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Entrega de valor

RAD1403 - Marketing
II Fornecer o valor

Desenvol- Desenvol- Determi- Busca de


Canais integrados em vimento vimento nação fontes de
Distri-
buição
Selecionar
deo valor do Fornecer
doopreço
valor Comunicar o valor
fabri-
marketing produto serviço cação
Desenvol-
Seleção Posiciona- Desenvol- Determi- Busca de Promoção Propa-
Segmentação vimento vimento Distri- Força de
de mento nação fontes de de ganda
dos clientes de do buição vendas
mercado de valor do preço fabri- vendas
produto serviço
cação

Profa. Dra. Janaina Giraldi


Marketing Estratégico Marketing Tático
Fonte: KOTLER e KELLER (2012)

O que é um canal de marketing? Canais de Marketing

• Canais de marketing estão por trás de todo • Conjunto de instituições necessárias para
produto ou serviço que os consumidores ou mover os produtos do ponto de produção
empresas adquirem para o ponto de consumo (AMA, 2007)
• Definição básica • Canal por meio do qual produtos, sua
Conjunto de organizações interdependentes
propriedade, as comunicações, os
envolvidas no processo de disponibilizar financiamentos, os pagamentos e o risco
um produto ou serviço para consumo (KOTLER; associado fluem para o consumidor (LAMB
KELLER, 2012; COUGHLAN et al., 2002)
JR.; HAIR JR.; MCDANIEL, 2004)
Todos os membros do canal
precisam pensar no usuário final!

Princípios econômicos fundadores dos canais


Por que os canais de marketing existem?
de distribuição
• Porque os fabricantes não vendem todos os
Autores Contribuições
seus produtos diretamente aos usuários
Marshall (1898, 1919) Eficiência de escala, marketing e distância
Shove (1930) Expansão e distância finais?
Robinson (1931) Economias de especialização • Porque os canais mudam?
Florence (1933) Tipos de escalas, princípios de transações
Stigler (1946, 1951 ) Incerteza combinada, divisão do trabalho e
tamanho de mercado
Tipos de fatores
Hall (1949) Princípio de transações totais minimizadas
Boulding (1953) Mudança não-proporcional
Penrose (1959) Crescimento diferencial da empresa
Fonte: Wilkinson (2001) Demanda Oferta

1
Fatores por parte da demanda Fatores por parte da oferta

• Facilitação da busca • Criação de rotinas de transações


– Processo de busca: incerteza para usuários – Quantia, forma de entrega, pagamento
finais e vendedores
– Parcerias, EDI (electronic data interchange),
• Ajuste de discrepância de sortimento CRP (continuous replenishment programs)
– Fabricantes produzem grande quantidade de • Redução no número de contatos
um sortimento limitado
– Dificuldade em manter todas as interações
– Consumidores querem quantidade limitada de
– Redução na complexidade
um grande sortimento
– Uso de intermediários é mais eficiente
Fonte: COUGHLAN et al. (2002)
Fonte: COUGHLAN et al. (2002)

Custos de contato Estratégias push e pull


4 fabricantes tratam diretamente com 4 consumidores

F F F F
Push (empurrar)
Nº de Atividades de promoção
transações Demanda
4 x 4 = 16 Fabricante Intermediários Usuários finais
C C C C
Demanda
4 fabricantes usam 1 varejista para tratar com 4 consumidores

F F F F Demanda Demanda
Fabricante Intermediários Usuários finais
Nº de
V transações
Atividades de promoção
4+4=8

C C C C
Pull (puxar)

Exemplo: Barco Project Redes de valor

• Alianças • Cadeia de suprimentos: visão linear do fluxo


Barco estratégicas com • Rede de valor: sistema de parcerias e alianças
system integrators que empresa cria para produzir, aumentar e
Push
– Número limitado de entregar suas ofertas
parceiros – Fornecedores dos fornecedores, clientes
Alianças System
Integrators • Relacionamentos imediatos, consumidores finais
estratégicos com – Relações valiosas com terceiros (pesquisadores,
hospitais de ponta agências governamentais)
Pull – Identificar onde ganha mais: fluxo ou contra-
– Lead users
Hospitais fluxo (jusante, montante, downstream,
– Mais contato e upstream)
Orientação
cooperação – Investimento em TI, sistemas ERP
para cliente

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Funções dos membros do canal Fluxos universais de canais
Reunir informações sobre clientes atuais e potenciais, concorrentes e
outros participantes e forças do ambiente de marketing.
Posse física Posse física Posse física
Desenvolver e disseminar mensagens persuasivas para estimular a
compra. Propriedade Propriedade Propriedade

Negociar e entrar em acordo sobre preço e outras condições para que se Promoção Promoção Promoção
possa realizar a transferência de propriedade ou posse. Consumi-
Negociação Negociação Negociação dores
Formalizar os pedidos com os fabricantes. Produtores Atacadistas Varejistas
industriais
Financiamento Financiamento Financiamento
e
Levantar os recursos para financiar estoques em diferentes níveis no domiciliares
Risco Risco Risco
canal de marketing.
Pedido Pedido Pedido
Assumir riscos relacionados à operação do canal.
Pagamento Pagamento Pagamento
Fornecer condições para armazenagem e transporte de bens físicos.
Fornecer condições para o pagamento das faturas dos compradores por
meio de bancos e outras instituições financeiras. Informações
Supervisionar a transferência real de propriedade de uma organização ou
pessoa para outra organização ou pessoa. Fonte: COUGHLAN et al. (2002)
Fonte: KOTLER e KELLER (2012)

Cinco fluxos de marketing para empilhadeiras Tarefas envolvidas no planejamento de


1. Fluxo físico canais: projeto e implantação
Transpor- Transpor-
Fornece- Fabri- Distribui- Transpor-
tadoras e tadoras e Clientes
dores cante dores tadoras
armazéns armazéns
Segmentação Posicionamento Definição de Estabeleci- Implementação
2. Fluxo de propriedade alvos mento do canal
Definir de novos Identificar
Fornecedores Fabricante Distribuidores Clientes Definir canais fonte de poder
desempenho Escolher
demandas Identificar
3. Fluxo de pagamento e estrutura de segmentos-
de serviço conflitos
canal para alvo
em cada Aperfeiçoamen- Gerenciar
Fornecedores Bancos Bancos Distribuidores Bancos Clientes cada
Fabricante segmento to dos canais conflitos
segmento
4. Fluxo de informações existente Coordenar
canal
Transpor- Transpor-
Transpor-
Fornece- tadoras, Fabri- tadoras, Distribui-
tadoras, Clientes
dores armazéns cante armazéns dores
bancos
e bancos e bancos
Implementação
5. Fluxo de comunicação
Projeto do canal do canal
Agência de Agência de Distribuidores Clientes
Fornecedores Fabricante Fonte: COUGHLAN et al. (2002)
propaganda propaganda

Projeto de canais: segmentação Projeto de canais: segmentação


• Usuários maximamente semelhantes dentro de cada • Usuários preferem canais com nível
grupo
mais alto de serviços
• Usuários maximamente diferentes entre os grupos
• Tipos de serviços em canais
Processo de divisão do mercado em subconjuntos de – Divisão de grandes volumes
consumidores com necessidades em comum e
seleção de um desses segmentos para direcionar as – Conveniência espacial
ações de marketing – Tempo de espera e entrega
– Sortimento e variedade
Com base em que critérios?
Usuários finais (consumidores ou empresas)
Demandas pelos serviços do canal têm demandas diferentes por esses serviços

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Desempenho superior no serviços: H-E-B Tortilhas no
(http://www.businessinsider.com/h-e-b-is-americas-best-grocery-store-2014-3)
Exemplos da rede H-E-B formato do Texas
Código de barras de
Cadeia de supermercados Tortilhas no formato do molho apimentado
no Texas (EUA), Texas
considerada melhor que a Serviço ao cliente superior
Whole Foods Promoções divertidas
Sessão de hortifruti: mais Sessão de comidas
de 900 itens prontas
Embalagens divertidas nas Chefs de cozinha que
marcas próprias preparam alimentos grátis
Grande variedade de Cafeterias
cervejas e vinhos Alimentos inspirados em
Alimentos e temperos da filmes texanos
rede texana Whataburger Faça sua própria pizza
Itens surpreendentes

Promoções
Exemplos da rede H-E-B divertidas Projeto de canais: segmentação
Itens surpreendentes
Prestações de serviços levam a maiores
custos
Quanto menos os usuários finais
participam dos fluxos de marketing,
mais caro pagam pelos produtos
Outros serviços
Educação do cliente
Serviços pós-venda

Projeto de canais: posicionamento

Qual o canal ideal para cada segmento?


Configuração do canal
Verificar quais segmentos não podem ser
trabalhados
Identificar segmentos atraentes
Canal ótimo
Projetar os fluxos de canal para suprir as
demandas por serviços
Definir a melhor estrutura de canal
• Identidade e intensidade dos membros do canal

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Decisão de posicionamento: fluxos de canais Todo fluxo está associado a um custo
Fluxo de marketing Custo representado
Atividades que produzem os serviços
Posse física Armazenagem e entrega
exigidos pelos usuários finais Propriedade Manutenção de estoque

Quais fluxos são desempenhados, por Promoção Venda pessoal, propaganda, promoção de venda,
publicidade e RP
quem? Negociação Custos de tempo e custos legais
Ajuda a diagnosticar e resolver problemas na Financiamento Condições de crédito, prazos e condições de vendas
prestação dos serviços
Risco Garantias de preço, seguro, conserto, pós-venda
Auxilia o projeto de um novo canal ou revisão Pedido Processamento de pedido
do canal existente Pagamento Recebimentos duvidosos
Ajuda a distribuir os lucros do canal
Não desempenhar níveis desnecessariamente
altos de quaisquer fluxos!

Desempenhando fluxos: ONG utiliza rede de distribuição


da Coca-Cola para o transporte de medicamentos Princípio da igualdade
• É possível comprar bebidas da Coca-Cola
em praticamente todos os países Gera incentivos para
subdesenvolvidos do mundo que os membros
• Nesses mesmos lugares, 1 em cada 5 continuem a gerar
crianças morre antes de completar 5 anos “A remuneração no
de idade por causas simples, como a sistema de canal deve ser valor
desidratação por diarreia (a proporção em realizada com base no Recompensa
um país desenvolvido é de 1 em cada 152) inadequada pode
grau de participação
• Criada em 2008, a ONG ColaLife, com o levar a conflitos
nos fluxos de marketing e
intuito de diminuir a mortalidade infantil,
utiliza os espaços vazios dos engradados no valor criado por essa Muitos concorrentes
da bebida para transportar kits de participação” para um membro do
medicamentos que contêm vitaminas, canal podem fazer
tabletes de purificação de água e sais de
reidratação.
com que esse
• https://www.youtube.com/watch?v=zGn0k Fonte: COUGHLAN et al. (2002) membro lucre menos
mII1B0 Fonte: http://www.colalife.org/about/colalife-about/

Decisão de posicionamento: estrutura do Decisão de posicionamento: estrutura do


canal canal

Devem-se usar intermediários? Mesmo se o fabricante for capaz de vender


Demanda por sortimento e variedade baixa: usuários
diretamente...
estão dispostos a procurar pelo produto Algum intermediário pode desempenhar um ou
Verificar se produtor consegue desempenhar todos os mais fluxos com custos mais baixos?
fluxos do canal necessários Qual a importância de controlar o canal?

Administrar suas próprias instalações de armazenagem


Empregar sua própria força de vendas
Criar suas próprias aptidões para promoções Um número muito grande de condições
Manter seu próprio serviço de pós-venda precisa ser atendido para que as vendas
Ter recursos financeiros suficientes diretas sejam as melhores possíveis
Utilizar seu próprio sistema de pedido e pagamento

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Decisão de posicionamento: estrutura do Decisão de posicionamento: estrutura do
canal canal
Intensidade de canal depende das demandas por
Intensidade do canal de distribuição conveniência
Quantos membros deve ter o canal? Nível de Objetivo da intensidade e Número de Exemplos
intensidade distribuição intermediários em
Depende das demandas por conveniência cada mercado
• Peças de decoração versus cereais matinais Intensivo Mercado de massa, produtos Muitos Coca-Cola, Elma-
de saúde e beleza, produtos Chips, Pampers,
de conveniência Alpo
Distribuição exclusiva Seletivo Produtos de compra Vários Impressoras HP,
comparada e de especialidade câmeras Sony
Distribuição seletiva
Exclusivo Produtos que requerem Um Carros BMW,
Distribuição intensiva soluções especiais, produtos relógios Rolex,
de especialidade, bolsas Louis
equipamentos industriais Vuitton
Fonte: LAMB JR., HAIR JR e MCDANIEL (2004)

Canais de marketing de bens de consumo e de Canais de marketing de bens de consumo e de


marketing industrial marketing industrial
(a) Canais de marketing de bens de consumo (b) Canais de marketing industrial

nível zero nível 1 nível 2 nível 3 nível zero nível 1 nível 2 nível 3
Fabricante Fabricante Fabricante Fabricante Fabricante Fabricante Fabricante Fabricante

Atacadista Atacadista Representante Divisão de


do fabricante vendas do
fabricante
Atacadista
Especializado

Distribuidores
industriais
Varejista Fabricante Fabricante

Cliente Cliente Cliente Cliente


Consumidor Consumidor Consumidor Consumidor industrial industrial industrial industrial

Exemplos de fabricantes que passaram a atuar


também no nível zero
Estrutura certa de canal
Samsung: em julho de 2012, inaugurou sua primeira loja física em
Vancouver (Canadá), com as mini-lojas de 2013 no Best Buy, a ideia é Deve ajudar a atender às demandas de serviços
se aproximar dos consumidores pelo varejo.
Apple: mais de 400 lojas de varejo em todo o mundo, mini-lojas na Best
dos segmentos escolhidos
Buy e parcerias com outros grandes varejistas como Walmart e Target. Deve minimizar os custos totais do canal
Natura: planeja abrir até 30 lojas físicas em diferentes cidades
brasileiras, modelo que já testado em sua loja modelo na Rua Oscar Os intermediários escolhidos devem ser capazes
Freire, em São Paulo. Vendas online deve ser expandida.
de desempenhar os fluxos com qualidade e
Devassa: chegou ao mercado em 2002 com um conceito novo de
experimentação da cerveja premium, com lojas próprias. rapidez
Havaianas: abriu a primeira loja conceito em fevereiro 2009. O sistema de recompensa deve refletir o princípio
Nespresso: maneira de disseminar o costume de usar as cápsulas. no
Brasil, o primeiro endereço foi aberto em dezembro de 2006. da igualdade
Melissa: Grendene já contava com lojas da marca Melissa em 23
cidades do país até 2012, quando transformou em máster franqueada a Estrutura fornece um conjunto de
então distribuidora Jelly, que tem sob sua responsabilidade a metas a serem alcançadas
administração e concessão de 42 franquias da marca Melissa.

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Projeto de canais: definição de alvos Lacunas de canal

• Quais segmentos devem ser trabalhados? • Importante identificar a fonte da lacuna


• Realizar análise de lacunas • Fazer análise para cada segmento alvejado

Eliminando lacunas
Lacunas por parte da demanda Lacunas por parte da oferta
Oferecer vários níveis de serviços Modificar responsabilidades de
Limitações Limitações gerenciais fluxo de membros do canal atual
ambientais Limitações que Expandir ou retrair o nível de Investir em novas tecnologias de
Limitações legais surgem devido à falta serviço fornecido distribuição
locais de conhecimento Modificar segmento alvejado Trazer novos membros para o
Infra-estrutura Limitações que canal
física e varejista surgem devido à
local otimização

Lacunas por parte da oferta na Projeto de canais: estabelecer novos canais


estrutura de canal: Paçoquita cremosa ou aperfeiçoar canais existentes?
• Em julho de 2014, o lançamento da Paçoquita cremosa
causou uma corrida desenfreada até os supermercados – e Integração vertical
deixou muitos de mãos abanando. A procura pela pasta de
paçoca ganhou a internet e até aplicativos que dizem onde é possível
Assumir o fluxo traz mais eficiência?
encontrar o doce. De acordo com a Santa Helena, isso acontece porque,
Resultados obtidos
todas as vezes que um produto novo chega ao mercado, existe uma
burocracia para que os estabelecimentos obtenham licença para Recursos usados
comercializá-lo. O prazo para a obtenção da autorização é menor para as
lojas independentes do que para as grandes redes, que têm mais pontos de Impedimentos
vendas. Além disso, há os próprios trâmites internos das grandes varejistas. Falta de recursos
"Para cada novo produto, é feita uma série de análises antes de colocá-lo à
venda: categoria e qualidade do produto, se ele se encaixa no portfólio da Outras alternativas para aumentar a eficiência
rede, posicionamento de preço, entre outros". Os estabelecimentos menores,
por sua vez, recebem uma quantidade limitada do produto, até por uma
Situações favoráveis
questão de tamanho de estoque. Em resumo: as grandes lojas ainda Falta de habilidade de negociação
não podem receber a Paçoquita, e as que recebem não podem Ambiente incerto
recebê-la em quantidade suficiente. (PORTAL EXAME, 11/08/2014)
Campanha #acheiotesouro Falhas de informação

Projeto de canais: estabelecer novos canais


Sistemas verticais de marketing (SVM)
ou aperfeiçoar canais existentes?

Terceirização Fabricante, atacadista(s) e varejista(s) atuando


como um sistema unificado
Mercados eficientes: pressões para melhora
nos resultados Capitão do canal: maior poder sobre os demais
Vantagens da terceirização SVM Corporativo: produção e distribuição sob o
comando de um único proprietário
Motivação
Especialização SVM Administrado: cooperação administrada pelo
capitão do canal
Sobrevivência do mais apto economicamente
Economias de escala SVM Contratual: programas integrados por meio
de contratos (redes patrocinadas por atacadistas,
Maior cobertura de mercado
cooperativas de varejistas, franquias)
Independência de qualquer produtor individual

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Sistemas horizontais de marketing Sistema horizontal: varejistas e seguradoras
• O Ministério da Justiça multou em R$ 28 milhões as principais redes
Duas ou mais empresas não relacionadas unem varejistas do País por práticas abusivas na venda de produtos.
Casas Bahia, Magazine Luiza e Ponto Frio (Globex) foram multadas
recursos para explorar novas oportunidades em R$ 7,2 milhões. Ricardo Eletro, Lojas Insinuante e Fast Shop
Acordos entre supermercados e bancos, joint- foram penalizadas em R$ 2,4 milhões.
ventures • As investigações do Ministério começaram em 2012, depois da
denúncia de órgãos de defesa do consumidor contra as Casas
Sistema multicanal de marketing Bahia por venda irregular do seguro garantia estendida, além do
oferecimento de serviços adicionados, como planos
odontológicos. Após a consulta aos Procons, o DPDC ampliou o
Dois ou mais canais de marketing são usados escopo da investigação para outras redes varejistas.
para atingir os segmentos de clientes • Ficou comprovada a prática abusiva das empresas em incluir junto
com os produtos seguros de garantia estendida, seguros
Maior cobertura de mercado, menor custo de canal,
desemprego, seguros de vida, títulos de capitalização e até cupons
venda mais personalizada
para sorteios. A venda desses produtos foi feita sem o
conhecimento do consumidor. Fonte: Estadão, 20.01.15

Sistema multinível (marketing de rede) Fases dos relacionamentos em canais

Estratégia adotada por empresas de venda direta Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5
Conscientização Exploração Expansão Compromisso Declínio e
para a distribuição de seus produtos e remuneração dissolução
de seus revendedores Possível parceiro Testes e Benefícios se Investimentos
Pouca interação sondagens expandem mútuos Um lado provoca a
Produtos ou serviços saem diretamente do fabricante Redes são críticas Investigação dos Risco aumenta Horizonte de longo discórdia
motivos Satisfação leva a prazo Insatisfação evita
para os consumidores através de uma rede de Proximidade física
é importante Barganha intensiva motivação e Não cortejar outras investimentos
distribuidores independentes Revelação seletiva
de informações
compromisso
Objetivos
alternativas
Altas expectativas
Dissolução
abrupta ou gradual
sistema mononível: o revendedor compra um produto e o Surgem regras
Definição de
congruentes
Aumenta
Alta inter-
dependência
Dois para construir
– um para abalar
revende com uma margem de lucro papéis cooperação e Alta confiança
Conclusões são comunicação Conflitos são
sistema multinível: além de obter lucro sobre as vendas, testadas Outros parceiros resolvidos
Fácil rescindir menos atraentes Fidelidade,
um revendedor pode indicar outros revendedores e Manter impulso adaptabilidade,
ganhar uma porcentagem em cima das vendas da equipe continuidade

que construir
Hinode, Herbalife, Jequiti, Amway, Mary Kay 1 2 3 4 5
Fonte: HAKANSSON e SNEHOTA (1998)

Implementação de canais: identificação de


Gerenciamento do canal conflitos

Literatura da área indica que conflitos de canais Conflito: ações de um membro do canal
podem ser um fenômeno funcional ou impedem que o canal atinja seus objetivos
disfuncional (CHANG; GOTCHER, 2010) Redução do conflito: aplicar as fontes de poder
Funcional: conflito de tarefa pode promover
Capacidade que um membro de
eficiência do canal, estimular a inovação,
canal tem de conseguir que outro
desencorajar a acomodação dos membros do membro faça alguma coisa, que de
canal outro modo não faria
Disfuncional: conflito emocional pode reduzir a
eficiência do canal e ter influência negativa no
desempenho “Poder é uma ferramenta”
Fonte: ROSENBLOOM (2002), COUGHLAN et al. (2002)

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Fontes de poder Conflito de canal

• Recompensa Ocorre quando um membro de canal vê


– Compensação por alterar comportamento outro como adversário
• Coerção Conflito vertical, horizontal ou multicanal
– Punição praticada por uma empresa Fontes de conflito
• Especialidade
– Empresa possui conhecimento especializado Objetivos concorrentes
• Legitimidade Percepções diferentes da realidade
– Lei, normas e valores Conflitos de domínio
• Referência Canais múltiplos
– Empresa vê outra como padrão de referência Canais paralelos

Exemplo: conflito de canal Exemplo: conflito de canal


• Podem surgir quando um canal on-line é criado junto
a um canal tradicional CASO 2 Produtor

Produtor
CASO 1 Canal independente de
Canal padrão
vendas na internet
Canal próprio de vendas
Canal padrão
na internet
Consumidores
Consumidores
Distribuição dupla
Desintermediação Pacotes e preços diferentes
Fabricante pode forçar a comprar on-line Conflitos Consumidor pode “pegar carona”
Conflitos
Consumidor pode “pegar carona” Produtor não tem controle no preço
Devolução de produtos no canal padrão do canal on-line

Como gerenciar os conflitos? Como gerenciar os conflitos?

• Permanecer on-line, mas • Diferenciação de linha de produto


oferecer benefícios aos para preservar o posicionamento
CASO 1 CASO 2
varejistas tradicionais que não no mercado do varejista
são encontrados no site tradicional
– Ex: Nike nos EUA – Ex: Procter & Gamble nos EUA
– Site vendia produto com preço de – Linha diferentes de produtos de
tabela, não oferecia descontos, beleza são vendidos em varejistas
lista com lojas próximas ao on-line
cliente, varejistas preferenciais – Consumidor não consegue comprar
poderiam vender lançamentos
o mesmo produto em 2 tipos
que não estavam no site diferentes de canal
– Minimiza comparações de preço

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Exemplo de conflito: Mont Blanc Gerenciamento do canal

Avaliação dos membros do canal


Combate ao “mercado cinza” na China
Distribuidores asiáticos enviavam produtos para Modificação dos arranjos
outras empresas para comercializá-los a preços Canal projetado usando as demandas pelos
inferiores serviços
Fechou mais da metade de seus pontos-de-venda
(200 para 90) Poder do canal aplicado para garantir a
Assumiu controle direto de suas operações de implementação do projeto
distribuição (41 lojas )
Canal coordenado
Restante operado por franqueados que entendem o
conceito de produto de luxo – Diferentes membros do canal são reunidos
para implementar as metas do canal
Preocupação: prejuízo à imagem da marca

Considerações finais Métricas de marketing (FARRIS et al., 2007)


Métricas Exemplos
Participação em corações, Participação de mercado, penetração, participação nos gastos,
Oportunidades de incremento no diferencial mentes e mercados consciência, atitudes e uso, satisfação do cliente, disposição para
recomendar
competitivo Margens e lucros Margens, preços de vendas, custos variáveis e fixos, despesas de
marketing, ponto de equilíbrio
– Canais de distribuição Experimentação, repetição, crescimento, canibalização, valor de
Produtos e portfólio
Maior potencial para obtenção de vantagem marca, preferências, utilidades
Rentabilidade do cliente Contagens, retenção, lucro, valor de duração, despesas de retenção
competitiva e prospecção
Equipe e canal de Territórios, metas, resultados, remuneração, progresso de
– Mais difícil de ser copiada pelos concorrentes vendas vendas, exposição de embalagem, rotatividade de estoque

no curto prazo Preços Preço relativo, preço de reserva, elasticidade de preço da demanda,
preço ótimo
Promoção Vendas incrementais, taxas de resgate de cupons, repasse de
A estratégia de canal é de longo prazo descontos
A estratégia de canal geralmente exige uma estrutura Mídia e web Exposições, alcance, frequência, GRPs, custo por mil, resposta à
frequencia, presença de comercial, visitas a páginas, taxas de
A estratégia de canal é baseada em pessoas e cliques, custo por exposição
relacionamentos Marketing e finanças Retorno sobre vendas, retorno sobre investimento, lucro econômico,
VPL, TIR

Exercício: Hinode Referências


• AMA – American Marketing Association. Disponível em:
• Leiam a entrevista no link: http://www.marketingpower.com/
http://exame.abril.com.br/carreira/sandro-rodrigues- • CHANG, Kuo –Hsiung; GOTCHER, Donald F. Conflict-coordination learning in marketing
presidente-da-hinode-conta-como-a-crise-ajudou-a- channel relationships: the distributor view. Industrial Marketing Management, v. 39, p.
287–297, 2010.
impulsionar-a-empresa/ • COUGHLAN, A. T.; ANDERSON, E.; STERN, L.; EL-ANSARY, A. I. Canais de marketing e
distribuição. 6. ed. São Paulo: Bookman, 2002.
1. Qual o nível de demanda do segmento de mercado • FARRIS, P. W. et al. Métricas de marketing: mais de 50 métricas que todo executivo
trabalhado pela empresa Hinode para cada prestação deve dominar. Porto Alegre: Bookman, 2007.
de serviço realizado pelos seus revendedores (divisão • HAKANSSON, Hakan; SNEHOTA, Ivan. The Burden of Relationships or Who’s Next. In:
NAUDÉ, Peter; TURNBULL, Peter W. Network Dynamics in International Marketing.
de grandes volumes, conveniência espacial, tempo de Pergamon, 1998. Cap. 2.
espera e entrega, sortimento e variedade)? • KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.
2. Considerando a “cadeia de suprimentos” a que • LAMB Jr., C. W.; HAIR Jr., J. F. MCDANIEL, C. Princípios de marketing. São Paulo:
Pioneira Thompson Learning, 2004.
pertence, quais fluxos a Hinode tem desempenhado?
• LOVELOCK, C.; WRIGHT, L. Serviços: marketing e gestão. São Paulo: Saraiva, 2001.
Quais são possíveis fontes de conflito entre a empresa • ROSENBLOOM, Bert. Canais de marketing. São Paulo: Atlas, 2002.
e outros membros do canal? • WILKINSON, Ian. A history of network and channels thinking in marketing in the 20th
century. Australasian Marketing Journal, v. 9, n.2, 2001.

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