Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A CONCORRÊNCIA DESLEAL
RESUMO
Mercado e concorrência são fenômenos econômicos, e não jurídicos. Contudo, a Constituição
elencou a livre concorrência como um princípio que rege todo o sistema econômico. A razão
disso não é outra senão a de que isso fortalece o desenvolvimento econômico capitalista do
país. Contudo, o fortalecimento do sistema capitalista e a crescente concorrência fazem com
que alguns agentes econômicos busquem alternativas desleais nas condutas comerciais. Tais
abusos são chamados de abuso do poder econômico e geram a concorrência desleal.
*
* Advogado formado pela UFRJ, Auditor Interno no BNDES, especialista em direito público pela UVA.
2
1) INTRODUÇÃO
A livre concorrência está embutida na atividade empresarial de tal forma que se
apresenta como fator importante para o crescimento da economia de mercado e como
princípio vital da ordem econômica e financeira de qualquer Estado capitalista. A razão de ser
disso está no fato de que a concorrência, quando regularmente praticada, beneficia tanto o
consumidor, vez que poderá adquirir produtos e serviços a preços mais baratos, como também
o empresário, que poderá maximizar a oferta de bens e serviços.
Dessa feita, o princípio da livre concorrência vem esculpido no art. 170, inciso IV, da
Constituição Federal de 1988 (CRFB/88) que se baseou na livre iniciativa como pilar da
ordem econômica e financeira.
A liberdade é fundamental para a caracterização da concorrência saudável, uma vez que
somente assim poderá surgir uma miríade de produtores e prestadores de serviços interessados
em praticar as mais diversas atividades econômicas.
A livre concorrência acirra a competição entre empresários que lutam bravamente pelos
mesmos consumidores. Assim, a disputa pela clientela, e também pela ampliação de mercado,
são a base do sistema capitalista, de modo que constituem para o consumidor um fator
benéfico, já que estes encontram à disposição no mercado inúmeras opções de escolha entre
serviços e bens com qualidade e preços cada vez menores.
Diante disso, faz-se necessário tutelar esses princípios, a fim de que se possibilite o
desenvolvimento do livre mercado e das bases do capitalismo.
2) TEORIA DA CONCORRÊNCIA
O capítulo I do título VII da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
(CRFB/88) trata da “Ordem Econômica e Financeira”, elencando princípios dirigentes da
atividade econômica do Estado e do ordenamento jurídico econômico. Os princípios
constitucionais, nos dizeres de Luís Roberto Barroso (BARROSO, pg 206, 2010) identificam
normas “que expressam decisões políticas fundamentais – República, Estado democrático de
direito, Federação -, valores a serem observados em razão de sua dimensão ética – dignidade
humana, segurança jurídica, razoabilidade – ou fins públicos a serem realizados”. Assim,
pode-se dizer que os princípios conferem ao ordenamento jurídico uma estrutura coesa, o que
é fundamental para a eficiência do ordenamento jurídico brasileiro.
Dessa forma, a CRFB/88 consagrara, em seu artigo 170, a tutela da ordem econômica,
estabelecendo os fundamentos do sistema econômico, dentre as quais se destacam: a
valorização do trabalho humano e a livre iniciativa. Noutros termos, estabeleceu-se uma
3
“(...) uma ação desenvolvida por um grande número de competidores, atuando livremente no
mercado de um mesmo produto, de maneira que a oferta e a procura provenham de
compradores ou de vendedores cuja igualdade de condições os impeça de influir, de modo
permanente ou duradouro, no preço dos bens ou serviços” (VAZ, pg27, 1993).
“(...) da mesma forma que podem gerar eficiências ao mercado e benefícios ao consumidor,
podem também limitar a concorrência, razão pela qual devem ser analisadas e avaliadas antes
de serem aprovadas, à luz das legislações que procedem na análise estrutural de mercado.
O termo concentração na maioria das vezes significa perda da autonomia decisória de uma das
partes envolvidas na operação (ou até mesmo as partes), ou a implantação de um controle
decisório compartilhado, ou ainda quando uma parte adquire ativos ou fração do patrimônio
da outra parte”.
A análise dos atos de concentração pelo Estado tem por objetivo fomentar o
crescimento eficiente das empresas no mercado, de modo a fomentar a concorrência e
evitando os abusos do poder econômico. Assim, o intuito é reprimir o abuso do poder
econômico, que segundo lição de José Cretella Júnior é “toda ação ou manobra do
empresário ou de seu representante legal que, dominando o mercado e a concorrência, tenha
por objetivo a obtenção de lucros excessivos, causando dano a outras pessoas, físicas ou
jurídicas, e ao Estado” (CRETELLA JÚNIOR, pág 13, 1996).
Quando o poder econômico é utilizado de forma abusiva, passa a haver um dano para a
sociedade, para os consumidores e para o próprio Estado. Surge, assim, a necessidade de
intervenção estatal para garantir que exista a competitividade, pois do contrário, haveria a
concentração de mercado, os preços das mercadorias e serviços tenderiam a subir, a qualidade
5
dos produtos tenderia a cair e a evolução tecnológica restaria estagnada (pois qual seria a
motivação do monopolista em inovar?).
A competitividade gera o surgimento de novas tecnologias, na medida em que obriga o
empresário a buscar métodos produtivos mais eficientes e produtos mais capazes. Sem o
ambiente favorável à livre competição, à livre concorrência e à livre iniciativa, perde a
coletividade e também o país, que fica impossibilitado de inserir-se no mercado internacional.
Sob um prisma econômico, a concentração que leva ao poder de mercado está atrelada à
possibilidade de que determinada empresa ou agente econômico cobre preços superiores
àqueles que seriam os esperados em um ambiente de concorrência perfeita. Tais preços, em
uma ideia aproximada, equivaleriam aos custos médios de produção mais a remuneração
normal do capital (GOLDBERG, pág 35, 2004).
Assim, nota-se que a repressão ao abuso do poder econômico é necessária à busca pela
livre concorrência. A rigor, a livre concorrência e a livre iniciativa estão interligadas. A livre
iniciativa, fundamento da República, traz um direito a liberdade de o empresário poder
ingressar no mercado, sem barreiras ou limitações, para exercer a atividade econômica. A
livre concorrência, portanto, complementa a livre iniciativa, na medida em que se presta a
manter a saúde e a sobrevivência do mercado, se ocupando de manter vigente a ideia de livre
oferta e procura. Não se pretende, destarte, uma interferência na livre iniciativa ou ainda na
liberdade de concorrência, mas evitar os exageros da utilização abusiva do poder do capital,
que pode gerar uma eliminação da concorrência. Em termos mais simples, o abuso de poder
econômico, em última análise, traduz-se em um abuso de direito. Portanto, os princípios da
livre iniciativa e da livre concorrência não serão sempre o motor do livre mercado porque este
pode proporcionar certas distorções que, em um limite extremo, venham a aniquilar a
concorrência. De outro prisma, a tutela do livre mercado (com as devidas regulamentações
estatais) proporciona a livre iniciativa, que fomenta a livre concorrência, o que se dá
essencialmente pela repressão ao abuso do poder econômico, este uma espécie do gênero
abuso de direito.
Nesse sentido, é interessante a lição do mestre Miguel Reale Júnior, que demonstra ser a
proteção a concorrência um resguardo aos direitos difusos dos consumidores:
“Há, de conseguinte, ao lado do dano sofrido pelo empresário, em razão de uma prática
concorrencial desonesta, um prejuízo para os consumidores. Se há dano, muitas vezes
economicamente vultoso, para o empresário cujo concorrente agiu deslealmente, não deixa de
haver lesão ao interesse difuso dos consumidores.
6
Pode ser irrisório o interesse de cada qual dos compradores, mas é de relevo o prejuízo quando
vislumbramos o desrespeito à honestidade que frauda e ludibria a massa de consumidores, que
escolhem no pressuposto de uma verdade de informação.
Tendo a propriedade uma função social, não pode a massa consumidora ser enganada, pois
seria supervalorizar a livre iniciativa, sobrepondo-a ao interesse geral”. (REALE JÚNIOR,
pág. 10, 1983)
diretamente vitimado pela prática irregular, diferentemente das infrações de ordem econômica
que ameaçam as estruturas econômicas do Estado” (MORAES, pág.83, 2004). Em linhas
gerais, para a autora, a concorrência desleal não afeta as estruturas do livre mercado, mas sim
a competitividade, objetivando a conquista de clientela por meios desonestos, afetando um
empresário ou um grupo específico de empresários.
Em suma, a doutrina leciona que a concorrência desleal é mais corriqueira, mais
atrelada à prática comercial cotidiana. É aquela verificada entre dois ou mais empresários,
cuja conexão por uma prática ilícita realizada por um de seus concorrentes, que possui o
objetivo de denegrir a imagem da concorrência, confundir os clientes da concorrência, ou
seja, busca angariar clientes por meio de práticas desleais, utilizando-se de subterfúgios que
extrapolam a simples prática comercial.
Já no que concerne a “concorrência ilícita”, em que pese tal nomenclatura não ser
unânime da doutrina, representa uma infração à ordem econômica. Esta, portanto, extrapola a
simples relação entre os empresários concorrentes, de forma que se caracteriza por uma
agressão à economia de mercado, vez que objetiva a destruição das empresas concorrentes,
visando criar um monopólio ou oligopólio. Nesta espécie de infração há uma violação direta à
livre da concorrência. Como exemplo de concorrência ilícita, pode-se citar a hipótese em que
uma empresa que entra em determinado mercado com grande poder econômico e inicia suas
atividades com preços muito inferiores aos praticados pelos seus concorrentes, aceitando
perdas operacionais por um longo período. Tal prática faz com que seus concorrentes tenham
os seus negócios inviabilizados, e a partir deste momento passa a monopolizar o mercado, vez
que elimina a concorrência. Esta espécie de ilicitude está, portanto, atrelada ao abuso do poder
econômico.
Destarte, ambas as medidas são ilícitas e condenadas pela legislação brasileira,
entretanto, a concorrência desleal, abrange uma pequena gama de empresários, vez que busca
angariar de forma ilícita determinados clientes. Já infração à ordem econômica (rectius:
concorrência ilícita) é uma medida muito mais agressiva que busca a eliminação da
concorrência e um verdadeiro monopólio do mercado.
Como exemplos de prática de concorrência desleal, podemos citar a confusão entre
produtos e estabelecimentos, desrespeito à cláusula contratual e a concorrência parasitária,
sendo que cada uma delas restará abordada separadamente e de forma mais detida.
8
4) CONCORRÊNCIA DESLEAL
O mestre Miguel Reale Júnior busca guarida no direito comparado para conceituar a
concorrência desleal. Segundo leciona o autor:
“Por fixar a Constituição italiana o princípio da ´utilidade social´, entende Ghidini, que em
interpretação sistemática, tal diretriz deve presidir à análise das hipóteses concretas de
concorrência desleal, devendo-se considerar ilícito o comportamento concorrencial que fira o
princípio da utilidade social e mais amplamente ´os interesses constitucionalmente garantidos
´”.
Segundo leciona Gustavo Ghidini (GHIDINI, pág 120, 1978), o princípio da utilidade
social seria uma espécie de limitador, de modo que haveria uma “imposição de respeito
absoluto”1 ao mesmo. Ele seria um valor que se incorpora ao da liberdade empresarial, sendo
ambos tutelados pelo ordenamento.
Luigi Di Franco (DI FRANCO, pág 435, 1928) leciona que
"O conceito jurídico de concorrência desleal se deve, de certo modo, ao destino econômico da
concorrência e mais precisamente à livre concorrência, que constitui um desvio perturbador do
sentido moral que deve prescrever as relações de indústria e comércio, e cuja não observância
se torna fonte de ilícito"2.
Deste modo, a concorrência deve se manifestar a luz de certos preceitos que regem o
mundo negocial e dialogam com a função social embutida no mesmo, de modo a harmonizar-
se com a proteção ao consumidor, elo notoriamente mais fraco desta corrente.
Neste sentido, Carlos Alberto Bittar nos ensina que o mundo empresarial deve ser
regido por um preceito moral de honestidade, que é um pressuposto para a existência do
princípio da livre concorrência (BITTAR, pág 21, 1981). Contudo, o acirramento dos
mercados, o surgimento cada vez mais veloz de novas tecnologias e a voracidade dos
negócios vem aumentando gradativamente, o que gerou novas formas de violação àqueles
princípios.
Segundo o mesmo autor, a fim de fundamentar a Teoria da Concorrência Desleal,
“diferentes teorias têm procurado explicar a natureza do direito protegido, podendo centrar-
se em duas posições principais e antagônicas: teoria do direito de propriedade e do direito
da personalidade”. Em síntese, há doutrina que entenda a concorrência desleal como um
1
Traduzido pelo autor.
2
Tradução nossa. Do original: “Il concetto giuridico di concorrenza sleale a per pressuposto il fato econômico
dela concorrenza e più precisamente della libera concorrenza dela quale costituice uma deviazione turbatrice
del sendo morale che deve prescedere ai rapporti dell´industria e del commercio, e la cui inoservanza assurge a
fonte di illicito”
9
3
Autores como Vivante e Zavala Rodrigues.
4
O mestre Túlio Ascarelli endossa essa tese.
10
antijuridicidade objetiva dos atos de concorrência desleal. Segundo tal teoria, não existe
concorrência desleal, não existe a violação ao bem jurídico, se tais fatos e atos estiverem
dentro das “regras do jogo econômico”. Ademais, não é necessária a análise do elemento
subjetivo do agente, devendo ser punido o ato de forma objetiva.
Comparato, ao analisar o artigo 178 do Decreto-Lei nº 7.903/45 (revogado pelo artigo
195 da lei nº 9.279/96) diz que:
“Uma análise ainda que perfunctória do art. 178 do nosso Código da Propriedade Industrial
nos convence desde logo de que, pelo menos para o direito positivo brasileiro, a teoria da
antijuricidade objetiva de Ferri é inaceitável. Pelo conjunto das definições de figuras delituosas
aí catalogadas vê-se que se tem em mira não só a especial intenção de prejudicar e a
consciência subjetiva da desonestidade, como o emprêgo de meios ou processos
particularmente aberrantes. Assim é, por exemplo, em relação àquele que publica pela
imprensa, ou por outro modo, falsa afirmação, em detrimento do concorrente, com o fim de
obter vantagem indevida (art. 178, n. I), como, por outro lado, em relação àquele que emprega
meio fraudulento para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem (art. 178, n.
III)” (COMPARATO, pág 916, 2010).
Para Comparato, razão assistia a Waldemar Ferreira que entendia no sentido de que a
qualificação jurídica mais conveniente para a repressão a concorrência desleal, em nosso
ordenamento, parece ser a Teoria do Abuso de Direito. Assim, a tese de que a concorrência
desleal deveria ser compreendida através da noção de abuso de direito, seja em relação ao
elemento subjetivo – intenção de prejudicar, seja em relação aos meios empregados pelo
agente, é a prevalente na doutrina pátria até os dias atuais.
369,2008). Poderia, contudo, constituir em ato de concorrência desleal se ela for capaz de
induzir o consumidor ao erro por meio do descrédito do concorrente, divulgando fatos que
rebaixam a reputação do concorrente ou do seu patrimônio imaterial. Nesse sentido, foi o
julgado do TJ/RJ:
Destaque-se que o simples exercício da mesma atividade no mesmo contexto territorial pelo
alienante, formal ou informalmente, de boa-fé ou má-fé, inevitavelmente levará ao desvio de
clientela, de modo a configurar concorrência desleal. (TJ/SP. Apelação nº 4010017-
16.2013.8.26.0602, julgado em 07/07/2015)
6) CONCLUSÃO
A CRFB/88 consagrara, em seu artigo 170, a tutela da ordem econômica, estabelecendo
os fundamentos do sistema econômico. Dentro dos princípios protegidos pelo artigo está o da
“livre concorrência”. Antes disso, no seu artigo 1º, ela traz a Livre Iniciativa como um dos
pilares da própria República.
O contrário da livre concorrência seria um mercado monopolizado ou oligopolizado,
controlado por um ou alguns agentes, em detrimento do consumidor e do próprio
desenvolvimento da economia. A competitividade gera o surgimento de novas tecnologias, na
medida em que obriga o empresário a buscar métodos produtivos mais eficientes e produtos
mais capazes. Tal fato, por si só, faz com que seja louvável e nobre proteger as leis de
mercado de práticas abusivas.
A livre iniciativa e a livre concorrência complementam-se, de modo que ambos têm por
objetivo tutelar a existência do livre mercado. Na verdade, a livre concorrência está
correlacionada com o princípio da livre iniciativa, na medida em que, quando existe um
mercado competitivo, quando os empresários podem livremente atuar em suas atividades, há
uma tendência de que utilizem perfeitamente todos os recursos lícitos para que desenvolvam
da melhor maneira possível sua atividade econômica. Assim, a concorrência real permite que
o mercado se mantenha com aqueles agentes que são os mais capacitados, os mais eficientes,
para fornecer produtos e serviços diferenciados e cada vez melhores à clientela.
17
Para que seja protegida a concorrência e o livre mercado, é necessário combater o abuso
do poder econômico. Dito de outra forma é necessário combater a concorrência desleal. A
teoria dominante em nosso direito para conceitua-la é a Teoria do Abuso de Direito.
Para caracterizá-la, a doutrina mais especializada enumera algumas características, que
se materializam em quatro atos essenciais: i) atos capazes de criar confusão, também chamada
de confusão entre produtos ou estabelecimento; ii) difamação (ou denigração) do concorrente;
iii) desrespeito da cláusula contratual e a iv) concorrência parasitária.
18
REFERÊNCIAS
BITTAR, Carlos Alberto. A Concorrência Desleal e a Confusão entre produtos. Revista dos
Tribunais, vol. 550. São Paulo, agosto 1981, págs 20-31.
BITTAR, Carlos Alberto. Teoria e Prática da Concorrência Desleal. 1ª ed. São Paulo:
Forense Universitária, 2005.
CRETELLA JÚNIOR, José. Comentários à lei antitruste. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
1996.
COMPARATO, Fábio Konder. Concorrência Desleal. Revista dos Tribunais, vol. 375, jan.
1967, apud Doutrinas Essenciais de Direito Empresarial, vol. 2. São Paulo, dez. 2010, págs.
913-921.
BARBOSA, Denis Borges. Tratado da Propriedade Intelectual. 2ª. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Iuris, 2017.
19
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. 27 ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 1 v.
SILVA, José Afondo da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 19ª. ed. São Paulo:
Malheiros, 2001.
ULHÔA, Fábio. Curso de Direito Comercial. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 1 v.
VAZ, Isabel. Direito econômico da concorrência. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1993.