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A história das leis antitruste teve início em 1890, com a promulgação do chamado "Sherman Act". O
Sherman Act foi uma resposta do governo dos Estados Unidos ao rápido desenvolvimento industrial
ocorrido no país. Observou-se que alguns setores da economia, como o de petróleo e aço,
começaram a se consolidar em grandes "trustes" visando dominar o mercado e influenciar os preços
do setor. Tal situação provocou intenso debate jurídico e econômico no país.
Uma economia de livre mercado é caracterizada pela ausência de interferência do Estado como
agente regulador na economia do país. Contudo, surge a questão: seria necessário o Estado intervir
para evitar que empresas de maior porte se unam, dificultando assim o acesso ao mercado por parte
das empresas menores?
Essa discussão trouxe à tona a necessidade de estabelecer leis antitruste que regulassem a conduta
das empresas e evitassem a formação de monopólios ou oligopólios prejudiciais à concorrência e ao
funcionamento eficiente do mercado. As leis antitruste buscam garantir a competição justa,
promovendo a diversidade de agentes econômicos e protegendo o bem-estar dos consumidores.
A intervenção estatal por meio das leis antitruste tem como objetivo principal assegurar um
ambiente econômico saudável e equilibrado, em que o poder econômico não fique concentrado nas
mãos de poucos. Dessa forma, ao regulamentar o comportamento das empresas, busca-se preservar
a liberdade de mercado e incentivar a inovação, a eficiência e o crescimento econômico sustentável.
O Sherman Act foi o primeiro passo significativo na história das leis antitruste, mas desde então,
diversos outros marcos regulatórios foram estabelecidos para aprimorar a proteção da concorrência
e prevenir práticas anticompetitivas. Além disso, outros países também desenvolveram suas próprias
legislações antitruste, adaptando-as às suas realidades econômicas e sociais.
No contexto brasileiro, a história das leis antitruste tem suas raízes na década de 1960, com a criação
do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O CADE foi instituído para fiscalizar e
reprimir condutas anticompetitivas no país, estabelecendo as bases para a aplicação das leis
antitruste no Brasil.
O principal marco regulatório no Brasil é a Lei nº 12.529, promulgada em 2011, conhecida como "Lei
Antitruste Brasileira". Essa lei consolidou as disposições relativas à prevenção e repressão das
infrações contra a ordem econômica e estabeleceu as diretrizes para a atuação do CADE.
A Lei Antitruste Brasileira tem como objetivo principal promover a concorrência no mercado
brasileiro, combatendo práticas anticompetitivas, como cartéis, abuso de poder econômico e fusões
e aquisições que possam prejudicar a competição. O CADE é responsável por investigar, julgar e
aplicar as sanções cabíveis em casos de infrações contra a ordem econômica.
Referencias