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Economia da Empresa

Lecture 3: Incentivos e objetivos


As empresas maximizam o lucro?
€/q
 Razões para duvidar
 Coligações de interesses
 Separação propriedade-controlo
PL CMg
 E será que interessa? Pv
 Os nossos resultados alteram-se se o
objectivo for outro (ou não for nenhum!)

D
qL qv q

RMg

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Restrições à não maximização

 Restrições externas (3 mercados)


 Pressão competitiva
 Mercado de trabalho dos gestores
 Mercado pelo controlo de empresas
 Restrições internas
 Sistema de incentivos e punições

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Teoria da agência

 PRINCIPAL solicita tarefa ao AGENTE mas


 Não pode observar o esforço do agente
 Para lá do esforço, a produção depende de outros factores aleatórios ou não
observáveis

 Ilustrações
 Doente e médico
 Seguradora e segurado
 Accionista e gestor
 Empresa e trabalhador

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Iso-utilidade: esforço versus utilidade

 Situação inicial
 (e0,W0) ► U0 €

 Aumentando esforço para e1


U1
 Para manter utilidade ...
 ... Aumentar salário para W1 U0

 (e0,W0), (e1,W1), (e2,W2) definem uma W2


curva de iso-utilidade W1
W0
 U1 corresponde a mais utilidade do que
U0 e0 e1 e2 e

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Para comparação: esforço observável

Pressupostos

 Função produção: Q = e
 Produção proporcional ao esforço
 Preço = 1 Q
Ur
 RT = Q = e
 Receita da produtividade marginal = 1
 CMg do esforço é crescente (iso-utilidade
convexa)

 Utilidade de reserva: Ur
e
 Concorrência no fornecimento de esforço
 Empresa só precisa de proporcionar Ur

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Esforço desejado pela empresa

 Lucro = Q – W

 Que acontece ao lucro quando se
contrata mais esforço?
 Lucro aumenta se receita da produtividade
marginal (q) excede custo marginal (w) Q
Ur
Q*
 Esforço ótimo: e*
 Lucro = Q* – W* W*
q
 Receita da produtividade marginal (1) é w
igual ao salário marginal(w)

 Um contrato possível e e+1 e* e


 Trabalhas e* (ou mais), ganhas W*
 Trabalhas menos, não ganhas nada.

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Outro contrato ótimo

 W = W0 + be
 W 0? b? €

 Em equilíbrio
 w = dW/de = b = 1
Q
 W 0 < 0!
Ur
Q*
 Também aplicável com esforço não W
observável mas Q = f(e) W*
 Franchising
W0 b
 Este contrato ótimo não tem em conta a
questão da distribuição do risco e* e
 Quem ganha / perde quando as coisas não W0
correm como previsto?

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Esforço não observável e incerteza

 Q = ae + m
 m é aleatório €
Q+ (m>0)
 e não pode ser deduzido de Q
 Contrato ótimo compatibiliza incentivos e Q (m=0)
risco Q’’
Q- (m<0)
 Solução depende das atitudes em relação
ao risco Q
Q’

e’ e e’’ e

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Atitudes face ao risco

 Quanto estaria disposto a pagar por um bilhete de lotaria que dá um prémio


de 1.000€ com 50% de probabilidade e 0€ nos restantes casos?
 Neutralidade: 500€
 Aceita pagar o valor esperado da lotaria
 Aversão: < 500€
 Só compra o bilhete se pagar menos do que o valor esperado
 Propensão: > 500€
 Está disposto a pagar mais do que o valor esperado

 Em geral, assume-se que as empresas são neutras face ao risco enquanto


os trabalhadores lhe têm aversão

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Formas de remuneração

 Salário fixo  Soluções intermédias: salário + ...


 Empresa corre o risco  Comissões
 Trabalhador tem pouco incentivo para se  Bónus
esforçar  Planos de partilha de lucros
 Pagamento “à peça”  Opções de compra de ações
 Trabalhador tem forte incentivo para se  Prémios por performance relativa
esforçar  Promoções
 Mas suporta o custo do risco

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Problema

 U = W – 0,5H-0,1H2
 W – salário
 H – horas de trabalho (esforço)
 Ur = 10
 RT = 8,5H – 0,3H2

 H*, W* ?
 W = W0 +bRT; W0, b ?
 W = f(RT); efeitos prováveis?

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