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Desenvolvimento Dos Conceitos de Etiologia:: Definição
Desenvolvimento Dos Conceitos de Etiologia:: Definição
A DTM não está relacionada apenas com a odontologia, mas o responsável pelo diagnóstico é o
:
clínico geral cirurgião dentista.
Sinais e sintomas: Dor, ruídos articulares, limitação (de movimento mandibular - 43mm
média de abertura normal e homem 50mm) ou distúrbios dos movimentos mandibulares.
OBS:Não tem como fazer diagnostico preciso, e sim uma hipótese diagnostico, trabalhando por
exclusão.
:
Identificou que pacientes com ausências dentárias e sobremordida exagerada apresentavam do-
res na articulação.
Teoria do Modelo multifatorial (final de 1970/inicio de 1980) (vários fatores podem ser
desencadeantes da DTM)
De acordo com cada teoria, existem diferentes fatores etiológicos primários que causam os sin-
:
tomas clássicos da DTM:
Dor articular e musculas;
Ruídos articulares (click e crepitação); pode determinar a fase da doença.
Limitação dos movimentos (dor, deslocamento do disco).
OBS: Antes de qualquer coisa, deve-se trabalhar o psicológico do paciente, caso contrário tudo
que for feito será incomodo (placa, protese...).
2. Teoria Neuromuscular (DTMs seriam reflexo de neuralgias, porém caiu por terra rápido pois
não existe neuralgia na ATM. Não teriam vários sinais se fosse neuralgia).
Teoria Muscular:
Relacionado aos músculos, onde a contração é muito forte e acaba gerando o deslocamento
:
excessivo do disco.
Tem-se uma hiperatividade muscular (ranger os dentes, falar muito, apertamento de mandíbu
la) podendo levar ao desenvolvimento de espasmos musculares e a dor muscular (mialgia).
OBS: O fato de ter bruxismo, não significa que vai desenvolver uma DTM.
Teoria Psicológica:
Se a pessoa apresenta algum distúrbio emocional (depressão, ansiedade, estresse...) pode desen-
:
volver hiperatividade muscular (parafunção, ou seja, uma função patológica) que ocasionam
alterações oclusais e dor.
Nem sempre que se existe um distúrbio emocional se desenvolve uma DTM, depende da capaci-
dade de tolerância do indivíduo.
OBS:Durante os anos 80, tornou-se evidente que a etiologia da DTM era multifatorial (poden-
do alterar várias estruturas do corpo, tanto no aspecto físico como emocional) e que nenhu-
ma das teorias propostas, poderiam isoladamente esclarecer o desenvolvimento dos proble-
mas.
Modelo Multifatorial
Existe uma grande variação de possíveis etiologias para pacientes diagnosticados igualmente
: e com os mesmo sintomas.
Sintomas subjetivos (dor) ou objetivos (desvios funcionais) nem sempre são resultados de
uma desordem específica, e nem podem refletir um estágio na evolução da DTM. - Wheele &
Dibbets, 1986.
Os fatores podem ser classificados em: (de acordo com Carlsson e Pertes)
Predisponentes
Aumentam o risco de aparecimento das DTM.
: É um fator preexistente;
Tem mais risco de desenvolver a DTM do que os pacientes que não tem esses fatores
:
predisponentes;
Ex: Ausências dentarias, hábitos habitos parafuncionais, restaurações altas
Perpetuadores
Interferem na cura ou aumentam a progressão das DTM.
: Dificultam o tratamento e consequentemente a cura;
Ex: muscular, articular, psicológico, habito parafuncional, aparelho ortodôntico.
:
Precipitantes (desencadeadores/iniciantes)
Fatores que ocasionam o início das DTM.
Deve ser detectado o específico de cada paciente, visto que existem vários fatores.
:
OBS: Dependendo do tipo de DTM os três grupos etiológicos podem se encaixar em um dos fato-
res (mudam de lugar dependendo do caso de cada paciente).
Ex: Se existe um fator oclusal envolvido e tem outro mais forte, o oclusal passa a ser o perpetu-
ante.
:
Precipitante - estresse psicológico
Perpetuador - bruxismo/apertamento
DTM depende muito da tolerância
fisiológica de cada um.
Predisponente - bruxismo/apertamento
Precipitante - microtrauma/restauração
Perpetuador - ansiedade/depressão
De acordo com Okeson, uma fórmula simplificada pode ser utilizada para compreender o sur-
gimento de sintomas de DTM.
OBS: Todo mundo tem um fator que pode gerar uma DTM. Função normal não significa que
funciona corretamente, mas o organismo trata com normalidade, porém pode ocorrer
um evento que pode causar um desequilíbrio e agravar essa condição, ultrapassan
do a tolerância fisiológica do indivíduo, causando então algum sintoma de DTM.
Fatores Etiológicos
Oclusão
OBS: Paciente cheio de DTM, a oclusão desse paciente é o menor dos problemas.
OBS: Alguns tipos de oclusão são mais suscetíveis a causar dor muscular (principalmente dos
m. mastigatórios). Ex: sobremordida acentuada.
Acredita-se hoje, que a oclusão não desempenha um papel primário no desenvolvimento das
:
DTMs, e sim um papel secundário, exacerbando sintomas da DTM provocada por outras causas.
- Pertes e Gross.
Parafunção
Parafunções como apertamento, bruxismo e morder objetos são consideradas fatores importan-
:
tes no desenvolvimento das DTMs.
:
Desgastes oclusais generalizados;
Desgastes oclusais em dentes específicos;
Dor muscular ou articular;
Sensibilidade muscular ou articular;
Dores de cabeça (cefaleia).
-
O trauma é um dos fatores etiológicos mais subestimados se tratando de DTM. Pode ser classi-
ficado em:
Microtrauma;
Macrotrauma. Ex: fratura mandibular.
OBS:Macrotraumas muitas vezes ocorrem por causa de esportes, competições, etc. E podem ge-
rar DTM. Ex: em momentos de esforço pode causar o apartamento da mandíbula.
Pacientes com estado geral de saúde pior que o normal são mais propensos ao desenvolvimento
:
de DTM. - Carlsson, 1975.
Pacientes com doenças que afetam as articulações (artrite reumatóide), têm maiores chances
de desenvolver DTM.
OBS: Cefaléia recorrente. Mais de 60% dos pacientes com dores de cabeça recorrente apresentam
DTM com sintomas musculares ou articulares. - Shokker, 1989.
A DTM pode provocar a dor de cabeça (muscular tensional dos músculos orofaciais) ou cefaleia
:
de origem neurologica que tras um estagio emocional ruim e pode desencadear a DTM.
Altos índices de atividade muscular (hiperatividade muscular) estão associados aos pacientes
:
com estresse e ansiedade, mesmo durante o sono.
OBS: Quando foi incluído esse fator, tudo mudou, visto que mesmo a pessoa não apre-
sentando bruxismo, apertamento, má oclusão etc, devido ao psicológicoe emocional, pode
desenvolver DTM.
De acordo com Okeson, estresse pode ser considerado uma energia que pode ser liberada/mani
:
festada pelas pessoas de duas formas:
Externa - gritar; brigar; exercícios.
Interna - irritabilidade; hipertensão; alterações cardíacas; asma; aumento da tonicidade
muscular da cabeça e pescoço.
Epidemiologia
: geralmente de um ano.
Segundo estudos, sinais e sintomas são geralmente comuns nas populações estudadas.
45% pelo menos um sintoma
58% pelo menos um sinal Sintoma = dor, subjetivo e abstrato.
Sinal = maloclusão, ruídos
OBS: Atualmente esses índices estão mais altos. articulares, sensibilidades musculares
na região orofacial, dor de cabeça.
OBS:Nem todo mundo precisa de tratamento de DTM. Se for incapacitante (limita a abertura
de boca, dói) precisa ser tratado, em outros casos não é necessário.
OBS:Um tratamento errado em um paciente com DTM (apenas uma plaquinha) pode trazer
consequências, visto que a doença pode evoluir e cronificar já que a DTM pode está associ
ada a fatores psicológicos e emocionais, neurológicos.
Considerações:
A maioria dos sinais reportados em estudos são sub-clínicos e não justificam a necessidade de
: tratamento;
Em geral, menos de 10% dos indivíduos com sintomas procurem tratamento;
Apenas 5% da população apresenta problemas considerados severos; (DTM que cronificou, apenas
: tratamento paliativo não resolve. Pacientes com complicações morfológicas, degenerativas);
Apesar de existirem sinais e sintomas em populações mais jovens, essas dificilmente se queixam
ou procuram tratamento. (Atualmente cada vez mais jovens procuram tratamento).
DTM relacionada ao sexo:
Forte prevalência para as mulheres;
:Relação à aspectos psicológicos e hormonais;
Em geral, mulheres procuram mais tratamento para seus problemas do que os homens;
: Jovens e crianças do sexo feminino que apresentam sinais e sintomas de DTM, permanecem ou
têm seus sintomas agravados com o tempo, ao contrário dos homens.
Fatores de risco:
Ser mulher entre 15 e 50 anos;
: Problemas sistêmicos;
Condições psicossociais (ex: estresse);
: Maloclusão;
Parafunção;
: Trauma
-
COMPREENDENDO O USO DO ASA
NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA
Função do articulador: leva as medidas crânio-faciais do paciente para a bancada do laboratório,
serve para ter melhor visibilidade e análise. Ex: ver pontos de contato, planejamento, etc.
Relembrando
Critérios para uma oclusão funcional:
Forças oclusais direcionadas para o longo eixo dos dentes;
: Contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos (MIH - máxima intercuspidação
habitual);
DVO adequada;
: Presença das guias de desoclusão. (Guia anterior, de lateralidade, posterior, guia canino,
função em grupo).
OBS: Funcional não significa ser o ideal. Todos sofrem interferências do meio desde que
nascem, e o corpo vai se adaptando, logo, se estiver funcional está fisiológico.
OBS: MIH muda conforme ocorre as interferências do meio. Toda vez que muda a MIH a RC
muda também.
Consequências:
Desgaste das estruturas dentárias;
: Fraturas radiculares e coronárias;
Reabsorções ósseas e radiculares;
: Colapso articular muscular (instabilidade muscular);
Mobilidade dentária;
: Necrose pulpar;
-
Agente agravante nas doenças periodontais.
OBS: Pode ocorrer um desvio mandibular (RC ≠ MIH) devido a açãode um trauma oclu-
sal (ex: contato prematuro).
OBS: O sistema nervoso central tende a “resolver o problema” causando um desvio da mandibu
la, logo RC não irá coincidir com a MIH, podendo desenvolver uma DTM dependendo da
tolerância fisiológica de cada pessoa.
:
posição mais anterior e superior da cavidade glenóide, fixados por ligamentos e músculos;
praticamente imutável, fisiológica, reproduzível, ponto de partida para exame de diagnóstico e
tratamento restaurador e de problemas oclusais, não dependendo de dentes e contatos
dentários...”
Em Rc:
Perda do padrão oclusal;
: Reabilitações orais extensas;
Alteração da dimensão vertical de oclusão;
: Oclusão patológica.
Em MIH:
Todas as situações onde o padrão oclusal é mantido sem patologias e não será modificado em
:
uma abordagem restauradora (não acarreta nenhum tipo de alteração oclusal). Ex: coroa,
restauração, etc.
A manutenção da DVO é importante para que o côndilo não comprima a ATM e os músculos
:
não fiquem contraídos e encurtados.
OBS:DVO é medida com o compasso de willis (da base nasal ao ponto no mento).
OBS:Paciente reabilitado com implantes e coroas fixas realizados de acordo com plano oclusal
existente . Esse tratamento está completamente errado, pode acarretar diversas alterações preju-
diciais para o paciente. Não reabilitou o paciente.
:
Considerado um reprogramador neuromuscular, é um dis-positivo confeccionado nos
incisivos centrais superiores e, utilizado na clínica odontológica com finalidade de desocluir os
dentes e consequentemente desprogramar o padrão de atividade neuromuscular evitando que
ocorram interferências oclusais e, assim, possibilitando a melhor manipulação da mandíbula
:
OBS: Manipulação manuel de dawson - paciente abre a boca e o dentista faz movimentos
trêmulos e leva a mandíbula para a posição de RC.
REGISTROS INTEROCLUSAIS
Montagem do modelo inferior em ASA
Pode montar em RC ou em MIH.
Montagem em RC ou MIH
:
normalidade. Ex: curvas oclusais destorcidas, extrusões dentárias, mal posicionamentos
dentários generalizados);
Alterações da dimensão vertical de oclusão;
Oclusão patológica (oclusão em que necessita tratar a disfunção).
:
Situações que monta em MIH:
Todas as situações onde o padrão oclusal é mantido sem patologias e não será modificado em
um abordagem restauradora.
OBS:Paciente com o plano oclusal inclinado, se for montado o modelo com mesa de camper, o
plano oclusal ficará reto. Só é possível levar esse plano oclusal do jeito que ele é para o articulador
através do arco-facial.
OBS:O que define ou não se precisará usar o arco-facial é a alteração de plano oclusal, onde o
arco-facial é mais preciso/personalizado.
Registros intermaxilares:
São artefatos que têm a função de registrar a relação entre mandíbula e maxila sem alteração
:
da dimensão vertical (DVO), para que os modelos possam ser montados no articulador.
Deve ser feito quando não tem estabilidade entre modelo inferior e superior.
Não deve alterar a dimensão vertical (DVO);
:
OBS:Os modelo por si só não estabilizam um contra o outro, a não ser que esteja em ORC
(quando a MIH e RC são iguais), mas é um situação que ocorre muito pouco.
Quando os modelos não tem um encaixe preciso, deve ser confeccionado um registro e utilizá-lo
para montagem no articulador.
Montagem em MIH:
Estabilidade entre os modelos (encaixe) - registro desnecessário;
: Instabilidade entre os modelos (não tem encaixe preciso) - registro necessário.
:
OBS:O JIG é um artefato que é feito para que os dentes posteriores desocluam e o côndilo se posi-
cione em relação cêntrica (RC) para que seja feito o registro e seja possível montar no articulador
em RC.
OBS:Paciente com apenas dentes anteriores na arcada inferior e todos os dentes na arcada
superior, deve-se montar os modelos em MIH.
RC X MIH
MIH RC
Quando o paciente está em RC a mandíbula vai para trás pois o côndilo vai para a posição mais
:
antero-superior dentro da fossa.
A RC é o melhor posicionamento condilar, mas pode não ser a ideal para o paciente.
OBS:As vezes um contato prematuro pode levar a mandíbula para a MIH e tira o côndilo da RC,
logo, ao retirar esse contato prematuro o paciente consegue ficar com a RC e MIH coincidindo.
:
pelos proprioceptores periodontais e pela memória muscular, reforçada pelo contato dentário. Os
impulsos nervosos permitem que a mandíbula abra e feche, rápida e repetidamente em uma
mesma posição.
Caso não seja possível fazer a manipulação Dawson, precisa-se fazer uma desprogramação da
musculatura (tem-se alguns caminhos para isso, como por exemplo o JIG).
2 . Fisiológico
-
Dispositivos que promovem a desprogramação proprioceptiva muscular pela desoclusão dos dentes
posteriores (deixar a musculatura mais relaxada).
Tiras de Long - Tiras posicionadas nos dentes anteriores. Colocar mais tiras ou menos para
aumentar ou diminuir a espessura, para que fique na espessura que seja suficiente para desocluir
a região posterior.
Front Plateau - Caiu em desuso pois era de uso continuo e acabava provocando a extrusão de
dentes posteriores.
4. Pedir ao paciente que de uma mordida leve para que faça uma marcação na resina;
5. Desgasta de forma que fique uma rampa lisa e a mandíbula não trave na entradinha;
6. Assim quando os dentes inferiores encostarem, escorregam para trás e assim a mandíbula
tende a se deslocar para uma posição de RC.
Os dentes devem estar desocluidos na região posterior (o mínimo possível). Dessa maneira já é
:
possível a desprogramação da musculatura.
OBS: A desprogramação dura de 15 a 20 minutos com o jig em boca, logo a paciente deve
relaxar em torno desses minutos com o jig em posição.
O Jig deve ter um toque no meio dele ou dois toques (um de cada incisivo central inferior).
Ideal é que as marcações com o carbono sejam o mais centralizadas possível.
Confecção do Registro Interoclusal
Corta a cera e pede para o paciente com o jig morder. Assim a posição ficará marcada na cera tor
:
nando possível levar para articulador.
Pode fazer o registro com silicone de adição. Dispersa o conteúdo do cartucho nas oclusais, pede
ao paciente que feche a boca e espera a polimerização.
Montagem no articulador
Jig geralmente aumenta a DVO de 2 a 3mm. O ideal é medir o quanto aumentou a DVO e
:
compensar a espessura do registro através do pino no articulador (aumentar a DVO no
articulador também).
Quando tirar o material do registro e voltar com o pino no zero, os dentes se encaixam e os 2mm
voltam e DVO é ajustada para a original.
Regulagem do ASA:
Ângulo da eminência = 30
Ângulo de bennet = 15
-
Tens - RC é obtida através de estímulo elétrico na musculatura da face (eletrodos posicionados
na musculatura rígida) promovendo o relaxamento dos músculos.
:
Montagem do modelo superior com o mesa de camper ou arco-facial;
Mesa de camper - vira o articulador de cabeça para baixo e estabiliza os modelos;
Arco-facial - deve fazer o garfo, depois o jig + registro e depois é possível montar o modelo.
OBS:O modelo superior não interfere na montagem RC ou MIH, quem define isso é a monta-
gem do inferior.
MIH RC
Garfo
Modelos montados
MOVIMENTOS MANDIBULARES
Mecânica/cinemática dos movimentos mandibulares
Relações maxilo-mandibulares
Estáticas:
Relação cêntrica (RC);
Máxima intercuspidação habitual (MIH);
Relação de oclusão cêntrica (ROC) - todos os dentes em MIH e o côndilo na posição mais antero-
superior;
Dimensão vertical - distância do ponto basal nasal até o mento, é mantido pelos dentes.
Movimento de Abertura
Translação (supra-disca)
Contração do m. pterigoideo lateral inferior (puxa o côndilo para frente);
iRelaxamento do m. pterigoideo lateral superior;
Fibras elásticas (Zona Bilaminar) mantém o disco sob tensão para impedir que durante a
rotação e translação o disco tenha o deslocamento para anterior (impede a rotação do disco sobre o
côndilo).
ATM
r
M. Pterigoideo Lateral Superior
Fibras elásticas -
M. Pterigoideo Lateral Inferior
Translação normal Disco desloca para anterior Estalido causado devido ao
e causa dor deslocamento do disco
Fatores que permitem que o disco articular acompanhe o côndilo durante os movimentos:
Na abertura:
Pressão interarticular (pressão entre a parede do côndilo e a cavidade);
: Morfologia do disco (ajuda no perfeito encaixe);
Fibras elásticas esticadas (se esticam controlando a intensidade/velocidade dos movimentos).
:Rotação (movimento da região infra-discal, disco não sai do lugar, apenas o côndilo)
Contração dos músculos depressores (m. supra-hióideos - ligam a mandíbula ao o. hióideo),
m. digástrico ventre anterior, m. pterigóideo lateral inferior);
Relaxamento dos músculos elevadores (m. temporal, m. masséter, m. pterigóideo medial, m.
:
pterigóideo lateral superior);
Ligamento (retrodiscal e temporomandibular) atinge comprimento máximo ao final do
movimento de rotação.
Côndilo gira em torno de um eixo;
: Ocorre entre a superfície superior do côndilo e a superfície inferior do disco articular.
Translação (supra-discal)
Contração dos músculos depressores e atuação maior do pterigóideo lateral inferior puxando o
:
côndilo para frente/anterior;
Relaxamento do m. pterigóideo lateral superior;
Fibras elásticas (ZB) mantém o disco sob tensão para impedir a sua rotação sobre o côndilo.
: Côndilo gira em torno de mais de um eixo;
Ocorre dentro da cavidade articular superior entre a superfície superior do disco articular e a
:
superfície inferior da fossa articular.
Horizontal
Movimento de abertura e fechamento;
Movimento de dobradiça;
: Movimento de rotação puro.
Vertical
Um côndilo move-se anteriormente para fora da posição terminal,
-
:
frente)
Sagital
Um côndilo se movimenta para baixo, enquanto o outro permanece
na posição terminal de rotação;
Não ocorre isoladamente (atua junto com os demais).
:
OBS: Mandíbula faz um movimento único que atinge os três eixos, não há movimento que fi-
que limitado a um dos três eixos, apenas na abertura pequena que há rotação um torno de um
eixo.
Movimentos Bordejantes
Mandíbula se move através dos limites externos máximos (ultrapasso os limites funcionais);
Movimentos limitados pelos ligamentos, pelas superfícies articulares das ATMs e também pela
:
morfologia e posicionamento dentário.
OBS: Se não tiver uma boa oclusão (mal posicionamento dentário, ausência de equilíbrio
dentário e mandibular, causará a sobrecarga de ligamentos, ATM e musculatura.
OBS: A má oclusão vem do mal posicionamento dos dentem quando em MIH e quando
sobrecarregam as demais estruturas (ligamentos, articulação e músculos).
Abertura máxima
Medir do overbite até a incisal do dente superior.
:
Protrusão
Contração simultânea dos m. pterigóideos laterais
inferiores esquerdo e direito (de maneira uniforme).
Mede da incisal até encostar na face vestibular do inferior
:
Protrusão total (movimento bordejante)
Mede da borda incisal do superior até a borda incisal do inferior e soma com a medida
feita na protusão normal (movimento intra-bordejante).
Movimento intra-bordejante (funcional)
Fenômeno de Christensen - Dentes centrais superiores e inferiores se tocam e os posteriores
desocleuem, gerando um espaço entre os dentes ao fazer o movimento de protrusão.
OBS:Movimento de bennet - movimento do côndilo para baixo, dentro (em direção a linha mé-
dia e para frente).
Ângulo de Bennet
-
Diferença entre a posição inicial do côndilo que transladou/caminhou ao limite máximo (em
direção a linha mediana).
Ângulo formado durante o movimento de bennet (gira em média 15˚).
:
Ângulo de Fischer
Medida da altura inicial do côndilo até a altura do côndilo depois de feito o movimento de bennet;
Ângulo extremamente variável (não há uma média).
: Formado durante o movimento de Bennet.
:
Para que serve entender a mecânica mandibular?
Abertura mandibular
Movimento de dobradiça em dois estágios:
Movimento de Envelope
Resultante da combinação dos movimentos mandibulares;
: Movimento tridimensional;
Movimento mandibulares visualizados nos três planos;
: Movimentos são feitos em conjunto, ocorrendo de maneira harmônica e simultânea.
e
Disco articular.
: Alzheimer; -
DTM.
-
Paralisias.
e
Para se ter uma oclusão funcional (funcione sem patolo-
gia), precisa-se ter um equilíbrio entre a capacidade adap
tativa (tolerância fisiológica) e a carga (fator etiológico),
a partir do momento que a carga seja maior que a tolerân
cia fisiológica é desenvolvida a DTM.
Fatores que contribuem para o esgotamento da resposta tecidual (capacidade adaptativa):
Idade (quanto mais jovem, mais capacidade de se adaptar a pessoa tem);
: Desequilíbrio hormonal (equilíbrio hormonal aumenta a tolerância fisiológica) ;
Estado nutricional;
: Variações anatômicas.
:
OBS:
Macrotrauma = queda, soco, etc.
Microtrauma = trauma oclusal (ex: interferência oclusal, traumas articulares)
Quando tem-se o desequilíbrio acaba comprometendo o sistema mastigatório e gera uma disfun
ção muscular e/ou disfunção articular).
:
adequada. Ex: deslocamento do disco articular interferindo no funcionamento da articulação.
Problema mecânico na articulação, podendo ser no disco, ligamentos, anatomia da articulação,
líquido sinovial, tecido que reveste a articulação, etc.
Disfunções Musculares
OBS: Paciente pode ter estalido, ruídos articulares e nem sempre precisam de tratamento pois não
sentem dor.
OBS:A dor é aguda é mais fácil de tratar do que a crônica. Por se uma dor local sabe-se onde a
causa está, porém se não for tratada bem a dor aguda pode evoluir para uma dor crônica, quando
isso ocorre se torna mais difícil de ser tratada, pois a causa da dor não é mais local, está ligada ao
sistema nervoso central.
Cocontração Protetora (provoca trismo)
Co-ativação dos músculos elevadores na abertura bucal, tendo a limitação de abertura bucal
:
(trismo) como resultado clínico;
Objetivo:
Limitar o movimento para proteger as estruturas frente a uma lesão (ou risco de lesão).
Limita o movimento para preservar a área afetada;
Reflexo de proteção - manter a boca em repouso para o organismo poder reparar a região.
:
1. Mialgia Local
Sensibilidade muscular local não-inflamatória;
É o tipo de dor muscular mais comum na odontologia;
: Resposta à uma cocontração protetora prolongada (Ex: trismo ao extrair o siso, onde a
musculatura fica trabalhando para conter o movimento, esse trabalho extra pode gerar uma
mialgia local);
Resposta inicial ao uso exagerado do musculo;
:
Uso não rotineiro, estresse, parafunção.
Características Clínicas:
Dor mínima em repouso;
Relato de fraqueza muscular;
: Função muscular provoca aumento da dor;
Músculo sensível à palpação.
:
História (que o paciente conta):
A dor começa algumas horas/dias após;
Evento associado a uma co-concentração protetora (ex: depois de não conseguir abrir a boca);
Uso não rotineiro do músculo (parafunção);
: Aumento do estresse emocional.
2. Miosite
Inflamação do musculo decorrente de trauma ou infecção;
:
Característica Clínicas:
Sinais de inflamação (dor, calor, rubor e edema);
Dor em repouso que aumenta com a função muscular;
: Sensibilidade muscular durante exame de palpação.
OBS:O tratamento é medicamentoso e, se não for tratado, evolui para uma miofibrose (hiper-
plasia do tecido conectivo intersticial que se transforma em tecido fibroso, ou seja, tecido mus-
cular se transforma em tecido fibroso podendo causar limitação de movimento definitivamente).
Características Clínicas:
Restrição de movimento com início súbito acompanhado de rigidez muscular (geralmente
:
associado à má oclusão súbita, de repente a oclusão fica ruim);
Dor em repouso;
Função muscular aumenta a dor;
: Músculo encontra-se contraído à palpação (mas geralmente sem dor à palpação).
OBS:
Pode gerar uma miosite e mialgia local (podem ocorrer simultaneamente).
: Muitas vezes a dor de cabeça pode ser de causa muscular.
Pode ocorrer em qualquer músculo do corpo.
: História: Paciente relata súbita restrição de movimentos mandibulares, usualmente
acompanhados por rigidez muscular.
:
que produzem dor referida (nódulo na musculatura que ao ser ativado/apertado o paciente sente
dor no local em que a dor foi deslocada. Nódulo = ponto de gatilho ou trigger point)
Dor referida (dor heterotópica) - Local ≠ Origem;
-
A dor é percebida em região de um nervo diferente (ou ramo diferente);
Muito comum na região de cabeça e pescoço;
No caso do trigêmio, a dor referida não costuma cruzar a linha média.
Nódulos musculares hipersensíveis a palpação:
: Ponto de gatilho/trigger point - gera a dor local e a dor referida;
OBS: Dor referida é a queixa mais comum (local da dor) e não os pontos de gatilho (origem da
dor/estrutura comprometida) - Confunde o diagnóstico.
OBS: Fáscia muscular - membrana do tecido conjuntivo que envolve os músculos. Podem
conduzir a dor.
Fatores de confundimento:
Musculatura cervical pode gerar dor referida na face;
: Somente um estímulo na origem aumenta o quadro de dor;
O tratamento deve ser direcionado para a origem da dor (fisioterapia). Algumas vezes pode
:
haver necessidade de anestesiar o nódulo para que seja possível manipula-lo e remove-lo.
Característica Clínicas:
Dor referida em repouso com o aumento da dor durante a função (mialgia);
As áreas de pontos de gatilho quando são provocados intensificam a dor referida.
: Uso de bloqueio anestésico do ponto de gatilho ajuda no diagnóstico da origem da dor
5. Fibromialgia
Comumente atinge a ATM mas não é uma DTM;
: Síndrome dolorosa idiopática, crônica e não articular, com pontos dolorosos generalizados pelo
corpo (pode acometer a ATM, mas não ela sozinha);
Disfunção musculoesquelética caracterizada por dor principalmente nos tendões musculares
:
próximos às articulações (pontos de sobrecarga);
Doença multifatorial (afeta todos os sistemas do organismo)
Distúrbios do sono;
Fadiga;
Dor de cabeça;
Rigidez muscular matinal;
Parestesia;
Ansiedade.
Diagnóstico clínico:
Sensibilidade é encontrada em 11 ou mais de 18 pontos;
: Origem da doença não está no Sistema Mastigatório (tratamento é médico);
Em 42% dos pacientes com fibromialgia, há envolvimento dos músculos mastigatórios;
: Dentista deve reconhecê-lo porque pode coexistir em paciente com DTM;
Colaborar na fibromialgia em manter o sistema mastigatório em funcionamento.
:
Caraterísticas Clínicas:
Dor muscular crônica disseminada pelo corpo;
Fadiga e fraqueza muscular generalizada;
: Distúrbio do sono, sedentarismo e depressão são achados comuns;
Se os músculos mastigatórios estiverem envolvidos:
Há restrição de movimento mandibular;
: Dor muscular em repouso que flutua (muda de lugar) com o tempo;
Função muscular aumenta a dor.
:
Etiologia:
Alteração da interpretação dos estímulos recebidos pelo cérebro e também pelos receptores cutâneos;
A etiologia não é clara, mas provavelmente alterações no SNC
:
Sistema inibidor descendente do SNC;
Eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal;
Sistema imune.
Fatores genéticos envolvidos;
Deficiência do hormônio de crescimento;
: Deficiência do sistema de opióides endógenos;
Trauma físico ou emocional;
: Sedentarismo.
Tratamento: Médico.
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
(DTM ARTICULAR)
Classificação da DTM articular:
:
Deslocamento do complexo côndilo-disco (côndilo e disco comprometidos)
Hipermobilidade;
Deslocamento complexo (luxação);
: Fraturas condilares.
Condições inflamatórias:
Capsulite (inflamação na capsula articular) e sinovite (inflamação na região do líquido
:
sinovial);
Retrodiscite (inflamação no ligamento retrodiscal).
OBS:Quando se fala de DTM muscular, o exame clínico, físico e anamnese já são o suficiente
para identificar uma série de problemas (músculos atingidos, se apresenta hiperatividade
muscular, fatores oclusais), quando é articular, geralmente é necessário um exame de imagem
para complementar o diagnóstico.
Disco
Deslocamento do Disco com Redução
Disco deslocado com o côndilo posicionado na posição normal dentro da cavidade articular (boca
:
fechada).
Ao realizar a abertura da boca, o côndilo caminha pela eminência e encontra o disco. Na hora
que começa a comprimir o côndilo com o disco deslocado, o côndilo se encaixa novamente com o
disco e ao fechar a boca o côndilo leva o disco que estava deslocado para a posição normal.
Recaptura do disco
Com o disco deslocado, quando abre a boca o côndilo passa pela banda posterior do disco, força e
:
acaba estalando a articulação (click único).
OBS:Não é sempre que se precisa tratar estalido. É considerado um deslocamento severo que
precisa de tratamento quando em cada 5 aberturas de boca, pelo menos 3 apresenta um estalido
com travamento (ou seja, tem que forçar para o côndilo passar da banda posterior do disco) e 3
vezes consecutivas, e geralmente quando há dor.
Click
C Único
Diagnóstico clínico:
História atual: estalido;
Desvio mandibular durante abertura (com retorno a linha média).
:
Deslocamento do Disco Sem Redução
Côndilo não consegue passar por cima da banda posterior do disco, paciente tenta abrir a boca,
força para abrir mas não consegue.
Travamento da abertura da boca;
: Ligamento fica estirado;
Abertura com deflexão (pois não teve uma recaptura do disco);
: Movimento de lateralidade mandibular fica afetada no lado oposto.
OBS: Abertura de boca normal varia de 45 a 55mm de amplitude. Quando o paciente não con-
segue abrir a boca mais de 30mm é considerado patológico e que exige tratamento.
Fechamento
OBS:Geralmente a mandíbula tem deflexão para o lado afetado. Pois o côndilo normal não
trava ao caminhar enquanto o outro, por apresentar um problema tem um impedimento.
OBS:Movimento de lateralidade fica afetado no lado oposto (lado de trabalho). Como o lado de
não trabalho está com deslocamento de disco sem redução, após fazer a rotação o côndilo não
consegue completar o movimento de lateralidade.
OBS:
No lado de trabalho o côndilo faz apenas rotação;
No lado de não trabalho o côndilo vai para baixo, para dentro (em direção a linha média) e para
frente (transrotação = rotação + translação).
OBS:Se for feito o movimento de lateralidade para o lado com problema, não haverá problema,
pois o côndilo do lado de não trabalho não está afetado e consegue fazer o movimento de
transrotação normalmente.
OBS:
Desvio - Movimento sinuoso, que tem retorno a linha média. Deslocamento do disco com redução.
Deflexão - Faz apenas o primeiro movimento do desvio, não volta a linha média.
Diagnóstico clínico
Luxação da ATM
Côndilo ultrapassa a tuberosidade;
: Não reduz espontaneamente (não consegue fechar a boca);
Dor intensa e espasmo do pterigoideo latera (entra em hiperatividade muscular, podendo
:
desencadear espasmos musculares);
Avaliar a frequência e severidade (depois de realizar a manobra e colocar o côndilo no lugar);
Instruir o paciente (diminuir a fala, não abrir a boca demais).
:
Tratamento: prescrever analgésico, anti-inflamatório, associação com um miorelaxante, laser
terapia, compressa quente, tens (corrente elétrica que ajuda no relaxamento muscular).
Manobra:
Primeiro deve-se acalmar o paciente, dizer que não é uma situação irreversível, não precisa de
cirurgia;
Para aliviar a dor e poder fazer a manobra de forma mais tranquila dando maior conforto ao
:
paciente, pode-se fazer um bloqueio anestésico.
M. masséter pode ficar rígido, por isso pode-se fazer uma anestesia extra oral no corpo do
masséter.
:
fora da boca). Com o objetivo de fazer um movimento circular, forçando com os polegares a man-
díbula para baixo e puxar com os indicadores frente, com isso as fibras elásticas
automaticamente puxam o côndilo para dentro (a menos que tenha comprometimento de
rompimento ou dilaceração do ligamento).
OBS: Quando acontece de um côndilo encaixar e o outro não, deve-se desencaixar novamente e
realizar o movimento de maneira uniforme (isso geralmente ocorre pois não foi feito o
movimento retilíneo).
Hipermobilidade
Não representa necessariamente uma condição patológica (geralmente é hereditária)
Apresentam os ligamentos de todo o corpo com alto grau de mobilidade, a musculatura tem um
:
excesso de fibras elásticas;
Quando pacientes com hipermobilidade apresentam luxação mandibular, muitas vezes o
próprio paciente consegue colocar a mandíbula no lugar (pois não sente dor).
O eixo médio do côndilo faz a translação além do pico do tubérculo articular;
: Não há sintomas como estalido, travamento, espasmo muscular ou dor.
Sinais clínicos
Fratura Unilateral: mordida aberta ipsilateral (lado afetado) e leve desvio da linha média na
direção do lado afetado.
OBS:Crepitação - arrasta osso contra osso, muitas vezes paciente relata que parece que tem
areia dentro do ouvido.
Doenças Degenerativas
Osteoartrose (cronificação da osteoartrite) - Alterações degenerativas (começa na fase crônica,
:
começa a ter desgaste e alterações morfológicas);
Osteoartrite - Condições inflamatórias.
:
Osteoartrose ou osteoartrite
Crepitação;
Geralmente unilateral;
: Dor constante e localizada (piora com a função) - maior no quadro inflamatório (osteoartrite);
Amplitude de movimento limitada com deflexão para o lado afetado.
:
Condições Inflamatórias
Desordens Inflamatórias
Capsulite (inflamação da cápsula articular. Geralmente após trauma na região);
Sinovite (inflamação do líquido sinovial. Comum após procedimentos que fazem a infiltração
:
de fármacos dentro da articulação);
Retrodiscite (inflamação devido a compressão da zona bilaminar, do ligamento retrodiscal,
muitas vezes por conta de trauma);
Anquilose de ATM
Imobilidade ou consolidação da articulação devido à doença inflamatória, trauma ou
:
procedimento cirúrgico;
Estruturas grudam, calcificam na cavidade articular por conta de alguma doença
inflamatória, trauma ou procedimento cirúrgico;
ATM fica muito tempo na mesma posição causando a anquilose;
: Pode se dar por proliferação de tecido fibroso ou de células ósseas (casos degenerativos podem
estar associados, muito comum ocorrer a nível sistêmico);
Sinais clínicos:
:
Amplitude de movimento limitado;
Deflexão para o lado afetado (ipsilateral);
Movimentos restritos para o lado contralateral (lado oposto).
OBS: Tratamento cirúrgico da ATM é muito invasiva, logo é preferível que seja feita em último
caso, pois pode surgir muitos problemas relacionados ao pós operatório de atm.
:
funções mastigatórias, dentes, próteses dentárias (condição das próteses), tratamento ortodônti
co, incluindo também perguntas sobre sua satisfação pessoal e motivação nos ambientes de
trabalho, social e familiar.
Exame Físico: Tem por objetivo detectar e avaliar todos os achados relevantes a dor do paciente.
Objetivos do exame:
Avaliação dos movimentos mandibulares (amplitude dos movimentos, protrusão máxima,
lateralização, abertura e fechamento );
Sensibilidade à palpação (ATM e músculos);
: Avaliação das ATMs (ruídos articulares).
OBS:DTM é uma doença de altos e baixos de uma maneira geral. Quando o paciente
está estressado tende a desenvolver uma dor muscular ou até articular.
OBS:Se não tiver desvio no padrão de abertura, deve-se marcar a opção "reto".
Movimento Mandibular
Lateralidade
É marcada a linha média com grafite;
: Mede da linha média dos incisivos superiores até o grafite;
Se a medida de cada lado não coincidir (variar mais que 1mm), pode desconfiar de uma limi-
:
tação de movimento.
Protrusão
Deve adicionar o overjet (vestibular do inferior até incisal do superior);
Overjet = 1mm
Protrusão = 5mm + 1mm (overjet) = 6mm
Palpação Articular
Palpação do polo lateral da articulação;
: Intra-auricular (palpar a região posterior da atm. Tecido retrodiscal, zona bilaminar).
Ruídos Articulares
Estalido - na maioria das vezes que estala, o disco articular está deslocado (o problema está no
:
disco articular);
Crepitação - na maiorias das vezes é uma doença degenerativa (paciente geralmente relata).
Para ver disco articular em exame de imagem, por ser um tecido mole (cartilagem) não aparece
:
na tomografia e nem radiografia, só é possível visualizar os tecidos moles da articulação através
de ressonância magnética.
OBS:Se quiser ver tecido ósseo, é possível verificar através de radiografia e tomografia.
Ex: Aplainamento do côndilo, cistos endocondrais, osteofitos é possível ver em exames como ra-
diografia e tomografia.
OBS: Padrão ouro de exame para ATM é a ressonância magnética. Porém, é um exame muito caro.
OBS:
Placa miorelaxante deve ser rígida, feita com resina acrílica em laboratório. Objetivo de
i
aumentar a DVO para o paciente ficar em DVR e conseguir relaxar.
Placa maleável, como a de clareamento, não funciona para bruxismo. Esse tipo de placa
resiliente, estimula ainda mais a ação muscular (efeito chiclete), paciente tem a tendência de
ficar mordiscando.
ANAMNESE E TRATAMENTO
ANAMNESE E EXAME CLÍNICO
i
principais queixas dores faciais, localizadas ou não e cefaléias, cuja origem é atribuída a
desequilíbrios oclusais, psíquicos e neuromusculares, combinados ou não.
Anamnese
As perguntas, além de ampliarem os elos na relação terapeuta-paciente, servem também para
situar outros problemas, ajudando no diagnóstico diferencial entre DTM e outras patologias,
como por exemplo, artrite reumatoide (osteoartrite - doença sistêmica), neuralgia pós-herpética
(dor em choque), assim como conhecer suas predisposições pessoais e hereditárias para
algum tipo de doença.
OBS:Paciente de DTM geralmente está altamente vulnerável, reativo, já passou por muitos
profissionais, descrentes, depressivos, ansiosos.
:
funções mastigatórias, dentes, próteses dentárias, tratamento ortodôntico, incluindo também
perguntas sobre sua satisfação pessoal e motivações nos ambientes de trabalho, social e
familiar.
Com relação ao sono: é importante indagar sobre a qualidade, tempo, posição em que dorme, se
range ou aperta os dentes, como se sente ao acordar (sente dor no músculo quando acorda?).
Com relação às funções mastigatórias: questionamento sobre o ato de comer, se sente dor ao
:
mastigar. Essas perguntas podem revelar hábitos parafuncionais pessoais, incluindo roer
unhas, morder objetos, mascar chiclete, assim como hábitos posturais.
História abrangente
O que influencia a dor;
Deficiência clínica associada;
: Alteração do estilo de vida;
Crença do paciente com relação as causas da dor e a razão da falha ou sucesso em tratamentos
:
anteriores.
História médica passada (neurologista, psiquiatra, fonoaudióloga, reumatologista);
Presença de doenças;
: Medicação em uso;
Tratamentos odontológicos recentes;
Modificação do comportamento social e pessoal.
Exame Físico
Tem por objetivo detectar e avaliar todos os achados relevantes a dor do paciente;
: Além da cavidade oral, maxila, mandíbula, músculos da mastigação e ATM, as estruturas da
cabeça e do pescoço também devem fazer parte da avaliação clínica abrangente.
Exame Clínico
Exames intra e extra-orais;
:Teste com paciente na cadeira, se necessário;
Exames radiográficos.
Extra-oral
Devem ser palpados:
i
Estruturas músculo-esqueléticas da cabeça e pescoço;
Linfonodos (submandibular, submentonianos, pré e pós-auricular anterior e posterior);
Glândulas salivares principais (parótida e submandibular).
Intra-oral
Avaliação da mucosa oral:
Língua;
Orofaringe;
Soalho bucal;
Lesões de tecido mole;
Dentes.
OBS:Lesões carcinogênicas podem levar a dor de cabeça e rigidez muscular. Se houver suspeita,
deve se encaminhar para o estomatologista.
Lábios
Se a morfologia impedir o vedamento labial, isto, fará com que a atividade muscular para
i
aproximação destes aumente.
Lábio inferior e superior finos, estirados e ocluídos com tensão, podendo se observar as linhas
faciais acentuadas e até contração do músculo mentoniano. Estas características são mais
encontradas em pessoas com apertamento de dentes e/ou dimensão vertical insuficiente.
Língua
Com relação à língua devemos
i
examinar a mobilidade, forma, postura, hipotonia da língua,
deglutição e condição postural alterada.
Palato Mole
O músculo tensor do palato é o único que atua na abertura da tuba de Eustáquio, e é
responsável pela ventilação do ouvido médio. A incoordenação nesse conjunto neuromuscular
poderá ser a origem dos sintomas auditivos na DTM.
No palato mole passa o músculo tensor do palato, quando é comprimido com a língua,
i
comprime a abertura da tuba de Eustáquio (onde passa o nervo auriculo temporal) e pode causar
uma série de alterações otológicas (perda auditiva, dor de ouvido, sensação de zumbido,
sensação de ouvido tapado);
Tal indagação é apenas uma hipótese, pois, ainda, não existem resultados conclusivos.
OBS: Paciente com perda de dimensão vertical pode ter a língua comprimindo o palato mole.
Bochechas
Verificar marcas na mucosa devido à mordidas em consequência da hipotonia de sua
i
musculatura e/ou sucção das bochechas durante o apertamento dental.
Maxilar/Mandíbula
Verificar a relação maxilo-mandibular e músculos adjacentes, por exemplo, se existe
assimetria entre os lados direito e esquerdo e atresia bilateral. Testar os movimentos
mandibulares e classificar a intensidade da dor (VAS).
i
exemplo, deslocamento anterior do disco articular sem redução, pois a abertura normal varia
entre 40 a 50mm.
Medir:
Abertura máxima ativa/passiva;
Lateralidade;
iProtrusão máxima;
Desvio de linha média.
Palpação
e
Deve-se demonstrar previamente a intensidade de força que será utilizada para a palpação, a
fim de que se possa demonstrar como será executado tal exame (grau 1, 2 e 3).
ATM - Para efeito de exame clínico, podemos tocas com as pontas dos dedos, bilateralmente, as
i
regiões das ATMs, sem pressionar, atentando para a presença ou não de ruído nos movimentos.
OBS:
Estalidos - comprometimentos do disco;
Crepitação - comprometimento do conjunto
côndilo-disco.
i
Palpar o músculo com os dedos indicador e polegar em forma de pinça intra e extra bucal.
Pede-se para o paciente cerrar os dentes enquanto os músculos são palpados de ambos os lados.
É com frequência sensível nos pacientes que sofrem diminuição de dimensão vertical de
oclusão ou sofrem de bruxismo. Os pontos gatilho ativos no masséter podem causar dor no
músculo propriamente dito e estrição de movimento.
OBS: Medicação garante o tempo que o clínico precisa para tirar o paciente do quadro agudo e
poder encaminhar para outro profissional dependendo do caso.
Estágios da dor
Aguda
i
Poucos dias de duração;
Associada à traumas e infecções;
Apresenta inflamação, trismo e limitação de movimentos;
Crônica
Associada à atrofia muscular, fibrose, imobilidade física, depressão e estresse emocional.
OBS: Deve saber em qual estágio o paciente está. Quando se trata uma dor aguda, é mais fácil,
pois geralmente começou a poucos dias e tem uma causa mais determinada, é possível
identificar melhor. Por outro lado, quando está em um estágio crônico, tem uma doença pré
instalada a algum tempo, onde o organismos vem tolerando e se adaptando mas chegou no
limite de tolerância.
OBS: Quando está no estágio crônico é pior tratar, pois o provavelmente a patologia está mais
agravada (Ex: desgaste das estruturas, deslocamento do disco sem redução, estrutura
muscular fibrosada).
Tratamento conservador
Dieta (redução de carga de esforço muscular e articular);
i Terapia oclusal reversível (placas oclusais lisas, placas de reposicionamento anterior);
e
Terapia oclusal irreversível (desgaste seletivos dos dentes, ortodontia, reabilitação protética) -
ainda é conservadora, pois só faz uma anatomização dos dentes, não entra em dentina;
Terapias de relaxamento (estresse);
i Termoterapia (calor e frio);
Fisioterapia (exercícios);
i Terapia farmacológica (prescrição de fármacos analgésicos, AINEs, relaxantes musculares,
ansiolíticos - principalmente usados na fase aguda da DTM).
OBS:Terapia cognitiva comportamental - "educar" o paciente, colocar ele consciente dos hábitos
que ele tem, atentar o paciente ao controle do fator/ hábito parafuncional e também tratar o
emocional até certa parte.
Tratamento Invasivo
I
Artrocentese (D.A.D. com e sem redução, limitação de abertura bucal de origem articular, dor
articular);
Artroscopia;
i Injeção (Hialuronato de sódio, corticoides) - pode fazer associada com artrocentese;
Artrotomia - cirurgia aberta (discopexia, discectomia);
i Condilectomia (anquilose);
Eminectomia (luxação recidivante);
i Cirurgia ortognática.
OBS:Tratamento invasivos (atua sem volta, mexe na estrutura de modo a desgastar dentes,
intervenção cirúrgica, infiltrações com medicamentos dentro da ATM) muitas vezes trazem
mais malefícios a longo prazo do que benefícios. A curto prazo, atua de maneira muito
satisfatória mas a longo prazo traz sequelas que podem ser pior do que o tratamento ou a
condição que o paciente estava anteriormente.
OBS:É importante testar os guias, verificar os pontos de contato para saber se não há
interferência oclusal e o
OBS:Quando faz a análise e o ajuste oclusal para DTM, deve ser observado se existe no
paciente contatos prematuros ou interferências oclusais que podem estar sacrificando a
articulação ou sobrecarregando musculatura, dente e osso de suporte que podem estar
desencadeando uma DTM.
OBS:Os distúrbios oclusais frequentemente são causados por migrações dentárias, restaurações
dentárias com contatos oclusais não fisiológicos ou ausentes e ausência de dentes (anteriores e/
ou posteriores, superiores e/ou inferiores, uni ou bilateral).
OBS:As forças oclusais devem ser direcionadas ao longo eixo do dente, caso haja forças oblíquas
em dentes posteriores (fora do longo eixo) é gerado um distúrbio oclusal.
Análise Oclusal
Análise estática (análise com a boca parada, observar se há contatos prematuros);
i Análise dinâmica (pede ao paciente que realize movimentos excursivos - protrusão e
lateralidade).
Análise Estática
Dentes ausentes;
i Dentes malposicionados (extrusão, giroversão, mesialização);
Dentes cariados (perda de contatos oclusais e proximais);
i Tórus (as vezes são tão grandes que podem afetar o posicionamento da língua, alinhamento
dentário, prejudicando a oclusão);
i
Linha média
Verificar se é coincidente ou tem discrepância de mm para o lado;
Contatos prematuros (vertentes, fossas, contactantes).
OBS:Possível detectar os contatos prematuros que foram tirando a mandíbula da posição ideal
de RC e levou para a posição de MIH buscando estabilidade mandibular diminuindo o esforço
muscular e preservando a ATM.
Contato Oclusal
Contato oclusal cêntrico - funcional/fisiológicos, contatos em fossa ou rebordos;
Contato oclusal prematuro - promove instabilidade aos côndilos, hiperatividade muscular e
estresse ao periodonto;
Contato oclusal deflectivo - aqueles contatos que escorregam.
Máxima Intercuspidação
i
Linha média (coincidente ou discrepância de mm para o lado);
Mordida aberta anterior (sim ou não);
Sobressaliência (overjet);
Sobremordida (overbite);
Classificação de Angle (lado direito e lado esquerdo);
Mordida cruzada posterior (sim ou não);
Contatos dentários (vertentes/fossas contactantes).
OBS:Paciente que apresenta overjet acentuado, tem mais desgaste nas estruturas da ATM. É
indicado tratamento ortodôntico na maioria dos casos.
OBS:Classificação de Angle
Classe I (normo oclusão - cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior direcionada ao
sulco intercuspídico ocluso vestibular do primeiro molar inferior);
Classe II (cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior direcionada para a anterior do
i
sulco intercuspídico ocluso vestibular do primeiro molar inferior);
Classe III (cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior direcionada para a posterior do
sulco intercuspídico ocluso vestibular do primeiro molar inferior - mandíbula projetada para
frente).
Interferência Oclusal
:
Contato oclusal não fisiológico entre superfícies oclusais antagonistas;
Dificulta ou impede os movimentos mandibulares excursivos (protrusão, trabalho e não
trabalho).
Ajuste Oclusal
Modificações nas superfícies dos dentes, restaurações ou próteses, através de desgaste seletivo
ou acréscimo de materiais restauradores, buscando harmonizar os aspectos funcionais
maxilomandibulares na oclusão em relação cêntrica e nos movimentos excêntricos.
:
Objetivos:
Estimulação uniforme ao periodonto;
Eliminar a oclusão traumática e os sinais e sintomas a ela associados;
:Estabelecer um padrão oclusal o mais próximo do ótimo, antes que sejam realizadas
reabilitações oclusais;
Reesculpir e retornar os dentes para a máxima eficiência mastigatória;
Aliviar os sinais e sintomas das desordens temporomandibulares, cuja origem seja nos
:
contatos oclusais traumáticos;
Auxiliar na estabilização de resultados ortodônticos e periodontais.
i
Contra-indicações do ajuste oclusal:
Algumas vezes antes de tratamento ortodôntico;
Previamente à correção cirúrgica ortognática;
i Não deve ser feito profilaticamente/preventiva;
Não deve ser realizado antes do diagnóstico ser precisamente estabelecido.
i
Ajuste oclusal por desgaste seletivo é realizado em 3 etapas:
Em relação cêntrica (abertura e fechamento);
Em lateralidade;
Em protrusão.
OBS:O local do desgaste se restringe a área demarcada pela fita marcadora (papel carbono);
OBS:Para o desgaste utiliza-se uma broca diamantada ou de aço tipo 12 laminadas em alta
rotação cuja forma melhor se adapte à face do dente a ser ajustada.
:
Interferência no lado de não trabalho (são mais danosas que as interferências no lado de traba-
lho);
Atuam como fulcro, criando uma alavanca que traciona o côndilo do lado não funcional para
baixo e para frente;
Ao fazer lateralidade, o côndilo do lado de não trabalho está desapoiado, logo, se tiver
:
interferência nesse lado, quem carregará toda a força da lateralidade é o dente que está
interferindo na guia (geralmente o dente acaba fraturando);
É intenso e brusco, traz graves consequências para o sistema estomatognático.
i
estabilização mandibular geram forças horizontais residuais, que por sua vez movimentam
dentes em busca da estabilidade;
Principalmente quando é observado que é necessário fazer muitos desgastes na superfície
oclusal, é preferível realizar o tratamento ortodôntico;
Indicado para uma oclusão instável que tem a necessidade de ser acertada;
i Tomar cuidado ao indicar esse tratamento, deve dizer exatamente ao ortodontistas;
O objetivo ao encaminhar para o tratamento ortodôntico é a estabilidade dentária que vai
i
fornecer a estabilidade mandibular;
OBS:Deixar claro ao paciente que o objetivo principal é a estabilidade, a estética deve ser uma
consequência.
Terapias Medicamentosas
i
para dores orofaciais agudas, musculo-esqueléticas (cefaléia, mialgia e artralgia) de brandas a
moderadas. Ex : Ácido Acetilsalicílico, Diclofenaco, Ibuprofeno, Nimesulida;
Nimesulida 200mg/1 ao dia, Ibuprofeno 600mg/8 em 8 horas de 5 a 7 dias, adivil 400mg,
paracetamol (toxicidade maior).
OBS:Só são utilizado os analgésicos opióides em casos extremamente crônicos, de dor intensa.
OBS:A prostaglandinas causam uma maior permeabilidade capilar e também tem o poder da
quimiotaxia, atraindo células como macrófagos especializadas na fagocitose de restos celulares
resultantes durante o processo inflamatório.
OBS:Relacionado ao tratamento da DTM mas não fala dos fatores oclusais relacionados a
patologia.
OBS:A DTM é multifatorial, pode estar se tratando os fatores oclusais apresentados, porém
outros fatores também precisam ser tratados.
OBS:Para o clínico geral é de suma importância aliviar a dor do paciente. Muitas vezes o
primeiro tratamento que é feito é bastante paliativo, ou seja, terapias medicamentosas para
diminuir a dor do paciente, muitas vezes são fisioterápicos (laser terapia, acupuntura).
Analgésicos Opióides
I
Indicado para dores moderadas e severas (dores incapacitantes);
Atuam à nível de Sistema Nervoso Central (bloqueiam os mediadores da inflamação e que
i
transmitem a dor);
Efeitos colaterais: dependência, tolerância, sedação, náuseas, constipação e depressão
respiratória.
Exemplo: Codeína, morfina, cloridrato de tramadol.
i
OBS:Uso da anestesia como tratamento imediato, atuando com as terapias alternativas e
associado a um analgésico de extrema potência para tirar o paciente imediatamente da crise
aguda (associação terapêutica, farmacológica e terapias alternativas).
Relaxantes Musculares
Musculatura facial comprometida (hipertrofia do m.masséter, dor de cabeça irradiada - dor na
musculatura temporal, cefaléia tensional - provocada por contração constante dos músculos,
cervicalgia - dor nos músculos posteriores do pescoço);
Indicado para dores agudas ou exacerbação da hiperatividade muscular;
i Devem ser considerados por períodos curtos de 1 a 2 semanas usando-se a dose mínima eficaz
(pois também serão comprometidos músculos importantes pelo uso do relaxante. Ex: bradicardia,
pressão baixa);
Devem fazer parte de um programa mais amplo, sendo complementado por fisioterapia ou
i
placas oclusais;
É um coadjuvante, não é removedor da causa.
OBS:As vezes é preciso que o paciente tome um relaxante muscular antes da consulta para que
seja possível movimentá-lo e fazer a confecção da placa oclusal.
i
importância de cada músculo na geração da dor. Atuam em pontos álgicos miofasciais
eliminando a dor reflexa;
No tratamento - os bloqueadores devem ser administrados principalmente para episódios
agudos proporcionando o alívio imediato ao paciente a fim de assegurar tempo necessário para
instruir terapias adicionais. Os bloqueadores podem ser repetidos em intervalos de 2 a 4
dias, aplicações com maior frequência podem causar toxicidade e fibrose muscular local
(devido a entrada da agulha sempre no mesmo local);
Indicações - mioespasmo agudo, pontos desencadeantes dolorosos palpáveis (pontos de gatilho)
i
e disfunção muscular relacionada ao deslocamento do côndilo.
Ansiolíticos
São classificados como drogas sedativo-hipnóticas, efeitos contra ansiedade, melhorar a
qualidade do sono, reduzindo os hábitos parafuncionais e relaxando a musculatura;
Indicação - sintomas miofasciais agudos, especialmente aqueles relacionados à ansiedade e
i
bruxismo noturno;
Não eliminam o estresse, mas sim alteram a percepção ou reação do paciente ao mesmo, sendo
portanto, uma terapia de suporte;
Mais utilizados: Benzodiazepínicos (Valium, Diazepan); Clonazepan (Rivotril); Cloridrato
i
de Buspirona (Ansitec, Bup); Cloridrato de Sertralina (Assert).
OBS:Nenhum fármaco deve ser considerado como um tratamento único, e sim um coadjuvante
no grupo de terapias indicadas, sempre com o acompanhamento contínuo do profissional.
i Ideias obsessivas;
Vontade de evitar as situações que causam ansiedade;
Hábitos compulsivos (roer unhas compulsivamente, morder bochecha, morder objetos, pernas
inquietas, alimentação);
Aumento de frequência cardíaca;
i Dores no peito;
Hiperventilação;
Espasmos musculares (espasmo na pálpebra é muito comum);
Fraqueza;
i Insônia;
Dificuldade de concentração.
i
Estresse X Ansiedade
Estresse - a causa do estresse é a presença de um "fator estressante";
Ansiedade - é o estresse que continua depois do fator estressante ter desaparecido.
Antidepressivos
Indicado para DTM Crônica: Dor facial atípica, DTM e dores de origem neurogênica
(neuralgias);
A prescrição deve ser realizada em uma decisão conjunta com profissionais capacitados
i
(psiquiatras e neurologistas).
Medicação Placebo
Substâncias que não possuem elementos farmacêuticos ativos (não atuam de fato na
doença), mas geralmente têm efeitos psicológicos sobre a condição tratada.