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Os Princípios Constitucionais

Os princípios constitucionais são fundamentais para a compreensão e aplicação do direito


constitucional em um Estado de Direito. Eles representam as bases sobre as quais a ordem
jurídica é construída, guiando a interpretação e a aplicação das normas constitucionais. Os
Princípios Constitucionais podem ser divididos em diversas categorias, sendo os Princípios
Constitucionais I e II destacados pela sua importância na estruturação e funcionamento do
Estado.

Princípios Constitucionais I:

1. Princípio da Legalidade: Este princípio estabelece que todas as ações do Estado devem
ser baseadas na lei, ou seja, nenhum órgão ou indivíduo pode agir fora do que está previsto
na legislação vigente.

2. Princípio da Separação dos Poderes: Segundo esse princípio, o Estado é dividido em três
poderes independentes e harmônicos entre si: Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada um
possui funções específicas e não pode interferir no exercício das atribuições dos outros
poderes.

3. Princípio da Legalidade Tributária: Este princípio estabelece que o Estado só pode exigir
tributos com base em lei, garantindo assim a segurança jurídica e a previsibilidade das
obrigações fiscais dos cidadãos.

Princípios Constitucionais II:

1. Princípio da Igualdade: Este princípio estabelece que todos os cidadãos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Ele visa garantir a justiça e a equidade
nas relações sociais, políticas e jurídicas.

2. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: Esse princípio reconhece o valor intrínseco


de cada indivíduo, garantindo-lhe direitos fundamentais e proteção contra qualquer forma de
violação ou degradação.

3. Princípio da Soberania Popular: Segundo esse princípio, todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da
Constituição. Ele fundamenta a legitimidade do Estado e das instituições democráticas.

Esses princípios constituem os alicerces do ordenamento jurídico e são essenciais para


garantir o respeito aos direitos fundamentais, a efetividade das instituições democráticas e o
Estado de Direito. Sua observância é indispensável para a construção de uma sociedade
justa, livre e democrática.

Direitos e Garantias Fundamentais


Os direitos e garantias fundamentais são pilares essenciais do Estado Democrático de
Direito, assegurando a proteção e promoção dos direitos humanos, individuais e coletivos,
de todos os cidadãos. Presentes nas Constituições democráticas, esses direitos
estabelecem limites ao poder estatal, garantindo a dignidade da pessoa humana e a
igualdade de todos perante a lei.

Características dos Direitos e Garantias Fundamentais:

1. Universalidade: Os direitos fundamentais são inerentes a todos os seres humanos,


independentemente de raça, sexo, religião, nacionalidade, ou qualquer outra condição.

2. Imprescritibilidade: Os direitos fundamentais não podem ser renunciados ou perdidos ao


longo do tempo, sendo garantidos de forma perene.

3. Irrenunciabilidade: Não é possível abrir mão dos direitos fundamentais, pois eles
representam condições essenciais para a existência digna e plena do indivíduo.

4. Inalienabilidade: Os direitos fundamentais não podem ser objeto de compra, venda, ou


transferência, pois representam aspectos essenciais da condição humana.

Exemplos de Direitos e Garantias Fundamentais:

1. Direito à Vida: Garante a todas as pessoas o direito inviolável à vida, sendo protegido
pela legislação e pela sociedade.

2. Direito à Liberdade: Assegura a liberdade de pensamento, expressão, locomoção,


religião, entre outras, sem interferência arbitrária do Estado.

3. Direito à Igualdade: Garante tratamento igual perante a lei, sem discriminação de


qualquer natureza, seja ela racial, étnica, religiosa, de gênero, entre outras.

4. Direitos Sociais: Incluem o direito à educação, saúde, moradia, trabalho digno,


previdência social, entre outros, visando garantir condições mínimas de vida digna para
todos os cidadãos.

Importância dos Direitos e Garantias Fundamentais:

Os direitos e garantias fundamentais são essenciais para a consolidação da democracia, da


justiça social e do respeito à dignidade humana. Ao protegerem os indivíduos contra
arbitrariedades do Estado e de terceiros, esses direitos promovem a igualdade, a liberdade
e o desenvolvimento humano, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva. Sua
observância e efetivação são fundamentais para a construção de um Estado
verdadeiramente democrático e comprometido com o bem-estar de seus cidadãos.

Lei 13.303/2016 - Lei das Estatais


A Lei 13.303/2016, conhecida como Lei das Estatais, foi promulgada com o intuito de
estabelecer normas gerais para licitação e contratação de serviços pelas empresas estatais,
bem como para regular a atuação de seus administradores. Ela se aplica às empresas
públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e municípios.

Principais Aspectos da Lei das Estatais:

1. Licitações Simplificadas: A lei prevê procedimentos de licitação simplificados e mais ágeis


para as estatais, visando aumentar a eficiência na contratação de bens e serviços.

2. Transparência e Governança: Estabelece normas rigorosas de transparência e


governança corporativa para as estatais, com o objetivo de garantir a prestação de contas e
o uso responsável dos recursos públicos.

3. Vedação de Interferência Política: Proíbe a interferência política na gestão das estatais,


assegurando a autonomia de seus administradores e diretores na condução dos negócios
da empresa.

4. Incentivo à Concorrência: Busca promover a concorrência e a competitividade, garantindo


igualdade de condições para a participação de empresas privadas nas licitações realizadas
pelas estatais.

5. Responsabilidade Social e Ambiental: Estabelece a necessidade de as estatais adotarem


práticas de responsabilidade social e ambiental em suas atividades, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável.

Impactos e Considerações:

A Lei das Estatais representou um avanço significativo na regulação das empresas estatais
no Brasil, buscando modernizar sua gestão, aumentar a eficiência e a transparência, e
reduzir os riscos de corrupção e má gestão. No entanto, sua implementação enfrentou
desafios, especialmente no que diz respeito à adaptação das empresas estatais às novas
exigências de governança e transparência. Ainda assim, a lei tem contribuído para
promover uma maior profissionalização na gestão das estatais e para garantir uma maior
eficiência na utilização dos recursos públicos.

Decreto 8945/2016 - Regulamentação da Lei 13.303/2016 (Lei das Estatais)

O Decreto 8945/2016 foi promulgado com o objetivo de regulamentar a Lei 13.303/2016,


mais conhecida como Lei das Estatais. Esse decreto estabelece diretrizes e procedimentos
específicos para a implementação da referida lei, detalhando aspectos operacionais e
administrativos que as empresas estatais devem observar em suas atividades.

Principais Aspectos Regulamentados pelo Decreto:


1. Normas de Governança Corporativa: O decreto detalha as normas de governança
corporativa que as estatais devem adotar, incluindo a composição e funcionamento dos
conselhos de administração e fiscal, bem como as regras de transparência e prestação de
contas.

2. Procedimentos de Licitação: Define os procedimentos de licitação que devem ser


seguidos pelas estatais, estabelecendo critérios para a realização de concorrências
públicas, tomadas de preços, convites, entre outros.

3. Critérios para Contratação: Estabelece critérios para a contratação de bens e serviços


pelas estatais, garantindo a observância dos princípios da eficiência, igualdade e
competitividade.

4. Transparência e Prestação de Contas: Define regras específicas para a divulgação de


informações sobre a gestão das estatais, incluindo a publicação de balanços financeiros,
relatórios de auditoria e remuneração dos administradores.

5. Controle Interno e Externo: Estabelece mecanismos de controle interno e externo das


atividades das estatais, visando garantir a legalidade, a legitimidade e a eficiência na
aplicação dos recursos públicos.

Impactos e Considerações:

O Decreto 8945/2016 desempenha um papel fundamental na implementação efetiva da Lei


das Estatais, fornecendo orientações claras e detalhadas para as empresas estatais e
demais órgãos públicos envolvidos. Ao estabelecer normas e procedimentos específicos, o
decreto contribui para aumentar a transparência, a eficiência e a responsabilidade na
gestão das estatais, promovendo uma maior confiança por parte da sociedade e dos
investidores. No entanto, sua aplicação requer um esforço contínuo por parte das estatais e
das autoridades reguladoras para garantir o cumprimento integral das disposições legais e a
promoção de uma gestão pública de excelência.

Decreto Nº 3.298/1999 - Regulamentação da Lei 7.853/1989

O Decreto Nº 3.298/1999, promulgado em 20 de dezembro de 1999, é um marco importante


na promoção da igualdade e inclusão das pessoas com deficiência no Brasil. Este decreto
regulamenta a Lei 7.853/1989, que dispõe sobre a política nacional para a integração da
pessoa com deficiência, estabelecendo diretrizes e normas para a efetivação dos direitos
das pessoas com deficiência.

Principais Aspectos do Decreto Nº 3.298/1999:

1. Definição de Pessoa com Deficiência: O decreto define o que é considerado deficiência,


reconhecendo não apenas as deficiências físicas, mas também as sensoriais, mentais e
múltiplas.
2. Acessibilidade: Estabelece normas e critérios para garantir a acessibilidade das pessoas
com deficiência em espaços públicos, edificações, transportes, comunicações e outros
serviços.

3. Inclusão Social e Laboral: Estabelece medidas para promover a inclusão social e laboral
das pessoas com deficiência, como a reserva de vagas em concursos públicos e ações
afirmativas em empresas privadas.

4. Educação Especializada: Define diretrizes para a oferta de educação especializada e


inclusiva, visando garantir o acesso das pessoas com deficiência à educação em todos os
níveis e modalidades.

5. Atendimento Especializado: Determina a criação de serviços de atendimento


especializado, como centros de reabilitação e unidades de atenção integral à saúde da
pessoa com deficiência.

Impacto e Legado:

O Decreto Nº 3.298/1999 teve um impacto significativo na promoção dos direitos das


pessoas com deficiência no Brasil, contribuindo para a ampliação da acessibilidade,
inclusão social e igualdade de oportunidades. Ao estabelecer diretrizes claras e obrigações
para os setores público e privado, o decreto representou um avanço na construção de uma
sociedade mais inclusiva e justa para todos. No entanto, ainda existem desafios a serem
superados para garantir a plena efetivação dos direitos das pessoas com deficiência,
especialmente no que diz respeito à eliminação de barreiras físicas, sociais e culturais.

Lei Nº 7.853/1989 - Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência

A Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, é uma legislação fundamental para a promoção


dos direitos e inclusão das pessoas com deficiência no Brasil. Essa lei estabelece a Política
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, com o objetivo de garantir o
pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência, bem como
sua efetiva integração na sociedade.

Principais Aspectos da Lei Nº 7.853/1989:

1. Definição de Pessoa com Deficiência: A lei define o que é considerado deficiência,


abrangendo limitações físicas, sensoriais, intelectuais e mentais, bem como os critérios de
avaliação e classificação das deficiências.

2. Acessibilidade e Mobilidade: Estabelece medidas para garantir a acessibilidade e


mobilidade das pessoas com deficiência em espaços públicos, edifícios, transportes,
comunicações e outros serviços, visando eliminar barreiras físicas e garantir a plena
participação na sociedade.

3. Educação Especializada: Determina a oferta de educação especializada e inclusiva para


as pessoas com deficiência em todos os níveis e modalidades de ensino, visando garantir o
acesso à educação de qualidade e o desenvolvimento integral.
4. Trabalho e Emprego: Estabelece medidas para promover a inclusão das pessoas com
deficiência no mercado de trabalho, como a reserva de vagas em empresas privadas e a
adoção de medidas de acessibilidade e adaptação dos ambientes de trabalho.

5. Atendimento Especializado: Determina a criação de serviços de atendimento


especializado, como centros de reabilitação, unidades de saúde e programas de assistência
social, visando garantir o atendimento integral às necessidades das pessoas com
deficiência.

Impacto e Legado:

A Lei Nº 7.853/1989 teve um impacto significativo na promoção da igualdade e inclusão das


pessoas com deficiência no Brasil, contribuindo para a ampliação dos direitos individuais e
sociais, a conscientização da sociedade e a implementação de políticas públicas voltadas
para essa população. No entanto, ainda existem desafios a serem superados para garantir
a plena efetivação dos direitos das pessoas com deficiência, especialmente no que diz
respeito à eliminação de barreiras físicas, sociais e culturais, e à garantia de acesso
igualitário a oportunidades educacionais, de trabalho e de participação na vida comunitária.

Lei Federal nº 10.741/2003 - Estatuto do Idoso

A Lei Federal nº 10.741/2003, conhecida como Estatuto do Idoso, é uma legislação que visa
promover e garantir os direitos das pessoas idosas no Brasil. Essa lei estabelece diretrizes
para a proteção, assistência e promoção da cidadania do idoso, reconhecendo sua
vulnerabilidade e necessidade de cuidados especiais por parte do Estado e da sociedade.

Principais Aspectos do Estatuto do Idoso:

1. Direitos Fundamentais: O estatuto assegura os direitos fundamentais das pessoas


idosas, incluindo o direito à vida, à saúde, à alimentação, à dignidade, à liberdade, à
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à convivência familiar e comunitária,
entre outros.

2. Prioridade Absoluta: Estabelece a prioridade absoluta na proteção e promoção dos


direitos das pessoas idosas, em todas as esferas da sociedade, garantindo-lhes
atendimento preferencial e especializado em órgãos públicos e privados.

3. Saúde e Assistência Social: Determina a formulação de políticas públicas específicas


para a promoção da saúde e assistência social das pessoas idosas, visando garantir o
acesso universal e igualitário aos serviços de saúde e assistência social.

4. Proteção contra Violência e Abuso: Estabelece medidas de proteção contra qualquer


forma de violência, abuso, exploração, discriminação, negligência e maus-tratos contra as
pessoas idosas, bem como mecanismos de denúncia e punição aos agressores.
5. Benefícios e Previdência Social: Garante benefícios previdenciários e assistenciais
específicos para as pessoas idosas, como aposentadoria, pensão por morte, benefício de
prestação continuada, entre outros, assegurando-lhes uma renda mínima para uma vida
digna e digna.

Impacto e Legado:

O Estatuto do Idoso teve um impacto significativo na promoção da dignidade e qualidade de


vida das pessoas idosas no Brasil, contribuindo para a conscientização da sociedade sobre
a importância de respeitar e proteger os direitos dos idosos. Ao estabelecer diretrizes claras
e obrigações para o Estado e a sociedade, o estatuto representou um avanço na construção
de uma sociedade mais justa e inclusiva para todas as idades. No entanto, ainda existem
desafios a serem superados para garantir a plena efetivação dos direitos das pessoas
idosas, especialmente no que diz respeito à implementação efetiva das políticas públicas e
à conscientização da população sobre a importância do envelhecimento ativo e saudável.

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