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Introdução histórica: É recente, está entre o direito comercial e o público, direito dos países mais
desenvolvidos em que se pretende defender a concorrência. Para tal é necessário estarmos perante
um mercado livre para a iniciativa económica e para o mercado, não podemos estar face a uma
economia planificada. É necessário que a concorrência tenha um valor importante para essa
economia dita liberal, economia esta que assenta em autonomia privada.
No Egito antigo não fazia sentido o direito da concorrência. Os egípcios tinham uma compreensão
metafisica da vida e fazia com que a liberdade de iniciativa/liberdade empresarial não fizesse sentido,
não havia nenhum estímulo para que houvesse um mercado. Para além desta compreensão da vida
havia uma economia de estado na medida em que o estado e os templos eram proprietários dos
principais meios de produção (indústrias, minas, solos), ou seja, toda a produção e exploração era
controlada pelo estado, assim, numa economia em que não há incentivo.
Época clássica grega: tempo de subordinação da economia à política, o cidadão está absorvido
pelo estado. O trabalho era efetuado pelos escravos, neste tipo de economia subordinada não há
espaço para o lucro nem para qualquer espírito capitalista, assim, este direito não faz sentido falar de
liberdade de empresa etc.
Época ilenistica grega: aqui já há algum desenvolvimento, já faz sentido a iniciativa privada, há o
desenvolvimento de uma certa burguesia que começa a ser capitalista (banqueiros, comerciantes) já
estava criado o ambiente para a necessidade de haver este direito. Mas os romanos invadem a
Grécia.
Antiguidade romana: Antes da paz imperial (até 27 a.c.): o estado romano pouco intervém na
economia, ou seja, há espaço para a economia livre e surgem algumas corporações de artes e ofícios
que estabeleciam alguma regulação. Nesta fase da república romana havia um ambiente de
sociedade capitalista (banqueiros etc) e por isso estava aberto o espaço para uma economia livre.
Temos os requisitos para começar a aparecer o nosso direito.
Depois da paz imperial: aqui o imperador intervém na economia e controla as corporações, não
sendo mesmo necessário este tipo de direito, o imperador regula preços, estabelece salários, temos
uma economia dirigista.
Idade Média: Interessa o período mais tardio, as corporações de artes e ofícios. A necessidade de
regular a concorrência começa por volta do sec. XII pois temos um desenvolvimento da economia,
primeira fase do capitalismo, desenvolvimento das cidades, da burguesia e da importância das
corporações medievais. Estas corporações adquirem poder. Ao abrigo do princípio da igualdade de
concorrência vão regular preços, horas de trabalho, regulam a publicidade, regulam os salários,
regulam as taxas a pagar, as ferramentas a usar, as matérias-primas utilizadas, proíbem as patentes,
regulam a qualidade, proíbem os segredos tudo para que houvesse igualdade de concorrência.
Direito da concorrência
Proíbem a publicidade porquê? Para que os grandes não tenham mais armas na concorrência que
os pequenos pois os grandes poderiam arranjar mais gente para fazer publicidade. Os segredos de
negócio eram proibidos pela mesma razão. Qualidade do produto, estabeleciam as marcas dos
produtos a usar etc.
Estas corporações no fim da idade média adquirem outras características e deixa de haver regras
para a lealdade da concorrência, mas passam a ser corporações fechadas, ou seja, só era sapateiro
quem fosse da corporação dos sapateiros, mas fecharam tanto ao ponto que apenas familiares de
sapateiros da corporação podia ser sapateiro. No séc. XVI e XVII eram tão fechadas que violavam este
direito, limitavam o direito individual e restringia o acesso as profissões.
Revolução industrial: Os princípios vêm da revolução francesa e do direito de propriedade que são
valores formais e essenciais.
Finais do sec. XVIII até 1870: valiam os valores formais como já ditos e acreditava-se que havia
uma mão invisível que garantia a liberdade e o funcionamento de mercado, é um espírito
individualista. Acreditava-se que era assim funcionaria. O que tínhamos nesta 1ª fase? Tínhamos
muitas pequenas empresas com um mercado atomizado, assim, as empresas concorriam entre si com
base no preço e qualidade, teríamos maior sucesso as que produzissem melhor e os que tivessem
preços mais baixos. Parece que existiu uma concorrência perfeita ou quase perfeita pois as empresas
eram todas relativamente pequenas que concorrem pelo preço e qualidade. Fazendo do uso da
liberdade contratual, de empresa, da autorregulação e da liberdade de autorregulação, estas
empresas começam a pensar de outra forma e na segunda fase.
1870 até 1 guerra: este período chamado de capitalismo financeiro, as empresas pequenas e
muitas quando se pensava que estávamos numa fase de concorrência perfeita estas empresas vão
usar ao abrigo dos princípios da liberdade: 1º- algumas começam a concentrar-se, invés de 5
tínhamos 1, havendo concentração aniquilamos a concorrência. 2º- se não se concentram fazem
acordos entre si, assim ao invés de concorrerem entre elas, acordam entre si que não vendem mais
barato do que o valor, ou que só produziam x quantidade, isto ao abrigo da liberdade contratual. 3º-
as empresas começam nesta segunda fase a dar uso a 3 instrumentos: publicidade, marcas e
patentes, as corporações anteriormente tinham proibido todos estes instrumentos. Usam a marca
para diferenciar os seus produtos que por vezes eram iguais e usam a publicidade para aumentar essa
marca. Acaba a concorrência perfeito por estes mecanismos.
As patentes desenvolvem-se aqui, a patente significa que a empresa F consegue patentear certo
produto significa que só essa empresa pode fazer esse produto. Segredos de comercio e de indústria
desenvolvem-se aqui também, é o caso das vacinas (caso último) em que só algumas marcas
conseguiam fazer aquelas vacinas e só assim as conseguiam vender. Esta segunda fase do capitalismo
financeiro permitiu isto, tudo isto conjugado, esta segunda fase nada tem a ver com a primeira.
Direito da concorrência
A certa altura o produtor começa a embalar o produto e coloca uma marca (sigla pro ex) e aí o
produtor é o que controla o mercado e não o retalhista que tinha um saco cheio de arroz que
nenhuma marca tinha.
Mais recentemente: Temos a marca do distribuidor ex: pingo doce etc. distribuidor que não
produz, apenas compra e vende o mesmo produto, acaba com os pequenos retalhistas. A marca do
distribuidor está a distorcer o mercado porque muitas pessoas preferem a marca do distribuidor, a
dita marca branca pois não produz nada. Mas a marca conjugada pela publicidade distorce a
concorrência perfeita. Temos o distribuidor a controlar o mercado ficando apenas os produtores mais
fortes.
Temos uma visão da concorrência muito diversa. A compreensão do que é leal na concorrência
mudou, as proibições, etc, que inicialmente se impuseram acabaram e trabalham todos os dias,
fazem publicidade etc.
Concorrência desleal - temos excesso de concorrência, usam práticas desleais para se sobreporem
a outrem, a publicidade comparativa é tanto regulada que torna quase impossível de existir. Verifica-
se quando uma empresa pratica atos de comercio que violam as normas e usos honestos, por ex,
para disputar clientela duas sapatarias uma delas conta mentiras sobre a outra; ou por exemplo diz
que vende para uma grande marca como ex:. BOSS coisa que não existe.
Mas o que queremos tratar é quando há falta de concorrência e não quando há concorrência a
mais.
O direito da concorrência surge porque para o abrigo da liberdade proíbe-se a liberdade. Usam a
concorrência e a liberdade desta para anular a concorrência utilizando os mais variados métodos
utilizados anteriormente. Este direito quer que haja concorrência quando as empresas não querem
que haja essa concorrência. Quer este direito não uma concorrência perfeita, mas sim a concorrência
possível. O valor da concorrência não é o único valor, pelo contrário. É possível admitir alguns
patamares em que não há concorrência.
A chegada a europa do direito da concorrência foi mais tardia do que o direito dos norte-
americanos, mas nessa altura, nos inícios do séc. XX ainda se acreditava na liberdade e iniciativa
económica e vivíamos muito sobre os ideais da revolução francesa.
O direito norte-americano chegara a europa após a 2º guerra mundial, quando alguns territórios
da Alemanha ficaram sobre a posse americana, russa etc mas principalmente americanos, sendo essa
a via de entrada do direito americano. O direito da concorrência entra assim no direito alemão, mas
chega até nós numa 2º fase. Este direito norte-americano vai chegando à europa através de trust e
carteis.
Temos de os distinguir:
Direito da concorrência
Este direito distingue os casos em que estamos perante carteis em que as empresas concertam as
suas atividades no mercado, mas mantem-se independentes, concertam-se entre si, fixam preços etc,
nos trust as empresas perdem independência pois uma absorve a outra e assim seguidamente. No
cartel apenas concertam a atividade no mercado, mas mantem-se independentes.
Shermen AT de 1890 temos uma primeira fase em que não é aplicado (só o é a partir de 1903 e no
início a concorrência é vista como um direito absoluto quando vem para ser aplicado já não é assim
visto. Havia uma grande concentração de empresas de óleo e caminhos de ferro, e foi uma
concentração tao forte que leva-o a uma situação de quase monopólio provocando grandes
manifestações entre agricultores pois os caminhos de ferro decidiam por onde passar. E será desta
manifestação surge então este Sherman AT e é esta segunda fase que nos interessa.
Na europa ainda se acreditava na liberdade até na liberdade para negar a liberdade sendo este
último o requisito para a criação de monopólios.
A pergunta que se coloca é, havendo aqui uma diferença de 50 anos (direito da concorrência que
começa a ser aplicado em 1903 e na europa só chega apos a 2 guerra) faz sentido que haja uma
divergência daquilo que se entende como direito da concorrência. Mas será que não havia direito da
concorrência ou outros mecanismos? Existiam, mas era pouco aplicado, tínhamos a figura usada em
Itália que era o abuso de direito para não ter monopólios tão poderosos; tínhamos em Portugal que
tinha uma disposição na CRP de 1852 que pretendia ter uma melhor concorrência.
Na prima fase o valor da concorrência tinha um valor absoluto, no sentido que não se ponderava
com outros valores por isso, qualquer prática contra o Sherman era punida.
Na segunda fase, já não é assim, sendo certo que este não sendo assim vai ser desenvolvido pelo
direito norte-americano progressivamente e vão-se traduzindo em valores para o direito da
concorrência, nessa fase o valor da concorrência vai deixar de ser absoluto.
Pode haver decisões não favoráveis. Vai-se desenvolver toda uma compreensão de direito da
concorrência em que nos afastamos do direito americano original em que vamos ponderar outros
valores ex: ponderar se um valor da concorrência deve prevalecer quando é para ajudar pequenas e
medias empresas; se deve prevalecer para o acesso aos alimentos.
EX em que se ponderaram outros valores e isso significou que na europa o valor da concorrência
não era absoluto;
1- ex- o setor agrícola- os apoios a agricultura eram imensos pois há uma preocupação de
suficiência alimentar, a agricultura durante muito tempo não tava sob a concorrência, funcionava da
forma seguinte: havia a comunidade europeia e havia os terceiros (nova Zelândia ) que produziam
muito mais e a melhores preços do que a europa, quando esse produto chegava a europa os
produtos apesar de mais baratos ficavam ao preço do mesmo alimento na europa, para proteger a
agricultura europeia mas quando os produtos europeus exportavam baixavam o preço para 1 euro
recebendo o restante valor de 4 €, não havendo assim concorrência e estando garantida a venda dos
produtos. Havendo sempre mercado não há concorrência. Depois deixa de haver uma intervenção e
ajuda nos preços, mas há um ajuda a produção, isto era o meio utilizado pelos norte-americanos.
Direito da concorrência
Havia um valor superior ao valor da concorrência, não interessava se os produtos eram caros, eram
sempre vendidos logo não havia concorrência na europa.
2- contratos comerciais que ponderam outros valores que se admitem clausulas anti
concorrenciais - o contrato de franquia também há um regime específico que se permitem
derrogações a concorrência. O contrato de franquia como ex funciona na coca-cola, mc donalds, isto
é, o franquiador tem uma imagem empresarial e o estabelecimento tem uma imagem (as lojas são
todas muito parecidas, os alimentos iguais etc mas cada loja é sempre uma empresa diferente, ou
seja, os franquiados são milhares deles ele licencia a sua marca empresarial e as diferentes empresas
(que normalmente são pequenas empresas) fazem um contrato em que se estabelece várias
condições, o franquiado só pode comprar a matéria-prima ao franquiador ou a quem ele autorizar,
não pode colocar à venda outros produtos que o franquiador não autorize, tem a obrigação de não
concorrência, quando acabar o contrato não pode abrir um restaurante semelhante durante 5 anos
após o termino nem durante o contrato, não pode adquirir produtos a outros franquiados, o
franquiador concede uma área onde este ano vai ter concorrentes autorizados pelo franquiador
(numa área só há 1 mc por ex) todas estas clausulas violam o direito de concorrência, sendo que
existem mais, porque se permitem estas clausulas? Qual o valor em causa? No ex 1 era o valor da
autossuficiência da europa, aqui no ex 2 o valor é que ao invés de ser uma só empresa temos
múltiplas empresas que entram no mercado que não entravam sem ser com este contrato, é para
ajudar pequenas e médias empresas. Incentivar estas pequenas e medias empresas.
Significa que na europa nunca o valor da concorrência foi um valor absoluto, foi sempre
ponderado, por isso se permite decisões contrárias a concorrência porque no fim feito o balanço a
concorrência fica a ganhar.
Pressupostos:
grau de concorrência que permita uma concorrência praticável que permite restrições ponderando
outros valores.
Na segunda fase Sherman AT em que se afasta esta rigidez comercial. Rule of reason, regra da
razoabilidade, esta regra está no direito europeu o que seja esta regra do razoável.
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Na primeira fase do Sherman act o valor da concorrência era absoluto e não havia outros valores.
E qualquer trust era mau trust. Esta primeira fase é ultrapassada.
Rule of reason é introduzido no fim do sec XIX mas vem a ser desenvolvida mais tarde
Critério da razoabilidade veio-se em alguns casos, apesar dos contratos e as clausulas serem anti
concorrenciais.
Critérios:
• Prescrições incidentais: o valor da concorrência não era afetado, apenas existiam algumas
clausulas acessórias anti concorrenciais e o contrato no seu todo era lícito. E essas clausulas não eram
sancionadas.
Tem de ser tudo ponderado os valores extra concorrenciais, e as clausulas anti concorrenciais.
A experiência norte americana é positiva e pondera algumas clausulas que merecem especial
censura: Clausulas que fixem preços, quantidades, clausulas de produção, e das quais derivem riscos
para a qualidade dos produtos.
Com estas clausulas dificilmente o balanço concorrencial seria positivo, esses acordos mereciam
censura pelo direito da concorrência.
Nesse sentido veio a ser desenvolvida a doutrina: Per se Prohibition, esta é uma limitação á rule of
reason.
Sempre que um acordo consagrasse esse tipo de clausulas, não seria aplicada a rule of reason
porque essas clausulas eram absolutamente proibidas:
• Fixaçao de preços,
• Praticas discriminatórias
A per se prohibition: Não se analisa todo o acordo. Basta ter estas clausulas que o contrato é
ilícito, infringindo o direito da concorrência. Esta teoria é enquadrada com a teoria do ato claro.
Mereceu uma censura que não teve grandes reflexos no direito da concorrência, na escola de
Chicago, quer um mercado mais liberal e eficiente, recusa-a e quer a rule of reasons mais valorizada.
Contrato de concessão:
Mas porque é que estes contratos não são punidos pelo direito da concorrência?
Vantagens:
Foram se desenvolvendo pela jurisprudência norte americana que o direito da união europeia foi
buscar o seu direito da concorrência.
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E podemos ter restrições a essas liberdades, que é uma violação do direito da concorrência.
• Elton john
Direito da concorrência
Elton John produziu discos na Alemanha a 10€ e nos estados unidos a 15€, e começaram a
aparecer discos nos estados unidos a 13€ que tinham sido comprados na Alemanha e revendidos nos
Estados unidos
A partir do momento que o autor coloque o produto á venda na UE estes circulam livremente
dentro da união europeia. O direito de livre circulação prevaleceu sobre o direito de autor.
Fora da união europeia já não podem circular, se eles fossem produzidos em Espanha não podiam
circular para os estados unidos.
• Sebagos (sapatos)
Apesar de ter uma visão liberal da economia, logo a seguir temos um conjunto de valores (social,
ambiental, preços, inovação científica e tecnológica). É uma economia social.
O mercado interno
A intervenção do estado em relação a estas liberdades também pode ser um obstáculo e pode
infringir o direito da concorrência.
• União aduaneira
• Direito da concorrência
Quem é que tem competência para regular e aplicar o direito da concorrência? 3º, nº1, alínea b
O estabelecimento das regras sobre o direito da concorrência na UE, é exclusiva da UE. Através de
um tratado e regulamentos. Foi a única forma de aplicar uma organização uniforme, sem prejuízo dos
estados-membros em algumas matérias poderem intervir sem afetar o direito da concorrência.
A prática de preços abaixo do custo não é proibida pelo regulamento da UE. Mas alguns estados-
membros disciplinaram essa prática. A UE deixou isso ao critério dos estados-membros. A holanda
Direito da concorrência
não proíbe, mas Portugal proíbe. Apesar de ser competência exclusiva da UE, é mercado interno.
Então os estados-membros podem regular.
• Carteis
• Auxílios de estado
O direito tem de estar em conformidade com o direito europeu da concorrência e tem de haver
cooperação entre as instituições europeias e nacionais.
Quanto às empresas: são diretamente visadas nos carteis, nas concentrações e nos abusos de
posição dominante. Assim como as associações de empresas. O direito da união europeia tem uma
compreensão diferente de empresa do direito nacional.
Empresa é qualquer unidade que desenvolva uma atividade económica para o direito da
concorrência. Independentemente da forma jurídica e forma de financiamento. Quanto às empresas
podem ser estaduais ou não, privadas ou publicas. Temos um conceito amplo de empresa.
3 domínios:
• Aplicar o direito da concorrência: nos auxílios de estado, mas estes são proibidos salvo
disposição em contrário
Ex: para uma empresa se estabelecer no sector dos refrigerantes tem de ter um stock de água de
1 milhão de litros permanente. Isto viola o direito da concorrência. É um obstáculo á entrada,
restringe a liberdade de estabelecimento. Se tiver fundamento de interesse publico já não viola. Mas
neste caso não há interesse publico.
Ex: Portugal só vendia artigos que 80% fosse ouro. Mais nenhum país tinha esta percentagem. Isto
foi considerado violador da concorrência. Há peças em ouro que têm menos quantidade de ouro, são
em níquel ou cobre. É um obstáculo á liberdade de mercadorias não justificado. Não há interesse
publico revelante.
Ex: Nos países nórdicos se quisermos comprar álcool temos de ir a lojas especificas, não há álcool
nos supermercados. E não se pode beber álcool nas esplanadas. E não podem comprar álcool dos
Direito da concorrência
Podemos ter praticas restritivas da concorrência que só tenham aplicação num estado-membro.
Não afeta mais nenhum mercado. Se for suscetível de afetar o comercio entre os estados-membros,
então a competência passa para a comissão europeia. O afetar é qualquer pratica que restrinja a
competência. O efeito anti concorrencial tem de se produzir dentro da UE. A empresa pode estar fora
da UE. Mas a medida restritiva da concorrência tem de estar dentro da UE. Tem de ser dentro do
espaço económico europeu, senão o direito da concorrência não se aplica. Algumas matérias e alguns
casos de infração da concorrência vão ser resolvidos com as autoridades portuguesas.
Relação entre as autoridades envolvidas: pode ser um problema. Pode haver contradições na
aplicação do direito da concorrência
Este regulamento tem algumas disposições (16º, nº2) problemáticas á luz dos princípios da
separação dos poderes. Existe uma rede de autoridades de concorrência.
Autoridade nacionais da concorrência e a comissão europeia: 16º nº2 e 18º nº6. Impõe
cooperação entre as duas autoridades envolvidas.
O direito europeu da concorrência aplica se quando as práticas podem ser suscetíveis de afetar o
comercio. A pratica tem de obedecer a critérios, tem de ser um mercado relevante.
• Critério do produto:
• Critério geográfico
O nº1 diz-se o que é compatível com o mercado interno, o nº2 estabelece a sanção e o nº3
consagra as exceções.
Direito da concorrência
A empresa é uma entidade que faz uma atividade económica que se traduz na oferta de bens ou
na prestação de serviços, é o que está aqui em causa. Podemos estar perante pessoas singulares ou
coletivas, sociedades comerciais ou não, cooperativas, perante sociedades nas suas diversas formas.
O artigo 101º nº1 dirige-se às associações de empresas, importa aqui se estamos perante um
agrupamento de pessoas singulares, não importa a designação, se é cooperativa, empresa, etc.
importa é que estejamos perante um agrupamento de empresas. Regra estamos perante associações
sem fins lucrativos.
Em segundo lugar o artigo pressupõe que haja um concurso de vontades, que haja um cartel de
empresas ou que existam decisões de associações de empresas ou práticas concertadas. Há um
concurso de vontades dos titulares destas empresas de modo a coordenarem a atividade
empresarial, não estando sujeitos ao risco da concorrência.
- Os acordos entre empresas – traduz-se num qualquer tipo de acordo que estabeleça clausulas
restritivas da concorrência do mercado interno, direito europeu da concorrência. Qualquer forma de
acordo está aqui em causa, acordo entre empresas bilateral ou multilateral.
- Decisões de associações de empresas – tratam dos seus interesses, o artigo proíbe que as
associações adotem decisões contrárias ao direito da concorrência. A prática dentro dos carteis
atualmente são praticas concertadas.
- Praticas concertadas – não se consegue provar que há um acordo ou uma decisão de associação
das empresas, mas os consumidores verificam que há uma concertação, uma empresa sobe o preço e
as outras também sobem. É subjacente a estas práticas, houve uma concertação destas práticas que
pressupõe um acordo prévio, mas como não se consegue provar este acordo tem de se provar de
alguma forma para se concertarem. O direito europeu da concorrência promove essa confissão que a
empresa vir cooperar com a investigação, a única forma de provar esta confissão é a concertação. A
pratica é concertada quando há um acordo prévio, houve uma concertação de vontade, mas não se
consegue provar que há um acordo ou que há uma decisão da associação de empresas. Tem de haver
uma distinção entre pratica concertada e pratica inteligente.
Este artigo 101º tem subjacente um concurso de vontades, se há um pratica inteligente não há
pratica concertada.
É necessário que esta prática tenha por objetivo/efeito anti concorrencial que seja suscetível de
afetar o comércio dos estados-membros, não se exige que o cartel em causa tenha uma dimensão
extraterritorial.
Que uma destas formas de cartel tenha por objetivo ou por efeito que o cartel em causa pretenda
ter esse objetivo anti concorrencial que seja realizável. Basta o objetivo anti concorrencial não se
quer provar que houve efeito anti concorrencial.
Podem ter um objetivo anti concorrencial, fizeram acordo entre si, ou adotaram praticas
concertadas, mas não tinha por objetivos afetar a concorrência, mas assim o fizeram, mas tinham de
verificar que isso poderia acontecer, tinha de ter negligencia, não basta o domínio do achar, tinhas de
prever que isso aconteceria, deveriam ter previsto que daquela pratica concertada que havia um
efeito anti concorrencial.
Direito da concorrência
No nº1 do artigo 101º indicou alguns casos meramente exemplificativos, em que claramente,
entre a adoção desta medida e o afetar o comercio, há um nexo de causalidade.
a- Fixar preço, há um nexo de causalidade entre a fixação de preços e a restrição que vai ter na
concorrência. É evidente que se temos um acordo entre empresas a uma prática concertada
que se traduz na fixação de preços, é previsível que essa fixação não afete o direito da
concorrência. Basta que haja recomendação de preços.
b- Limiar ou controlar a distribuição de produtos. Está em causa a limitação de cotas de
produção/distribuição. O problema é que é uma forma de restringir a liberdade de
estabelecimento, de controlar os preços. Estão-se a autorrestringir quando o objetivo é subir o
preço. Temos aqui a fixação de cotas de produção com o objetivo de ter um preço mais alto
mas também estão incluídos mas também excecionados os acordos de especialização, isto é,
um grupo de empresas de calçado estabelecem acordos entre si dedica-se à compra de
materias primas, compra em grande quantidade, a outra dedica-se ao tratamento de matéria
prima, outra ao design do calçado, outra à produção física/ industrial, outra à distribuição e
outra ao marketing, podem cair na alínea b porque é uma forma de limitar a concorrência, na
medida em que a liberdade da empresa fica limitada. Estes acordos são proibidos e estão
estabelecidos na alínea b.
c- Repartir os mercados ou as fontes de estabelecimento – estamos aqui perante acordos
horizontais que divide o mercado de forma simples, em que uma vende só a norte, outra a sul
e outra no centro/ilhas, dividem o mercado entre si e limitam a concorrência. Nos contratos
verticais podemos ter os acordos de distribuição exclusiva, isto é, uma empresa obriga-se
perante outra a apenas lhe fornecer só a ela. Repartição do mercado através das fontes de
investimento.
d- Aplicar relativamente a parceiros comerciais condições desiguais – ex: empresa transformadora
de cimento e distribuía essa transformação por diversas empresas, que faziam uma segunda
transformação que depois vendiam aos distribuidores. Acontece aqui que adotava práticas
discriminatórias, que era o pagamento. Em que numa delas era de 90 dias e noutras era de
10/15 dias. Ao poder pagar mais tarde tinha uma posição vantajosa. Havia aqui uma causa,
mas não era a justificação em que a empresa principal era a dona da empresa que estava a
beneficiar.
e- Contratos acoplados – a empresa só vende cimento a C se ele também comprar tijolos. Estes
contratos são proibidos porque compra coisas que não quer.
O nº2 do artigo 101º diz que são nulos os acordos e as decisões, mas nada diz sobre as práticas
concertadas. Os comportamentos de facto não podem ser nulos, ou seja, uma prática concertada não
pode ser nula, pois não faz sentido.
Efeitos da nulidade do n° 2
A nulidade tem todas as consequências que o nosso código adota, tem efeitos retroativos, afeta
todo o acordo ou não, significa que o acordo não produz nenhum efeito afetando os efeitos
produzidos no passado.
Não podemos esquecer que o artigo 101º é de aplicabilidade direta incluindo o n°2.
101 n°3 - estabelece derrogações aos números anteriores em particular ao n°1. Há certos
acordos que não violam o direito da concorrência. O que está aqui em causa é o balanço
concorrencial, fazer funcionar o rule of reason mas também a ponderação se um certo acordo/cartel
não é favorável à concorrência. Se no seu todo não há vantagens para a concorrência, se o balanço
final não é positivo à concorrência.
Direito da concorrência
Estabelece 4 condições cumulativos para que os cartéis podem ser aceites para o direito da
concorrência.
1 - Que o cartel em causa contribua para a melhoria da distribuição dos produtos. Falamos dos
acordos de especialização, mas a maioria destes acordos têm vantagens para a concorrência, porque
permite que o preço seja mais baixo, melhor rentabilidade de crescimento, melhoria da qualidade
dos produtos. Os acordos de investigação podem ser envolvidos, os de concessão também. Acordos
que apesar de ter clausulas restritivas da concorrência têm vantagens para a concorrência. Vantagens
analisadas objetivamente
2 - Que haja para os utilizadores vantagens. A vantagem não tem de ser só o preço, mas pode ser
a qualidade dos produtos, o serviço pós-venda que garante uma maior segurança dos produtos.
3 - Não imponham as empresas restrições que não sejam indispensáveis a construção desse
objetivo, só devem de existir restrições à concorrência sem as quais não se poderia atingir o objetivo
em causa. Tem de ser apenas as restrições sem as quais a finalidade seja aqui afetada. 101° n°3 a
4 - Que as restrições não aniquilem o direito da concorrência
Estas isenções do n° 3 podes ser individual que significa que o conjunto de empresa realiza um
acordo e tem clausulas que violam a concorrência e submetem esse acordo à autoridade da
concorrência e estes vão analisar o acordo, concedem a isenção ou não.
As isenções por categoria, há uma categoria de acordos que estão isentas por regulamento que
se aplica até 2034.
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Aula dia 4/11/2022
O importante é se ela se comporta como uma empresa que tem uma posição dominante. É esse
comportamento que é pressuposto deste artigo 102º. Ter essa posição dominante no mercado e
comportar se como tendo esse comportamento.
Critério geográfico:
Critério económico:
Posição dominante no mercado comum. E a estrutura tem de ser analisada, nesse mercado que
ela atua certa categoria de produtos ou classe de serviços, é esse o mercado.
Qual é o peso que essa empresa tem e se tem uma posição dominante nessa categoria de
produtos ou classe de serviços.
Nesse mercado então ela não esta sujeita a concorrência.
• A empresa comportar se de forma independente
• Ter uma posição dominante relativa a uma categoria ou classe de serviços ou produtos
• E ter uma área geográfica (população e zona do pais)
O que é o abuso da posição dominante - Estamos perante praticas abusivas resultantes dessa
posição dominante. É a possibilidade de uma empresa obter vantagens que não teria se não fosse a
posição dominante. Vai explorar e retirar vantagens que nunca retiraria sem essa posição. A posição
dominante não é censurável. O abuso é.
Não há aqui juízo de valor e apreciação se a empresa agiu intencionalmente ou não. Não se
procura culpa ou intenção na adoção daquele comportamento.
A perspetiva é puramente objetiva.
Formas/modalidades de abuso de posição dominante:
2º paragrafo:
a) Impor, de forma direta ou indireta, preços de compra ou de venda ou outras condições
de transação não equitativas;
Preços excessivos para cima ou para baixo, muito altos ou muito baixos.
Nestes casos tem de se aferir o custo real de produção para aferir se há ou não uma discrepância
acentuada de lucro.
b) Limitar a produção, a distribuição ou o desenvolvimento técnico em prejuízo dos
consumidores
Só vende certa quantidade a empresa porque quer subir o preço.
c) Aplicar, relativamente a parceiros comerciais, condições desiguais no caso de
prestações equivalentes colocando-os, por esse facto, em desvantagem na concorrência
Exemplo de posições desiguais das empresas.
d) Subordinar a celebração de contratos à aceitação, por parte dos outros contraentes, de
prestações suplementares que, pela sua natureza ou de acordo com os usos comerciais, não têm
ligação com o objeto desses contratos
A empresa tem uma posição dominante relativa a um produto, mas obriga o comprador a
comprar outro produto que não tem posição dominante.
Exemplo de loja que vende um pc mas és obrigado a comprar o Microsoft x que aquela empresa
vende. Isto é o tying, para comprar um tens de comprar o outro.
O Bundling é que para comprar um produto tens de levar o pacote. Por exemplo queres um
pacote de batatas fritas, mas tens de comprar o menu todo.
E qual é a sanção:
Sanção por abuso de posição dominante. Não há nulidade.
Aplicação de coimas, sanções pecuniárias compulsórias, irresponsabilidade civil pelos danos
causados, medidas de caracter estrutural (ex: as empresas separarem os produtos).
Nos anos 80 a British Airways tinha o monopólio do tráfego aéreo para o reino unido. A virgin
que estava a começar a operar tentou entrar no mercado.
A British Airways fez com as agências um acordo. Fazia um desconto a quem vendia mais. Ou
seja, 50 bilhetes 20% de desconto, 100 bilhetes 30% de desconto. Foram aliciadas, quanto mais
vendiam mais desconto tinham. A British airways tinha posição dominante no reino unido.
Mas se num ano vendessem menos bilhetes que o ano anterior, perdiam todos os descontos até
ali, ou seja não podiam baixar o número de vendas face ao ano anterior.
Quando a Virgin tenta entrar no mercado, ninguém queria vender os seus bilhetes.
Pois ninguém queria baixar as vendas dos bilhetes da British Airways, para não perder os
descontos. Ou seja, era impossível a Virgin vender bilhetes em solo britânico
A Tomra também fazia descontos elevados. Fazia acórdãos de exclusividade com supermercados
e estes só podiam ter as suas máquinas. Esta empresa tinha 70% do mercado, mas com acordos de
exclusividade passou a ter 95% do mercado. E assim eliminava os concorrentes. Foi considerava uma
prática abusiva de posição dominante.
T – 612/17
Estamos perante uma coima no valor de 2,4 bilioes de euros. Estamos num processo que
envolveu a google. Quando queremos comprar serviços utilizamos o motor de busca da google.
Quando fazemos uma pesquisa aparece uma hierarquia, aparecem por ordem. A google criou
uma empresa, google shopping que fornecia serviços e eramos ingressados para um site que
pertencia á empresa da google quando fazíamos uma pesquisa.
Em vez de aparecer a amazon, o eBay, a Fnac, aparecia a Google shopping. O motor de busca da
google que tem uma posição dominante e através disto a google favorecia se a si própria.
O tribunal diz que é uma prática abusiva que prejudica a concorrência. E foram condenados a
pagar.
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Continental can. Estamos perante a empresa continental can que tinha filiais na europa. Através
de outra empresa a continental can quer comprar outra empresa, a TVD. Este acórdão está entre
abuso da posição dominante e as concentrações que ainda não eram proibidas. Ter explorado de
forma abusiva a posição dominante que tinha no mercado ao comprar a TVD. Estamos no mercado
das embalagens e das tampas e frascos de vidro. E com estas empresas dominaria mais de 80% do
mercado, cerca de 90%. O objetivo de comprar a TVD era eliminar praticamente a concorrência. O
acórdão analisa que através das empresas que ele já tem, tem 80% do mercado, com a TVD passava
para 90%. Nesta altura não havia regulamento sobre as concentrações. O tribunal diz que o facto dela
adquirir mais uma empresa tendo 90% do mercado dos produtos em caus pode enquadrar se no
domínio de posição dominante. É censurável? Ela já tinha posição dominante, só vai aumentar.
TESTE:
2 textos/excertos de acórdãos para analisarmos
Sobre carteis, concentrações, abusos de posição dominante, etc
Raciocínio para fundamentar a resposta será valorizado.
Estado: pessoa coletiva publica ou entidade privada, desde que o dinheiro tenha origem no
estado. Podemos ter uma associação que conceda apoios, mas esses apoios têm de ser recursos
estatais. O recurso tem de vir do estado.
Porque é que os estados concedem auxílios: os estados têm um interesse direto que algumas
empresas estabelecidas no seu país tenham um bom desempenho.
E se essa empresa se der bem o estado vai ter mais receita, aumenta as exportações, implica a
criação de emprego, criação de riqueza, vantagens para a divida publica e o orçamento do estado.
Estes auxílios têm benefícios e o estado tem interesse em conceder esses auxílios.
Porque é que se proíbem estes auxílios: artigo 107º do TFUE. Porque favorecem certas
empresas.
Estes auxílios têm de distorcer a concorrência dentro da união europeia.
Tem de haver uma violação do princípio da igualdade, pois causa distorção na concorrência.
Vai criar um desequilíbrio na concorrência na medida em que as empresas que tenham esse
auxílio têm uma posição mais benéfica. Podem assumir a forma de auxílios por outra via. O auxílio
pode criar uma barreira da entrada das empresas no mercado. Favorecer umas em relação a outras.
Temos uma afetação do comercio entre os estados-membros. Significa que estas medidas sejam
suscetíveis de colocar as empresas numa situação mais favorável do que outras.
Caso português:
Portugal aplicou uma taxa a um certo produto e a receita dessa taxa, que era receita publica, era
canalizada para uma associação privada que tinha de fazer a promoção a produtos portugueses. Essa
associação privada que era escolhida todos os anos, depois usava esse dinheiro para promover
produtos portugueses. As empresas estrangeiras também pagavam e essa receita publica era cobrada
se os produtos fossem produzidos cá ou fossem estrangeiros. Era uma barreira criada á entrada das
empresas no mercado.
Exceções:
107nº2: estas 3 exceções não merecem qualquer apreciação desde que sejam cumpridos os
requisitos
Ex:
a) se forem residentes nas ilhas têm um desconto na viagem para o continente, serviço de
transporte aéreo
b) auxílios de danos de calamidades naturais
107ºnº3 necessitam de apreciação
Não havia a disciplina das concentrações, mas os problemas resolviam-se por via do 101º ou 102º
controlar as concentrações não significa punir a concentração empresarial, significa que tem de haver
uma apreciação casuística. Pressupostos para que a comissão europeia, concentração de dimensão
europeia, antes de ela ser realizada. Não havia base legal inicial.
Fundamento para haver alguma censura, pode estar em causa o direito dos consumidores,
concentração elevada, monopólio ou oligopólio. Conexão com abuso de posição dominante. Pode
estar em causa a iniciativa económica, e estabelecimento de empresas. Setor concentrado numa
empresa pode resultar barreiras a entrada nesse mercado. Setor concentrado tende a proteger-se a si
próprio.
Dimensão comunitária quando superior a 5 mil milhões de euros há escala mundial e o volume de
negócio individual por pelo menos duas das empresas dor 250 milhões de euros na união europeia.
Atingindo estes volumes de negócio concentração a ser objeto de apreciação pela comissão
europeia, art.º 4 e 5 critérios do volume de negócios, não e relevante onde elas tem sede só a
atividade desenvolvida e que interessa neste caso na união europeia.
Existe o balcão único na união europeia, concentração com esta dimensão, notificação a união
europeia torna-se obrigatório. Art.º 2º do regulamento, quais os critérios que a comissão terá em
conta. Estrutura dos mercados em causa e a sua estrutura, concorrência real ou potencial da
comunidade. Ver alíneas do artigo 2 do regulamento. No número 2 presunção que as concentrações
não violam o direito da concorrência, tem de violar para poderem ser censuráveis. Nº3 concentrações
que entravem significativamente a concorrência.
Estrutura do mercado, concorrência atual e potencial, posição das empresas no mercado, abertura
do mercado, barreias a entrada, evolução da oferta e procura, desenvolvimento tecnológico.
Ponderações a serem ferias.
Pode a comissão efetuar inquéritos. Inspeções 15º, sanções pecuniárias compulsórias. Pode ir até
5% do volume de negócios. Direito ao contraditório antes de tomar a decisão, pode autorizar, não
autorizar, ou autorizar com condições.
Concentração sem notificação previa, estamos perante uma concentração proibida e a comissão
ira investigar a concentração com sanções mais graves. Presunção do regulamento de conformidade,
2º/3 do regulamento. Por regra as concentrações são bem vistas só algumas e que não serão.
Sanções são coimas e medidas estruturais (alienação de uma parte do mercado). Setores
conexões.
13 julho 2006, T 464/04, recurso pela impala (direitos de autor) recorrer da decisão da comissão
que declarou que a concentração era compatível com o mercado comum, estava em causa a
concentração com a sony music dos países baixos, e a norte americana e outra sociedade belga.
Estava em causa decisão favorável a concentração por parte da comissão europeia. Notificação onde
estas empresas queriam agrupar-se em matéria de música gravavel, receio de ter impacto no
mercado nos meios de comunicação, no domínio da distribuição da música e afetar a liberdade de
escolha dos consumidores, reforço da posição dominante coletiva. Comissão decidiu que era
compatível com o mercado comum. A impala recorreu da decisão, apresentando argumentos,
posição dominante coletiva antes da realização viola o 253º, já havia posição dominante por parte da
sony. Concentração iria reforçar a posição dominante coletiva. Não tinha tido em conta um reforço no
mercado das licenças para música em linha. Não considerou a posição dominante individual da sony
no mercado da distribuição. Erro na apreciação.
Domínio da distribuição, licenças, em linha, colocação online, a comissão não teve em conta todos
estes argumentos segundo a impala.
Tribunal considerou que a decisão da comissão esta viciada por insuficiência de fundamentação,
falta também a totalidade dos danos pertinentes. A comissão não apreciou devidamente todos os
mercados em causa. Decisão deve ser anulada a decisão da comissão.
DL 76/2021, 27 de agosto
DL 166/2013, 27 de dezembro (DL128/2019, 29 de agosto)
2 princípios básicos:
Direito nacional da concorrência tem de ser compatível com direito europeu da concorrência
devido ao primado deste;
Direito da concorrência
O direito europeu da concorrência tem aplicabilidade direta, apesar de tudo o que diremos do
direito nacional da concorrência este mantem a sua aplicabilidade direta;
Recordar igualmente que sempre que uma prática seja suscetível de afetar os Estados Membros a
competência deixa de ser nacional pelo que o direito nacional apenas resolve problemas internos;
Direito português pretende defender a concorrência pelo que compreende o que esta é e os
valores da mesma pelo que está de acordo com o direito europeu da concorrência.
DL 76/2021, 27 de agosto
Objeto é o setor agroalimentar. Estabelece um conjunto de regras sobre prazos de pagamento nos
contratos de CV por parte da grande distribuição alimentar, consagra coimas elevadas, prazos de
pagamentos curtos e importa ainda aqui referir o detalhe com que este diploma impõe prazos curtos
de pagamento e distingue produtos perecíveis de não perecíveis. Exige também transparência nas
relações comerciais estabelecidas.
Art.º 5 proíbe vendas com prejuízo que tivessem carácter sistemático de forma a destruir certo
mercado ou certo produto. Aplicava-se muito na holanda por ser uma “plataforma giratória” do
comércio internacional. Caso muito habitual dos produtos gôndola que estão à entrada dos
supermercados e que são vendidos com prejuízo.
Mesmo sucede com produtos típicos de certo estabelecimento. Comprador compra aquele bem a
preço mais reduzido mas depois acaba por ser aliciado a levar outros por preço superior.
O mesmo sucede com marcas específicas que quando tentam inverter esta tendência pura e
simplesmente não conseguem escoar o seu produto.
Obrigar produtor a suportar custos de transporte ou armazenamento após entrega dos bens.
Este diploma veio suprir a falta de enquadramento que algumas destas normas tinha no tratado
de Roma.
Art.º 9 corresponde em alguns detalhes ao art.º 101/1 TFUE. Já foi objeto de alguma
jurisprudência, implica sempre que estejamos perante algum acordo entre empresas. Já sabemos
Direito da concorrência
também o que é um acordo, qualquer prática concertada, uma formação de uma vontade comum.
São sancionadas também as meras orientações.
Não se pode oferecer nas plataformas (trivago, booking) algo mais vantajoso que contratado
diretamente com o estabelecimento.
Art.º 11 nº 2 alínea e) reveste-se de maior importância, surge após algumas decisões neste
sentido, já que estamos a falar por exemplo das redes de condutas no subsolo detidas pela PT.
Art.º 12, abuso de dependência económica – surge na Alemanha nos anos 70 quando temos em
particular grandes distribuidores e fornecedores que só fornecem aqueles distribuidores. Isto gera
dependência económica. Art.º 12 proíbe que este distribuidor explore abusivamente desta.
Art.º 37.
Art.º 65, Auxílios de Estado, devem beneficiar seletivamente determinadas empresas ou regiões.
Processo começa por denuncia, ou por vontade da autoridade da concorrência. 15º consagra um
poder da autoridade solicitar as informações que pretender as empresas. Sancionado com o processo
de contraordenação. 17º abertura do inquérito. Não é igual ao processo penal. Natureza das sanções
no direito da concorrência. 21º pode haver uma transação entre as partes autoridade da
concorrência e as empresas visadas. 22º/14 na sequência da proposta de transação pode haver
dispensa da coima a ser aplicada. 23º compromissos suscetíveis de eliminar os efeitos das práticas
em causa. Sanções no procedimento de transação, ou terminar o arquivamento do processo. Ou dar
início ao processo de execução. 25º instrução do processo, 30 dias para se defender, podendo ser
ouvido oralmente. Procedimento de transação 27º. Onde reconhece a infração e aceita as
consequências que a autoridade da concorrência impõe. Instrução pode acabar mediante a
notificação da concorrência pode por fim ao processo e pode o processo ser encerrado. Não pode
pôr em causa os segredos comerciais e industriais 30º.
Processo sancionatório, 58º, abertura do inquérito que pode resultar de uma operação autorizada
com certas condições. A inobservância leva a uma concentração sem aviso prévio. 62º sobre as
recomendações.
Infrações 67º ss. clemencia o private inforcement, elemento do cartel colabora com o cartel
fornecendo os dados necessários.
Direito da concorrência
75º e 80º redução da coima. 81º permite que autoridade da concorrência pode classificar como
confidencial o pedido de dispensa.
DL 125/2014 18 agosto.