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OSTEORRADIONECROSE

O que acontece com o osso que recebeu a radioterapia?

A radioterapia compromete a vascularização, reduz o número de


células e interfere no metabolismo celular causando hipóxia,
hipocelularidade e hipovascularidade comprometendo a regeneração
tecidual local.

Há evidências de diminuição do turnover ósseo devido à supressão


seletiva de osteoclastos e a morte de osteócitos, facilitando, assim, a
ocorrência da necrose óssea.

OSTEONECROSE DOS MAXILARES OCORREM GERALMENTE APÓS 4 MESES A 2


ANOS APÓS A RDT. SEMPRE ESSES PACIENTES DEVERÃO TER
ABORDAGEM CAUTELOSA.
ONMB - É UM DISTÚRBIO QUE INCLUI A INTERRUPÇÃO DA
ARQUITETURA E ORGANIZAÇAO ÓSSEA.

ORN - É CARACTERIZADA PELO AUMENTO DA FIBROSE LOCAL.

Apresentação clínica:
ORN e ONMB são muito semelhantes.

Característica histopatológicas:
ORN: mais homogênea e a necrose parece ser mais extensa

ONMB: é diferente, múltiplas áreas de necrose se misturam.


OBJETIVO: AVALIAR AS CARACTERÍSTICAS DA OSTEORRADIONECROSE
DE PACIENTES QUE USAM E NÃO USAM BIFOSFONATO.
Estudo retrospectivo
96 pacientes com Osteorradionecrose da mandíbula
Grupo I: pacientes que não receberam bifosfonado (n=83)
Grupo II: pacientes que receberam bifosfonatos (n=13)

RESULTADOS:

A osteorradionecrose envolveu mais a mandíbula do que a maxila


em ambos os grupos;

Mas o envolvimento da maxila foi mais comum nos pacientes que


receberam bifosfonatos dos que não receberam;

A ORN Aconteceu de forma precoce no grupo que recebeu


bifosfonato.

CONCLUSÃO:

Os bisfofonatos parecem influenciar no desenvolvimento precoce


da ORN. Estudos prospectivos e de longo prazo são fundamentais
para compreender a patogênese da ORN nos pacientes em RDT e
que usam Bifosfonato.
FATORES DE RISCO ORN:

Quantidade de irradiação recebida pelos tecidos;

Volume tumoral tratado;

Modalidades de RT;

Doses maiores que 50 Gray (Gy) em região de CP (na literatura é


dado como 60Gy);

Extrações dentárias, biópsias em tecidos ósseos e traumas por


próteses após a radioterapia;

EXPONTÂNEO.
PREVENÇÃO

DIAGNÓSTICO

TRATAMENTO
PREVENÇÃO
Avaliação criteriosa antes da radioterapia:
Extração de dentes em péssimas condições (raiz residual);

Problemas periodontais;

Lesões endodônticas;

(Enfim… condições que influenciam na infecção crônica e que


levam ao surgimento da ORN)

ABRIDOR DE BOCA, PREVENÇÃO E TRATAMENTO PRECOCE


DA CÁRIE DE RADIAÇÃO.
SINAL E SINTOMA
Dor;

Impactação alimentar;

Fístulas cutâneas;

Alterações na alimentação,

Odor fétido;

Trismos;

Sequestro ósseo;

Fratura patológica
Características radiográficas

Osteólise irregular;

Esclerose óssea reacional;

Sequestro ósseo;

Fratura patológica.

Rx panorâmico e Tomografia CB
TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO:

No Estágio I: pequena ulceração tecidual e exposição óssea, cujo


tratamento geralmente é somente irrigações com clorexidina e
acompanhamento.

No Estágio II: envolve osso medular ou quando o tratamento anterior


não foi resolutivo. Neste caso, deve-se realizar debridamentos e remoção
de sequestros ósseos.

No estágio III: envolvimento ósseo difuso ou fratura patológica, fístulas


orocutâneas e que não responderam ao tratamento do estágio anterior e
preconizam-se ressecções ósseas com reconstruções quando possíveis.
TRATAMENTO

Irrigação com clorexidina

Antibióticos

Procedimento cirúrgico

Oxigenação hiperbárica

Pentoxifilina

Tocoferol

Laserterapia de baixa intensidade


Pentoxifilina
Derivado da metilaxantia ( redução da viscosidade sanguínea,
aumento da oxigenação tecidual e à inibição da fibrose.);

Estudos mostram eficácia mostrando boa resposta clínica,


redução da fibrose e necrose, exceto quando havia exposição
óssea.

Tocoferol
Tocoferol e superóxido dismutase ( são antioxidantes), atuam
capturando radicais livres de oxigênio. Eficácia moderada.

Pentoxifilina + Tocoferol = redução das lesões ósseas.

Pentoxifilina 400 mg 2x/ dia


Tocoferol 1.000 u / 500 mg 2x/dia
8 semanas de tratamento. Inicia 1 semana antes do procedimento.
Grupo 2 -
A) Osso exposto no lado esquerdo da mandíbula
B) Progressão da área de necrose após 3 anos
C) Radiografia panorâmica inicial mostrando área radiolúcida
D) Fratura de mandíbula

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