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SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REVERENDO ASHBEL


GREEN SIMONTON – STPS
DEPARTAMENTO DE CULTURA GERAL

Fichamento da Leitura do livro: “Iniciação a História da Filosofia: Dos pré-


socráticos a Wittgenstein” do prof. Danilo Marcondes, Parte III, cap. IV “A
tradição racionalista pós cartesiana”

Discente: Cássio Vandré Ramos de Souza.


Disciplina: História da Filosofia.
Docente: Reverendo Eduardo da Silva Machado.

Duque de Caxias,
Setembro/2023

1
1.
Pode-se considerar o pensamento de Descartes como influenciando de forma marcante o
racionalismo moderno,1 se caracterizarmos esta posição filosófica como enfatizando a
centralidade da razão humana no processo de conhecimento “Iniciação a História da
Filosofia: Dos pré-socráticos a Wittgenstein” do prof. Danilo Marcondes, Parte III, cap.
IV “A tradição racionalista pós cartesiana”. p.192.
As reflexões de Descartes foram influenciadoras do chamado método cartesiano de
pensamento, o qual se assemelha a investigação do pensamento, conforme faziam os céticos.
Na verdade o próprio Descartes, utiliza em sua metodologia o formato cético de suspender o
juízo de tudo e ter na própria razão, no pensamento uma alavanca para fundamentar a
realidade.

2.
O séc. XVII é também o período da famosa controvérsia entre os antigos e os modernos (ver
III. l.A), um dos momentos mais significativos de ruptura explícita com a tradição clássica
antiga. “Iniciação a História da Filosofia: Dos pré-socráticos a Wittgenstein” do prof.
Danilo Marcondes, Parte III, cap. IV “A tradição racionalista pós cartesiana”. p.193.
Importante registrar essa controvérsia, pois ao que parece, fica mais latente o desprezo do
antigo pelo novo. Tendo na ciência e na epistemologia na base para o conhecimento,
rejeitando de vez a metafísica. Uma espécie de ceticismo mecanicista surge, onde a lógica
matemática é um fim em si mesmo.

3.
Pascal não é assim um místico irracionalista, mas aproxima-se de certa forma do ceticismo
fideísta ao apontar os limites da razão, que só podem ser superados pela fé autêntica, e pela
experiência religiosa do indivíduo. “Iniciação a História da Filosofia: Dos pré-socráticos
a Wittgenstein” do prof. Danilo Marcondes, Parte III, cap. IV “A tradição racionalista
pós cartesiana”. p.193-194.
Blaise Pascal entendia que o homem, mesmo sendo uma das criaturas mais fracas tinha um
diferencial que o tornava a maior de todas as criaturas: sua capacidade de pensar e
consequentemente relacionar-se de forma inteligível com Deus. Sua estrutura apologética era
um pouco fraca, pois defendia a ideia de uma aposta, algo tipo: Se crer em Deus seria a opção
mais inteligente, as pessoas, mesmo não entendendo, deveriam se esforçar para acreditar.
Como se fosse algo da lógica e não da revelação.

4.
Spinoza, ao contrário, parece identificar a substância pensante e a substância extensa (Ética,
II, esc. 7) como formando uma unidade. Este princípio tornaria possível interpretar a verdade
de uma ideia não através de sua correspondência com uma realidade externa
independentemente determinada, mas sim como coerência com a racionalidade do sistema a
que pertence. “Iniciação a História da Filosofia: Dos pré-socráticos a Wittgenstein” do
prof. Danilo Marcondes, Parte III, cap. IV “A tradição racionalista pós cartesiana”.
p.194-197.
Precursor do chamado Teísmo, pensamento em que Deus não é pessoal e nem transcendente,
mas apenas uma resposta metafísica. Seria sobre esse tipo de pensamento que Pascal se

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defendia? Pois, conta-se a história de que Pascal bordava em suas roupas: “Não ao Deus dos
filósofos, mas o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Spinoza inicialmente próximo ao
racionalismo cartesiano, se desprende e desenvolve uma teoria do “ser” muito parecido com
Deus sendo a substância primeva de Plotino. Em sua ética, Spinoza define que algo para ser
bom, deve ser algo útil. E se aproxima dos estoicos ao formular que a liberdade do homem
está em aceitar o que lhe for dado, bom ou mal, de bom grado.

5.
“O pensamento não pode existir sem a linguagem. Sem um signo ou outro. Basta nos
interrogarmos se podemos fazer algum cálculo aritmético sem usar um signo numérico.
Quando Deus calcula e exerce seu pensamento, o mundo é criado.” “Iniciação a História
da Filosofia: Dos pré-socráticos a Wittgenstein” do prof. Danilo Marcondes, Parte III,
cap. IV “A tradição racionalista pós cartesiana”. p.197-199.
Em Leibniz, aflora ainda mais o pensamento moderno de ter a ciência como base do
conhecimento, mas não como os empiristas que acreditavam na experiência pessoal como
referência, nem como o método cartesiano de Descartes, para Leibniz, a linguagem é a chave-
mestra para esse conhecimento e ele em si é unificador. O filósofo compreendia que existia
uma linguagem universal acessada por todos independentemente do idioma.

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