Você está na página 1de 17

0

TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Nº 002/2013,


ENTRE ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE RORAIMA E INSTITUTO SUPERIOR DE
EDUCAÇÃO FACETEN-ISEF

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

JOSENILSA DA SILVA FREITAS


PATRICIA FEITOZA SOUSA
SORAY GOMES COSTA

AS CONTRIBUIÇÕES DO PSICOPEDAGOGO NA RELAÇÃO


FAMILIA/ESCOLA

ORIENTADOR:

SÃO JÕAO DA BALIZA-RR


2015
1

AS CONTRIBUIÇÕES DO PSICOPEDAGOGO NA RELAÇÃO FAMILIA/ESCOLA

Josenilsa da Silva Freitas1


Patrícia Feitoza Sousa2
Soray Gomes Costa3

RESUMO

O presente artigo aborda as contribuições do Psicopedagogo na relação família e


escola e ao mesmo tempo discuti as amenizações dos conflitos que o seu trabalho
tem no contexto escolar, analisando o quanto é importante o trabalho conjunto
família/escola no processo educativo. Deste modo as contribuições do
Psicopedagogo em relação á participação da família na escola influencia no bom
rendimento escolar dos alunos, tendo como objetivo analisar a importância do
psicopedagogo e da família no processo de ensino aprendizagem. A base para
realização do mesmo foi através de pesquisa bibliográfica, abordando a importância
do Psicopedagogo e a participação dos pais na escola. Como resultado entende-se
que o papel do Psicopedagogo é de grande relevância e necessário nas escolas,
pois o mesmo busca alternativas que engloba família e escola a trabalharem em
parceria, assim o Psicopedagogo contribui com a educação agindo como facilitador
do processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-Chave: Família/Escola. Psicopedagogo. Aluno e Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo aborda as contribuições do Psicopedagogo na relação


família/escola discutindo as amenizações das dificuldades escolares no contexto

1
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Roraima (UERR). Acadêmica do Curso de Pós-
Graduação: Especialização Psicopedagogia. Escolegis. Imail: josenilsafreitas@gmail.com
2
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Roraima (UERR). Acadêmica do Curso de Pós-
Graduação: Especialização Psicopedagogia. Escolegis. Imail: soray.gcosta@gmail.com
3
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Roraima (UERR). Acadêmica do Curso de Pós-
Graduação: Especialização Psicopedagogia. Escolegis.
2

escolar e familiar, analisando o quanto é importante o trabalho conjunto dos mesmos


no processo educativo. Visto que a família é o primeiro contexto no qual a criança
desenvolve padrões de socialização, ao se relacionar com seus familiares a criança
adquiri conhecimento e suas experiências da infância serão refletidas em toda sua
vida.

Sendo assim buscou-se conhecer as contribuições do Psicopedagogo em


relação à participação da família na escola e como esta parceria influencia no bom
rendimento escolar dos alunos. Com objetivos de enfatizar a importância do
Psicopedagogo e da família no processo de ensino aprendizagem, identificando o
acompanhamento participativo dos pais na escola, analisando a relevância das
contribuições do Psicopedagogo na relação família/escola como estimulo ao
processo de aquisição de conhecimento e socialização dos alunos.

A importância da participação dos pais na vida escolar dos educandos


mediado pelo Psicopedagogo é notável visto que, quando existe essa participação,
as crianças conseguem êxito na sua vida escolar e social, deste modo educar é
tarefa de todos os envolvidos na pratica escolar, sendo inaceitável colocar esta
responsabilidade somente para a escola esperando uma formação integral do aluno.
Se o individuo é aluno, filho e cidadão ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não
compete apenas á escola, é preciso que professores e famílias façam sua parte,
pois a escola precisa contar com a contribuição de ambos.

Por tanto, o Psicopedagogo é importante e necessário nas escolas, pois


busca alternativas que integra família e escola a trabalhando como parceiras, assim
um bom resultado escolar aos educando é possível desde que todos se sensibilizem
e participem ativamente nas questões do ensino dos educandos, as contribuições do
Psicopedagogo como facilitador no processo de ensino e aprendizagem deve
enfatizar a relação de harmonia entre educadores, pais e alunos em busca de
melhorias significativas a aprendizagem.

2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

A sociedade em permanente transformação requer um novo posicionamento


sobre o sentido da educação, segundo aranha (2003) “A educação no Brasil em
1549 com a chegada dos jesuítas, inaugurando uma fase que deixaria marcas
profundas na cultura e civilização do país” os padres jesuítas movidos por
3

interesses, usando sentimento religioso de propagação da fé, nesta época foram


praticamente os únicos educadores.

Além deles outro meio de adquirir conhecimento era pela própria família
sendo uma educação informal. Em 1822, trouxe mudanças no panorama sociais
político e econômico, inclusive em termo de política educacional de fato na
constituição de 1823, pela primeira vez se associou apoio universal à educação
popular.

Surgiu o compromisso do império, na constituição de 1824, assegurando


instituição primária gratuita a todos os cidadãos, confirmada depois pela lei de 1827,
que determinava a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas,
e vilarejos, envolvendo as três instanciam do poder público. Caso tivesse sido
implementada seria a “lei áurea” da educação básica.

Nessa época a educação das mulheres se resumia aos fazeres doméstico e


aos cuidados dos filhos, no entanto a educação era para os filhos homens, que não
fosse primogênito, pois a ele cabia o ensinamento dos pais para substituírem seus
lugares nos negócios da família, a educação escolar era apenas para os nobres, a
grande massa excluída era submetida a uma educação informal ministrada
conforme a tradição religiosa.

Segundo Aranha (2006) “Era natural que assim fosse, por que esse tipo de
educação veio transformar-se no símbolo da própria classe”,Em 1891, a constituição
consagrou a descentralização do ensino, pelo seu artigo 35, itens 3º e 4ª, descrevem
que:

“ela reservou a união o direito de criar instituição de ensino superior e


secundário nos estados, e prover a instrução secundaria no distrito federal,
o que conseqüentemente delegava aos estados competência para prover a
legislação sobre a educação primaria.”
A prática, porém, acabou gerando o seguinte sistema, a união cabia criar e
controlar o ensino secundário acadêmico e a instrução em todos os níveis do distrito
federal, e os estados cabia criar e controlar o ensino primário e o ensino profissional,
que na época, compreendia principalmente escolas normais para moças e escolas
técnicas para os rapazes.

Mas tarde em meio a muitas discussões foram criadas leis com a intenção
de corrigir a desigualdade de poder que existe entre homens e mulheres em nossa
4

sociedade, machista e opressora. No entanto e impossível falar em educação e


família sem comentar sobre as políticas que as envolvem como as leis que as
amparam dentro desse contexto, foram aprovadas no decorrer dos anos 90, tais
como: constituição, LDB lei de diretrizes e bases da educação nacional, estatuto da
criança e do adolescente.

Na LDB lei nº 9.394, artigo 1º, “a educação abrange os processos formativos


que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais”. Essas leis com certeza contribuirão
positivamente para o desenvolvimento da educação do país, uma vez que o status
se consegue na educação formal.

A lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, dispõe sobre o estatuto da criança e


do adolescente e da outras providencias, o art. 1º. Esta lei dispõe sobre a proteção
integral a criança e o adolescente, art. 2º considera-se a criança, para efeitos desta
lei, a pessoa até doze anos de idade incompleta, e adolescente aqueles entre doze
e dezoito anos de idade.

Com base nessas leis e no avanço da nossa sociedade a história da


educação foi construída, levando em conta os avanços do dia-a-dia, onde luta e
conquistas fizeram parte dessa trajetória até nos dias de hoje, que embora não
chegamos ao pódio, mas a viagem continua a diferença é que a sociedade está
mais engajada nessa batalha na busca de ver seus sonhos tornarem realidades.

3 HISTÓRIA DA FAMILIA

Segundo (Prado, 1981, p. 12). “A família não é um simples fenômeno


natural. Ela é uma instituição social variando através da história e apresenta ate
formas e finalidades diversas numa mesma época e lugar, conforme o grupo social
que esteja”. Sendo a família uma instituição importante, na verdade família é uma
unidade básica da sociedade, formada por indivíduos ligada por laços de sangue
com ancestrais em comum e pelo espaço afetivo.

“A criança, então, aprende pelo relacionamento afetivo que outro ser


humano estabelece com ela e também com o que presencia do
relacionamento entre seus pais. Por isso, todo cuidado é pouco”. (TIBAS,
2008, p.15).
5

Pois a família e o alicerce, os membros vão aprender por meio das


experiências de vida e das exigências do grupo social a qual faz parte, no entanto a
família é um dos primeiros grupos que o individuo faz parte, onde por sua vez é
herdada, não só a genética, mas suas concepções de normas e regras, de uma
determinada sociedade, que a família estar inserida.

Sendo que as relações pessoais de uma família são relações composta por
pais e filhos consanguinada, é esta a relação de parentesco familiar, no entanto
atualmente existe família com relação não sanguínea. Mas toda família
independente da sociedade, cada membro ocupa uma posição de obrigação e de
direito que esta associada a uma posição na família. Já os papeis varia de acordo
com a socialização que é levada em conta todo processo histórico e social que os
membros estão inseridos.

4 HISTORIA DO PSICOPEDAGOGO NA INTITUIÇÃO ESCOLAR

Os trabalhos do Psicopedagogo nas instituições de ensino no Brasil


surgiram devido ao fracasso escolar que ocorreu na década de 40, devido os muitos
debates dos estudiosos que preocupados com os problemas da educação, assim o
papel do psicopedagogo como forma de alternativa para o sucesso escolar ocorreu
na década de 60. Desde então suas contribuições tem sido de fundamental
importância ao processo de aprendizagem.

Segundo Allessandrini (1996, p.21) a Psicopedagogia estuda o processo de


aprendizagem a partir de uma contextualização teórica e pratica que advém da
pedagogia e da psicologia. Este profissional da educação tem contribuído
significativamente a aprendizagem dos educando com a relação família e escola.
Suas atividades são de caráter preventivo procurando criar habilidades e
competências para solucionar os problemas de aprendizagem dos educando.

O papel do psicopedagogo na interação família e escola procura estabelecer


uma relação de responsabilidade e compromisso com a educação dos educados,
ouvir a família é essencial para conhecermos as dificuldades dos alunos, e cabe ao
psicopedagogo investigar o contexto social dos seus alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem, de comportamento, e dificuldades de socialização
entre outros.
6

Outra função do psicopedagogo esta na sua relação com o professor o


auxiliando em suas atividades escolares no atendimento pedagógicos
individualizados, com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem,
sabendo de suas limitações o professor deve conduzir seus trabalhos de acordo
com as limitações dos educando, mas sempre os estimulando em seus estudos.
Segundo (FAGALI 2003 p.10) trabalhar as questões pertinentes as relações
vinculares ao professor-aluno é redefinir os procedimentos pedagógicos, integrando
o afetivo e cognitivo através de conceitos de aprendizagem nas diferentes áreas do
conhecimento.

O Psicopedagogo deve está inteirado de conhecimentos necessários para


sua atuação com os educando, pois sua prática necessita que este profissional
tenha habilidades suficientes para diagnosticar a dificuldade enfrentada pelos
alunos. Desta forma o Psicopedagogo tem capacidades de ajudar o educando a
enfrentar seus problemas com o apoio da família e demais agentes do processo
educativo.

O trabalho do Psicopedagogo ocorre em diversas áreas tendo sempre um


caráter preventivo e terapêutico, para assim compreender os processos de
desenvolvimento e das aprendizagens, seguindo a linha preventiva seu trabalho é
voltado para os educadores desenvolvendo com as mesmas estratégias voltadas a
aprendizagem que possa envolver todos os alunos de forma que não haja prejuízos
a nenhum aluno.

Sua atuação de forma terapêutica busca desenvolver técnicas remediativas


que envolve pais professores e alunos havendo uma interação com os mesmos no
sentido de proporcionar um atendimento diagnostico dos problemas que afetam a
aprendizagem do educando e em seguida o encaminhando a outros profissionais de
áreas como psicologia, fonoaudiólogo e até mesmo educacional.

Quando estiver em mãos laudo de um destes profissionais, poderá


desenvolver suas atividades com os alunos que apresentam dificuldades, sendo que
há uma determinada atividade para cada tipo de dificuldade apresentada, pois
quando o psicopedagogo já tem definido qual o tipo de dificuldade do educando
torna-se, mas fácil o seu tratamento sempre com a orientação de um especialista na
área de dificuldade que o aluno apresenta.
7

Através de suas técnicas o Psicopedagogo conduz seus trabalhos de


intervenção psicopedagogica em instituições de ensino com ação conjunta de toda a
equipe pedagógica da escola, esta união e extremamente importante ao
desenvolvimento do educando, com esta relação harmoniosa na escola o aluno se
sentira a vontade aprender sem sentir-se culpado por apresentar dificuldade de
aprendizagem em seus estudos.

Esta mobilização dos profissionais da escola torna o espaço escolar


adequado às condições de aprendizagem que se comprometa com seus alunos
sejam eles com problemas de aprendizagem ou não, neste sentido com a
participação de todos os profissionais da educação os trabalhos de atendimento a
alunos com dificuldades de aprendizagem ocorre de forma tranquila e comprometida
com o bem esta dos educando.

Segundo MIRANDA (2008, p.43) é fundamental que o trabalho escolar seja


pautado em um ensino ativo, capaz de propor uma intervenção e criação por parte
dos alunos e dos próprios professores. Desta maneira percebem-se como é
relevante a aprendizagem dos educandos o envolvimentos dos educadores em sua
vida escolar de forma ativa, bem como a participação da família em seu processo de
desenvolvimento e aprendizagem. O Psicopedagogo tem este poder de articular o
entrosamento de pais e escola, na dinâmica escolar que requer de todos suas
parcelas de responsabilidade e compromisso.

Para MANSINI (2006, p.249) a Psicopedagogia nasceu da necessidade de


atendimento e orientação às crianças que apresentavam dificuldades na
aprendizagem quer cognitiva quer comportamental e social. Como se percebe a
escola e sem duvida em espaço onde são apresentados os primeiros níveis de
dificuldade seja esta com relação o ato de prender, ou devido problemas de
comportamento e ate mesmo de relacionamento social. Desta forma o
Psicopedagogo tem a função de rever todas as metodologias de ensino na buscar
de atender as necessidades dos educandos, fazendo uma analise dos currículos e
desenvolvendo atividades que amplie as diversas formas de transmitir os conteúdos
de forma atender a necessidade do aluno com problemas de aprendizagem.

Uma das alternativas para torna os conteúdos mais atrativos ao interesse do


educando proposto por um Psicopedagogo seria de criação de textos em que o
8

próprio aluno possa participar de sua criação estimulando o seu raciocínio lógico,
possibilitando a criatividade e estabelecendo situações de dialogo e afeto com o
educando, havendo sempre espaço para esta criança serem ouvida, este trabalho
deve ser ampliado à família, pois em casa os pais deve sempre procurar propiciar a
seus filhos um ambiente estimulante ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e social
de seus filhos.

No entanto esta não é uma tarefa muito fácil, pois muitos pais recusam a
aceitar que seus filhos apresentam algum problema de aprendizagem ou de
socialização, neste momento a orientação do Psicopedagogo com os educadores e
pais, torna se muito necessária para que haja diálogos entre ambos visando sempre
o bem está do educando e a melhor maneira de atender as dificuldades apresentada
pelo mesmo.

5 RELAÇÃO FAMÍLIA ESCOLA

Na atualidade é necessário que a escola esteja em perfeita sintonia com a


família, sendo que a mesma é uma instituição que complementa a família, juntas
podem torna lugares agradáveis para a convivência dos filhos e alunos, então se
ambas se completam, a escola não deve permanecer sem a família e nem a família
deve viver sem participar da educação de seus filhos.

A parceria da família com a escola foi e sempre será fundamental para o


sucesso da educação de todo individuo. No entanto, pais e educadores necessitam
ser grandes e fieis companheiros, nessa nobre e difícil caminhada da formação
educacional do individuo, que precisa se sentir parte das mesmas no percurso da
educação para vida e cidadania.

Quando se fala em boa relação entre família e escola Bassedas (1999, p.


282) ressalta que “precisa fica claro que a escola e a família são contexto diferentes
e que nesse contexto, as crianças encontrarão coisa, pessoas e relações diversas”.
Aqui o autor deixa claro que a criança ao entrar na escola, se depara com um
mundo diferente, e a mesma começa a ver o mundo de outra forma.

A criança que antes vivia protegida pela família, onde ela era dona dos
brinquedos e de toda a atenção que não dividia com ninguém, ao entrar no ambiente
escolar essa realidade muda, ali existi varias crianças, onde ela vai ter que aprender
9

a dividir objetos, brinquedos, atenção e cuidados, esse é o maior impacto por saber
que as coisas não serão mais do jeito dela.

Nesta relação família/escola um dos maiores problemas é que nem sempre


há uma concordância entre ambas, onde muitas vezes os professores tentam
educar a criança da melhor forma possível, ensinando o que a escola tem como
certo ou errado, e os pais na maioria das vezes não concordam com alguns dos
métodos ensinados pela escola, e quem paga são as crianças que ficam perdidas
sem saber que cominho seguir.

Em meio a tantas divergências entre escola e a família, torna se necessário


a presença do profissional Psicopedagogo que pode intervir nesta relação de conflito
entre ambas as instituições, este tem capacidades técnicas para propiciar uma
relação harmoniosa entre responsáveis pela educação dos alunos. O
Psicopedagogo deve em sua pratica envolver a família nas questões da escola de
maneira harmoniosa, formando uma equipe onde ambas sigam os mesmos
princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação ao objetivo que se
deseja alcançar, ressalta-se que mesmo tento objetivos em comuns, cada um deve
fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso que visa conduzir a criança
para o futuro.

Para Bossa (2007, p.21-22) o objeto de estudo da Psicopedagogia deve ser


entendido a partir de dois enfoques o preventivo e terapêutico, sendo assim o
Psicopedagogo seguindo o enfoque preventivo atua de forma sistemática
observando as potencialidades e dificuldades do aluno o seu objeto de estudo esta
na pessoa e nos processos de desenvolvimento dos educandos, no entanto a família
e parte integrante deste processo de formação dos alunos onde a mesma não pode
permanecer alheia a sua contribuição para com a educação de seus filhos.

Já o enfoque terapêutico necessita de mais atenção e comprometimento de


todos os envolvidos na educação, o Psicopedagogo trabalha este enfoque com base
em diagnósticos no tratamento das dificuldades de aprendizagem, uma das maiores
conseqüências do não tratamento terapêutico será sem duvidas o fracasso escolar,
situação esta que tem afetado muitos estudantes em nossa sociedade, dai a
importância do trabalho coletivo entre Psicopedagogos, educadores, pais e alunos.
10

O psicopedagogo deve enfatizar a participação da família em suas atividades,


conhecendo melhor o perfil dos pais suas condições sócias e culturais.

Sendo que essa relação escola e família são fundamentais para o processo
de aprendizagem. E nos dois contextos a família juntamente com a escola tem o
papel de desenvolver a socialização e a afetividade, para o bem estar dos
indivíduos. É nesse ambiente familiar e escolar que o sujeito se prepara de acordo
com padrões culturais e sociais, predefinidos para atuar na sociedade.

“Por outro lado, em relações aos professores, aos pais e as mães, eles
aprendem a conhecer novas dimensões de seus filhos, não há duvidas de
que a escola representa uma ampliação importantíssima do meio ao qual a
criança interage. Adulto diferente, outros companheiros, espaços físicos e
objetos distintos e novos pontos de relação etc. a informação sobre como
está atuando na escola, com os outros adultos e com os companheiros
podem ensiná-los a ver a criança de uma forma diferente e pode ser que
aquele menino que em casa em um ‘anjinho’, na escola seja mais inquieto,
talvez a pequena tirada de casa, na escola seja mais solitária. Por isso é
importante a relação entre pais e professores, pois só assim os pais podem
ter informações sobre o comportamento de seus filhos na escola”
(BASSEDAS, 1999, p. 186)

Neste contexto a família deve ter consciência que a educação de seus filhos
depende da parceria que os pais têm com a escola, sendo que quando a criança
ingressa na escola por pequena que seja a mesma já adquiriu uma educação
informal, e cabe aos professores saber como é essa criança, qual a versão de
mundo que ela traz e como e seu relacionamento com as outras pessoas, enfim, são
informações importantes que só a família saberá transmitir aos educadores, essa
conversa serve para manter o primeiro contato.

Segundo Silva (2008) um dos pontos que faz a maior diferença nos
resultados da educação na escola e a proximidade dos pais no esforço diário dos
professores, mas até hoje em qualquer cidade brasileira são poucos os pais que
matem essa aproximação na escola para acompanhamento de seus filhos,
procurando contribuir para uma educação de qualidade.

Pois cabe aos pais estarem atentos a educação dos filhos, suas atitudes e
comportamentos, mesmo sendo esta uma tarefa difícil, a escola também precisa
fazer sua parte, estar atentar para os alunos, uma vez que sobre os mesmos vem o
reflexo da falta de parceria que é notada pelo comportamento, vocabulário, fugas e
mudanças de atitude.
11

Nesse contexto é importante e necessária a relação da família com a escola,


com a intervenção do Psicopedagogo que o torna relevante para que haja uma real
integração entre todos os envolvidos no processo de aprendizagem dos educandos,
sendo que escola e família se complementam quando o assunto é educação, por
isso devem acontecer conversas francas com professores, pais, Psicopedagogos e
equipe pedagógica em reuniões uma vez que os mesmos fazem parte dessa
educação conjunta, nesse encontro deve ser permitido que todos falem e opinem, e
busquem resolver quaisquer que seja o problema no momento.

Se a parceria entre família e escola se forma desde os primeiros passos da


criança todos terão muito a lucrar. A criança que estiver bem vai melhorara
e aquela que tive problema receberá ajuda tanto da escola quanto dos pais
para superá-los (TIBAS, 2008, p. 30).

A construção dessa parceria deve partir do Psicopedagogo juntamente com


toda equipe pedagógica, visando uma relação mais próxima dos pais na escola,
para que a família esteja preparada para ajudar os filhos a resolver os problemas,
cabe aos professores equipe pedagógica e Psicopedagogo por meio dessa relação,
sensibilizar os familiares para que os mesmos se sintam envolvidas nesse processo
de constante educação. E os educando precisam ser membros da escola e parte da
família, sabendo que a família é a base, mas que eles precisa se socializar com
outras instituições, das quais vai construir laços e afetos, sendo que é através
desses laços afetivos e dessas relações os indivíduos se completam como pessoas
humanas e cidadãos.

Neste contexto educacional que compreendem as diferentes práticas


escolares, tendo como principal objeto de estudo o aluno. É no educando que essas
práticas escolares se realizam de forma positiva ou negativa, mas, independente
como se dão essas práticas, todos têm como finalidade promover a aprendizagem
de qualidade para o aluno. Uma vez que essa aprendizagem vai influenciar o
comportamento do aluno por meio das suas experiências familiar e escolar. “Quando
a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança
aprende sem grandes conflitos e não quer jogar a escola contra os pais ou vice e
versa.” (TIBAS, 2008, p. 30).

Fica claro que quando a escola e família falam a mesma língua e tem
valores semelhantes e tem os mesmos objetivos a alcançar é mais fácil à trajetória
do sucesso, sendo que família e escola visam conduzir o educando ao futuro
12

prospero, com amizade e parceria sem colocar a culpa em alguém. Essa relação é o
principal ingrediente para o progresso, é nos dois contextos que se encontra um
modo de desenvolver o papel da sociabilidade do educando.

Já que família e escola influenciam no processo de aprendizagem, e ambas


constituem-se como diferenciais fundamentais, para a formação do educando, é
nessa articulação que a educação acontece de forma insubstituível. Sendo que
família e escola precisa entender como é necessária essa aproximação desses dois
contextos visando uma ação coletiva, já que ambos têm os mesmos ideais.

Existem diversas contribuições que tanto o Psicopedagogo e a escola


podem oferecer a família propiciando o desenvolvimento pleno dos alunos. Alguns
critérios devem ser considerados como prioridade para a família como selecionar a
escola baseada em critérios que lhe garantam confiança, deve existi dialogo com o
filho sobre o que está vivenciando na escola. Os pais devem cumprir as regras
estabelecidas pela escola de forma participativa e espontânea, os mesmos devem
deixar o filho resolver por si só determinados problemas que venham a surgir no
ambiente escolar, em especial na questão de socialização, sendo que o principal é a
participação constante da família na escola.

“A escola sozinha não é responsável pela formação da personalidade, mas


tem papel complementar ao da família. A criança passar a pertencer a uma
coletividade, que é sua turma sua classe.” (TIBAS, 2008, p. 29).

Se ambas tem o papel de se complementar as mesma devem valorizar o


contato dessa parceria, podendo se informar das dificuldades apresentada pelo seu
filho, bem como seu desempenho escolar e atitudes do dia-a-dia. Essa participação
efetiva dos pais no processo de aprendizagem facilita a prática pedagógica dos
educadores. Isso evidencia a responsabilidade que a escola tem em incentivar e
apoiar-se, na articulação família e escola. As duas instituições são responsáveis
pelo sujeito no contexto social, devendo torná-lo capaz de esclarecer o
conhecimento com autonomia e acompanhar as mudanças sociais e tecnológicas
que surgem no decorrer da caminhada.

Desse modo, dependendo das expectativas sociais, a família recebe apoio


de outras instituições sociais e assumi inúmeras funções como identificação, de
socialização, de transmissão de hábitos e atitudes, de conhecimento e atitudes,
necessários para participação na sociedade. Família e escola assumirão funções
13

diferentes, mas ambas tem que dar conhecimento ao filho e aluno com um ambiente
estável e de respeito mutuo.

6 OS CINFLITOS ENTRE FAMILIA E ESCOLA DEVIDO A DIFERÊNÇA DE


CLASSE

As famílias ainda vêem a escola com outros olhos, a mesma julga a melhor
escola aquela que oferecem mais serviços embora seja em quantidade, este
julgamento é devido os pais acharem que a escola pode resolver todos os
problemas de seus filhos. Não é de hoje que a família e a escola têm uma relação
complexa, que inclui valores cultura, conceitos, normas, e objetivos.

Mas na verdade isso muitas vezes é fruto da falta de uma participação em


parceria, onde cada um cumpre seu papel, com responsabilidade, sem esquecer
que é função das duas instituições fazer um trabalho que propicie discussão para
facilitar a convivência com os conflitos, na buscar de possível solução para amenizar
o reflexo que traz para a vida do educando.

“Entretanto, quando há conflito, os adolescentes tende a tirar


vantagens pessoais e as crianças acompanham quem mais lhes agrada.
Assim quando os pais não concordam com escola, é como ela resolver as
discordâncias e problemas.” (TIBAS, 2008, p, 30).

Quando existem conflitos a escola não consegue resolver todos os


problemas sozinhos sendo necessária a participação do Psicopedagogo para dar
suporte às muitas dificuldades enfrentadas pela escola, a família muitas vezes
observa de longe, mais não se sensibilizar, não vai à escola para participar, opinar, e
tentar buscar solução, e neste momento que o Psicopedagogo tem que atuar de
forma rápida na tentativa de reverter este posicionamento da família que quando
aparecem na escola é somente para reclamar quando os sues filhos estão com
baixo rendimento escolar. Visto que muitas vezes a família não se dá conta da sua
parcela de culpa, na produção dos problemas dos quais acontecem na escola, não
assume sua responsabilidade percebendo que o trabalho de solucionar o problema
deve ser realizado em conjunto com a escola.

Onde cada uma deve cumprir regras estabelecidas, sempre valorizando


esse contato, principalmente nas reuniões e entrega de resultados, onde cada um se
informa das dificuldades de seus filhos. Porem o caminho para resolver esses
conflitos é através do dialogo, com objetivo de estabelecer um projeto de educação,
14

orientado pelo Psicopedagogo e Equipe Pedagógica na busca da realização de um


estado satisfatório para instituições escolar e familiar.

(...) “ter a capacidade de dialogar, é essencial a convivência democrática.


De fato, viver em democracia significa explicitar e, se possível, resolver
conflitos por meio da palavra, da comunicação do dialogo, significa trocar
argumentos, negociar”. (PCN, 2001, P.81).

É importante que haja uma harmonia onde cada membro seja sensibilizado
de que todos juntos podem resolver melhor os conflitos, sendo que é por meio da
família e escola que a criança aprende aceitar as diferentes circunstâncias,
independente das normas educacionais que lhes são impostas, através da ideologia
de cada uma.

(...) atualmente, a Psicopedagogia trabalha com uma concepção de


aprendizagem segundo a qual participa desse processo um equipamento
biológico com disposições afetivas e intelectuais que interferem na forma da
relação do sujeito com o meio, sendo que essas disposições influenciam e
são influenciadas pelas condições socioculturais do sujeito e do seu meio.
(BOSSA, 2007p. 24).

Neste sentido o trabalho do Psicopedagogo esta voltado para orientação dos


problemas que surgem no processo educativo, em ação conjunta com educador que
necessita de seus conhecimentos e técnicas voltadas à prevenção e diagnostico das
dificuldades de aprendizagem, auxiliando também o educador, a saber, lidar com
esses problemas que afeta o desenvolvimento de seus educandos.

Diante do exposto percebe-se o quanto é importante que nas escolas tenha


profissional Psicopedagogo, o mesmo tem contribuições relevantes a para amenizar
os muitos problemas do contexto escolar que envolve pais, alunos educadores e
demais responsáveis pelo ensino e aprendizagem, este profissional tem
conhecimentos e capacidades técnicas para atuar no dia-a-dia das escolas
intervindo nos conflitos que envolvem a educação.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho acerca das Contribuições do Psicopedagogo na relação


família e escola se discuti as amenizações que o trabalho do psicopedagogo tem pra
os conflitos resultantes do não acompanhamento familiar dos pais na vida escolar de
seus filhos, assim o Psicopedagogo tem papel extremamente necessário nas
escolas, como facilitador do aprendizado, mesmo que sua atuação ainda não seja
como deveria, pois são poucas as escolas que conta com ajuda desse profissional
15

como grande aliado contra o fracasso escolar, ao não acompanhamento familiar


entre outros problemas que contribuem para o aumento das dificuldades de
aprendizagem dos educandos.

Nessa busca de alternativas, para obter uma educação de qualidade, faz se


necessário uma parceria entre escola e família, onde cada um deve cumpri seu
papel, para obter bons resultados na longa trajetória da educação do filho, aluno e
cidadão, nesse percurso é fundamental a atuação do psicopedagogo, uma vez que
seu trabalho é marcado pela busca de bons resultados.

Sendo que para isso ele usa várias alternativas e mecanismo com objetivo
de identificar os problemas de aprendizagem, pois com a descoberta, pode-se
buscar solução, para amenizar tais problemas que impedem que o aluno cresça e
obtenha êxito em seus estudos, muitas vezes o trabalho do Psicopedagogo não é
suficiente, sendo necessária a ajuda de profissionais da saúde.

Desta maneira o Psicopedagogo é um intermediário nas relações existentes


na escola, também nesse aspecto a equipe da escola junto ao Psicopedagogo deve
centralizar seus trabalhos, pois o Psicopedagogo deve impulsionar os educadores a
buscarem novas alternativas para reverter o fracasso escolar, uma vez que o
fracasso escolar deixa de ser centrado somente no aluno, passando a ser também
responsabilidade da instituição de ensino e da sociedade em geral.

O Psicopedagogo deve atua na pratica docente, na prevenção do problema,


preparando os professores para atender o aluno individual, intervindo junto aos pais
com a finalidade de coletar informação e se necessário, procurar ajuda psicológicas,
psicomotora, fonoaudióloga e etc.

Portanto o trabalho do psicopedagogo nas instituições é visto como um


trabalho de prevenção dos problemas que dificulta o processo ensino aprendizagem
e também terapêutico que identifica o problema analisa e elabora metodologias de
diagnósticos, com objetivo de amenizar a dificuldade existente através do tratamento
correto, com a colaboração tanto da equipe pedagógica como da família.

8 REFERÊNCIAS

ALESSANDRINI C. D. Oficina criativa e Psicopedagogia. 3. Ed. São Paulo: Casa


do Psicólogo, 1996. 125p.
16

ARANHA, Maria Lucia de Andrade. História da educação e da pedagogia: geral e


Brasil 3º Ed. Ver. Ampl- São Paulo: moderno: 2006
BASSEDAS, E, Huguit, T, Salé, Aprender e ensinar na educação infantil, Porto
Alegre RS: Artmed, 1999
BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil- Contribuições a partir da pratica.
Porto Alegre: Artes Medicas, 3 edição. 2007
BOTELHO Augusto, LDB, lei diretriz e base da educação nacional, brasileira,
DF, subsecretariam de edição técnica, 2003.
CURY, AUGUSTO Jorge, Pais brilhantes, professores fascinantes, Rio de
Janeiro: Sextante, 2003.
FAGALI, E.Q; VALE. Z.D.R. Psicologia Institucional aplicada: aprendizagem
escolar dinâmica e construção na sala de aula. 8. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
93p.
IÇAMI, Tibas, Quem ama, educa, volume 1, São Paulo: inlegrare editora, 2008.
MANSINI. E.F. S Formação profissional em psicopedagogia: embates e desafios
Psicopedagogia. São Paulo. V.10, n.72. P2148-259, 2006.
MEC, Brasil. Estatuto da criança e do adolescente/secretaria especial dos direitos
humanos; Ministério da Educação, ACS, 2005.
MIRANDA; M.1. Problema de aprendizagem e intervenção escolar. São Paulo:
Cortez, 2008.
PRADO, Dando. O que é família, 1ª. Ed. São Paulo: 1981 (coleção primeiros
passos).
SILVA, S. dos G. O. A relação família/escola, disponível em HTTP:// WWW. Artigo.
Com/artigos/humanos/educação/a relação- família/10 escola-30/2/artigo/> acesso
em: 22 de julho 2008.
Fontes de pesquisa:
Parâmetros curriculares nacionais: Apresentação dos temas transversais:
ética/ministério da educação. Secretaria da educação fundamental – 3. Ed.
Brasília: A secretaria, 2001.
Parâmetros curriculares nacionais: Pluralidade cultural: Orientação
sexual/ministério da educação fundamental – 3. Ed. Brasília: A secretaria, 2001.

Você também pode gostar