e
competências técnicas.
0579_DR_CF
Circuito da Medicação

Dispensa
Prescrição pela
Médica farmácia Administração

Pedido à Preparação Avaliação


farmácia da da
Medicação resposta
do cliente
0579_DR_CF
1. Prescrição Médica Nome
completo no
cliente e data
de
nascimento Número
Data e de
Assinatura inscrição
do médico

Nome do
Prescrição medicamento
Horário e médica genérico
duração do (químico)
tratamento

Forma
Via medicamentosa

Dose
0579_DR_CF
1. Prescrição Médica
 As prescrições médicas devem ser claras, legíveis e sem
dúvidas de interpretação.

 Ao 4º e 7º dia de internamento deve ser efectuada a revisão


da terapêutica. Após o 7º dia a revisão terapêutica deve ser
efectuada de 7 em 7 dias.

 O médico faz a prescrição terapêutica “on-line” e imprime 2


versões da folha de cardex (uma deve ser colocada no
cardex e retirada a anterior que se guarda no final do
processo e outra para a capa da unidose);
0579_DR_CF
1. Prescrição Médica
 Regras de preenchimento da folha de registo de terapêutica /
cardex:
 Todos os fármacos devem ser escritos em letra MAIÚSCULA;
 Na coluna medicamento deve conter a designação, dose, via e
frequência de administração;
 Os horários, dose, via e frequência de administração devem ser
escritos com caneta vermelha;
 Iniciar os horários por ordem cronológica;
 Colocar um traço --- no espaço das horas em que ainda não iniciou
a medicação;
 Quando suspende um fármaco escrever SUSPENSO;
 Seguir os horários de administração de terapêutica aprovados;
 Sempre que se verifique alteração da dose, via e/ou frequência do
fármaco prescrito, deverá ser feita uma nova transcrição no cardex.
0579_DR_CF
1. Prescrição Médica

 O enfermeiro deve efectuar a revisão da medicação dos


clientes a seu cargo (conciliação da prescrição médica com o
cardex), se possível feito por 2 enfermeiros; TODOS OS
TURNOS e sempre que haja alteração terapêutica. Assina
no final da prescrição quem verifica (enf…, data e hora);

 Se detectar incongruências, efectuar as correções (falar com


o médico) e notificar o incidente.
0579_DR_CF
2. Pedido à farmácia
 Os pedidos para unidose devem conter folha de pedido com
material necessário e folha de cardex informatizada, devem
ser realizados no turno da noite (não escrever na folha de
cardex as quantidades de fármacos a enviar). Identificar os
pedidos com o nome completo, número de inscrição e
data de nascimento.

 No turno da manhã, confirmar se os pedidos estão


completos e verificar se houve alterações terapêuticas.
Enviar as capas até às …… para unidose.
0579_DR_CF
2. Pedido à farmácia
 Todas as alterações terapêuticas realizadas após a capa ser
entregue devem ser enviadas em tempo útil à unidose.
Todos os fármacos e equipamentos entre as 8h e 20h são
solicitados à unidose, quer pela folha de pedidos quer pela
folha de cardex (sublinhar o fármaco alterado que necessita
de ser fornecido).

 Ligar para unidose aquando das altas para não ser enviada
a medicação e material (evitar a devolução).
0579_DR_CF
3. Dispensa pela farmácia
 Unidose ou dose unitária: Preparação e fornecimento
individualizado, pelo serviço farmacêutico, da terapêutica
prescrita a cada cliente no período de 24 horas.

 OBJECTIVOS:
 Permitir a individualização da terapêutica;
 Racionalizar a utilização de medicamentos;
 Diminuir o risco da falha humana.
0579_DR_CF
3. Dispensa pela farmácia
 A cassete da unidose e pasta dos pedidos deve
chegar ao serviço até às ……. O enfermeiro
deve assinar o protocolo como recebeu.

 Troca imediata das cassetes. O FHC da unidose


leva as cassetes vazias, não ficam retidas nos
serviços!!

 Devoluções seguem na gaveta devidamente


identificada do cliente, durante a troca das
cassetes, assim como o material nos sacos
identificados com etiqueta.
0579_DR_CF
3. Dispensa pela farmácia
 O enfermeiro deve conferir a medicação para as 24H,
confrontando com a capa da unidose. Verificar a identificação
correcta de cada gaveta (nº de inscrição, nome completo e
data de nascimento).

 A unidose deve enviar etiquetas suficientes para identificar


todos soros e fármacos.

 Acondicionamento correcto da medicação nas gavetas por


horário (3 separadores, 4 compartimentos - 6h,14h,18h,22h);
0579_DR_CF
3. Dispensa pela farmácia
 Na falta de algum fármaco ou material corrigir de
imediato com técnico da unidose e notificar não
conformidade.

 Todas as falhas de fármacos devem ser justificadas pela


unidose em impresso próprio e comunicadas ao médico.
Caso o médico não altere o fármaco comunicar ao chefe
serviço ou supervisor.
0579_DR_CF
3. Dispensa pela farmácia
O médico faz a prescrição
terapêutica “on-line” e imprime
2 versões da folha de cardex

Os pedidos de farmácia devem ser Enviar as capas até às …… para unidose.


realizados no turno da noite. Enviar a folha Todos os fármacos e equipamentos entre as 8h
de pedido com material necessário e folha e 20h são solicitados à unidose. Ligar para
de cardex informatizada unidose aquando das altas

Devoluções de medicamentos e
A unidose envia as Troca imediata das
materiais seguem com o funcionário da
cassetes e capas já cassetes na presença
unidose, na gaveta identificada do cliente
facturadas às .... do técnico
durante a troca das cassetes

Confirmar da medicação com a capa da


unidose para as 24h e verificar a identificação
correcta de cada cassete (nome completo, nº de
inscrição, data de nascimento)

Na falta de algum fármaco ou material corrigir


de imediato com técnico da unidose e
0579_DR_CF

notificar não conformidade


4. Preparação da medicação
No início do turno, confirmar na cassete a medicação dos
clientes que lhe estão atribuídos.

A medicação existente na cassete, deve coincidir com a


medicação que falta administrar, excepto SOS, alterações
terapêuticas ou fármacos não administrado devidamente
justificados no cardex.
0579_DR_CF
4. Preparação da medicação

Acondicionar o material necessário para a preparação da


medicação aos clientes a seu cargo.

Não escrever nas ampolas ou medicamentos de forma a


reutilizar-se, se não for usado.

É um acto que requer muita concentração, pelo que deve ser


apenas um enfermeiro de cada vez e um cliente de cada vez.
0579_DR_CF
4. Preparação da medicação
Confirmar os 5 certos
Cliente

Hora
Medicamento
CERTO
Diluição
Dose
Via
0579_DR_CF
4. Preparação da medicação

Não podemos administrar mais ou menos


a dose prescrita → Ela tem de ser exacta
para isso muitas vezes necessitamos de
fazer cálculos
0579_DR_CF
Preparação da medicação
Equivalências

1ml ➜ 100UI
1ml ➜ 20 gotas
1ml ➜ 60 microgotas
2,5 ml ➜ uma colher de café
5 ml ➜ uma colher de chã
10 ml ➜ uma colher de sobremesa
15 ml ➜ uma colher de sopa
1g ➜ 1000mg
1L ➜ 1000ml
1cc ➜ 1ml
1 µg (micrograma) ➜ 0.001 mg
0579_DR_CF
Preparação da medicação

 Regra de três simples

 Regra de três simples é um processo prático para


resolver problemas que envolvam quatro valores dos
quais conhecemos três deles. Devemos, portanto,
determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Relação entre grandezas proporcionais.
0579_DR_CF
Preparação da medicação
 Regra de três simples

 Tenho uma prescrição de 500ml de SF 0,9% de 12 em


12h e quero saber quantos ml devem correr numa hora,
logo o valor que me falta saber são os ml:

 500ml ------ 12h


X = 500 x 1 X = 42ml/h,
 X ------- 1h numa hora vai
12 correr 42ml de
soro
0579_DR_CF
Preparação da medicação

Cálculo do nº de gotas/min
V= volume em ml
T= tempo em horas

 V = gotas/min
Tx3
0579_DR_CF
Preparação da medicação

Cálculo do nº de gotas/min
V= volume em ml
T= tempo em minutos

 V x20 = gotas/min
T
0579_DR_CF
Preparação da medicação

 O Sr. J.M. tem prescrito soro fisiológico 0,9%1000ml de


8h em 8h, quantos ml/h tem que correr?

 O Sr. J.M. tem prescrito soro fisiológico 0,9% 500ml de


4h em 4h, quantos ml/h tem que correr? Qual a
quantidade de SF 0,9% nas 24h?

 O Sr. J.M. tem prescrito soro fisiológico 0,9% 1500ml de


12h em 12h, quantas gotas/min tem que correr? Qual a
quantidade de SF 0,9% nas 24h?
0579_DR_CF
Preparação da medicação
 Queremos administrar 100ml de SF 0,9% EV em 30
minutos. Quantas gotas deverão correr por minuto?

 Sabendo que tenho 5mg/ml de midazolam e ampola tem


3ml, quantos mg tenho na ampola?

 Sabendo que tenho 3mg/ml de adenosina e ampola tem


3ml, quantos mg tenho na ampola?

 Sabendo que tenho 20mg/2ml de furosemida e ampola


tem 2ml, quantos mg tenho na ampola?
0579_DR_CF
Preparação da medicação

 O Sr. J.M. tem prescrito 10mg de furosemida EV (ampola


de 20 mg), qual a quantidade a administrar?

 A Sra. J.H. tem prescrito 40mg de esomeprazol PO


(comprimido de 20mg), qual a quantidade a administrar?

 A Sra. J.H. tem prescrito captopril 12,5mg PO


(comprimido de 25mg), qual a quantidade a administrar?
0579_DR_CF
Preparação da medicação

 O Sr. J.M. tem prescrito amoxicilina + ácido clavulânico


2,2g EV 8/8h, no entanto a clinica só tem disponível
amoxicilina 1g e amoxicilina + acido clavulânico 1,2g,
quais as quantidades a administrar?
0579_DR_CF
Preparação da medicação

 O Sr. J.M. tem prescrito Piperacilina + Tazobactam 2,25g


EV, 8/8h, sabendo que a fórmula é de 4,5g diluídos em
100cc de SF, qual a quantidade a administrar?
0579_DR_CF
Preparação da medicação

 O Sr. J.M. tem prescrito soro fisiológico 0,9% 500ml nas


24h. A terapêutica diária é administrada às 12h.
Identifique o balão de soro, quantos ml/h coloca a correr
e número de gotas por min.
0579_DR_CF
Preparação da medicação

 O Sr. J.M. tem prescrito soro fisiológico 0,9% 1500ml nas


24h com 30meq de KCl 7,45%. A terapêutica diária é
administrada às 10h. Identifique os balões de soro,
quantos ml/h coloca a correr e número de gotas por min.

 Nota: 10meq de KCl 7,45% correponde a uma


ampola10ml
0579_DR_CF
5. Administração
O carro de medicação deve circular pelo serviço de forma a
ficar próximo da unidade do cliente ou junto do cliente,
aquando da hora da medicação, com a respectiva folha de
cardex.

Verificar a prescrição, consultando a folha de cardex.

Retirar o fármaco da gaveta individual do cliente


(confirmando nome completo, data de nascimento e nº de
inscrição), compare dados do invólucro com a prescrição.

Preparar tendo em conta técnica limpa ou asséptica.


0579_DR_CF
5. Administração
Preparar o fármaco de forma correcta imediatamente antes
da sua administração, reconfirmando a dose após a
preparação.

Utilizar instrumentos de medida padrão (seringas


milimétricas e copos graduados) para medir doses com
exatidão.

Colocar data na abertura no fármaco.


0579_DR_CF
5. Administração

Identificar os fármacos preparados: nome do cliente, nome


do medicamento, dose, hora de inicio, hora de fim, data e
assinatura do enfermeiro.

Identificar o cliente pela pulseira.

Envolver o cliente de forma adequada e correcta quanto ao


acto a realizar.

Nunca deixar medicação junto dos clientes


0579_DR_CF
5. Administração

Deixar os soros funcionantes e os adesivos limpos e


identificados.

Registar toda a medicação administrada, ou não


administrada, fundamentando o motivo.
0579_DR_CF
5. Administração Cliente
Resposta
Confirmar os 9 certos (identificar se o
medicamento teve o
efeito desejado - Medicamento
farmacovigilância)

Forma
(verificar a Via
forma se PO,
IM)
CERTO
Diluição Acção (Garantir que o
medicamento é prescrito Dose
pela razão certa. Perguntar
alergias)

Registo Hora
0579_DR_CF
6. Avaliação da resposta do Cliente

Vigiar o cliente após administração da medicação


(farmacovigilância).

Fazer ensinos ao cliente se sentir algum sinal ou sintoma


anormal, chamar de imediato o enfermeiro.

Estar atento a uma reacção anafilática que pode levar à


morte (os sintomas são prurido, eritema cutâneo,
taquicardia, dificuldade respiratória podendo evoluir para
paragem respiratória).
0579_DR_CF
6. Avaliação da resposta do Cliente

Anafiláctica

Este tipo de reacção ocorre geralmente durante ou pouco


tempo depois.
Sintomas ou sinais:
•Mucocutâneos (edema, prurido, rash cutâneo)
•Respiratórios (aperto na garganta, disfagia, disfonia,
rouquidão, estridor, dispneia, tosse, sibilos/broncoespasmo,
hipoxemia)
•Cardiovasculares (hipotensão grave)
•Gastrointestinais (náuseas, vómitos, diarreia)
0579_DR_CF
6. Avaliação da resposta do Cliente

Anafiláctica
Kiuui

uuu

Tratamento: Adrenalina
0,5mg bolus EV, IM ou SC

Oxigenoterapia
broncodilatadores
Corticóides
Anti-histamínicos
0579_DR_CF
6. Avaliação da resposta do Cliente

Caso desenvolva alguma reacção alérgica, deve ficar


registado no processo e colocar uma pulseira com a
identificação do agente causador.

Qualquer pessoa tem o direito de recusar medicação. Não


deve ser punida pela sua decisão, é necessário
compreender a razão da recusa e planear com o cliente uma
alternativa terapêutica.

A recusa de uma toma de medicação deve ser registada no


processo e folha de cardex do cliente.
0579_DR_CF
Técnicas de Administração de Medicamentos

1. Via Oral (VO/PO) Entérica (efeito sistémico pelo


2. Via Rectal trato digestivo)
3. Via Cutânea
4. Via Ocular
5. Via Nasal Tópica
6. Via Auricular (efeito local)
7. Via Vaginal
8. Via Intradérmica (ID)
9. Via Subcutânea (SC)
10.Via Intramuscular (IM) Parentérica (efeito sistémico)
11.Via Intravenosa (IV)
12.Via inalatória
0579_DR_CF
Técnicas de Administração de Medicamentos
Orientações comuns:
Ter conhecimento do medicamento que se está a usar;

Conhecer o estado clínico do cliente;

Confirmar a prescrição imediatamente antes da


administração (cliente, medicamento, dose, via,
apresentação, hora, diluição);

Verificar alergias;

Higienizar as mãos antes e após do procedimento;


0579_DR_CF
Técnicas de Administração de Medicamentos
Orientações comuns:
Informar o cliente sobre o procedimento e medicamento;

Atender à privacidade do cliente;

Identificar o cliente pelo nome e confirmar com a pulseira;

Se necessário, fazer ensinos;

Registar toda a medicação administrada e não


administrada!
0579_DR_CF
1. Via Oral
Administração de medicamento pela boca

Existem duas formas de medicamentos administrado por via oral:


– Sólidos
– Líquidos (não verter para
o lado do rótulo)
0579_DR_CF
1. Via Oral
Técnica limpa.

Ajudar o cliente se necessário a adotar uma posição


adequada para administração, cabeceira elevada.

Avaliar a existência de contra-indicações (náuseas,


vómitos, alterações da consciência e/ou da deglutição).

Providenciar água e administrar um fármaco de cada vez.

Ficar com o cliente até que este degluta todos os


fármacos.
0579_DR_CF
1. Via Oral

MEDICAÇÃO SUBLINGUAL
• Colocar medicação debaixo da língua (se necessário
“picar” o fármaco)
• Instruir o cliente para não deglutir, mas deixa-lo dissolver
• Se a mucosa estiver seca fornecer água antes de
administrar a medicação
0579_DR_CF
1. Via Oral
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR SONDA
NASOGÁSTRICA
• Triturar a medicação
• Diluir num copo com água
• Aspirar todo o conteúdo para uma seringa de alimentação
• Administrar por gavagem
• Administrar água para lavagem da sonda
•Não colocar fármacos nas bolsas de alimentação
0579_DR_CF
2. Via Rectal
Administração de
medicamento pela
mucosa rectal.

O mais comum são


supositórios, são sólidos
quando mantidos à
temperatura 25ºC.

Usar técnica limpa


0579_DR_CF
2. Via Rectal
Posicionar em decúbito lateral esquerdo
– A forma mais correta é introduzir a ponta mais reta
encostando o supositório à parede do reto, dirigindo-o para o
umbigo ultrapassando o esfíncter interno, evitando o contacto
com massas fecais.
– Pedir ao cliente para contrair o esfíncter anal e comprimir as
nádegas, manter-se na mesma posição durante 5min.
0579_DR_CF
3. Via Cutânea
Aplicação directa de um medicamento sobre a pele.

Os gel, loções, cremes ou pomadas devem ser aplicados com


luvas, para evitar automedicação do profissional.

Usar técnica limpa ou asséptica, na existência de soluções de


continuidade.

Se aplicação de adesivos transdérmicos, efectuar a rotação


dos locais e evitar zonas com pêlos (não tocar no adesivo!).
0579_DR_CF
3. Via Cutânea

Aplicar uma camada fina, com movimentos suaves e


tendo em conta a direcção do crescimento dos pêlos.

Atender às indicações recomendadas pelo fabricante.

Na aplicação de sprays, proteger a boca e nariz,


posicionando a cabeça para o lado oposto.
0579_DR_CF
4. Via Ocular
Aplicação directa de
um medicamento
(colírio ou pomada)
nos olhos.

Técnica asséptica.

O cliente pode estar


na posição de sentado
ou deitado mas
sempre com
hiperextenção da
cabeça.
0579_DR_CF
4. Via Ocular
Antes de instilar gotas ou pomadas deve limpar os olhos de
qualquer secreção.

Segurar o conta gotas ou a pomada com a mão dominante,


que apoia suavemente na testa do cliente, e com a mão não
dominante expor o saco conjuntival puxando suavemente a
pálpebra inferior. Pedir ao cliente para olhar para cima.

Colocar as gotas aproximadamente 2cm do saco conjuntival e


instilar no centro da pálpebra inferior.

Nunca colocar o medicamento directamente na córnea.


0579_DR_CF
4. Via Ocular
Ao colocar pomadas, a diferença
será na aplicação da pomada ao
longo da pálpebra inferior, do canto
interno para o externo.

Retirar a bisnaga com movimento


rotativo.

Pedir para fechar o olho e


movimentar o globo ocular.

Limpar o excesso de medicamento


com compressa.
0579_DR_CF
5. Via Nasal
Aplicação de um medicamento na mucosa nasal.

Técnica limpa.

Vigiar a pressão arterial dos clientes que fazem


terapêutica prolongada com vasoconstritores.

O cliente pode estar em decúbito dorsal com


hiperextenção da cabeça.

Durante aplicação pedir para respirar pela boca.


0579_DR_CF
5. Via Nasal

Instilar as gotas a 1cm das narinas ou introduzir o


aplicador na narina se for pulverizador.

O cliente deve manter-se na posição de supina durante


5min.

Explicar ao cliente que vai sentir o sabor do


medicamento, visto que as narinas drenam para a porção
posterior na cavidade oral e orofaringe.
0579_DR_CF
6. Via Auricular
Aplicação directa de um medicamento no canal auditivo
externo.

Técnica limpa.

Para instilar gotas no canal auditivo externo, deve-se ter em


conta as diferenças anatómicas:
– As crianças possuem um canal auditivo essencialmente
cartilaginoso e estreito. Para instilar medicamentos é necessário
repuxar o pavilhão auricular para baixo e para trás.
– Nos adultos o canal auditivo externo é mais longo e composto
maioritariamente por osso. Deve puxar-se o pavilhão auricular
para cima e para trás.
0579_DR_CF
6. Via Auricular
Remover suavemente o
cerúmen ou exsudado que
esteja a ocluir o canal auditivo
externo.

Posicionar a cabeça do cliente


de lado, o ouvido a tratar deve
ficar para cima/ exposto.

A solução a administrar deve


estar à temperatura ambiente.
0579_DR_CF
6. Via Auricular

Instilar as gotas a 1cm de


distância e para a parede do
canal auditivo e não
directamente na direcção do
tímpano.

Massajar ligeiramente.

Deve manter-se na mesma


posição cerca de 2/3min.
0579_DR_CF
7. Via Vaginal
Aplicação de um medicamento na vagina.

Técnica limpa.

Manter os óvulos à temperatura indicada pelo


fabricante.

Evitar o uso de tampões e irrigação vaginal após


administração do medicamento.
0579_DR_CF
7. Via Vaginal
Posicionar em decúbito dorsal
com os membros inferiores
em abdução e flexão e os pés
apoiados na base da cama,
expondo a região perineal.

Afastar os grandes lábios e


expor o orifício.
0579_DR_CF
7. Via Vaginal
Introduzir o óvulo com
indicador da mão-
dominante ou aplicador
com creme (deve ser
introduzido cerca de 5-
7cm).

Manter-se na posição
dorsal cerca de 10min.

Aplicar um penso
higiénico, se necessário.
0579_DR_CF
Via Parentérica

0,70 mm é a medida do calibre e 30 mm a


medida do comprimento (SISTEMA
MÉTRICO).

22G (Gauge) é a medida do calibre e 1 1/4 “


(em polegadas) é a medida do comprimento
(SISTEMA INGLÊS).
0579_DR_CF
Via Parentérica
O calibre da agulha é determinado
pelo seu lúmen. À medida que o
diâmetro aumenta o nº do calibre
diminui.

O bisel (ponta da agulha com corte


oblíquo) permite fazer um orifício
pequeno e de fácil cicatrização.

Deve-se seleccionar o tamanho em


função da via de administração
0579_DR_CF
Via Parentérica

CRITÉRIOS PARA SELECÇÃO AGULHA /SERINGA


• Via de administração
• Viscosidade do medicamento
• Quantidade de medicamento a administrar
• Quantidade de massa muscular e gordura
• Local de administração

Quando se selecciona a agulha deve-se ter em conta:


•Integridade da agulha
•Tamanho de menor calibre adequado à via de
administração e local
0579_DR_CF
Via Parentérica
0579_DR_CF
Via Parentérica
Reconstituição: é adição de um solvente ao pó, de modo a
obter o medicamento. Solvente = água ou SF 0,9%.

Diluição: é adição da solução injectável pronta ou já


reconstituída a um diluente, de modo a abter uma solução
injectavél a administrar com uma menor concentração do
principio activo.

Estabilidade: período de tempo durante o qual o


medicamento mantém a estabilidade fisico-quimica.
0579_DR_CF
Via Parentérica

Diluição/Administração: ter em conta vias de


administração adequadas, compatibilidade dos
medicamentos com diferentes soluções de perfusão,
volumes, velocidade de perfusão e concentrações
possíveis.

HÁ FARMACOS QUE ADIMISTRADOS DIRECTAMENTE


MATAM!!!!
0579_DR_CF
8. Via Intradérmica
Administrar medicamento no tecido intradérmico,
através de injecção. Principal objectivo é diagnóstico
(tuberculina ou provas cutâneas)

Utilizar técnica asséptica

Antes de se administrar deve-se avaliar o estado da


pele, evitar:
• Áreas irritadas, com edema;
• Áreas onde a roupa possa irritar a pele;
• Áreas de grande pigmentação ou com muitos pelos,
onde pode ser difícil avaliar a magnitude das reacções.
0579_DR_CF
8. Via Intradérmica

Locais de
administração:
• Face anterior do
braço
• Região das
omoplatas
0579_DR_CF
8. Via Intradérmica
Efetuar asséptica do local a
puncionar (compressas e
soluto antiséptico alcoólico a
70%).

Com o bisel voltado para


cima inserir a agulha num
ângulo de 10º, quase
paralelamente à superfície da
pele. O bisel deve ser visível
por baixo da pele.
0579_DR_CF
8. Via Intradérmica

Injetar o medicamento lentamente.

Deve formar-se uma pequena pápula.

Fazer a marcação do local de administração para melhor


localização aquando da leitura.
0579_DR_CF
9. Via Subcutânea
Administrar medicamento no
tecido subcutâneo, através de
injecção.

Utilizar técnica asséptica.

Realizar a rotatividade dos locais


de punção.

Agulha com calibre 25G


0579_DR_CF
9. Via Subcutânea
Locais de administração:
0579_DR_CF
9. Via Subcutânea

Trocar a agulha utilizada para aspiração, pela agulha


que será usada para administrar o medicamento. No
caso do uso de seringa com agulha acoplada não há
necessidade de troca de agulha.

Efetuar asséptica do local a puncionar (compressas e


soluto antiséptico alcoólico a 70%).
0579_DR_CF
9. Via Subcutânea
Pressionar a pele segurando-a e mantendo-a
suspensa entre os dedos indicador e polegar,
formando uma prega.

Introduzir a agulha rapidamente na área


escolhida, com ângulo indicado para a
espessura da pele, que pode ser:
•indivíduos magros – ângulo de 30°;
•indivíduos com pesos normais – ângulo de
45°;
•indivíduos obesos – ângulo de 90°.
0579_DR_CF
9. Via Subcutânea

Soltar a prega e puxar o êmbolo (aspirar), caso não haja


retorno de sangue injetar lentamente a medicação. Caso,
acidentalmente, tenha atingido um vaso sanguíneo, trocar a
agulha e reiniciar o procedimento.

Retirar a agulha em movimento rápido e único.


0579_DR_CF
10. Via Intramuscular
Administração de medicamentos
no tecido muscular, através de
injecção.

Técnica asséptica.

Trocar a agulha utilizada para


aspiração, pela agulha que será
usada para administrar o
medicamento.
0579_DR_CF
10. Via Intramuscular
Agulha de 21G o
comprimento
depende do local de
administração.

Efetuar asséptica do
local a puncionar
(compressas e
soluto antiséptico
alcoólico a 70%).
0579_DR_CF
10. Via Intramuscular
Locais de administração:

Quadrante superior externo da região dorsoglútea

Posição: decúbito ventral

Introduzir a agulha de forma a produzir um ângulo


de 90º

Maior capacidade de absorção (4ml- adulto) e


menor velocidade absorção.
3-6 anos: 1ml
6-14 anos: 1, 5 a 2ml
Adolescente: 2-2,5ml
0579_DR_CF
10. Via Intramuscular
Locais de administração:

Vasto lateral da coxa

Posição: decúbito ventral ou sentado

Introduzir a agulha de forma a produzir


um ângulo de 90º

Permaturos e neonatais: 0,5ml


1m a 2anos:1ml
3-6 anos: 1,5ml
6-14 anos: 1, 5ml
Adolescente: 1,5ml a 2,5ml
Adultos: 4ml
0579_DR_CF
10. Via Intramuscular
Locais de administração:

Deltóide

Posição: sentado

Introduzir a agulha de forma a produzir


um ângulo de 90º

Menor capacidade de absorção (1ml-


adulto) e maior velocidade de
absorção.
6-14 anos: 0,5ml
Adolescente: 1ml
0579_DR_CF
10. Via Intramuscular
Locais de administração:
Ventro-gluteo

Posição: decubito lateral


membro que fica por cima
flectido

Introduzir a agulha de forma a


produzir um ângulo de 90º

3-6anos: 1,5ml
6-14 anos: 1,5ml a 2ml
Adolescente: 2ml a 2,5ml
Adultos: 4ml
0579_DR_CF
10. Via Intramuscular

Introduzir a agulha, juntamente com a seringa ou apenas a


agulha e posteriormente conectar a seringa.

Aspirar para verificar se vem sangue. Se vier sangue


desviar o trajecto agulha. Se não for aspirado sangue, pode
continuar o procedimento.

Introduzir o medicamento lentamente.

Remover rapidamente a agulha e seringa.


0579_DR_CF
11. Via Intravenosa
Consiste na introdução de medicamentos ou soros por
via percutânea através de uma veia periférica.

Objectivos:
Permite a absorção rápida do medicamento;
Administrar doses elevadas de medicamento e soro;
Administrar medicamentos que não podem ser
administrados por outras vias;
Manter e restabelecer o equilíbrio hidro-electrólitico.
0579_DR_CF
11. Via Intravenosa

Técnica asséptica.

Locais preferências para a punção venosa: Dorso das


mãos e Antebraços  o mais distal possível para
preservar a integridade venosa. Evitar zonas de flexão.

Abocath de calibre no adulto 22G, 20G e 18G.


0579_DR_CF
11. Via Intravenosa

Na terapia directa/bólus:

Verificar o local de inserção do cateter e a permeabilidade


antes de qualquer administração.

Administrar lentamente o fármaco.

Não esquecer após a administração do fármaco de lavar


com SF 0,9%;
0579_DR_CF
11. Via Intravenosa
Na terapia contínua:

Verificar o local de inserção do cateter e a permeabilidade


antes de qualquer administração.

Verificar a compatibilidade entre medicamentos, não


administrar em simultâneo aqueles que são incompatíveis
entre si!

Não esquecer se o fármaco for incompatível lavar antes


com SF 0,9% e no final da administração.
0579_DR_CF
11. Via Intravenosa
Na terapia contínua:

As misturas intravenosas devem ser examinadas


regularmente durante a sua perfusão. Se ocorrer
escurecimento, alteração da cor, cristalização ou qualquer
outro sinal de interacção ou contaminação, a perfusão deve
ser imediatamente suspensa!
0579_DR_CF
11. Via Intravenosa
Expurgar todo o sistema
0579_DR_CF
11. Via Intravenosa

Os cateter, sistema de perfusão, torneiras e


prolongamentos devem ser trocados de 3/3 dias
(72h), devido ao elevado risco de infecção e
prevenir lesões nas veias.

Importante datar os sistemas!

Os soros devem ser trocadas a cada 24h.


0579_DR_CF
12. Via Inalatória
Administrar terapêutica em forma de aerossol por via
inalatória, tendo como veiculo o oxigénio ou ar
comprimido.

Técnica Limpa.

Aerossolterapia por:
Nebulizadores
Dispositivos simples (Inaladores pressurizados e
Inaladores de pó seco)
0579_DR_CF
12. Via Inalatória
Nebulizadores

Adaptar à rampa de ar com débito de


6L/min.

Colocar o cliente sentado ou semi-


sentado.

Colocar no copo de nebulização 3cc


de SF 0,9% e o medicamente
prescrito.
0579_DR_CF
12. Via Inalatória
Inaladores pressurizados

Importante fazer ensinos sobre a técnica (horário,


sequência e dosagem)

Posicionamento adequado (fowler ou semi-fowler);


Agitar o inalador
Encaixar embalagem na extremidade distal da câmara
expansora, em posição vertical ou entre os lábios;
Colocar dedo indicador na parte superior e o polegar na
parte inferior da embalagem;
0579_DR_CF
12. Via Inalatória
Efectuar uma expiração lenta e profunda, antes de iniciar
inaloterapia;
Adaptar eficazmente máscara ou bucal à face;
Activar o inalador;
Inspirar lentamente, até à capacidade pulmonar total
Suster respiração durante 10seg. (o máximo que
conseguir);
Aguardar, no mínimo, 30seg (5 inspirações profundas) até
próxima activação;
Lavar cavidade oral após;
0579_DR_CF
12. Via Inalatória
Inaladores de pó seco

Por vezes é necessário


introduzir uma cápsula.

Adaptar o bocal à cavidade


oral.

Inspirar lenta e profundamente


pela boca, não pelo nariz,
através do bocal do
dispositivos.
0579_DR_CF
Segurança do Cliente – Metas internacionais

Identificação Melhorar a Melhorar a Cirurgia Reduzir Reduzir o


correta do Comunicação Segurança no Segura Lado os Risco Risco de
cliente Uso de correto, das Lesão
Medicamentos procedimento IACS resultante
de Alerta correto, de uma
Máximo cliente Queda
correto
0579_DR_CF
Registos apenas no final
0579_DR_CF
centroformacao.cse@gmail.com | centrodeformacao@cse-ao.com Tlm. +244 949 621 682 I Ext
Método de trabalho de
Enfermagem da CSE

Método Individual
0579_DR_CF
Plano de Trabalho

O Plano de trabalho é elaborado diariamente pelo


Enfermeiro Chefe ou Tutor:

 Distribuição dos clientes pelo Enfermeiro Estagiário;


 Outras actividades: Carro de emergência, recepção da
unidose, arrumação do stock de material, verificação e
arrumação de aparelhos, gastos, dietas;
 Horário de almoço.
 Atribuição de unidades livres – admissão de clientes
0579_DR_CF

2020-07-14
Rotinas de serviço

Rotinas: é o conjunto de elementos que específica a maneira


exacta, pela qual uma ou mais actividades devem ser realizadas.
É a descrição sistematizada dos passos a serem dados para a
realização das acções componentes de uma actividade, na
sequência de execução.

 A rotina é específica de cada unidade.


0579_DR_CF
Rotinas de Serviço
1- Passagem de turno – assegura a continuidade dos
cuidados
Nota: Não interromper o enfermeiro que está a passar a informação do
cliente – Questionar, se necessário, quando terminar. Perguntas
objectivas e claras relacionadas com a situação do cliente

2- Após passagem de turno - Consultar o processo


clinico e Plano de Cuidado – aprofundar o
conhecimento da situação/evolução do cliente – FOCO
da ATENÇÃO DE ENFERMAGEM
0579_DR_CF

2020-07-14
Rotinas de Serviço
3- Início do turno – Passar visita pelos clientes atribuídos:
 Apresentar-se e Conversar com o cliente- "Dormiu bem? Dores? Alimentou-
se,…" – Sorriso sempre presente

 Verificar Identificação do cliente – Pulseira de Identificação

 Verificar acessos venosos – data de colocação, adesivos, sinais


inflamatórios, perfusões em curso rotuladas e débitos de perfusão, etc

 Sacos de drenagem (urina, drenos, etc)

 Cliente com risco de queda – medidas de segurança

 Manutenção da unidade do cliente no sentido de manter o seu bom estado


de higiene, arrumação e funcionalidade

 ……..
0579_DR_CF

2020-07-14
Rotinas de Serviço
4- Verificação da terapêutica:
 Validação da prescrição médica com a transcrição no cardex;

 Validação da gaveta de unidose – garantir a medicação para o turno

 Validar o pedido da unidose, se aplicável

5- Verificação da dieta prescrita – Efectuar/validar pedido ao Serviço de


Alimentação

6- Pedidos de Exames Complementares - Imagiologia, análises clínicas


0579_DR_CF

2020-07-14
Rotinas de Serviço
7- Prestação de cuidados globais aos clientes que lhe estão
atribuídos em plano de trabalho, de acordo com as Normas, Rotinas
e Protocolos em vigor na CSE;

8- Colaboração com a equipa médica

9- Elaboração/Revisão do Plano de Cuidados de cada cliente :


 Diagnósticos/Problemas de Enfermagem
 Intervenções de Enfermagem
0579_DR_CF

2020-07-14
Rotinas de Serviço
10 - Estar presente na visita dos familiares/amigos, aos clientes,
para esclarecimento de dúvidas, acompanhamento dos
familiares e realizar ensinos, se necessário

11- Registos de enfermagem para cada cliente (actividade que


decorre durante o turno – SV; Diurese; Administração de
Medicação; Posicionamentos; Cateterismos; ….)
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Rotinas de Serviço
12- Outras actividades (mediante plano de Trabalho):
 Recepção da Box da Medicação – UNIDOSE;
 Validação da medicação recepcionada com prescrição (24h);
 Colaborar / receber o material de consumo clínico, assim como
providenciar sempre que possível a sua arrumação;
 Gastos
 Verificação do Carro de Emergência;
 Notificação de Incidentes
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Rotinas de Serviço

12- Outras actividades


 Verificação e arrumação de aparelhos utilizados no Serviço

 Actualização do quadro de informação dos clientes

 Preparação/Admissão Unidade do cliente

 Supervisão das actividades efectuadas pelos FHC


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Preparação da unidade para admissão do cliente
 Verificar se a unidade está higienizada e arrumada;
 Aspirador (montado e testado);
 Monitores;
 Rampa de ar, oxigénio e vácuo;
 Campainha, telefone;
 Pulseira de identificação;
 Processo clínico;
 …
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Admissão do cliente / Família
 Manter uma boa imagem;
 Acolher;
 Informar sobre: número e horário das visitas, refeições,
informações clínicas, objectos pessoais…
 Dar a conhecer a estrutura física do serviço;
 Colocar a pulseira de identificação;
 Recolher medicação de ambulatório;
 Entregar o guia de acolhimento;
 Colher informação;
 Identificar a unidade …
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Admissão do cliente / Família
 Acolhimento
 Ajudar o cliente e família a eliminar sentimentos negativos que
possam surgir e permitir aos enfermeiros dar informações sobre
questões que os preocupam, bem como sobre aspectos da
organização da instituição e do serviço que deve conhecer para
se sentir seguro.

 Um bom acolhimento é o primeiro passo para a recuperação da


saúde, dado o efeito que produz no cliente, sendo também a
primeira condição para a humanização dos serviços de
saúde.
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