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JUARA/MT
2016/2
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECONOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JUARA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________________
_______
Prof. Esp. Saulo Augusto de Moraes
Orientador - UNEMAT
______________________________________________________________________
Profa. Ma. Rosalia de Aguiar Araujo
UNEMAT
_____________________________________________________________________
Prof. Dr. Jairo Luiz Fleck Falcão
UNEMAT
JUARA/MT
2016/2
A realidade não pode ser modificada,
senão quando o homem descobre que é
modificável e que ele pode fazê-lo1.
(FREIRE)
AGRADECIMENTOS
Aos amigos tão especiais que Deus me deu durante este curso.
Enfim, a todos que de alguma forma deixaram algo nesse importante período da
minha vida.
RESUMO
ABSTRACT
This paper presents a discussion about the conditions of life of the person in prison in
Brazil and the social function of the jails and prisons in the present time. The objectives
of the Brazilian State with the application of the penalty of deprivation of liberty to the
people who committed crime and its obligation to the actions of social reintegration
through education. Research has shown us how much we still need to grow socially so
that we can overcome the ills that make every effort to develop a criminal and
penitentiary policy that is really capable of fulfilling the function of creating a less
violent society inefficient. Education in this context is presented as a possibility of
producing transformation, according to the bibliography the change of the calamity
situation in the prison system is the announcement that concrete actions of permanent
effect must be put into practice urgently under the Risk of collapsing the Brazilian
prison system.
Key words: Prison Education. Youth and Adult Education. Reintegration Of the person
in prison.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................10
3. A GÊNESE É SOCIAL 18
3.1. EDUCAÇÃO NA PRISÃO 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32
10
INTRODUÇÃO
A prisão como peça punitiva é recente. De acordo com Fragoso (1995, p.273) “a
prisão como pena é de aparecimento tardio na história do Direito Penal”.
As primeiras prisões organizadas datam da primeira metade do século XVI. Foi
em Londres, no ano de 1553, que foram fundadas os primeiros estabelecimentos
penitenciários. Em 1603, foi criada na Inglaterra a primeira casa de correção para jovens
delinquentes onde foi praticada a primeira experiência de isolamento celular. Na
Holanda, outros estabelecimentos foram criados em 1595 e 1596 respectivamente,
destinados aos homens e às mulheres que consistiam na realização de um trabalho e na
obrigação imposta aos detentos de receber uma educação religiosa (FALCONI, 1988)2.
No entanto, o aprisionamento involuntário do homem é antigo e remonta a
tempos imemoriais. Até a modernidade, o aprisionamento do homem não era um fim em
si mesmo, pois a prisão era lugar onde o réu aguardava a execução da pena (geralmente
trabalhos forçados ou morte por suplício). A ideia de punir com a supressão da
liberdade, compreendida como um bem comum universal, surge a partir das reformas
dosséculos XVII e XVIII, principalmente na Europa, quando o pensamento iluminista
provocava forte influência em variadas áreas do conhecimento.
Para Goffman (1992, p. 22) as instituições totais são estufas que atuam na
transformação de pessoas, assim, cada sujeito é um experimento sobre o que se pode
fazer ao “eu civil”, o que se espera de tal situação é fazer com que os presos possam
adequar-se a instituição fazendo com que os mesmos estejam sempre lembrando das
causas que os levaram a tal condição.
3 Uma instituição total pode ser definida como um local de residência e trabalho onde um grande número
de indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade mais ampla por considerável período de
tempo levam uma vida fechada e formalmente administrada. (GOFFMAN, 1992, p. 11).
16
5http://www.justica.gov.br/Acesso/participacao-social/subpaginas_consultas-publicas/departamento-
penitenciario-nacional-depen acessado em 12/07/2015.
17
6http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/brasil/noticia/2015/10/23/situacao-de-presidios-brasileiros-
e-pior-do-que-na-ditadura-diz-ex-ministro-205077.php
7http://oglobo.globo.com/brasil/mapa-da-violencia-2016-mostra-recorde-de-homicidios-no-brasil-
18931627#ixzz4UA6nQ8EC
18
3. A GÊNESE É SOCIAL
8 Optamos aqui pelo termo socializar em lugar de ressocializar no entendimento de que a maioria dos
internos do sistema prisional brasileiro não tiveram chances de sociabilidade desde pequenos, dado suas
realidades sociais, econômicas e culturais.
19
preso. Mas essa busca não é tarefa simples. Onofre (2007, p.11) comenta que no âmbito
prisional:
10 http://www.justica.gov.br/slides/relatorio-do-infopen-2015
21
Fonte: Infopen
A escola na prisão, que deveria ser um direito garantido a todos os internos, tem
o potencial legitimo de transformar historias. Mas essa escola, por meio de seus
profissionais, deve ser de uma concepção e uma prática:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
30
primordial para que alcancemos este objetivo, a ideia de coletividade é um conceito que
tem de ser interiorizado, do contrario continuaremos nos distanciando e nos dividindo
em parcelas que visam defender não os direitos, mas os interesses inerentes a cada
grupo ou classe social.
Quando discutimos que os direitos das pessoas devam ser garantidos o
crescimento coletivo ganha muito mais força, pois a luta por direitos é a promoção da
igualdade na diversidade social, entretanto quando defendemos interesses naturalmente
cerceamos direitos de outros, cada direito constituído consequentemente gera uma
responsabilidade e limites, esses limites são entraves para que alguns consigam atingir
interesses individuais impedindo o crescimento equilibrado nos variados campos
sociais. Para nós, a educação é a forma mais imediata de prevenção e combate às
práticas delituosas por isso devemos insistir em uma educação de qualidade para as
pessoas que se encontram em situação de prisão no Brasil, um dos países mais violentos
do mundo que não mostra sinais de melhoras, a curto prazo, nesse aspecto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS