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FACULDADE DE DIREITO
Monografia:
Sentença e Coisa Julgada
Goiânia
2023
Isabela Arantes Mota
Monografia:
Sentença e Coisa Julgada
Goiânia
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
2 SENTENÇA 1
2.1 Definição 1
2.2 Sentença Terminativa 2
2.2.1 Indeferimento inicial 4
2.2.2 Ausência de pressupostos processuais 5
2.2.3 Perempção 5
2.2.4 Perda do Objeto 5
2.2.5 Desistência da ação 6
2.2.6 Intransmissibilidade da ação 7
2.2.7 Abandono da causa 7
2.2.8 Litispendência e coisa julgada 8
2.2.9 Condições da ação 8
2.2.10 Convenção de arbitragem 9
2.2.11 Confusão entre autor e réu 10
2.3 Saneamento do processo quando o defeito for suprível 10
2.4 Juízo de retratação 11
2.5 Extinção do processo com resolução de mérito 11
2.5.1 Acolhimento ou rejeição do pedido 12
2.5.2 A prescrição e os diversos tipos de ação 12
2.5.3 Reconhecimento da procedência do pedido pelo réu 13
2.6 Sentença definitiva 13
2.7 Sentença terminativa 14
3. ESTRUTURA DA SENTENÇA 14
3.1 Conteúdo da sentença 14
3.2 Relatório 15
3.3 Motivação 15
3.4 Dispositivo da sentença 16
3.5 Sentença condenatória ilíquida 16
3.6 Publicação, interpretação, correção e nulidade 17
3.6.1 Publicação e intimação 17
3.6.2 Correção 18
3.6.3 Nulidade 18
3.6.4 Interpretação 19
3.7 Classificação das sentenças 20
3.7.1 Sentenças declaratórias 20
3.7.2 Sentenças condenatórias 20
3.7.3 Sentenças constitutivas 21
3.7.4 Momento de eficácia e multiplicidade de efeitos da sentença 21
3.8 Efeitos da sentença 22
3.8.1 Conceito 22
3.8.2 Classificação quanto aos efeitos 22
3.8.3 Duplo grau de jurisdição 23
3.8.4 Julgamento e exclusão da remessa necessária 24
4 COISA JULGADA 26
4.1 Conceito 26
4.2 Total e Parcial 26
4.3 Formal e Material 27
4.4 Preclusão 28
4.5 Limites da coisa julgada 29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 29
REFERÊNCIAS 30
1
1 INTRODUÇÃO
2. SENTENÇA
2.1 Definição
A rejeição da petição inicial ocorre nos casos do artigo 330 do Novo Código
de Processo Civil, como mencionado anteriormente (número 564).
É fundamental notar que a aprovação da petição inicial é uma decisão
simples e não gera um impedimento definitivo. Mesmo após a defesa ser
apresentada, o juiz pode revisar a situação. Se a petição inicial for inadequada, o
juiz pode encerrar o processo.
O abandono da causa ocorre quando as partes não cumprem suas
obrigações processuais, levando à interrupção do processo e presumindo
4
O processo é uma relação jurídica que exige requisitos para sua validade,
divididos em subjetivos (envolvendo juiz e partes) e objetivos (relativos à
regularidade dos atos processuais). Requisitos subjetivos incluem competência do
juiz, capacidade legal das partes e representação por advogado. Requisitos
objetivos envolvem a forma do procedimento e a ausência de impedimentos.
A falta de requisito pode levar ao indeferimento da petição inicial, podendo
ser analisada durante o processo, desde a fase de saneamento até o julgamento
final. Pressupostos processuais garantem a legitimidade da jurisdição e podem ser
revisados em qualquer momento, antes de uma decisão final.
Além dos requisitos iniciais, eventos posteriores podem levar à ausência de
requisito de continuidade. Por exemplo, a perda de capacidade de uma parte ou falta
de substituição de advogado pode resultar na extinção do processo, assim como a
renúncia de mandato do advogado do autor sem substituição adequada.
5
2.2.3 Perempção
mérito e não impede o autor de reabrir a mesma ação no futuro. A coisa julgada não
se aplica nesse cenário. A desistência é unilateral antes da resposta do réu, mas
após essa fase, se o réu respondeu, requer o consentimento dele. Contudo, a
recusa do réu deve ser justificada de maneira razoável para evitar o uso indevido do
direito processual.
Assim como o autor não pode iniciar um processo sem interesse em buscar
justiça, o réu também não pode insistir no processo após a desistência do autor, a
menos que tenha interesse no mérito. Se o prazo de defesa expirou e o réu
permanece inerte (revel), o consentimento dele para a desistência do autor não é
necessário, especialmente se o réu não está representado.
Se o autor pode abandonar a causa de forma tácita e unilateral, levando à
extinção do processo, o réu revel também pode expressamente desistir da ação,
sem ouvir o réu, que demonstrou pouco interesse no caso.
A desistência da ação é limitada até a sentença; não é possível durante
apelações ou recursos posteriores. Se o autor estiver em fase de recurso, pode
desistir do recurso, mas não da ação, evitando anulação da decisão de mérito. A
desistência, seja unilateral ou bilateral, é efetiva após homologação por sentença.
Isso ocorre porque o juiz não pode ser alheio ao encerramento do processo,
envolvendo os atos jurisdicionais da desistência e homologação.
litigantes demonstrarem total desinteresse pela causa é que o juiz pode decretar a
extinção do processo sem julgamento de mérito.
O processo envolve uma relação jurídica entre autor, juiz e réu. Se as duas
partes se fundem em uma única pessoa devido a sucessão, um dos sujeitos da
relação processual desaparece, levando à extinção da própria relação processual.
Além disso, o processo requer a existência de litígio, um conflito de interesses entre
as partes a ser resolvido. Se as partes não existem mais como entidades distintas
(mas apenas como um único interessado), a lide também desaparece, tornando a
relação processual sem justificativa. As condições da ação devem ser mantidas até
o julgamento do mérito da causa - se a fusão elimina o interesse de agir, a
consequência é a extinção do processo sem resolução de mérito.
Isso pode ocorrer em situações de disputa entre descendentes e
ascendentes, onde a morte de um dos litigantes faz com que o outro seja o único
sucessor com direito à questão litigiosa.
O CPC de 1973 tratava explicitamente a confusão como motivo de extinção
do processo sem resolução de mérito (art. 267, X). O NCPC não repetiu esse
dispositivo, provavelmente por considerar que a confusão resulta na perda do
interesse processual, o que está implicitamente contemplado na causa extintiva do
art. 485, inciso VI.
11
A decisão que põe fim ao processo sem resolver o mérito pode ser
contestada por meio de recurso de apelação (conforme o artigo 1.009 do NCPC).
Nesse cenário, de acordo com o parágrafo 7º do artigo 485, o juiz terá um prazo de
cinco dias para reconsiderar sua decisão. Se ele optar por não reconsiderar, deverá
encaminhar os autos ao tribunal competente, que será responsável por julgar o
recurso, sem emitir opinião sobre a admissibilidade do recurso em si (conforme
estabelecido no artigo 1.010, parágrafo 3º).
3. ESTRUTURA DA SENTENÇA
3.2 Relatório
3.3. Motivação
16
processual, mas uma vez publicada, ela se torna pública e seu teor se fixa de forma
irretratável.
No caso de recursos, o juiz de primeiro grau processa e intima as partes,
podendo retratar sua decisão em situações específicas. Em sentenças
condenatórias, o juiz também é responsável por iniciar a execução forçada para o
cumprimento da decisão.
Portanto, a publicação da sentença é crucial para que a prestação
jurisdicional seja tornada pública e sua substância se torne irretratável, enquanto o
juiz continua a desempenhar funções processuais posteriores, incluindo recursos e
execução forçada.
3.6.2 Correção
3.6.3 Nulidade
19
3.6.4 Interpretação
3.8.1 Conceito
Nos casos em que o novo Código suprimiu a remessa necessária (arts. 496,
§§ 3º e 4º), se o processo chegar à segunda instância durante a vigência da nova
lei, o tribunal não deve considerar o reexame ex officio, conforme o princípio de
direito intertemporal mencionado por Galeno Lacerda. Os autos serão simplesmente
devolvidos ao juízo de origem, a menos que haja um recurso voluntário a ser
julgado.
4 COISA JULGADA
4.1 Conceito
O Novo Código definiu a coisa julgada material como a autoridade que torna
imutável e indiscutível a decisão de mérito, não sujeita a recurso. Além disso, existe
a coisa julgada formal, que impede o juiz de reapreciar questões já decididas no
mesmo processo. A coisa julgada formal decorre da imutabilidade da sentença no
processo em que foi proferida devido à falta de recursos ou ao término do prazo
para recorrer.
4.4 Preclusão
De acordo com o artigo 503 do NCPC, uma decisão que julgue total ou
parcialmente o mérito tem força de lei nos limites das questões principais
explicitamente decididas. O processo é um meio usado pelo Estado para resolver
litígios, aplicando o direito objetivo a uma situação contenciosa.
A lide ou litígio é o conflito de interesses a ser resolvido no processo. As
partes em disputa apresentam razões para justificar suas posições, gerando
questões controversas relacionadas aos fatos e às regras jurídicas discutidas entre
elas. Pode existir lide sem questões e questões sem lide. Exemplos incluem casos
de resistência sem justificação e questões teóricas.
Quando uma lide possui uma ou mais questões, é chamada de controvérsia.
Uma lide pode ser levada ao tribunal por todas ou apenas algumas de suas
questões. Não há impedimento para que soluções para algumas questões sejam
dadas em decisões separadas. Uma sentença pode tratar de diferentes questões
envolvidas em uma lide.
30
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 60. ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2019. 1 v.