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CIBERCULTURA

PIERRE LÉVY
1999
Sobre o autor

* Natural da Tunísia, de família Judaica, fez mestrado


em História da Ciência e doutorado
em Sociologia e Ciência da Informação e da
Comunicação, na Universidade de Sorbonne, França.
* Desde 2002 trabalha como titular da cadeira de
pesquisa em inteligência coletiva
na Universidade de Ottawa, Canadá.
* Desde 1990 lidera uma série de investigações e
reflexões sobre as novas formas de acesso ao
conhecimento tornou possível através de instrumentos
digitais.
Sobre o livro
• O livro é dividido em três
partes, uma dedicada a
definições, outra a preposições e
uma última às críticas. O livro é
fruto de um relatório
encomendado pelo Conselho
Europeu sobre as implicações
culturais do desenvolvimento das
tecnologias digitais da
informação e da comunicação.
• A proposta do livro é pensar a
cibercultura.
Introdução – Dilúvios
* o crescimento do ciberespaço resulta de
movimento internacional de jovens ávidos para
experimentar, coletivamente, formas de
comunicação diferentes daquelas que as mídias
clássicas nos propõem;
* estamos vivendo a abertura de um novo espaço
de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as
potencialidades mais positivas deste espaço nos
planos econômico, político, cultural e humano;
* Metáfora do dilúvio.
As tecnologias têm impacto?

* A metáfora do impacto é inadequada.


* A técnica ou as técnicas?
* A tecnologia é determinante ou
condicionante?
* A aceleração da alteração das técnicas e a
inteligência coletiva.
* A inteligência coletiva, veneno e remédio da
cibercultura.
A infraestrutura técnica do virtual

* A emergência do ciberespaço:

* O tratamento
* A memória
* A transmissão
* As interfaces
* A programação
* Os programas

* Do computador ao ciberespaço.
O digital ou a virtualização da
informação

* O virtual.
* O digital

* Processamento automático, rápido, preciso, em larga escala

* Hiperdocumentos
* Multimídia ou unimídia?
* Simulações
* Escala dos mundos virtuais (realidade virtual. virtualidade
no sentido do dispositivo informacional e, virtualidade
informática);
§ O digital se refere a coisas que foram convertidas em formato
numérico para poder ser armazenada e transmitida
eletronicamente.
§ O virtual se refere a coisas que existem principalmente em um
ambiente eletrônico ou computacional, e que podem ser acessadas
através de dispositivos eletrônicos.
§ Enquanto o digital pode ser tangível ou não, o virtual é sempre uma
representação de algo que existe em um ambiente eletrônico.
A
interatividade
vista como
problema
Os diferentes tipos de interatividade
O ciberespaço ou a virtualização da
comunicação

Navegações na World Wide Web ou a caçada e a pilhagem.

* O que é ciberespaço?
* Acesso a distância e transferência de arquivos
* O correio eletrônico.
* As conferências eletrônicas.
* Da conferência eletrônica ao groupware.
* A comunicação através de mundos virtuais compartilhados.
* Navegações.
O universal sem totalidade, essência
da cibercultura

* A universalidade no plano técnico.


* A escrita e o universal totalizante.
* Mídias de massa e totalidade.
* Complexidade dos modos de totalização.
* A cibercultura ou o universal sem totalidade.
* O universal não é o planetário.
* Quanto mais universal, menos totalizável.
O movimento social da cibercultura

* Técnica e desejo coletivo: o exemplo do veículo


automotivo.
* A infraestrutura não é o dispositivo: o exemplo do
correio.
* Ciberespaço e movimento social.
* O programa da cibercultura: a interconexão.
* O programa da cibercultura: as comunidades virtuais.
* O programa da cibercultura: a inteligência coletiva.
* Um programa sem objetivo nem conteúdo.
O som da cibercultura

* As artes do virtual.
* A globalização da música.
* Música oral, escrita e gravada.
* A música tecno.
A arte da cibercultura

* A adequação entre as formas estéticas da


cibercultura e seus dispositivos tecno-
sociais.
* O universal sem totalidade: texto, música e
imagem.
* O autor em questão.
* O declínio da gravação.
A nova relação com o saber

* Educação e cibercultura.
* A articulação de numerosos pontos de vista.
* O segundo dilúvio e a inacessibilidade do todo.
* Quem sabe? A reencarnação do saber.
* A simulação, um modo de conhecimento próprio
da cibercultura.
* Da interconexão caótica à inteligência coletiva.
As mutações da educação e a economia
do saber

* A aprendizagem aberta e a distância.


* A aprendizagem coletiva e o novo papel dos
professores.
* Rumo a uma regulamentação pública da economia
do conhecimento.
* Super-fluxo e dissolução das separações.
* O reconhecimento das aquisições.
* As árvores de conhecimento, um instrumento
para a inteligência coletiva na educação e na
formação
O ciberespaço, a cidade e a democracia
eletrônica

* Cibercidades e democracia eletrônica.


* A analogia ou a cidade digital.
* A substituição.
* A assimilação, crítica das autoestradas da
informação.
* A articulação.
Conflitos de interesse e diversidade dos
pontos de vista

* Abertura do devir tecnológico.


* O ponto de vista dos comerciantes e o advento do
mercado absoluto.
* O ponto de vista das mídias: como fazer
sensacionalismo com a net?
* O ponto de vista dos Estados: controle dos fluxos
transfronteiriços, criptografia, defesa da indústria e
da cultura nacionais.
* O ponto de vista do “bem público”: a favor da
inteligência coletiva.
Crítica da substituição

* Substituição ou complexificação?
* Crescimentos paralelos das
telecomunicações e do transporte.
* Aumento dos universos de escolha: a
ascensão do virtual provoca a do atual.
* Novos planos de existência.
* Da perda.
Crítica da dominação

* Impotência dos atores “midiáticos”


* Devemos temer o domínio de uma nova
“classe virtual”?
* Dialética da utopia e dos negócios
Crítica da crítica

* Funções do pensamento crítico.


* Crítica do totalitarismo ou temor da
destotalização?
* A crítica era progressista. Estaria
tornando-se conservadora?
* Ambivalência da potência.
Respostas a algumas perguntas frequentes

* A cibercultura seria fonte de


exclusão?
* A diversidade das línguas e das
culturas encontra-se ameaçada
pelo ciberespaço?
* A cibercultura não é sinônimo
de caos e de confusão?
* A cibercultura encontra-se em
ruptura com os valores
fundadores da modernidade
(européia)?
“Não alimento nenhuma ilusão
quanto a um pretenso domínio
possível do progressos técnico, não
se trata tanto de denominar ou de
prever com exatidão, mas sim de
assumir coletivamente um certo
número de escolhas. De tornar
responsável todos juntos. O futuro
indeterminado que é o nosso neste
fim de século XX deve ser
enfrentado de olhos abertos”.

Pierre Levy (1993)


As Tecnologias da Inteligência, p. 196
AGRADECIMENTO PELOS
SLIDES
Loide Rosa Pereira
(in memoriam)
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos
Irineu da Costa. São Paulo : Editora 34, 1999.

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