Você está na página 1de 34

 Aula 01: INVESTIGAÇÃO DE SUBSOLO PARA FUNDAÇÕES

Professora: Ma. Giovanna Feitosa


2017.2
ESTRUTURA X FUNDAÇÃO

 Quando Projetamos ou quando pensamos em um


edifício ou uma construção qualquer, dificilmente
começamos a pensar pelo “começo”.
giovannafeitosa@gmail.com
CONCEPÇÃO DO PROJETO ESTRUTURAL

O cálculo das cargas é feito da cobertura para o


primeiro pavimento.
giovannafeitosa@gmail.com
DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Carregamento da estrutura versus capacidade


de suporte do subleito:

 Tipo de fundação;
 Forma da fundação;
giovannafeitosa@gmail.com

 Interação fundação-solo;
 Condição do elemento Geotécnico.
DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Carregamento da estrutura versus capacidade


de suporte do subleito.
giovannafeitosa@gmail.com
DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Carregamento da estrutura versus capacidade


de suporte do subleito.

 Tipo de fundação:
giovannafeitosa@gmail.com

Rasa Profunda
DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Carregamento da estrutura versus capacidade


de suporte do subleito.

 Forma da fundação:
giovannafeitosa@gmail.com

Circular Retangular Poligonal

Radicular Base Alargada


DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Carregamento da estrutura versus capacidade


de suporte do subleito.
 Interação fundação-solo:
giovannafeitosa@gmail.com

Quando uma carga proveniente de uma fundação é


aplicada ao solo, este deforma-se e a fundação
recalca.

Quanto maior a carga, maiores os recalques.


DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Carregamento da estrutura versus capacidade


de suporte do subleito.
 Interação fundação-solo:

Observando a figura, tem-se


duas curvas pressão-recalque.
giovannafeitosa@gmail.com

Uma delas apresenta uma bem


definida pressão de ruptura Pr,
que quando atingida, os
recalques tornam-se
incessantes.
É o que chamamos de ruptura
generalizada e corresponde
aos solos pouco compressíveis
(compactos ou rijos).
DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Carregamento da estrutura versus capacidade


de suporte do subleito.
 Interação fundação-solo:

A outra curva mostra que os


recalques continuam
giovannafeitosa@gmail.com

crescendo com o aumento das


pressões, mas não apresenta
uma pressão de ruptura
definida.
Chamamos de ruptura
localizada, e acontece,
potencialmente, em solos
muito compressíveis (fofos ou
moles).
DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Carregamento da estrutura versus capacidade


de suporte do subleito.
 Interação fundação-solo:
giovannafeitosa@gmail.com

Atingida a ruptura, o terreno


desloca-se arrastando consigo
a fundação.
O deslizamento ao longo da
superfície ABC é devido à
ocorrência de tensões de
cisalhamento maiores que a
resistência ao cisalhamento do
solo.
PERFIS DE SOLO

Conhecer a estratificação do solo é o primeiro


passo para determinar sua capacidade de suporte.
giovannafeitosa@gmail.com
ALGUNS ENSAIOS UTILIZADOS

SPT
VANE TEST
giovannafeitosa@gmail.com

SCPT
ALGUNS ENSAIOS UTILIZADOS

 SPT (Standard Penetration Test): O ensaio consiste na


cravação vertical no solo, de um cilindro amostrador
padrão - Barrilete, através de golpes de um martelo
com massa padronizada, solto em queda livre de
giovannafeitosa@gmail.com

uma altura de 75 cm. Após a realização de cada


ensaio, o amostrador é retirado do furo e a amostra é
coletada, para posterior classificação que
geralmente é feita pelo método tátil-visual.
Alguns Ensaios Utilizados

 SPT (Standard Penetration Test): tambem conhecido


como sondagem à percussão ou sondagem de
simples reconhecimento, é um processo de
exploração e reconhecimento do subsolo. São
giovannafeitosa@gmail.com

anotados os números de golpes necessários à


cravação do amostrador em três trechos
consecutivos de 15 cm sendo que o valor da
resistência à penetração (NSPT) consiste no número
de golpes aplicados na cravação dos 30 cm finais.
Alguns Ensaios Utilizados

 SCPT (Seismic Cone Penetration Test): Além de


medir a resistência de ponta e o atrito lateral, mede
parâmetros de deformabilidade através da
propagação de ondas no solo.
giovannafeitosa@gmail.com

 Consiste em três etapas: medida do tempo de


chegada da onda, determinação da velocidade da
onda para cada profundidade de ensaio e cálculo
do módulo de cisalhamento máximo.
Alguns Ensaios Utilizados

 SCPT (Seismic Cone Penetration Test):

 Utiliza uma ponteira cônica (60º de ângulo de


abertura) a uma velocidade constante de 20mm/s. A
secção transversal do cone apresenta uma área de
giovannafeitosa@gmail.com

10cm².
Alguns Ensaios Utilizados

 Vane Test (Ensaio de Palheta): consiste na cravação


estática de palheta de aço, com seção transversal
em formato de cruz, de dimensões padronizadas,
inserida até a posição desejada para a execução do
giovannafeitosa@gmail.com

teste. Uma vez posicionada, aplica-se torque à


ponteira por meio de unidade de medição, com
velocidade de 6°/minuto. O torque máximo permite a
obtenção do valor de resistência não drenada do
terreno, nas condições de solo natural indeformado.
O QUE É CAPACIDADE DE CARGA?

 Para uma determinada Sapata,


suficientemente resistente, a CAPACIDADE DE
giovannafeitosa@gmail.com

CARGA DO SISTEMA SAPATA-SOLO será a tensão


que provoca a ruptura do maciço de solo em
que a sapata está apoiada.
E COMO SABER QUAL A É A CAPACIDADE DE
CARGA DE UM SOLO?

Métodos Métodos
Empíricos Semi-Empíricos
giovannafeitosa@gmail.com

Métodos
Teóricos Métodos
Práticos
MÉTODOS TEÓRICOS

Poulos/
Davis Terzaghi
giovannafeitosa@gmail.com

Meyerhoff

 São métodos, normalmente, muito conservadores, com


base nas teorias desenvolvidas na Mecânica dos Solos.
MÉTODOS EMPÍRICOS

São considerados métodos empíricos aqueles pelos quais se


chega a uma pressão admissível com base na descrição do
terreno (classificação e compacidade ou consistência).
giovannafeitosa@gmail.com

Esses métodos apresentam-se usualmente sob a forma de


Tabelas de Pressões Admissíveis.
giovannafeitosa@gmail.com
MÉTODOS EMPÍRICOS
MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS

Décourt-
Quaresma Aoki-Veloso
giovannafeitosa@gmail.com

P. P. Velloso

 As propriedades dos materiais são estimadas com base em


correlações e são usadas em teorias da Mecânica dos Solos,
adaptadas para incluir a natureza empírica do método.
MÉTODOS PRÁTICOS – PROVA DE CARGA

CARGA
CONSTANTE
Prova de
Carga
giovannafeitosa@gmail.com

VELOCIDADE
CONSTANTE

 São os métodos mais confiáveis, sendo normalmente utilizados em


obras de médio e grande porte, regidos por Normas Técnicas
específicas.
COEFICIENTES DE SEGURANÇA

Sabendo que as características e parâmetros básicos


necessários ao dimensionamento vem das mais variadas
giovannafeitosa@gmail.com

fontes, é de grande importância a escolha do Coeficiente de


Segurança, ou, nesse caso mais evidenciado “Coeficiente de
Ignorância”.
COEFICIENTES DE SEGURANÇA
giovannafeitosa@gmail.com
giovannafeitosa@gmail.com

FIXANDO CONHECIMENTOS...
EDIFÍCIOS VIZINHOS

3
giovannafeitosa@gmail.com

4
GRANDEZA DAS CARGAS 6
7
8
9
8
10

CAPACIDADE DE CARGA DO SUBLEITO


estimativa da tensão Escolha do Coeficiente
admissível de Segurança

vantajosas economicamente quando a área total da


fundação < 50 a 70% da área construída
giovannafeitosa@gmail.com

PARE - aterros mal compactados


- argila mole à pequena profundidade
- areia fofa
- NA elevado
EXEMPLO 1

 300 kN SPT COTA


0.00

Aterro SOLUÇÕES
7 -1.00

 FUNDAÇÃO DIRETA
8

8
sadm= 160 kN/m2
Argila siltosa média
7 S = 300/160 = 1.9 m2 (1.4 x 1.4 m)

9
 BROCA
giovannafeitosa@gmail.com

16 -6.00
3  30 cm (p/ 100 kN)

25
 STRAUSS
NA
26 -8.00
Argila rija
1 ou 2  25 cm (p/ 200 kN)
28

 ESTACA PRÉ-MOLDADA
35 -10.00 DE CONCRETO
não recomendada (carga pequena)
34

Silte arenoso compacto


35

38 -13.00
EXEMPLO 2

SPT COTA
0.00

1
SOLUÇÕES NA
3 -2.00

 FUNDAÇÃO SUPERFICIAL Areia fina, pouco argilosa fofa 2


a medianamente compacta
- inviável: (N < 4) e (nível d'água 3
elevado)

 ESTACA STRAUSS 2
giovannafeitosa@gmail.com

- inviável: nível d'água elevado 7 -6.00

15
 ESTACA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO

2  25 cm (2 X 300 kN) 18

20
 ESTACA FRANKI
Silte arenoso medianamente compacto
- não recomendada (limite inferior de carga: 21 -10.00
800 kN)
22

18

20
EXEMPLO 3
edifício com
14 andares

SPT COTA
0.00 SOLUÇÕES
4
NA
-2.00  FUNDAÇÃO SUPERFICIAL
6

- carga total por m2


6 12 kN/m2 x 14 andares = 168 kN/m2
giovannafeitosa@gmail.com

Argila siltosa plástica, média - tensão admissível


5 adm = 100 kN/m2
- Conclusão  inviável tecnicamente (área da
6
fundação
maior do que a área construída)
5
 ESTACA PRÉ-MOLDADA OU FRANKI

6 -7.00
Inviáveis pela vibração nos vizinhos

13  SOLUÇÕES
Areia grossa compacta
1) estaca metálica I 10 (4 5/8) ou I 12 (5 1/4)
14 -9.00 2) tubulão a ar comprimido até a rocha
3) estaca escavada até a rocha
Rocha sã 4) estaca hélice até a rocha
CONTINUA...
giovannafeitosa@gmail.com

giovanna.lima@unifavip.edu.br ou giovannafeitosa@gmail.com

Você também pode gostar