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Organizadoras

Caroline Calloni
Nutricionista. Doutora em Biotecnologia pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.
Docente do Curso de Nutrição da FSG Centro Universitário, RS.

Joana Zanotti
Nutricionista. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), RS.
Docente do Curso de Nutrição da FSG Centro Universitário, RS.
Colaboradores

Ana Lúcia Hoefel


Nutricionista. Doutora em Fisiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), RS.
Docente do Curso de Nutrição da FSG Centro Universitário, RS.

Fernanda Bissigo Pereira


Nutricionista. Mestre em Inclusão Social e Acessibilidade pela Universidade Feevale,
RS.
Docente do Curso de Nutrição da FSG Centro Universitário, RS.

Priscila Zanella
Nutricionista. Mestre em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), RS.
Docente do Curso de Nutrição da FSG Centro Universitário, RS.
SUMÁRIO

Capítulo 1 – Avaliação Antropométrica ......................................................................................................8


Capítulo 2 – Avaliação Nutricional do Adulto ...........................................................................................13
Capítulo 3 – Avaliação Nutricional do Idoso .............................................................................................35
Capítulo 4 - Avaliação Nutricional em Pediatria .......................................................................................45
Capítulo 5 - Avaliação Nutricional do Adolescente ...................................................................................55
Capítulo 6 - Avaliação Nutricional da Gestante ........................................................................................63
Capítulo 7 - Avaliação Nutricional do Atleta .............................................................................................69
Capítulo 8 – Avaliação Laboratorial ..........................................................................................................74
Capítulo 9 – Sinais Vitais ...........................................................................................................................81
Anexos – Curvas de Crescimento .............................................................................................................84
Caroline Calloni
Joana Zanotti

1. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

1.1. Peso atual (PA):


O peso é a medida antropométrica mais simples e habitualmente aferida. É a soma de
todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio proteico-energético do indivíduo
(WAITZBERG, 2000).
Técnica de aferição: O indivíduo deverá posicionar-se em pé, no centro da base da
balança, descalço e com roupas leves. Deve manter-se imóvel. O ideal é pela manhã, após
o esvaziamento da bexiga (BRASIL, 2011).

1.2. Peso usual (PU) ou Peso habitual:


É utilizado como referência em casos de impossibilidade de medir o peso atual ou na
avaliação de mudança de peso. Geralmente é o peso que se mantém por um maior período,
referido pelo paciente como seu peso “normal” (WAITZBERG, 2000).

1.3. Percentual de perda de peso OU perda ponderal (%PP):


A perda de peso refere-se à porcentagem de perda tendo como base o peso habitual.
Seu grau é estimado conforme a equação abaixo (BLACKBURN, 1977). A interpretação da
gravidade é dada através dos valores apresentados no Quadro 1.

% PP = (Peso usual – Peso atual) x 100


Peso usual

Quadro 1. Interpretação do percentual de perda de peso.


Perda Significativa De Perda Grave De Peso
Tempo
Peso (%) (%)
1 semana 1-2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 > 7,5
≥ 6 meses 10 > 10
BLACKBURN, 1977.

1.4. Percentual de adequação do peso:


Reflete a porcentagem de peso acima ou abaixo do ideal. Determinado a partir da
equação abaixo. A classificação está apresentada no Quadro 2.

Adequação do peso (%) = Peso atual x 100


Peso ideal

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Quadro 2. Classificação do percentual de adequação de peso
Adequação do peso (%) Estado Nutricional
< 69 Desnutrição Grave
70 – 79 Desnutrição Moderada
80 – 90 Desnutrição Leve
90 – 110 Eutrofia
110 – 120 Sobrepeso
> 120 Obesidade
LACKBURN & THORNTON, 1979.

1.5. Peso Ajustado:


Estimado a partir do peso atual e ideal. É o peso ideal corrigido, para utilização quando
a adequação do peso for < 95% ou > 115% OU quando IMC for > 27,0kg/m². Determinado a
partir da equação abaixo:

Peso ajustado = (peso ideal - peso atual) x 0,25 + peso atual

1.6. Estatura:
É medida que expressa o processo de crescimento linear do corpo humano, utilizando
estadiômetro ou antropômetro. Para a aferição, o indivíduo deve ficar de pé, descalço, com
os calcanhares juntos, costas retas e os braços estendidos ao longo do corpo. A cabeça fica
ereta, com os olhos fixos para frente, sem adornos na cabeça, superfície lisa, sem rodapés
(Figura 1).

Figura 1. Técnica de aferição da


estatura em adultos.

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1.7. Meia Envergadura:
O braço deve estar estendido para o lado, formando um ângulo de 90° com o corpo.
Pode obter a distância entre o dedo médio e o osso esterno. Para determinar a estatura
estimada deve-se multiplicar por 2 (MITCHELL & LIPSCHITZ, 1982) (Figura 2).

Altura = Semi-envergadura x 2

Figura 2. Técnica de aferição


da meia envergadura do
braço.

1.8. Extensão dos braços/ Envergadura:


Os braços devem estar estendidos para o lado, formando um ângulo de 90° com o
corpo. Mede-se a distância entre os dedos médios das mãos. Este valor estima a estatura
do indivíduo (Figura 3).

Figura 3. Técnica de aferição da envergadura do braço.

1.9. Estatura recumbente:


O paciente deve estar em posição supina, com o leito horizontal. Marca-se no lençol os
pontos referentes ao topo da cabeça e a base do pé e depois se mede com a fita métrica a
distância entre os dois pontos (GAY et al., 1985) (Figura 4).

Figura 4. Técnica de aferição da estatura recumbente.


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1.10. Altura do Joelho:
Para a aferição, o paciente deve estar com o joelho flexionado em um ângulo de 90°. É
feita a medida do comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna, na altura do
joelho. A medida está fortemente correlacionada com a estatura e pode ser utilizada em
cálculos de estimativa de estatura (CHUMELA et al., 1985) (Figura 5).

Figura 5. Técnica de aferição da altura do joelho.

1.11. REFERÊNCIAS
BLACKBURN G L, BISTRIAN B R, MAINI B S ET AL. Nutritional and metabolic assessment of
the hospitalized patient. JPEN J Parenter Enteral Nutr, v. 1, n. 1, p.11-22, 1977.
BLACKBURN, George L.; THORNTON, Paul A. Nutritional assessment of the hospitalized
patient. The Medical clinics of North America, v. 63, n. 5, p. 11103-11115, 1979.
BRASIL. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde:
Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional-SISVAN. 2011.
CHUMLEA, William Cameron; ROCHE, Alex F.; STEINBAUGH, Maria L. Estimating stature
from knee height for persons 60 to 90 years of age. Journal of the American Geriatrics
Society, v. 33, n. 2, p. 116-120, 1985.
GRAY, David S. et al. Accuracy of recumbent height measurement. Journal of Parenteral
and Enteral Nutrition, v. 9, n. 6, p. 712-715, 1985.
MITCHELL, C. O.; LIPSCHITZ, David A. Arm length measurement as an alternative to height
in nutritional assessment of the elderly. Journal of parenteral and enteral nutrition, v.
6, n. 3, p. 226-229, 1982.
WAITZBERG DL, FERRINI MT. Exame Físico e Antropometria. In: Waitzberg DL. Nutrição
oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3a ed. São Paulo: Atheneu, 2000. p. 255-
78.

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Caroline Calloni
Joana Zanotti
Priscila Berti Zanella
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADULTO

Adulto é aquele indivíduo com idade entre 20 e 60 anos. Na avaliação nutricional deste
grupo de pacientes, utilizamos além dos dados que serão vistos neste módulo, o peso atual,
peso usual, % de perda de peso, adequação do peso, peso ajustado (se necessário) e estatura,
já estudados no módulo anterior.

2.1. Peso ideal (PI) ou Peso Teórico:


É o peso desejável ou recomendado, definido de acordo com sexo, estatura. É determinado
através da equação abaixo:

PI = IMC médio x estatura²

IMC Médio:
Homens: 22,0kg/m²
Mulheres: 20,8kg/m² OU 21,0kg/m²

BURR E PHILLIPS, 1984.

2.2. Estimativa de peso ou Peso estimado:


Utilizado para os casos em que não é possível realizar a medida do peso e não há outras
formas de determiná-lo (CHUMLEA, 1988).
As equações abaixo estão disponíveis para determinação do peso estimado para adultos
(Quadro 1 e Quadro 2):

Quadro 1. Equações para estimativa de peso específica por etnia.


Homens negros de 19-59 anos= (AJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72
Homens brancos de 19-59 anos= (AJ x 1,19) + (CB x 3,21) – 86,82
Mulheres negras de 19-59 anos = (AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48
Mulheres brancas de 19-59 anos= (AJ x 1,01) + (CB x 2,81) – 66,04
Onde: CB = Circunferência do braço (cm); AJ = Altura do joelho (cm)
CHUMLEA, 1988.

Quadro 2. Equação para estimativa de peso utilizando a circunferência


abdominal.
Peso (kg) = 0,5759 x (CB) + 0,5263 x (CA) + 1,2452 x (CP) - 4,8689 x (Sexo:
masculino= 1 feminino= 2) -32,9241
Onde: CP = Circunferência da panturrilha (cm); CB = Circunferência do braço
(cm); CA = Circunferência abdominal (cm)
* Equação validada com população de 32 a 66 anos.
RABITO, 2006.

2.3. Peso Ideal para Amputados:


Pacientes com amputação devem ter seu peso corrigido conforme o percentual de peso
referente ao membro amputado. Para isso, deve-se subtrair o peso da extremidade amputada
do peso ideal calculado ou peso usual do paciente, conforme Quadro 3 abaixo:

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Quadro 3. Percentual de peso referente ao membro amputado.
Membro Amputado Proporção De Peso (%) *
Mão 0,8 %
Antebraço 2,3 %
Braço até o ombro 6,6 %
Pé 1,7 %
Perna abaixo do joelho 7,0 %
Perna acima do joelho 11,0 %
Perna inteira 18,6 %
* Para amputações bilaterais, os % dobram. OSTERKAMP, 1995.

2.4. Peso corrigido para edema:


Ao pesar ou estimar o peso dos pacientes, é necessário realizar o desconto do peso
correspondente ao edema, caso esteja presente. O valor a ser descontado dependerá do local e
grau de edema apresentado pelo indivíduo. Os valores estão apresentados no Quadro 4.

Quadro 4. Peso a ser descontado de acordo com grau e local de edema.

Grau e Local Do Edema Peso a ser subtraído*

+ Tornozelo 1 kg
++ Joelho 3 a 4 kg
+++ Panturrilha 1 a 3 kg
+++ Base da Coxa 5 a 6 kg
++++ Anasarca 10 12 kg
* Em caso de edema bilateral os valores dobram. DUARTE E CASTELLANI, 2002.

2.5. Peso corrigido para ascite:


Ao pesar ou estimar o peso dos pacientes, é necessário realizar o desconto do peso
correspondente ao edema, caso esteja presente. Os valores estão apresentados no Quadro 5.

Quadro 5. Peso a ser descontado de acordo com o grau de ascite.


Grau De Ascite Peso Ascítico (Kg)
Leve 2,2 kg
Moderada 6 kg
Grave 14,0 kg
JAMES, 1989.

2.6. Estimativa de estatura:


Utilizado para os casos em que não é possível realizar a medida da estatura normalmente
e não há outras formas de determiná-la (CHUMLEA, 1994). As equações abaixo (Quadro 6)
estão disponíveis para determinação da estatura estimada para adultos:

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Quadro 6. Equações para estimativa da estatura utilizando altura
do joelho, de acordo com etnia (18 a 60 anos).
Homem branco: 71,85 + (1,88 x AJ)
Homem negro: 73,42 + (1,79 x AJ)
Mulher branca: 70,25 + [(1,87 x AJ)] – 0,06 x I
Mulher negra: 68,10 + [(1,86 x AJ)] – 0,06 x I
Onde: I = Idade (anos); AJ = Altura do joelho (cm)
CHUMLEA, 1994.

2.7. Índice de Massa Corporal (IMC):


É um indicador do estado nutricional calculado a partir da razão entre o peso atual (em kg)
e estatura (em metros) ao quadrado. O resultado é dado em kg/m². A classificação do IMC de
adultos (Quadro 7) segue parâmetros distintos dos demais ciclos vitais.

IMC = Peso
Estatura ²

Quadro 7. Classificação do estado nutricional de adultos de acordo com o valor


de IMC.
IMC (kg/m²) Classificação
< 16,0 Magreza Grau III
16,0 a 16,9 Magreza Grau II
17 a 18,4 Magreza Grau I
18,5 a 24,9 Eutrofia
25 a 29,9 Sobrepeso
30,0 a 34,9 Obesidade classe I
35,0 a 39,9 Obesidade classe II
≥ 40,0 Obesidade classe III
WHO, 1997.

2.8. Composição Corporal:


A aferição da composição corporal tem como objetivo determinar a quantidade de massa
gorda e massa magra do organismo. Neste manual, para o cálculo da composição corporal,
iremos necessitar os valores das dobras cutâneas mostradas no Quadro 8.

2.8.1. Dobras Cutâneas: medida da espessura de uma camada dupla de pele e de tecido
adiposo subcutâneo. São úteis para estimar os níveis de gordura corporal, já que
cerca de 50% da gordura corporal total estar localizada subcutaneamente (WANG et
al., 2000).

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Quadro 8. Pontos anatômicos de referência para medidas de dobras
cutâneas.
Local Referência Anatômica
Tríceps

Face posterior do braço no ponto


médio entre processo acromial da
escápula e olécrano da ulna

Bíceps

Ponto médio do braço, conforme


medida de tríceps, na posição de
maior circunferência do braço

Subescapular

Dois centímetros abaixo do ângulo


inferior da escápula

Abdominal

Três centímetros da borda direita da


cicatriz umbilical, paralelamente ao
eixo longitudinal

Peitoral
Mulheres: primeiro terço da linha
entre a linha axilar anterior e o
mamilo.
Homens: ponto médio entre a linha
axilar anterior e o mamilo.

Supra ilíaca

Linha axilar média, imediatamente


acima da crista ilíaca

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Coxa

Ponto médio entre a dobra inguinal e


a borda superior da patela

Panturrilha

Ponto interno da circunferência


máxima da perna

2.8.2. Fórmulas para predição de densidade corporal: As fórmulas apresentadas a


seguir utilizam valores específicos de dobras cutâneas para predizer a densidade corporal
(g/mL). A partir da obtenção do valor de densidade corporal (D) utiliza-se a equação de Siri (1961)
para determinar o valor de percentual de gordura corporal (%GC) (Quadro 9, Quadro 10 e Quadro
11).

Quadro 9 Protocolo de Guedes (1991) para a predição de densidade corporal


desenvolvida em adultos jovens do sul do Brasil.
HOMENS (17 – 27 anos):
D = 1,1714 – 0,0671 Log10 (tríceps + supra ilíaca + abdominal)
MULHERES (17 – 27 anos):
D = 1,16650 – 0,07063 Log10 (coxa proximal + supra ilíaca + subescapular)

Quadro 10. Protocolo de Petroski (1995) para a predição de densidade corporal


desenvolvida em homens e mulheres do sul do Brasil.
HOMENS (18 – 61 anos):
D = 1,10726863 – 0,00081201 x (subescapular + tríceps + supra ilíaca +
panturrilha medial) + 0,00000212 (subescapular + tríceps + supra ilíaca +
panturrilha medial) – 0,00041761 x (idade em anos)
MULHERES (18 – 51 anos):
D = 1,19547130 – 0,07513507 x Log10 (axilar média + supra ilíaca + coxa +
panturrilha medial) – 0,00041072 x (idade em anos)

Quadro 11. Protocolo de Jackson e Pollock (1980) para estimativa de


densidade corporal de não atletas, de ambos os sexos.
HOMENS (18 – 61 anos):
DC= 1,10938 – 0,0008267 (X1) + 0,0000016 (X1)2 – 0,0001392 (X3)
MULHERES (18 – 55 anos):
DC= 1,099421 – 0,0009929 (X2) + 0,0000023 (X2)2- 0,0001392 (X3)
X1 = soma das dobras cutâneas (mm): torácica, axilar, tricipital, subescapular,
abdominal, supra ilíaca, coxa frontal; X2 = soma das dobras cutâneas (mm) da
coxa, tórax e abdome; X3 = idade;

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2.8.2.1. Equação de Siri (1961): usada para determinação do %GC a partir dos valores
de densidade corporal.

%GC= [(4.95/DC) – 4.50] x 100

2.8.2. Fórmulas para predição de percentual de gordura corporal (%GC): as fórmulas


apresentadas a seguir utilizam valores específicos de dobras cutâneas para predizer
diretamente o percentual de gordura corporal. Neste caso, não há necessidade de
utilização da equação de Siri (1961) (Quadro 12).

Quadro 12. Protocolo de Jackson & Pollock (1985) para predição de percentual de
gordura corporal.
HOMENS (adultos): 0,29288 x (X2) – 0,00050 x (X2)² + 0,15845 x (X8) – 5,76377
MULHERES (adultas): 0,29699 x (X2) – 0,00043 x (X2)² + 0,02963 x (X8) – 1,4072
Onde: X2: DCAbdominal + DCSuprailíaca + DCTricipital + DCCoxa
X8: idade em anos
Nieman, 1995.

2.8.4. Nomograma (Baun e colaboradores, 1981):

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2.8.5. Tabela de Durnin e Womersley (1974) para predição do percentual de gordura
corporal: Utiliza-se a soma das 4 dobras cutâneas (tríceps, bíceps, subescapular e supra ilíaca)
(Quadro 14).

Quadro 14. Percentual de gordura corporal de acordo com a soma de quatro dobras cutâneas bíceps,
tríceps, subescapular, supra ilíaca) de homens e mulheres de diferentes idades.
Dobras Homens (idade em anos) Mulheres (idade em anos)
Cutâneas 17-29 30-39 40-49 >50 16-29 30-39 40-49 >50
15 4,8 - - - 10,5 - - -
20 8,1 12,2 12,2 12,6 14,1 17,0 19,8 21,4
25 10,5 14,2 15,0 15,6 16,8 19,4 22,2 24,0
30 12,9 16,2 17,7 18,6 19,5 21,8 24,5 26,6
35 14,7 17,7 19,6 20,8 21,5 23,7 26,4 28,5
40 16,4 19,2 21,4 22,9 23,4 25,5 28,2 30,3
45 17,7 20,4 23,0 24,7 25,0 26,9 29,6 31,9
50 19,0 21,5 24,6 26,5 26,5 28,2 31,0 33,4
55 20,1 22,5 25,9 27,9 27,8 29,4 32,1 34,6
60 21,2 23,5 27,1 29,2 29,1 30,6 33,2 35,7
65 22,2 24,3 28,2 30,4 30,2 31,6 34,1 36,7
70 23,1 25,1 29,3 31,6 31,2 32,5 35,0 37,7
75 24,0 25,9 30,3 32,7 32,2 33,4 35,9 38,7
80 24,8 26,6 31,2 33,8 33,1 34,3 36,7 39,6
85 25,5 27,2 32,1 34,8 34,0 35,1 37,5 40,4
90 26,2 27,8 33,0 35,8 35,6 35,8 38,3 41,2
95 26,9 28,4 33,7 36,6 36,4 36,5 39,0 41,9
100 27,6 29,0 34,4 37,4 37,1 37,2 39,7 42,6
105 28,2 29,6 35,1 38,2 37,8 37,9 40,4 43,3
110 28,8 30,1 35,8 39,0 38,4 38,6 41,0 43,9
115 29,4 30,6 36,4 39,7 39,0 39,1 41,5 44,5
120 30,0 31,1 37,0 40,4 39,6 39,6 42,0 45,1
125 30,5 31,5 37,6 41,1 40,2 40,1 42,5 45,7
130 31,0 31,9 38,2 41,8 40,8 40,6 43,0 46,2
135 31,5 32,3 32,7 42,4 41,3 41,1 43,5 46,7
140 32,0 32,7 39,2 43,0 41,8 41,6 44,0 47,2
145 32,5 33,1 39,7 43,6 42,3 42,1 44,5 47,7
150 32,9 33,5 40,2 44,1 42,8 42,6 45,0 48,2
155 33,3 33,9 40,7 44,6 43,3 43,1 45,4 48,7
160 33,7 34,3 41,2 45,1 43,7 43,6 45,8 49,2
165 34,1 34,6 41,6 45,6 44,1 44,0 46,2 49,6
170 34,5 34,8 42,0 46,1 - 44,4 46,6 50,0
175 34,9 - - - - 44,8 47,0 50,4
180 35,3 - - - - 45,2 47,4 50,8
185 35,6 - - - - 45,6 47,8 51,2
190 35,9 - - - - 45,9 48,2 51,6
195 - - - - - 46,2 48,5 52,0
200 - - - - - 46,5 48,8 52,4
205 - - - - - - 49,1 52,7
210 - - - - - - 49,4 53,0
DURNIN E WOMERSLEY (1974)

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Quadro 15. Classificação do estado nutricional conforme % de gordura corporal de acordo
com idade e sexo.
Pré
Idade (anos) Desnutrição Eutrofia Obesidade
Obesidade
20 - 39 < 21% 21 – 32,9 33 – 38,9 > 39%
Mulheres 40 - 59 < 23% 23 – 33,9 34 – 39,9 > 40%
60 - 79 < 24% 24 – 35,9 36 – 41,9 > 42%
20 - 39 < 8% 8 – 19,9 20 – 24,9 > 25%
Homens 40 - 59 < 11% 11 – 21,9 22 – 27,9 > 28%
60 - 79 < 13% 13 – 24,9 25 – 29,9 > 30%
GALLAGHER et al., 2000.

2.8.6. Tabela de Pollock (1980) para predição do percentual de gordura corporal:


Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK et al. (1980) para HOMENS, a partir
da idade e do somatório das dobras cutâneas do tórax/peitoral, abdome e coxa (Quadro 16).

Quadro 16. Percentual de gordura corporal para homens determinado pela soma de três
dobras cutâneas (peitoral, abdominal e da coxa).
Soma das Idade (anos)
dobras
< 22 23 a 27 28 a 32 33 a 37 38 a 42 43 a 47 48 a 52 53 a 57 > 57
(mm)
8 a 10 1,3 1,8 2,3 2,92 3,4 3,9 4,5 5,0 5,5
11 a 13 2,2 2,8 3,3 3,9 4,4 4,9 5,5 6,0 6,5
14 a 16 3,2 3,8 4,3 4,8 5,4 5,9 6,4 7,0 7,5
17 a 19 4,2 4,7 5,3 5,8 6,3 6,9 7,4 8,0 8,5
20 a 22 5,1 5,7 6,2 6,8 7,3 7,9 8,4 8,9 9,5
23 a 25 6,1 6,6 7,2 7,7 8,3 8,8 9,4 9,9 10,5
26 a 28 7,0 7,6 8,1 8,7 9,2 9,8 10,3 10,9 11,4
29 a 31 8,0 8,5 9,1 9,6 10,2 10,7 11,3 11,8 12,7
32 a 34 8,9 9,4 10,0 10,5 11,1 11,6 12,2 12,8 13,3
35 a 37 9,8 10,4 10,9 11,5 12,0 12,6 13,1 13,7 14,3
38 a 40 10,7 11,3 11,8 12,4 12,9 13,5 14,1 14,6 15,2
41 a 43 11,6 12,2 12,7 13,3 13,8 14,4 15,08 15,5 16,1
44 a 46 12,5 13,1 13,6 14,2 14,7 15,3 15,9 16,4 17,0
47 a 49 13,4 13,9 14,5 15,1 15,6 16,2 16,8 17,3 17,9
50 a 52 14,3 14,8 15,4 15,9 16,5 17,1 17,6 18,2 18,8
53 a 55 15,1 15,7 16,2 16,8 17,4 17,9 18,5 19,1 19,7
56 a 58 16,0 16,5 17,1 17,7 18,2 18,8 19,4 20,0 20,5
59 a 61 16,9 17,4 17,9 18,5 19,1 19,7 20,2 20,8 21,4
62 a 64 17,6 18,2 18,8 19,4 19,9 20,5 21,1 21,7 22,2
65 a 67 18,5 19,0 19,6 20,2 20,8 21,3 21,9 22,5 23,1
68 a 70 19,3 19,9 20,4 21,0 21,6 22,2 22,7 23,3 23,9
71 a 73 20,1 20,7 21,2 21,8 22,4 23,0 23,6 24,1 24,7
74 a 76 20,9 21,5 22,0 22,6 23,2 23,8 24,4 25,0 25,5
77 a 79 21,7 22,2 22,8 23,4 24,0 24,6 25,2 25,8 26,3
80 a 82 22,4 23,0 23,6 24,2 24,8 25,4 25,9 26,5 27,1
83 a85 23,2 23,8 24,4 25,0 25,5 26,1 26,7 27,3 27,9
86 a 88 24,0 24,5 25,1 25,7 26,3 26,9 27,5 28,1 28,7
89 a 91 24,7 25,3 25,9 26,5 27,1 27,6 28,2 28,8 29,4
92 a 94 25,4 26,0 26,6 27,2 27,8 28,4 29,0 29,6 30,2
95 a 97 26,1 26,7 27,3 27,9 28,5 29,1 29,7 30,3 30,9
98 a 100 26,9 27,4 28,0 28,6 29,2 29,8 30,4 31,0 31,6
101 a 103 27,5 28,1 28,7 29,3 29,9 30,5 31,1 31,7 32,3

21
104 a 106 28,2 28,8 29,4 30,0 30,6 31,2 31,8 32,4 33,0
107 a 109 28,9 29,5 30,1 30,7 31,3 31,9 32,5 33,1 33,7
110 a 112 29,6 30,2 30,8 31,4 32,0 32,6 33,2 33,8 34,4
113 a 115 30,2 30,8 31,4 32,0 32,6 33,2 33,8 34,5 35,1
116 a 118 30,9 31,5 32,1 32,7 33,3 33,9 34,5 35,1 35,7
119 a 121 31,5 32,1 32,7 33,3 33,9 34,5 35,1 35,7 36,4
122 a 124 32,1 32,7 33,3 33,9 34,5 35,1 35,8 36,4 37,0
125 a 127 32,7 33,3 33,9 34,5 35,1 35,8 36,4 37,0 37,6

Estimativa do Percentual de gordura de POLLOCK et al. (1980) para MULHERES, a partir


da idade e do somatório das dobras cutâneas do tríceps, supra ilíaca e coxa (Quadro 17).
Quadro 17. Percentual de gordura corporal para mulheres determinado pela soma de três dobras
cutâneas (peitoral, abdominal e da coxa).
Soma das Idade (anos)
Dobras 38 a
<22 23 a 27 28 a 32 33 a 37 43 a 47 48 a 52 53 a 57 > 58
(mm) 42
23 a 25 9,7 9,9 10,2 10,4 10,7 10,9 11,2 11,4 11,7
26 a 28 11,0 11,2 11,5 11,7 12,0 12,3 12,5 12,7 13,0
29 a 31 12,3 12,5 12,8 13,0 13,3 13,5 13,8 14,0 14,3
32 a 34 13,6 13,8 14,0 14,3 14,5 14,8 15,0 15,3 15,5
35 a 37 14,8 15,0 15,3 15,5 15,8 16,0 16,3 16,5 16,8
38 a 40 16,0 16,3 16,5 16,7 17,0 17,2 17,5 17,7 18,0
41 a 43 17,2 17,4 17,7 17,9 18,2 18,4 18,7 18,9 19,2
44 a 46 18,3 18,6 18,8 19,1 19,3 19,9 19,8 20,1 20,3
47 a 49 19,5 19,7 20,0 20,2 20,5 20,7 21,0 21,2 21,5
50 a 52 20,6 20,8 21,1 21,3 21,6 21,8 22,1 22,3 22,6
53 a 55 21,7 21,9 22,1 22,4 22,6 22,9 23,1 23,4 23,6
56 a 58 22,7 23,0 23,2 23,4 23,7 23,9 24,2 24,4 24,7
59 a 61 23,7 24,0 24,2 24,5 24,7 25,0 25,2 25,5 25,7
62 a 64 24,7 25,0 25,2 25,5 25,7 26,0 26,2 26,4 26,7
65 a 67 25,7 25,9 26,2 26,4 26,7 26,9 27,2 27,4 27,7
68 a 70 26,6 26,9 27,1 27,4 27,6 27,9 28,1 28,4 28,6
71 a 73 27,5 27,8 28,0 28,3 28,5 28,8 28,0 29,3 29,5
74 a 76 28,4 28,7 28,9 29,2 29,4 29,7 29,9 30,2 30,4
77 a 79 29,3 29,5 29,8 30,0 30,3 30,5 30,8 31,0 31,3
80 a 82 30,1 30,4 30,6 30,9 31,1 31,4 31,6 31,9 32,1
83 a 85 30,9 31,2 31,4 31,7 31,9 32,2 32,4 32,7 32,9
86 a 88 31,7 32,0 32,2 32,5 32,7 32,9 33,2 33,4 33,7
89 a 91 32,5 32,7 33,0 33,2 33,5 33,7 33,9 34,2 34,4
92 a 94 33,2 33,4 33,7 33,9 34,2 34,4 34,7 34,9 35,2
95 a 97 33,9 34,1 34,4 34,6 34,9 35,1 35,4 35,6 35,9
98 a 100 34,6 34,8 35,1 35,3 35,5 35,8 36,0 36,3 36,5
101 a 103 35,3 35,4 35,7 35,9 36,2 36,4 36,7 36,9 37,2
104 a 106 35,8 36,1 36,3 36,6 36,8 37,1 37,3 37,5 37,8
107 a 109 36,4 36,7 36,9 37,1 37,4 37,6 37,9 38,1 38,4
110 a 112 37,0 37,2 37,5 37,7 38,0 38,2 38,5 38,7 38,9
113 a 115 37,5 37,8 38,0 38,2 38,5 38,7 39,0 39,2 39,5
16 a 118 38,0 38,3 38,5 38,8 39,0 39,3 39,5 39,7 40,0
119 a 121 38,5 38,7 39,0 39,2 39,5 39,7 40,0 40,2 40,5
122 a 124 39,0 39,2 39,4 39,7 39,9 40,2 40,4 40,7 40,9
125 a 127 39,4 39,6 39,9 40,1 40,4 40,6 40,9 41,1 41,4
128 a 130 39,8 40,0 40,3 40,5 40,8 41,0 41,3 41,5 41,8

22
Quadro 18. Classificação do Estado Nutricional conforme % de Gordura
Corporal
Classificação Homens Mulheres
Desnutrição < 6% < 8%
Normal 6 - 24 8 – 31
Média 15 23
Obesidade < 25% > 32%
POLLOCK et al., 1980.

2.8.7. Estimativa do Percentual de gordura sem utilizar dobras cutâneas:

Quadro 19. Equações para estimativa de percentual de gordura corporal


utilizando circunferências, de acordo com sexo e idade.
MULHERES OBESAS (20 a 60 anos)
%GC = 0,11077 (circunferência abdominal média) – 0,17666 (estatura em
cm) + 0,14354 (peso atual em kg) + 51,03301

HOMENS OBESOS (24 a 68 anos)


%GC = 0,31457 (circunferência abdominal média) – 0,10969 (peso atual em
kg) + 10,8336
Onde: Circunferência abdominal média: Ponto médio entre a crista ilíaca e o
rebordo da última costela + circunferência abdominal no nível da cicatriz
umbilical / 2
WELTMAN et al., 1987. WELTMAN et al., 1988.

Quadro 20. Classificação do estado nutricional de acordo com o percentual de gordura para sexo
e idade, em homens e mulheres não-atletas.
Idade
18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 +66
Classificação
Homens

Bem magro 4-7 8-12 10-14 12-16 15-18 15-18

Magro 8-10 13-15 16-18 18-20 19-21 19-21

Mais magro
11-13 16-18 19-21 21-23 22-24 22-23
que a média

Média 14-16 19-21 22-24 24-25 24-26 24-25

Mais gordo do
18-20 22-24 25-26 26-28 26-28 25-27
que a média

Gordo 22-26 25-28 27-29 29-31 29-31 28-30

Muito gordo 28-37 30-37 30-38 32-38 32-38 31-38

23
Classificação Mulheres

Bem magro 13-17 13-18 15-19 18-22 18-23 16-18

Magro 18-20 19-21 20-23 23-25 24-26 22-25

Mais magro
21-23 22-23 24-26 26-28 28-30 27-29
que a média

Média 24-25 24-26 27-29 29-31 31-33 30-31

Mais gordo do
26-28 27-30 30-32 32-34 34-36 33-35
que a média

Gordo 29-31 31-35 33-36 36-38 36-38 36-38

Muito gordo 33-43 36-48 39-48 40-49 39-46 39-40


MORROW et al., 2003.

2.9. Circunferências ou Perímetros:


Perímetro máximo de um segmento corporal, medido em ângulo reto em relação ao seu
maior eixo. São utilizadas para verificação de tamanho de secções e dimensões do corpo, são
indicativas de crescimento, estabelecendo um padrão muscular e verificando a distribuição de
gordura (ROSSI e colaboradores, 2017).

2.9.1. Circunferência da cintura (CC):


É mensurada na parte mais estreita do tronco ou no ponto médio entre a crista ilíaca e o
rebordo da última costela, conforme Figura 6.

Figura 6. Ponto anatômico de referência para


a medida de circunferência da cintura (CC).

A classificação da circunferência da cintura é o melhor preditor de gordura abdominal total,


sendo prático para avaliar o risco à saúde.

Quadro 20. Valor de referência de circunferência da cintura para


classificação de risco de complicações metabólicas.
Sexo Risco Aumentado Risco Muito Aumentado
Masculino ≥ 94 cm 102 cm
Feminino ≥ 80 cm ≥ 88 cm
NATIONAL HEART et al., 1998.

24
2.10. Circunferência do Quadril: é medida ao redor da maior proeminência do quadril,
conforme figura abaixo.

Figura 7. Técnica de mensuração de


circunferência do quadril.

2.11. Relação cintura\quadril (RCQ):


A relação entre circunferência da cintura (CC) circunferência do quadril (CQ) é calculada
dividindo-se o valor da medida de CC pelo valor de CQ. A RCQ é um bom indicador de
distribuição de gordura corporal, devido à sua associação direta entre gordura abdominal e risco
de hipertensão, diabetes tipo 2 e hiperlipidemia (BRAY et al., 1988).

Quadro 21. Classificação de risco cardiovascular de acordo


com valor de RCQ para homens e mulheres.
Sexo Valores Indicativos de Risco
Masculino > 1,0
Feminino > 0,85
WHO, 1998.

Quadro 22. Classificação de riscos para saúde de acordo com valores de RCQ para sexo e
idade.
Gênero Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
20 a 29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94
30 a 39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96
Homens
40 a 49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,0 >1,0
50 a 59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02
20 a 29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82
30 a 39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84
Mulheres
40 a 49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87
50 a 59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88
BRAY & GRAY, 1988.

25
2.12. Circunferência Abdominal:
Deve ser aferida sobre a cicatriz umbilical. Não deve ser confundida com circunferência da
cintura (Figura 8).

Figura 8. Técnica de aferição da


circunferência abdominal.

2.13. Circunferência do braço (CB):


É mensurada no ponto médio do braço, entre o acrômio e o olecrano (Figura 9). Pode ser
utilizada como indicador de magreza ou de adiposidade.

Figura 9. Técnica de aferição da medida de


circunferência do braço.

A classificação dos valores de circunferência do braço pode ser feita através de tabelas
de percentis apresentadas abaixo ou através do cálculo de percentual de adequação.

Quadro 23. Valores de referência para classificação da circunferência


do braço.
Percentil Classificação
Percentil 0 a 5 Magreza
Percentil 5 a 15 Abaixo da média
Percentil 16 a 85 Média
Percentil 86 a 95 Acima da média
Percentil > 95 Gordura excessiva
FRISANCHO, 1990.

26
Quadro 24. Percentis de circunferência do braço (CB) de acordo com sexo e idade.
Percentis de circunferência do braço para HOMENS
Idade (anos) 5 10 15 25 50 75 85 90 95
18,0-24,9 26,0 27,1 27,7 28,7 30,7 33,0 34,4 35,4 37,2
25,0-29,9 27,0 28,0 28,7 29,8 31,8 34,2 35,5 36,6 38,3
30,0-34,9 27,7 28,7 29,3 30,5 32,5 34,9 35,9 36,7 38,2
35,0-39,9 27,4 28,6 29,5 30,7 32,9 35,1 36,2 36,9 38,2
40,0-44,9 27,8 28,9 29,7 31,0 32,8 34,9 36,1 36,9 38,1
45,0-49,9 27,2 28,6 29,4 30,6 32,6 34,9 36,1 36,9 38,2
50,0-54,9 27,1 28,3 29,1 30,2 32,3 34,5 35,8 36,8 38,3
55,0-59,9 26,8 28,1 29,2 30,4 32,3 34,3 35,5 36,6 37,8
60,0-64,9 26,6 27,8 28,6 29,7 32,0 34,0 35,1 36,0 37,5
65,0-69,9 25,4 26,7 27,7 29,0 31,1 33,2 34,5 35,3 36,6
70,0-74,9 25,1 26,2 27,1 28,5 30,7 32,6 33,7 34,8 36,0
Percentis de circunferência do braço para MULHERES
Idade (anos) 5 10 15 25 50 75 85 90 95
18,0-24,9 22,4 23,3 24,0 24,8 26,8 29,2 31,2 32,4 35,2
25,0-29,9 23,1 24,0 24,5 25,5 27,6 30,6 32,5 34,3 37,1
30,0-34,9 23,8 24,7 25,4 26,4 28,6 32,0 34,1 36,0 38,5
35,0-39,9 24,1 25,2 25,8 26,8 29,4 32,6 35,0 36,8 39,0
40,0-44,9 24,3 25,4 26,2 27,2 29,7 33,2 35,5 37,2 38,8
45,0-49,9 24,2 25,5 26,3 27,4 30,1 33,5 35,6 37,2 40,0
50,0-54,9 24,8 26,0 26,8 28,0 30,6 33,8 35,9 37,5 39,3
55,0-59,9 24,8 26,1 27,0 28,2 30,9 34,3 36,7 38,0 40,0
60,0-64,9 25,0 26,1 27,1 28,4 30,8 34,0 35,7 37,3 39,6
65,0-69,9 24,3 25,7 26,7 28,0 30,5 33,4 35,2 36,5 38,5
70,0-74,9 23,8 25,3 26,3 27,6 30,3 33,1 34,7 35,8 37,5
FRISANCHO, 1990.

2.14. Percentual de Adequação da CB:


É calculado através da razão entre o valor de CB medido no paciente (em cm) e o valor de
CB obtido na tabela de referência (Quadro 24) no percentil 50, de acordo com idade. A
classificação indica qual percentual acima ou abaixo do adequado o paciente se encontra
(Quadro 25).

Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100


CB percentil 50 (ver na tabela)

Quadro 25. Classificação do estado nutricional de acordo com o


percentual de adequação da CB.
Classificação Valores de % de adequação
Desnutrição Grave < 70%
Desnutrição Moderada 70-80%
Desnutrição Leve 80-90%
Eutrofia 90-110%
Sobrepeso 110-120%
Obesidade > 120%
BLACKBURN E THORNTON, 1979.

27
2.15. Circunferência Muscular do Braço (CMB):
Reflete a reserva de tecido muscular sem correção da massa óssea. É obtida a partir dos
valores da CB e da dobra cutânea tricipital (DCT) de acordo com a fórmula abaixo:

CMB (cm) = CB – 3,14 x (DCT ÷ 10)

Onde: CMB: circunferência muscular do braço; CB:


circunferência do braço (cm), DCT: dobra cutânea
tricipital (mm)

A classificação do valor de CMB pode ser feita através da Quadro de percentil


apresentadas abaixo (Quadro 26) ou através do cálculo de percentual de adequação.

Quadro 26. Valores de referência para classificação da Circunferência Muscular


do Braço de acordo com percentil.
Percentil Classificação
Percentil < 5 Magro/ baixa reserva muscular
Percentil 5 a 15 Abaixo da média/ risco para déficit
Percentil 16 a 85 Média
Percentil 86 a 95 Acima da média
Percentil > 95 Boa nutrição
FRISANCHO, 1981.

Tabela de percentil de CMB (cm) para homens de acordo com idade.

Quadro 27. Distribuição dos percentis da circunferência muscular do braço para homens (cm).
Idade
5 10 25 50 75 90 95
(anos)
1 a 1,9 11,0 11,3 11,9 12,7 13,5 14,4 14,7
2 a 2,9 11,1 11,4 12,2 13,0 14,0 14,6 15,0
3 a 3,9 11,7 12,3 13,1 13,7 14,3 14,8 15,3
4 a 4,9 12,3 12,6 13,3 14,1 14,8 15,6 15,9
5 a 5,9 12,8 13,3 14,0 14,7 15,4 16,2 16,9
6 a 6,9 13,1 13,5 14,2 15,1 16,1 17,0 17,7
7 a 7,9 13,7 13,9 15,1 16,0 16,8 17,7 18,0
8 a 8,9 14,0 14,5 15,4 16,2 17,0 18,2 18,7
9 a 9,9 15,1 15,4 16,1 17,0 18,3 19,6 20,2
10 a 10,9 15,6 16,0 16,6 18,0 19,1 20,9 22,1
11 a 11,9 15,9 16,5 17,3 18,3 19,5 20,5 23,0
12 a 12,9 16,7 17,1 18,2 19,5 21,0 22,3 24,1
13 a 13,9 17,2 17,9 19,6 21,1 22,6 23,8 24,5
14 a 14,9 18,9 19,9 21,2 22,3 24,0 26,0 26,4
15 a 15,9 19,9 20,4 21,8 23,7 25,4 26,6 27,2
16 a 16,9 21,3 22,5 23,4 24,9 26,9 28,7 29,6
17 a 17,9 22,4 23,1 24,5 25,8 27,3 29,4 31,2
18 a 18,9 22,6 23,7 25,2 26,4 28,3 29,8 32,4
19 a 24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1
25 a 34,9 24,3 25,0 26,4 27,9 29,8 31,4 32,6

28
35 a 44,9 24,7 25,5 26,9 28,6 30,2 31,8 32,7
45 a 54,9 23,9 24,9 26,5 28,1 30,0 31,5 32,6
55 a 64,9 23,6 24,5 26,0 27,8 29,5 31,0 32,0
65 a 74,9 22,3 23,5 25,1 26,8 28,4 29,8 30,6

Tabela de percentil de CMB (cm) para mulheres de acordo com idade

Quadro 28. Distribuição dos percentis da circunferência muscular do braço para mulheres (cm).
Idade
5 10 25 50 75 90 95
(anos)
1 a 1,9 10,5 11,1 11,7 12,4 13,2 13,9 14,3
2 a 2,9 11,1 11,4 11,9 12,6 13,3 14,2 14,7
3 a 3,9 11,3 11,9 12,4 13,2 14,0 14,6 15,2
4 a 4,9 11,5 12,1 12,8 13,6 14,4 15,2 15,7
5 a 5,9 12,5 12,8 13,4 14,2 15,1 15,9 16,5
6 a 6,9 13,0 13,3 13,8 14,5 15,4 16,6 17,1
7 a 7,9 12,9 13,5 14,2 15,1 16,0 17,1 17,6
8 a 8,9 13,8 14,0 15,1 16,0 17,1 18,3 19,4
9 a 9,9 14,7 15,0 15,8 16,7 18,0 19,4 19,8
10 a 10,9 14,8 15,0 15,9 17,0 18,0 19,0 19,7
11 a 11,9 15,0 15,8 17,1 18,1 19,6 21,7 22,3
12 a 12,9 16,2 16,6 18,0 19,1 20,1 21,4 22,0
13 a 13,9 16,9 17,5 18,3 19,8 21,1 22,6 24,0
14 a 14,9 17,4 17,9 19,0 20,1 21,6 23,2 24,7
15 a 15,9 17,5 17,8 18,9 20,2 21,5 22,8 24,4
16 a 16,9 17,0 18,0 19,0 20,2 21,6 23,4 24,9
17 a 17,9 17,5 18,3 19,4 20,5 22,1 23,9 25,7
18 a 18,9 17,4 17,9 19,5 20,2 21,5 23,7 24,5
19 a 24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9
25 a 34,9 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4
35 a 44,9 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2
45 a 54,9 18,7 19,3 20,6 22,0 23,8 26,0 27,4
55 a 64,9 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28,0
65 a 74,9 18,5 19,5 20,8 22,5 24,4 26,4 27,9
FRISANCHO, 1981.

2.16. Percentual de Adequação da CMB:

Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100


CMB percentil 50
(ver na tabela)

Quadro 29. Classificação do estado nutricional de acordo com o


percentual de adequação da CMB.
Classificação Percentual de adequação
Desnutrição Grave < 70%
Desnutrição Moderada 70-80%
Desnutrição Leve 80-90%
Eutrofia > 90%
BLACKBURN E THORNTON, 1979.
29
2.17. Área muscular do braço (AMB):
É uma medida estimada de massa muscular do braço calculada através da medida de CMB,
conforme equação abaixo:

AMB (cm²) = CMB²


4 x 3,14

A partir do valor de AMB é possível calcular a Área Muscular do Braço corrigida (AMBc),
a qual é útil para determinar a área muscular do braço corrigindo o valor de área óssea. O valor
de AMBc é obtido através da equação abaixo, de acordo com sexo:

Homens: AMBc (cm²) = AMB – 10

Mulheres: AMBc (cm²) = AMB – 6,5

A AMBc é classificada de acordo valores das tabelas de percentil, de acordo com gênero e
idade.

Quadro 30. Valores de referência de percentil para classificação do


valor de Área Muscular do Braço corrigida.
Percentil Classificação
< P5 Massa muscular deficiente
P5 e P15 Risco de déficit de massa magra
P15 e 85 Adequado
> P95 Musculatura desenvolvida

Os percentis de AMBc para o sexo MASCULINO, de acordo com idade, estão


apresentados no quadro 31 abaixo:

Quadro 31. Distribuição dos percentis da área muscular do braço corrigida para homens (cm 2)
– sem osso
Idade
5 10 15 25 50 75 85 90 95
(anos)
1 a 1,9 9,7 10,4 10,8 11,6 13,0 14,6 15,4 16,3 17,2
2 a 2,9 10,1 10,9 11,3 12,4 13,9 15,6 16,4 16,9 18,4
3 a 3,9 11,2 12,0 12,6 13,5 15,0 16,4 17,4 18,3 19,5
4 a 4,9 12,0 12,9 13,5 14,5 16,2 17,9 18,8 19,8 20,9
5 a 5,9 13,2 14,2 14,7 15,7 17,6 19,5 20,7 21,7 23,2
6 a 6,9 14,4 15,3 15,8 16,8 18,7 21,3 22,9 23,8 25,7
7 a 7,9 15,1 16,2 17,0 18,5 20,6 22,6 24,5 25,2 28,6
8 a 8,9 16,3 17,8 18,5 19,5 21,6 24,0 25,5 26,6 29,0
9 a 9,9 18,2 19,3 20,3 21,7 23,5 26,7 28,7 30,4 32,9
10 a 10,9 19,6 20,7 21,6 23,0 25,7 29,0 32,2 34,0 37,1
11 a 11,9 21,0 22,0 23,0 24,8 27,7 31,6 33,6 36,1 40,3
12 a 12,9 22,6 24,1 25,3 26,9 30,4 35,9 39,3 40,9 44,9
13 a 13,9 24,5 26,7 28,1 30,4 35,7 41,3 45,3 48,1 52,5
14 a 14,9 28,3 31,3 33,1 36,1 41,9 47,4 51,3 54,0 57,5
15 a 15,9 31,9 34,9 36,9 40,3 46,3 53,1 56,3 57,7 63,0

30
16 a 16,9 37,0 40,9 42,4 45,9 51,9 57,8 63,3 66,2 70,5
17 a 17,9 39,6 42,6 44,8 48,0 53,4 60,4 64,3 67,9 73,1
18 a 24,9 34,2 37,3 39,6 42,7 49,4 57,1 61,8 65,0 72,0
25 a 29,9 36,6 39,9 42,4 46,0 53,0 61,4 66,1 68,9 74,5
30 a 34,9 37,9 40,9 43,4 47,3 54,4 63,2 67,6 70,8 76,1
35 a 39,9 38,5 42,6 44,6 47,9 55,3 64,0 69,1 72,7 77,6
40 a 44,9 38,4 42,1 45,1 48,7 56,0 64,0 68,5 71,6 77,0
45 a 49,9 37,7 41,3 43,7 47,9 55,2 63,3 68,4 72,2 76,2
50 a 54,9 36,0 40,0 42,7 46,6 54,0 62,7 67,0 70,4 77,4
55 a 59,9 36,5 40,8 42,7 46,7 54,3 61,9 66,4 69,6 75,1
60 a 64,9 34,5 38,7 41,2 44,9 52,1 60,0 64,8 67,5 71,6
65 a 69,9 31,4 35,8 38,4 42,3 49,1 57,3 61,2 64,3 69,4
70 a 74,9 29,7 33,8 36,1 40,2 47,0 54,6 59,1 62,1 67,3
FRISANCHO, 1990.

Os percentis de AMBc para o sexo FEMININO, de acordo com idade, estão apresentados
na tabela abaixo:

Quadro 32. Distribuição dos percentis da área muscular do braço corrigida para mulheres
(cm2) – sem osso
Idade
5 10 15 25 50 75 85 90 95
(anos)
1 a 1,9 8,9 9,7 10,1 10,8 12,3 13,8 14,6 15,3 16,2
2 a 2,9 10,1 10,6 10,9 11,8 13,2 14,7 15,6 16,4 17,3
3 a 3,9 10,8 11,4 11,8 12,6 14,3 15,8 16,7 17,4 18,8
4 a 4,9 11,2 12,2 12,7 13,6 15,3 17,0 18,0 18,6 19,8
5 a 5,9 12,4 13,2 13,9 14,8 16,4 18,3 19,4 20,6 22,1
6 a 6,9 13,5 14,1 14,6 15,6 17,4 19,5 21,0 22,0 24,2
7 a 7,9 14,4 15,2 15,8 16,7 18,9 21,2 22,6 23,9 25,3
8 a 8,9 15,2 16,0 16,8 18,2 20,8 23,2 24,6 26,5 28,0
9 a 9,9 17,0 17,9 18,7 19,8 21,9 25,4 27,2 28,3 31,1
10 a 10,9 17,6 18,5 19,3 20,9 23,8 27,0 29,1 31,0 33,1
11 a 11,9 19,5 21,0 21,7 23,2 26,4 30,7 33,5 35,7 39,2
12 a 12,9 20,4 21,8 23,1 25,5 29,0 33,2 36,3 37,8 40,5
13 a 13,9 22,8 24,5 25,4 27,1 30,8 35,3 38,1 39,6 43,7
14 a 14,9 24,0 26,2 27,1 29,0 32,8 36,9 39,8 42,3 47,5
15 a 15,9 24,4 25,8 27,5 29,2 33,0 37,3 40,2 41,7 45,9
16 a 16,9 25,2 26,8 28,2 30,0 33,6 38,0 40,2 43,7 48,3
17 a 17,9 25,9 27,5 28,9 30,7 34,3 39,6 43,4 46,2 50,8
18 a 24,9 19,5 21,5 22,8 24,5 28,3 33,1 36,4 39,0 44,2
25 a 29,9 20,5 21,9 23,1 25,2 29,4 34,9 38,5 41,9 47,8
30 a 34,9 21,1 23,0 24,2 26,3 30,9 36,8 41,2 44,7 51,3
35 a 39,9 21,1 23,4 24,7 27,3 31,8 38,7 43,1 46,1 54,2
40 a 44,9 21,3 23,4 25,5 27,5 32,3 39,8 45,8 49,5 55,8
45 a 49,9 21,6 23,1 24,8 27,4 32,5 39,5 44,7 48,4 46,1
50 a 54,9 22,2 24,6 25,7 28,3 33,4 40,4 46,1 49,6 55,6
55 a 59,9 22,8 24,8 26,5 28,7 34,7 42,3 47,3 52,1 58,8
60 a 64,9 22,4 24,5 26,3 29,2 34,5 41,1 45,6 49,1 55,1
65 a 69,9 21,9 24,5 26,2 28,9 34,6 41,6 46,3 49,6 56,5
70 a 74,9 22,2 24,4 26,0 28,8 34,3 41,8 46,4 49,2 54,6
FRISANCHO, 1990.

31
2.18. Circunferência do Pescoço:
Indicada como triagem para detecção de indivíduos adultos com excesso de peso. Existe
também associação entre essa medida e doença cardiovascular (BEN-NOUN et al., 2001;
BEN-NOUN & LAOR, 2003). Esta medida é aferida com o indivíduo sentado e ereto, com a
face voltada para frente, no Plano de Frankfurt. A fita deve ser posicionada horizontalmente,
acima da proeminência laríngea (pomo de Adão). A leitura é realizada lateralmente (Figura
10) (SAMPAIO, 2012).

Figura 10. Técnica de aferição de


circunferência do pescoço.

Quadro 33. Valores de referência para avaliação da circunferência do


pescoço de acordo com sexo
Valor Classificação
≥ 37cm homens
Investigar sobrepeso / obesidade
≥ 34cm mulheres
≥ 39,5cm homens Associados com IMC > 30,0 Kg/m²
≥ 36,5cm mulheres  Risco cardiovascular
BEN-NOUN et al., 2001; BEN-NOUN & LAOR, 2003.

2.19. REFERÊNCIAS
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managing the global epidemic. Geneva (Switzerland): World Health Organization;
Technical Report Series no.: 894,1997.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Obesity: Preventing and managing the global
epidemic. Report of a WHO Consulation on Obesity. Genebra (Suíça), 1998.

34
Caroline Calloni
Joana Zanotti
Ana Lucia Hoefel

35
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO IDOSO (> 60 anos)

3.1. Peso ideal (PI):


É o peso desejável ou recomendado para idosos, de acordo com a estatura. É
determinado através da equação abaixo:

PI = IMC médio x estatura²


IMC médio idosos:
Homens e mulheres: 24,0kg/m²

3.2. Equações para Estimativa de Peso:


Quando existe alguma situação que impossibilite a obtenção do peso corporal de um
paciente diretamente, é possível fazer a estimativa utilizando-se algumas medidas
antropométricas (isto é, altura do joelho, circunferência do braço, circunferência da panturrilha
e espessura da dobra cutânea subescapular) usando as equações fornecidas nas tabelas
abaixo. A decisão de qual equação usar vai depender da idade do paciente e das medidas
antropométricas disponíveis (LEE E NIEMAN, 2013) (Quadro 1, Quadro 2 e Quadro 3).

Quadro 1. Equações para estimativa de peso para idoso de acordo com


circunferência da panturrilha, altura do joelho, circunferência do braço e dobra
cutânea subescapular.
Homens = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) - 81,69

Mulheres = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,40 x DCSE) - 62,35
Onde: CP = Circunferência da panturrilha (cm); CB = Circunferência do braço
(cm); AJ = Altura do joelho (cm); DCSE = Dobra cutânea subescapular (mm).
* Equação validada com população de 65 a 104 anos.
CHUMLEA, 1988

Quadro 2. Equações para estimativa de peso em idosos de acordo com raça e


sexo (60 a 80 anos).
Homens negros de 60-80 anos = (AJ X 0,44) + (CB X 2,86) – 39,21
Homens brancos de 60-80 anos = (AJ X 1,10) + (CB X 3,07) – 75,81
Mulheres negras de 60-80 anos = (AJ X 1,50) + (CB X 2,58) – 84,22
Mulheres brancas de 60-80 anos = (AJ X 1,09) + (CB X 2,68) – 65,51
Onde: CB = Circunferência do braço (cm); AJ = Altura do joelho (cm)
CHUMLEA, 1994

Quadro 3. Equação para estimativa de peso em idosos de acordo com as


circunferências da panturrilha, do braço e abdominal.
Peso (kg) = 0,5759 x (CB) + 0,5263 x (CA) + 1,2452 x (CP) - 4,8689 x (Sexo:
masculino= 1 feminino= 2) -32,9241
Onde: CP = Circunferência da panturrilha (cm); CB = Circunferência do braço
(cm); CA = Circunferência abdominal (cm)
* Equação validada com população de 32 a 66 anos.
RABITO, 2006.

35
3.3. Equações para Estimativa de Estatura:
Em pacientes idosos que não podem andar ou que se apresentam com em alguma
condição que limita a capacidade de ficar em pé (contraturas, artrite severa, paralisia,
amputações), a estatura pode ser estimada através de equações. A abordagem mais comum
é estimar a estatura a partir da altura do joelho, já que essa medida mostrou uma alta
correlação com a estatura (LEE E NIEMAN, 2013) (Quadro 4 e Quadro 5).

Quadro 4. Equações para estimativa de estatura em idosos (60 a


80 anos) de acordo com sexo, etnia e medida de altura do joelho.
Homem branco: (2,08 x AJ) + 59,01
Homem negro: (1,37 x AJ) + 95,79
Mulher branca: (1,91 x AJ) – (0,17 x I) + 75
Mulher negra: (1,96 x AJ) + 58,72
Onde: I = Idade (anos); AJ = Altura do joelho (cm)
CHUMLEA et al., 1992.

Quadro 5. Equações para estimativa de estatura em idosos (65 a


104 anos) de acordo com sexo, etnia e medida de altura do joelho.
Mulher branca: 84,88+[1,83 x AJ (cm)]-[0,24 x I (anos)]
Homem branco: 60,65+[2,04 x AJ (cm)]
Onde: AJ = Altura do joelho (cm)
CHUMLEA et al., 1985.

3.4. Índice de Massa Corporal (IMC):


O cálculo do IMC para idosos segue a mesma fórmula usada para adultos.

IMC = Peso
Estatura²

A classificação do IMC para idosos apresenta pontos de cortes diferentes daqueles


usados para adultos. Os valores estão apresentados no quadro abaixo (Quadro 5):

Quadro 5. Classificação do estado nutricional de idosos


de acordo com o valor de IMC.
IMC (kg/m²) Classificação
< 22,0 Magreza
22,0 a 27,0 Eutrofia
> 27,0 Excesso de Peso
LIPSCHITZ, 1994.
3.5. Circunferência do Braço (CB):
É mensurada no ponto médio do braço, entre o acrômio e o olecrano. Pode ser utilizada
como indicador de magreza ou de adiposidade. A classificação dos valores de circunferência
do braço para idosos pode ser feita através do quadro de percentis apresentadas abaixo
(Quadro 6) ou através do cálculo de percentual de adequação.

37
Quadro 6. Valores de referência para classificação da
circunferência do braço em idosos.
Valores de Percentil Classificação
Percentil 0 a 5 Magreza
Percentil 5 a 15 Abaixo da média
Percentil 16 a 85 Média
Percentil 86 a 95 Acima da média
Percentil > 95 Gordura excessiva

Quadro 7. Percentis de circunferência do braço (CB) para idosos, de acordo com


sexo e idade.
Valores de Referência CB para MULHERES
CB (cm) P10 P15 P25 P50 P75 P85 P90
60-69
26,2 26,9 28,3 31,2 34,4 36,5 38,3
anos
70-79
25,4 26,1 27,4 30,1 33,1 35,1 36,7
anos
> 80
23,0 23,9 25,5 28,4 31,5 33,2 34,0
anos
Valores de Referência CB para HOMENS
60-69
28,4 29,2 30,6 32,7 35,2 36,2 37,0
anos
70-79
27,5 28,2 29,3 31,3 33,4 35,1 36,1
anos
> 80
27,5 26,2 27,3 29,5 31,5 32,6 33,3
anos
NHANES III, 1988-1994; KUCZMARSKI et al, 2000.

3.6. Cálculo do Percentual (%) de Adequação da CB:


É calculado da mesma forma que o cálculo para adultos. A classificação indica qual
percentual acima ou abaixo do adequado o paciente se encontra, conforme Quadro 8.

Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100


CB percentil 50
(ver na tabela)

Quadro 8. Classificação do estado nutricional de acordo com o


percentual de adequação de CB para idosos.
Classificação Valores de % de adequação
Desnutrição Grave < 70%
Desnutrição Moderada 70-80%
Desnutrição Leve 80-90%
Eutrofia 90-110%
Sobrepeso 110-120%
Obesidade > 120%

38
3.7. Circunferência Muscular do Braço (CMB):
Estima reservas proteicas, útil para avaliar a perda muscular.

CMB = CB – 3,14 x (DCT ÷ 10)

Onde: CMB: circunferência muscular do braço;


CB: circunferência do braço (cm), DCT: dobra
cutânea tricipital (mm)

A classificação do valor de CMB pode ser feita através dos quadros de percentil
apresentados abaixo (Quadro 9 e Quadro 10) ou através do cálculo de percentual de
adequação.

Quadro 9. Valores de referência para classificação da


Circunferência Muscular do Braço para idosos, de acordo com
percentil.
Percentil Classificação
Percentil < 10 Magro/ baixa reserva
Percentil 25 a 75 Média
Percentil > 90 Boa nutrição

Quadro 10. Percentis de circunferência muscular do braço (CMB) para idosos, de


acordo com sexo e idade.
Valores de Referência de CMB para MULHERES
Idade (anos) P10 P15 P25 P50 P75 P85 P90
60-69 20,6 21,1 21,9 23,5 25,4 26,6 27,4
70-79 20,3 20,8 21,6 23,0 24,8 26,3 27,0
> 80 19,3 20,0 20,9 22,6 24,5 25,4 26,0
Valores de Referência de CMB para HOMENS
60-69 24,9 25,6 26,7 28,4 30,0 30,9 31,4
70-79 24,4 24,8 25,6 27,2 28,9 30,0 30,5
> 80 22,6 23,2 24,0 25,7 27,5 28,2 28,8
GUNTER, 1996.

3.8. Equação para o cálculo do % de Adequação da CMB:

Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100


CMB percentil 50
(ver na tabela)

39
Quadro 11. Classificação do estado nutricional de acordo com o
percentual de adequação da CMB.
Classificação Percentual de Adequação
Desnutrição Grave < 70%
Desnutrição Moderada 70-80%
Desnutrição Leve 80-90%
Eutrofia > 90%

3.9. Dobra Cutânea Tricipital (DCT):


É utilizada para avaliação e monitoramento do estado nutricional. A classificação do valor
de DCT pode ser feita através dos quadros de percentil apresentadas abaixo (Quadro 12) ou
através do cálculo de percentual de adequação.

Quadro 12. Percentis de Dobra Cutânea Tricipital (DCT) para idosos, de acordo com
sexo e idade.
Valores de Referência de DCT para MULHERES

Idade (anos) P10 P15 P25 P50 P75 P85 P90


60-69 14,5 15,9 18,2 24,1 29,7 32,9 34,9
70-79 12,5 14,0 16,4 21,8 27,7 30,6 32,1
> 80 9,3 11,1 13,1 18,1 23,3 26,4 28,9
Valores de Referência de DCT para HOMENS
60-69 7,7 8,5 10,1 12,7 17,1 20,2 23,1
70-79 7,3 7,8 9,0 12,4 16,0 18,8 20,6
> 80 6,6 7,6 8,7 11,2 13,8 16,2 18,0
GUNTER, 1996.

3.10. Fórmula para o cálculo do % de Adequação da DCT:

Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) x 100


DCT percentil 50
(ver na tabela)

Quadro 13. Classificação do estado nutricional de acordo com


o percentual de adequação da DCT.
Classificação Percentual de Adequação
Desnutrição Grave < 70%
Desnutrição Moderada 70-80%
Desnutrição Leve 80-90%
Eutrofia 90-110%
Sobrepeso 110-120%
Obesidade > 120%

40
3.11. Dobra Cutânea Subescapular (DCSE):
É, juntamente com a dobra cutânea tricipital, um parâmetro para avaliar desnutrição
crônica em idosos.
A classificação do valor de DCSE pode ser feita através dos quadros de percentil
apresentadas abaixo (Quadro 14 e Quadro 15):

Quadro 14. Classificação do estado nutricional de acordo com o


percentual de adequação da DCSE.
Percentil Classificação
Percentil < 5 Magreza
Percentil 50 Média
Percentil > 95 Gordura excessiva

Quadro 15. Percentis de Dobra Cutânea Subescapular (DCSE) para


idosos, de acordo com sexo e idade.
Valores de Referência de DCSE para MULHERES
Idade (anos) P5 P50 P95
65 anos 8,5 16,4 33,1
70 anos 7,9 15,8 32,5
75 anos 7,3 15,2 31,9
80 anos 6,7 14,6 31,3
Valores de Referência de DCSE para HOMENS
65 anos 11,2 20,0 35,7
70 anos 9,4 18,2 34,0
75 anos 7,7 16,4 32,2
80 anos 5,9 14,7 30,4
CHUMLEA, 1984.

3.12. Circunferência da Panturrilha:


Melhor e mais sensível medida de massa muscular no idoso. Deve ser mensurada no
perímetro de maior circunferência da panturrilha (Figura 11). É importante atentar para a
presença de edema nos membros inferiores. A classificação é feita através dos valores do
Quadro 15:

Quadro 15. Valores de referência para classificação da


circunferência da panturrilha de acordo com sexo.
Sexo Classificação
Homens Baixa reserva muscular: ≤ 34 cm
Mulheres Baixa reserva muscular: ≤ 33 cm
BARBOSA-SILVA, 2016.

41
Figura 11. Técnica de aferição
da circunferência da panturrilha.

3.13. Força de Preensão Palmar (FPP):


A FPP deve ser avaliada na mão dominante com o uso de um dinamômetro. Para
realização do teste o idoso deve permanecer sentado sem apoio no cotovelo (Figura 12).

Figura 122. Técnica de aferição


da circunferência da FPP.

Em seguida, solicita-se que o idoso pressione o dinamômetro com o máximo de força


possível por 3 vezes, considerando-se o maior valor. A classificação da FPP é feita através
dos valores apresentados no Quadro 16:

Quadro 16. Valores de referência para classificação da força


de pressão palmar de acordo com sexo.
Sexo Classificação
Homens ≥ 27 kg / força
Mulheres ≥ 16 kg / força
CRUZ-JENTOFT, Alfonso J. et al., 2019.

3.14. Circunferência da Cintura (CC):


É mensurada na parte mais estreita do tronco ou no ponto médio entre a crista ilíaca e o
rebordo da última costela. A classificação é feita conforme o Quadro 17 abaixo:

42
Quadro 17. Valor de referência de circunferência da cintura para
classificação de risco de complicações metabólicas.
Sexo Risco Aumentado Risco Muito Aumentado
Masculino ≥ 94 cm ≥ 102 cm
Feminino ≥ 80 cm ≥ 88 cm
OBESITY, 1998.

3.15. Relação cintura\quadril (RCQ):


A RCQ é um bom indicador de distribuição de gordura corporal, devido à sua associação
direta entre gordura abdominal e risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e hiperlipidemia (BRAY
& GRAY, 1988). A classificação da RCQ pode ser feita através dos dados apresentados nos
Quadros 18 e 19.
Quadro 18. Classificação de risco cardiovascular de acordo
com valor de RCQ para homens e mulheres.
Sexo Valores Indicativos de Risco
Masculino > 1,0
Feminino > 0,85

Quadro 19. Classificação de riscos para saúde segundo RCQ para idosos.
Gênero Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
Homens 60 a 69 < 0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 > 1,03
Mulheres 60 a 69 < 0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 > 0,90
BRAY & GRAY, 1988

3.16. Composição Corporal:


Para predição do percentual de gordura corporal em idosos utiliza-se a tabela de Durnin
e Womersley (1974), a qual leva em consideração a soma das 4 dobras cutâneas (tríceps,
bíceps, subescapular e suprailíaca). Para obtenção dos valores do % de gordura corporal,
consultar a Tabela de Durnin, na página 15. A classificação é feita através dos valores
descritos no Quadro 20:

Quadro 20. Classificação do estado nutricional conforme % de gordura corporal, de


acordo com sexo e idade.
Pré
Sexo Idade (anos) Desnutrição Eutrofia Obesidade
Obesidade
20 - 39 < 21% 21 – 32,9 33 – 38,9 > 39%
Mulheres 40 - 59 < 23% 23 – 33,9 34 – 39,9 > 40%
60 - 79 < 24% 24 – 35,9 36 – 41,9 > 42%
20 - 39 < 8% 8 – 19,9 20 – 24,9 > 25%
40 - 59 < 11% 11 – 21,9 22 – 27,9 > 28%
Homens
60 - 79 < 13% 13 – 24,9 25 – 29,9 > 30%
GALLAGHER et al., 2000.

43
3.17. REFERÊNCIAS
BARBOSA‐SILVA, Thiago G. et al. Prevalence of sarcopenia among community‐dwelling
elderly of a medium‐sized South American city: results of the COMO VAI? study. Journal
of cachexia, sarcopenia and muscle, v. 7, n. 2, p. 136-143, 2016.
BRAY, G. A.; GRAY, David S. Obesity. Part I--Pathogenesis. Western Journal of Medicine,
v. 149, n. 4, p. 429, 1988.
CHUMLEA, William Cameron et al. Prediction of body weight for the nonambulatory elderly
from anthropometry. Journal of the American Dietetic Association, v. 88, n. 5, p. 564-
568, 1988.
CHUMLEA, William Cameron; ROCHE, Alex F.; STEINBAUGH, Maria L. Estimating stature
from knee height for persons 60 to 90 years of age. Journal of the American Geriatrics
Society, v. 33, n. 2, p. 116-120, 1985.
CHUMLEA, William Cameron; ROCHE, Alexander Francis; MUKHERJEE, Debabrata.
Nutritional assessment of the elderly through anthropometry. Ross Laboratories, 1984.
CHUMLEA, WM Cameron; GUO, Shumei S.; STEINBAUGH, Maria L. Prediction of stature
from knee height for black and white adults and children with application to mobility-
impaired or handicapped persons. Journal of the American Dietetic Association, v.
94, n. 12, p. 1385-1391, 1994.
CHUMLEA, Wm Cameron; GUO, Shumei. Equations for predicting stature in white and black
elderly individuals. Journal of Gerontology, v. 47, n. 6, p. M197-M203, 1992.
CRUZ-JENTOFT, Alfonso J. et al. Writing Group for the European Working Group on
Sarcopenia in Older People 2 (EWGSOP2), and the Extended Group for EWGSOP2.
Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis. Age Ageing, v.
48, n. 1, p. 16-31, 2019.
DURNIN, John VGA; WOMERSLEY, J. V. G. A. Body fat assessed from total body density and
its estimation from skinfold thickness: measurements on 481 men and women aged from
16 to 72 years. British journal of nutrition, v. 32, n. 1, p. 77-97, 1974.
GALLAGHER, Dympna et al. Healthy percentage body fat ranges: an approach for developing
guidelines based on body mass index. The American journal of clinical nutrition, v.
72, n. 3, p. 694-701, 2000.
GUNTER, Elaine W.; LEWIS, Brenda G.; KONCIKOWSKI, Sharon M. Laboratory procedures
used for the third National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES III), 1988-
1994. 1996.
KUCZMARSKI MF, KUCZMARSKI RJ, NAJJAR M. Descriptive anthropometric reference data
for older Americans. J Am Diet Assoc. 2000 Jan;100(1):59-66.
LEE, R D, and. Nieman, D C. Nutritional Assessment. 6ª ed. Boston: McGraw-Hill, 2013.
LIPSCHITZ, David A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care: Clinics in
Office Practice, v. 21, n. 1, p. 55-67, 1994.
NATIONAL CENTER FOR HEALTH STATISTICS. Plan and Operation of Third National Health
and Nutrition Examination Survey, 1988-1994. National Center for Health
Statistics, Hyattsville, Md1994 (Vital and Health Statistics No. 32).
OBESITY, Preventing. Managing the Global Epidemic. World Health Organization (WHO),
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RABITO, Estela Iraci et al. Weight and height prediction of immobilized patients. Revista de
Nutrição, v. 19, p. 655-661, 2006.

44
Caroline Calloni
Joana Zanotti
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PEDIATRIA (< 10 anos de idade)

4.1. Recém-Nascido: A avaliação nutricional do recém-nascido é importante para a


identificação de crescimento anormal.

4.1.1. Classificação segundo a idade gestacional (IG):


Reflete a maturidade biológica do recém-nascido. A classificação é feita de acordo com
a idade gestacional (semanas de gestação) de nascimento do recém-nascido, de acordo com
o Quadro 1:

Quadro 1. Classificação do recém-nascido de acordo com a


idade gestacional.
Idade Gestacional Classificação
<37 semanas Pré-termo
38 a 42 semanas A termo
>42 semanas Pós-termo
AGUIAR et
al., 2010; LUBCHENCO at al., 1963.

4.1.2. Classificação do Peso ao Nascer:


Quando se tem à disposição apenas o peso ao nascer, a classificação é feita de acordo
com valores disponíveis no Quadro 2 abaixo:

Quadro 2. Classificação do recém-nascido segundo o peso ao nascer.


Peso ao Nascer Classificação
< 800g Micro prematuro
< 1000g Muitíssimo Baixo Peso
< 1500g Muito Baixo Peso
< 2500g Baixo peso
2500 a 3999g Adequado
4000g ou mais Macrossomia
FALCÃO, 2003; BRASIL, 2011; SBP, 2009.

4.1.3. Classificação do Crescimento Intrauterino:


Quando associamos o peso à idade gestacional, o recém-nascido é classificado segundo
o seu crescimento em peso intrauterino. A classificação é feita através do cruzamento do peso,
em gramas, e da idade gestacional em semanas, na curva (Figura 13). Os valores de
classificação encontram-se no Quadro 3, abaixo.

Quadro 3. Classificação do peso ao nascer para idade gestacional


de acordo com percentil (LUBCHENCO et al., 1963)
Percentil Classificação
> 90 Grande para a idade gestacional: (GIG)
10 e 90 Adequado para a idade gestacional: (AIG)
< 10 Pequeno para a idade gestacional (PIG)

46
Figura 133. Curva de crescimento intrauterino

4.2. Peso Atual:


O peso de crianças de 0 a 23 meses deve ser aferido com balança pediátrica, mecânica
ou eletrônica, que possui grande precisão, com divisões de 10 g e capacidade de até 16 kg.
A criança deve ser pesada completamente despida, no centro do equipamento, sentada ou
deitada (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009) (Figura 14).

Figura 144. Balança pediátrica

47
4.3. Comprimento:
Na faixa etária de 0 a 23 meses, a aferição do comprimento deve ser realizada com a
criança deitada e com o auxílio de régua antropométrica sobre uma superfície plana. Para
efetuar a leitura da medida, a criança deve estar completamente despida e descalça e o
procedimento deve contar com a participação de dois examinadores (mãe e profissional)
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009) (Figura 15).

Figura 155. Régua antropométrica.

4.4. Perímetro Cefálico (PC):


Avalia o crescimento cerebral, tendo maior importância nos primeiros 2 anos. Deve ser
medido com o recém-nascido em decúbito dorsal, com a fita métrica passando pela
circunferência occipitofrontal, acima das sobrancelhas e, posteriormente, pelo occipício, de
modo a obter a maior medida (SASANOW et al., 1986) (Figura 16). A medida pode ser avaliada
isoladamente, através a curva de perímetro cefálica por idade (veja a curva em anexo nas
páginas 78 e 89), ou pode ser usada juntamente com o perímetro torácico (Quadro 4 e Quadro
5).

Figura 166. Aferição do perímetro cefálico.

Quadro 4. Classificação do perímetro cefálico conforme Curva de


Crescimento.
Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +2 Normalidade
WHO, 1995.

48
4.5. Perímetro Torácico:
Medido no maior diâmetro do tórax, em geral na altura dos mamilos, com a região
torácica despida (Figura 17). O perímetro torácico é utilizado em conjunto com o perímetro
cefálico, sendo útil na classificação da desnutrição. Os dois valores, perímetro torácico e
cefálico, são utilizados no cálculo da razão entre perímetro torácico e perímetro cefálico. A
classificação é feita através dos valores descritos no Quadro 5.

Figura 177. Aferição do perímetro cefálico.

Perímetro Torácico
Perímetro Cefálico

Quadro 5. Classificação do estado nutricional segundo a razão entre perímetro


torácico e cefálico, de acordo com idade.
Idade Valor de Referência Classificação
0 – 6 meses =1 Adequado
0 – 6 meses <1 Desnutrição
6 meses – 5 anos >1 Adequado
6 meses – 5 anos <1 Desnutrição
MALINA et al., 1975

4.6. Curvas de Crescimento:


Os índices antropométricos mais amplamente usados, recomendados pela OMS e
adotados pelo Ministério da Saúde para a avaliação do estado nutricional de crianças, são:
- Peso para idade (P/I): Expressa a relação entre a massa corporal e a idade cronológica
da criança. Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do ganho de peso e
reflete a situação global da criança;
- Peso para estatura (P/E): Este índice dispensa a informação da idade, expressa a
harmonia entre as dimensões de massa corporal e estatura. É utilizado tanto para identificar
o emagrecimento da criança, como o excesso de peso.
- Índice de Massa Corporal (IMC) para idade (IMC/I): expressa a relação entre o peso
da criança e o quadrado da estatura pela idade. É utilizado para identificar o excesso de peso
entre crianças e tem a vantagem de ser um índice que será utilizado em outras fases do curso
da vida.
- Estatura para Idade (E/I): Expressa o crescimento linear da criança.

50
Conforme a SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (2009) e BRASIL (2011),
recomenda-se a utilização das curvas P/I, P/E, E/I e IMC/I para crianças de 0 a 5 anos
incompletos e P/I, E/I e IMC/I para crianças de 5 a 10 anos incompletos.
Veja curvas de crescimento nos anexos.

4.7. Pontos de Corte para classificação nas curvas de crescimento:

Quadro 6. Pontos de corte para classificação de PESO PARA IDADE para


crianças de 0 a 10 anos
Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional
< Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade
≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixo peso para a idade
≥ Escore-z -2 e Escore-z +2 Peso adequado para a idade
> Escore-z +2 Peso elevado para a idade
BRASIL, 2011.

Quadro 7. Pontos de corte para a classificação de PESO PARA ESTATURA


para crianças de 0 a 5 anos
Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional
< Escore-z -3 Magreza acentuada
≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia
> Escore-z +1 e ≤ Escore-z +2 Risco de sobrepeso
> Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Sobrepeso
> Escore-z +3 Obesidade

BRASIL, 2011.

Quadro 8. Pontos de corte para classificação de IMC-PARA-IDADE para


crianças menores de 5 anos
Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional
< Escore-z -3 Magreza acentuada
≥ Escore-z -3 e ≤ Escore-z -2 Magreza
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia
> Escore-z +1 e ≤ Escore-z +2 Risco de sobrepeso
> Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Sobrepeso
> Escore-z +3 Obesidade

Quadro 9. Pontos de corte para classificação de IMC-PARA-IDADE para


crianças dos 5 aos 10 anos.
Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional
< Escore-z -3 Magreza acentuada
≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia
> Escore-z +1 e ≤ Escore-z +2 Sobrepeso
> Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Obesidade
> Escore-z +3 Obesidade grave
BRASIL, 2011.

50
Quadro 10. Pontos de corte para classificação de ESTATURA-PARA-IDADE
para crianças de 0 a 10 anos.
Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional
< Escore-z -3 Muito baixa estatura para idade
≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para idade
≥ Escore-z -2 Estatura adequada para idade
BRASIL, 2011.

4.8. Circunferência do Braço (CB):


É mensurada no ponto médio do braço, entre o acrômio e o olecrano. Utilizada em
crianças de 1 a 5 anos, na ausência das medidas de peso e estatura. Pode ser usada como
medida complementar a avaliação nutricional, sendo a classificação realizada através de
valores de percentil (Quadro 12 e 13).

Quadro 12. Valores de percentis de circunferência do braço para crianças, de


acordo com idade e sexo
Percentis da CB (cm) de crianças
Idade
Meninos Meninas
(anos)
P5 P50 P95 P5 P50 P95
1 – 1,9 14,2 16,0 18,2 13,6 15,7 17,8
2 – 2,9 14,3 16,3 18,6 14,2 16,1 18,5
3 – 3,9 15,0 16,8 19,0 14,4 16,6 19,0
4 – 4,9 15,1 17,1 19,3 14,8 17,0 19,5
5 – 5,9 15,5 17,5 20,5 15,2 17,5 21,0
6 – 6,9 15,8 18,0 22,8 15,7 17,8 22,0
7 – 7,9 16,1 18,7 22,9 16,4 18,6 23,3
8 – 8,9 16,5 19,2 24,0 16,7 19,5 25,1
9 – 9,9 17,5 20,1 26,0 17,6 20,6 26,7
10 – 10,9 18,1 21,1 27,9 17,8 21,2 27,3
FRISANCHO, 1990

Quadro 13. Classificação da circunferência do braço de acordo com valores de


percentil.
Percentil Classificação
< Percentil 5 Risco de distúrbios relacionados à desnutrição
> Percentil 95 Risco de doenças relacionadas ao excesso de peso
FRISANCHO, 1990

4.9. Circunferência da Cintura (CC):


Medida na menor circunferência entre a crista ilíaca e a última costela. Utilizada para
crianças acima de 5 anos. A classificação é feita através de percentis (Quadro 14), de acordo
com sexo e idade, sendo que valores acima do percentil 90 são indicativos de risco para o
desenvolvimento de alterações lipídicas, cardiovasculares e hipertensão arterial

51
Quadro 14. Percentis de circunferência da cintura para crianças, de acordo com
sexo e idade.
Percentis
Sexo Idade
5 10 25 50 75 90 95
Meninos 5 46,8 47,7 49,3 51,3 53,5 55,6 57,0
6 47,2 48,2 50,7 52,2 54,6 57,1 58,7
7 47,9 48,9 50,9 53,3 56,1 58,8 60,7
8 48,7 49,9 52,1 54,7 57,8 60,9 62,9
9 49,7 51,0 53,4 56,4 59,7 63,2 65,4
10 50,8 52,3 55,0 58,2 61,9 65,6 67,9
Meninas 5 45,4 46,3 48,1 50,3 52,8 55,4 57,2
6 46,3 47,3 49,2 51,5 54,2 57,0 58,9
7 47,4 48,4 50,3 52,7 55,6 58,7 60,8
8 48,5 49,6 51,5 54,1 57,1 60,4 62,7
9 49,5 50,6 52,7 55,3 58,5 62,0 64,5
10 50,7 51,8 53,9 56,7 60,0 63,6 66,2
MCCARTHY, 2003

4.10. Dobra cutânea tricipital (DCT): deve ser medida no mesmo ponto anatômico de
referência de adultos.

Quadro 15. Percentis de dobra cutânea tricipital para crianças, de acordo com sexo
e idade.
Idade Meninos Meninas
P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95
1 6,5 7,5 10,0 13,0 16,0 6,0 7,5 10,5 12,5 16,5
2 6,0 7,0 10,0 13,0 15,5 6,0 7,5 10,5 13,5 16,0
3 6,5 7,5 9,5 12,5 15,0 6,0 7,0 10,0 13,5 16,5
4 6,0 7,0 9,0 12,0 15,0 6,0 7,5 10,0 12,5 15,5
5 5,5 6,5 8,0 11,5 15,0 6,0 7,5 10,5 13,0 16,0
6 5,0 6,0 8,0 12,0 14,5 6,0 7,5 10,0 14,0 18,5
7 5,0 6,0 8,5 12,0 17,5 6,0 7,5 10,5 14,5 20,0
8 5,5 6,0 9,0 16,5 17,5 6,0 7,0 11,0 15,0 21,0
9 5,0 6,0 9,0 16,0 22,0 7,0 8,5 13,0 16,0 27,0
10 5,0 6,5 11,0 20,0 23,0 7,0 8,0 13,5 20,0 24,5
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

A classificação da DCT é feita através dos valores do quadro 16 abaixo:

Quadro 16. Classificação da dobra cutânea tricipital para crianças


de acordo com valores de percentil (SBP, 2009).
Percentil Classificação
P5 e P15 risco de desnutrição
P15 e P85 eutrofia
P85 e P95 risco de obesidade

52
4.11. Dobra cutânea subescapular (DCSE): deve ser medida no mesmo ponto anatômico de
referência de adultos.
Quadro 17. Percentis de dobra cutânea subescapular para crianças, de acordo
com sexo e idade.
Idade Meninos Meninas
P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95
1 4,0 5,0 6,5 8,0 10,5 4,0 5,0 6,5 8,5 10,5
2 3,5 4,0 5,5 7,5 10,0 4,0 4,5 6,0 8,5 11,0
3 4,0 4,0 5,5 7,0 9,0 3,5 4,5 6,0 8,0 11,0
4 3,5 4,0 5,0 7,0 9,0 3,5 4,5 5,5 8,0 10,5
5 3,0 4,0 5,0 6,5 8,0 4,0 4,5 5,5 8,0 12,0
6 3,5 4,0 5,0 8,0 16,0 4,0 4,0 6,0 9,0 14,0
7 3,5 4,0 5,0 7,0 11,5 3,5 4,0 6,0 9,0 16,5
8 3,5 4,0 5,0 8,0 21,0 3,5 4,5 6,0 10,5 15,0
9 3,5 4,0 6,0 10,0 15,0 4,0 5,0 7,0 13,0 29,0
10 4,0 4,5 6,0 11,5 22,0 4,5 5,0 8,0 18,0 23,0
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

A classificação da DCSE é feita através dos valores do Quadro 18 abaixo:

Quadro 18. Classificação da dobra cutânea subescapular para


crianças de acordo com valores de percentil.
Percentil Classificação
P5 e P15 risco de desnutrição
P15 e P85 eutrofia
P85 e P95 risco de obesidade
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

4.12. REFERÊNCIAS
AGUIAR, C R, COSTA, H P F, RUGOLO, L M S et al. O recém-nascido de muito baixo peso.
2 ed. rev. ampl. São Paulo: Atheneu, 2010.
BRASIL. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de
saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional-SISVAN.
2011.
FALCÃO, MC. Avaliação e terapia nutricional do recém-nascido. In: Lopez, FA. Nutrição e
Dietética em clínica pediátrica. São Paulo: Atheneu, 2003.
FRISANCHO, A. Roberto. Anthropometric standards for the assessment of growth and
nutritional status. University of Michigan press, 1990.
LUBCHENCO, Lula O. et al. Intrauterine growth as estimated from liveborn birth-weight data
at 24 to 42 weeks of gestation. Pediatrics, v. 32, n. 5, p. 793-800, 1963.
MALINA, Robert M. et al. Head and chest circumferences in rural Guatemalan Ladino children,
birth to seven years of age. The American journal of clinical nutrition, v. 28, n. 9, p.
1061-1070, 1975.

53
MCCARTHY, H. David; ELLIS, Sandra M.; COLE, Tim J. Central overweight and obesity in
British youth aged 11–16 years: cross sectional surveys of waist circumference. Bmj, v.
326, n. 7390, p. 624, 2003.
SASANOW, Sharon R.; GEORGIEFF, Michael K.; PEREIRA, Gilberto R. Mid-arm
circumference and mid-arm/head circumference ratios: standard curves for
anthropometric assessment of neonatal nutritional status. The Journal of pediatrics, v.
109, n. 2, p. 311-315, 1986.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Avaliação Nutricional da Criança e do
Adolescente: manual de orientação. São Paulo: SBP, 2009.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Physical status: The use and interpretation of
anthropometry. Genebra: WHO, v. 854, n. 9, 1995.

54
Caroline Calloni
Joana Zanotti
Fernanda Bissigo Pereira
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADOLESCENTE

5.1. Estágios de maturação sexual


Os estágios de maturação sexual são denominados como estágios de TANNER. O
estadiamento é realizado pela avaliação das mamas e dos pelos púbicos, no sexo feminino, e
dos genitais e pelos púbicos, no sexo masculino (Quadro 1).

Quadro 1. Características dos estágios de maturação sexual para adolescentes


Estágios Pelos Pubianos (ambos os sexos)
Ausência de pelos pubianos. Pode haver uma leve penugem
P1
semelhante à observada na parede abdominal.
Aparecimento de pelos longos e finos, levemente pigmentados,
P2 lisos ou pouco encaracolados, principalmente na base do pênis
ou ao longo dos grandes lábios.
Maior quantidade de pelos, agora mais grossos, escuros e
P3 encaracolados, espalhando-se esparsamente pela sínfise
púbica.
Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica,
P4
mas ainda sem atingir a face interna das coxas.
Pilosidade pubiana igual à do adulto, em quantidade e
P5
distribuição, invadindo a face interna das coxas.
Genitais (sexo masculino)
G1 Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções infantis.
Aumento inicial do volume testicular. Pele escrotal muda de
G2 textura e torna-se avermelhada. Aumento do pênis mínimo ou
ausente.
Crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior
G3
crescimento dos testículos e escroto.
Continua crescimento peniano, agora principalmente em
diâmetro, e com maior desenvolvimento da glande. Maior
G4
crescimento dos testículos e do escroto, cuja pele se torna mais
pigmentada.
Desenvolvimento completo da genitália, que assume tamanho e
G5
forma adulta.
Mamas (sexo feminino)
M1 Mama infantil, com elevação somente da papila.
Broto mamário: aumento inicial da glândula mamária, com
M2 elevação da aréola e papila, formando uma pequena saliência.
Aumenta o diâmetro da aréola, e modifica-se sua textura.
Maior aumento da mama e da aréola, mas sem separação de
M3
seus contornos.
Maior crescimento da mama e da aréola, sendo que esta agora
M4
forma uma segunda saliência acima do contorno da mama.
Mamas com aspecto adulto. O contorno areolar novamente
M5
incorporado ao contorno da mama.
Adaptado de TANNER, 1955.

56
Figura 18. Estadiamentos de Tanner para mamas e pelos pubianos nas meninas e pelos
pubianos nos meninos. Fonte: MENESES et al., 2008.

5.2. Avaliação Antropométrica: é realizada através do peso atual, estatura e IMC, com
classificação nas curvas de crescimento.

5.3. Curvas de Crescimento:


Na avaliação antropométrica do adolescente, utilizam-se as curvas Índice de Massa
Corporal (IMC) para idade (IMC/I) e Estatura para Idade (E/I). Veja curvas de crescimento nos
anexos.
A classificação do estado nutricional é feita através dos valores de escore-Z encontrados
nas curvas de acordo com os quadros abaixo:

Quadro 2. Pontos de corte para classificação do estado nutricional de acordo


com IMC-PARA-IDADE para adolescentes
Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional
< Escore-z -3 Magreza acentuada
≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia
≥ Escore-z +1 e < Escore-z +2 Sobrepeso
≥ Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Obesidade
> Escore-z +3 Obesidade grave
BRASIL, 2011

Quadro 3. Pontos de corte para a classificação do estado nutricional de acordo


com ESTATURA-PARA-IDADE para adolescentes.
Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional
< Escore-z -3 Muito baixa estatura para idade
≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para idade
≥ Escore-z -2 Estatura adequada para idade
BRASIL, 2011

57
5.4. Composição Corporal:
A composição corporal pode ser determinada através das equações de predição de
percentual de gordura corporal, apresentadas no Quadro 4. Para a determinação do
percentual de gordura através são necessárias as medidas das dobras cutâneas do tríceps e
subescapular.

Quadro 4. Equações para cálculo do percentual de gordura corporal em


adolescentes, de acordo com sexo.
Meninos (raça branca) Se a soma das dobras ≤ 35 mm
Pré-púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² - 1,7
Púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² - 3,4
Pós-púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² - 5,5
Meninos (raça negra) Se a soma das dobras ≤ 35 mm
Pré-púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² – 3,2
Púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² – 5,2
Pós-púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² – 6,8
Todas as meninas
1,33 (tricipital+subescapular) - 0,013 (tricipital+subescapular)² – 2,5
Se a soma das duas dobras cutâneas for maior que 35mm
Homens: 0,783 (tricipital+subescapular) + 1,6
Mulheres: 0,546 (tricipital+subescapular) + 9,7
Obs: Tríceps: mm; Subescapular: mm
Pré-púberes: estágio de 1 e 2 de Tanner
Púberes: estágio 3 de Tanner
Pós-púberes: estágio 4 e 5 Tanner
SLAUGHTER et al., 1988.

A classificação do estado nutricional segundo o percentual de gordura corporal pode ser


feita através do Quadro 5 abaixo:

Quadro 5. Classificação do estado nutricional de adolescentes de acordo com o


percentual de gordura corporal.
Percentual de Gordura Corporal
Classificação
Meninos 7-17 anos Meninas 7-17 anos
Excessivamente baixa Até 6% Até 12%
Baixa 6 – 10% 12 – 15%
Adequada 10 – 20% 15 – 25%
Moderadamente alta 20 – 25% 25 – 30%
Alta 25 – 31% 30 – 36%
Excessivamente alta > 31% > 36%
LOHMAN, 1986.

Valores de percentual de gordura corporal acima de 25% para meninos e acima de 30%
para meninas indicam risco de doenças cardiovasculares (8 a 18 anos) (SLAUGHTER et al.,
1988).

58
5.5. Circunferência da Cintura (CC):
Deve ser medida na menor circunferência entre a crista ilíaca e a última costela. É um
bom indicador para avaliar o risco para desenvolver alterações lipídicas, cardiovasculares e
hipertensão arterial.

Quadro 6. Percentis de circunferência da cintura para adolescentes, de acordo


com idade e sexo.
Percentis
Sexo Idade
5 10 25 50 75 90 95
Meninos 11 51,9 53,6 56,6 60,2 64,1 67,9 70,4
12 53,1 55,0 58,4 62,3 66,4 70,4 72,9
13 54,8 56,9 60,4 64,6 69,0 73,1 75,7
14 56,9 59,2 62,6 67,0 71,6 76,1 78,9
15 59,0 61,1 64,8 69,3 74,2 79,0 82,0
16 61,2 63,3 67,0 71,6 76,7 81,8 85,2
Meninas 11 52,0 53,2 55,4 58,2 61,6 65,4 68,1
12 53,6 54,8 57,1 60,0 63,5 67,3 70,5
13 55,2 56,4 58,7 61,7 65,3 69,1 71,8
14 56,5 57,8 60,2 63,2 66,8 70,6 73,2
15 57,6 58,9 61,3 64,4 67,9 71,7 74,3
16 58,4 59,8 62,2 65,3 68,8 72,6 75,1
MCCARTHY, 2001

Valores de circunferência da cintura acima do percentil 90, de acordo com sexo e idade,
indicam RISCO para desenvolver alterações lipídicas, cardiovasculares e hipertensão arterial.

5.6. Dobra cutânea tricipital (DCT):


Em adolescentes a medida é feita no mesmo ponto anatômico de referência para adultos.
A DCT pode ser utilizada no cálculo de percentual de gordura corporal ou pode ser classificada
de acordo com percentis, apresentados no Quadro 7 abaixo:

Quadro 7. Percentis da DCT (mm) de adolescentes, de acordo com idade e


sexo.
Percentis
Idade Meninos Meninas
P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95
11 4,5 6,0 10,5 22,0 26,0 8,0 9,0 14,0 21,0 29,5
12 5,0 6,0 11,0 18,0 30,0 7,5 9,0 13,5 21,5 27,0
13 5,0 6,0 9,0 16,5 26,5 6,0 9,0 15,0 21,5 30,0
14 4,0 5,5 9,0 15,0 22,5 8,0 10,5 17,0 22,0 32,0
15 5,0 6,0 7,5 14,5 23,0 8,5 10,0 16,5 25,0 32,1
16 4,5 5,5 8,0 18,5 22,0 11,0 12,0 18,0 24,5 33,1
17 4,0 5,0 7,0 12,5 25,5 9,5 11,5 20,0 27,0 34,5
18 4,0 6,0 9,5 17,5 18,0 11,0 12,5 18,0 26,5 35,0
19 5,0 6,5 9,0 16,0 22,5 10,5 13,0 19,0 27,0 33,5
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

59
Quadro 8. Classificação da dobra cutânea tricipital para
adolescentes, de acordo com percentis.
Percentis Classificação
P5 e P15 risco de desnutrição
P15 e P85 eutrofia
P85 e P95 risco de obesidade
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

5.7. Dobra cutânea subescapular (DCSE):


Em adolescentes a medida é feita no mesmo ponto anatômico de referência para adultos.
A DCSE pode ser utilizada no cálculo de percentual de gordura corporal ou pode ser
classificada de acordo com percentis, apresentados no Quadro 9 abaixo:

Quadro 9. Percentis da DCSE (mm) de adolescentes, de acordo com idade e


sexo.
Percentis
Idade Meninos Meninas
P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95
11 4,0 4,5 6,5 17,5 31,0 4,5 5,5 8,0 17,0 29,0
12 4,0 4,5 6,5 15,5 22,5 5,0 6,0 9,0 17,0 29,
13 4,0 5,0 7,0 13,0 24,0 4,5 6,0 9,5 17,5 29,0
14 4,5 5,5 7,0 12,0 20,0 6,0 7,0 10,5 22,0 31,0
15 5,0 6,0 7,5 12,0 24,5 6,0 7,5 10,5 20,5 27,5
16 5,0 6,5 9,0 14,5 25,0 6,5 8,5 12,0 26,0 36,6
17 5,5 6,5 8,5 14,0 20,5 6,5 8,0 13,0 29,0 37,0
18 6,0 7,0 10,0 16,0 24,0 7,0 8,0 13,0 27,5 34,5
19 7,0 7,5 10,5 16,5 29,0 7,0 8,5 13,0 26,5 35,5
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

Quadro 10. Classificação da dobra cutânea subescapular


para adolescentes, de acordo com percentis.
Percentis Classificação
P5 e P15 risco de desnutrição
P15 e P85 eutrofia
P85 e P95 risco de obesidade
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

5.8. Circunferência do braço (CB):


É mensurada no ponto médio do braço, entre o acrômio e o olecrano. A classificação é
feita através de percentis, conforme Quadros 11 e 12 abaixo:

60
Quadro 11. Percentis de circunferência do braço (cm) de adolescentes, de
acordo com idade e sexo.
Percentis
Idade Meninos Meninas
P5 P50 P95 P5 P50 P95
11-11,9 18,5 22,1 29,4 18,8 22,2 30,0
12-12,9 19,3 23,1 30,3 19,2 23,7 30,2
13-13,9 20,0 24,5 30,8 20,1 24,3 32,7
14-14,9 21,6 25,7 32,3 21,2 25,1 32,9
15-15,9 22,5 27,2 32,7 21,6 25,2 32,2
16-16,9 24,1 28,3 34,7 22,3 26,1 33,5
17-17,9 24,3 28,6 34,7 22,0 26,6 35,4
18-18,9 26,0 30,7 37,2 22,4 26,8 35,2
FRISANCHO, 1990.

Quadro 12. Classificação da circunferência do braço para adolescentes,


de acordo com percentis.
Percentis Classificação
Risco de distúrbios relacionados à
< Percentil 5:
desnutrição
Risco de doenças relacionadas ao
> Percentil 95:
excesso de peso
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

5.9. Circunferência Muscular do Braço (CMB):


Deve ser calculada utilizando-se a mesma equação para adultos. É um bom indicador
de reserva muscular. A classificação é feita através de percentil, apresentados nos Quadros
13 e 14 abaixo.

Quadro 13. Percentis da circunferência muscular do braço (cm) para


adolescentes, de acordo com sexo e idade
Percentis
Idade Meninos Meninas
P5 P50 P95 P5 P50 P95
11-11,9 15,9 18,3 23 15 18,1 22,3
12-12,9 16,7 19,5 24,1 16,2 19,1 22
13-13,9 17,2 21,1 24,5 16,9 19,8 24
14-14,9 18,9 22,3 26,4 17,4 20,1 24,7
15-15,9 19,9 23,7 27,2 17,5 20,2 24,4
16-16,9 21,3 24,9 29,6 17 20,2 24,9
17-17,9 22,4 25,8 31,2 17,5 20,5 25,7
18-18,9 22,6 26,4 32,4 17,4 20,2 24,5
FRISANCHO, 1990.

61
Quadro 14. Classificação da circunferência muscular do braço para
adolescentes, de acordo com percentis.
Percentil Classificação
Risco de distúrbios relacionados à
< Percentil 5
desnutrição
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009.

5.10. REFERENCIAS
BRASIL. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de
saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional-SISVAN.
2011.
FRISANCHO, A.R. Anthropometric standarts for the assessments of growth and
nutritional status. University of Michigan, 1990.
LOHMAN, Timothy G. Applicability of body composition techniques and constants for children
and youths. Exercise and sport sciences reviews, v. 14, p. 325-357, 1986.
MCCARTHY, H. D.; JARRETT, K. V.; CRAWLEY, H. F. The development of waist
circumference percentiles in British children aged 5.0–16.9 y. European journal of
clinical nutrition, v. 55, n. 10, p. 902-907, 2001.
MENESES, Celise; OCAMPOS, Denise Leite; DE TOLEDO, Tatiane Bertoni. Estagiamento de
Tanner: um estudo de confiabilidade entre o referido e o observado. Adolescência e
Saúde, v. 5, n. 3, p. 54-56, 2008.
SLAUGHTER, Mary H. et al. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and
youth. Human biology, p. 709-723, 1988.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Avaliação Nutricional da Criança e do
Adolescente: manual de orientação. São Paulo: SBP, 2009.
TANNER, James Mourilyan et al. Growth at adolescence. Growth at adolescence., 1955.

62
Caroline Calloni
Joana Zanotti
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE

O período gestacional é constituído, em média, por 40 semanas. A avaliação nutricional


de uma gestante envolve a obtenção de medidas antropométricas de peso e estatura para o
cálculo de IMC pré-gestacional ou gestacional e classificação do estado nutricional assim
como o cálculo de ganho de peso esperado até o final da gestação (RIBEIRO et al., 2018).

6.1. Índice de Massa Corporal (IMC) Pré-Gestacional:


É calculado dividindo-se o peso pré-gestacional (aquele que a gestante apresentava
antes da gestação ou o peso do primeiro trimestre, em kg) pelo quadrado da altura, conforme
equação abaixo:

IMC Pré-gestacional = Peso Pré-gestacional


Estatura ²

A classificação do IMC pré-gestacional deve ser feita através dos valores apresentados
no Quadro 1 abaixo:

Quadro 1. Valores de referência para classificação do IMC pré-


gestacional.
IMC (kg/m²) Classificação
< 18,5 Baixo Peso
18,5 a 24,9 Adequado
25 a 29,9 Sobrepeso
> 30,0 Obesidade
RASMUSSEN, 2009.

Observação: Gestantes adolescentes devem ser avaliadas conforme a curva IMC/Idade.

Programação do ganho de peso: Conforme a avaliação inicial do IMC pré-gestacional,


existe uma recomendação específica para o ganho de peso durante a gestação. Os valores
estão apresentados no Quadro 2 abaixo:

Quadro 2. Recomendação de ganho ponderal segundo classificação do IMC pré-


gestacional
Ganho de Ganho de
Ganho de peso semanal
IMC pré-gestacional peso 1° peso total na
médio 2° e 3° trimestre
trimestre gestação
< 18,5 kg/m² 500g/semana
2,3kg 12,5 a 18kg
(baixo peso) a partir do 2° trimestre
18,5 a 24,9 kg/m² 400g/semana
1,6kg 11,5 a 16kg
(eutrofia) a partir do 2° trimestre
25 a 29,9 kg/m² 300g/semana
0,9kg 7,0 a 11,5kg
(sobrepeso) a partir do 2° trimestre
> 30,0 kg/m² 300g/semana
- 7,0kg
(obesidade) a partir do 2° trimestre
IOM, 1990; WHO, 1995.
64
Para gestação gemelar, as recomendações de ganho de peso são diferentes. Os valores
estão apresentados no Quadro 3 abaixo:

Quadro 3. Recomendação de ganho ponderal segundo IMC Pré-gestacional – gestação


gemelar ou múltipla.
Idade IMC IMC IMC IMC
Gestacional Baixo peso Eutrofia Sobrepeso Obesidade
0 a 20 560 a 790g/ 450 a 680g/ 450 a 560g/ 340 a 450g/
semanas semana semana semana semana
20 a 28 680 a 790g/ 560 a 790g/ 450 a 680g/ 340 a 560g/
semanas semana semana semana semana
> 28 semanas 560g/ semana 450g/ semana 450g/ semana 340g/ semana
Ganho de peso
22,5-27,9kg 18-24,3kg 17,1-21,2kg 13-17,1kg
total
LUKE, 2003.

6.2. Circunferência Muscular do Braço (CMB):


É possível avaliar as reservas proteicas da gestante através da utilização da CMB. O
cálculo é feito através da equação utilizada para adultos, apresentada na página 24. No
Quadro 4 abaixo estão apresentados os valores de percentil para classificação da CMB de
gestantes, de acordo com percentis.

Quadro 4. Valores de percentil para classificação da circunferência


muscular do braço de gestantes, de acordo com percentis.
Percentis Classificação
Percentil < 5 Magro/ baixa reserva muscular
Percentil 5 a 15 Abaixo da média/ risco para déficit
Percentil 16 a 85 Média
Percentil 86 a 95 Acima da média
Percentil > 95 Boa nutrição

A CMB também pode ser classificada de acordo com o percentual de adequação. O


cálculo está apresentado no quadro abaixo:

Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100


CMB percentil 50
(ver na tabela)

Quadro 5. Classificação do estado nutricional de acordo com o percentual


de adequação da CMB.
Classificação Percentual
Desnutrição Grave < 70%
Desnutrição Moderada 70-80%
Desnutrição Leve 80-90%
Eutrofia > 90%

65
6.3. IMC x Idade Gestacional
O acompanhamento do estado nutricional da gestante pode ser realizado tanto através
do quadro de IMC por idade gestacional quanto através da curva de IMC por idade gestacional
descritas por ATALAH et al., 1997.
Considerando-se a idade gestacional e o IMC atual da gestante, localiza-se, na primeira
coluna da tabela, a semana gestacional e identifica-se o IMC nas colunas seguintes, na linha
correspondente.

Quadro 6. Classificação do valor de IMC atual de acordo com a semana


gestacional.
Semana Baixo Peso Adequado Sobrepeso Obesidade
Gestacional IMC ≤ IMC entre IMC entre IMC ≥
6 19,9 20,0 - 24,9 25,0 - 30,0 30,1
7 20,0 20,1 - 25,0 25,1 - 30,1 30,2
8 20,1 20,2 - 25,0 25,1 - 30,1 30,2
9 20,2 20,3 - 25,1 25,2 - 30,2 30,3
10 20,2 20,3 - 25,2 25,3 - 30,2 30,3
11 20,3 20,4 - 25,3 25,4 - 30,3 30,4
12 20,4 20,5 - 25,4 25,5 - 30,3 30,4
13 20,6 20,7 - 25,6 25,7 - 30,4 30,5
14 20,7 20,8 - 25,7 25,8 - 30,5 30,6
15 20,8 20,9 - 25,8 25,9 - 30,6 30,7
16 21,0 21,1 - 25,9 26,0 - 30,7 30,8
17 21,1 21,2 - 26,0 26,1 - 30,8 30,9
18 21,2 21,3 - 26,1 26,2 - 30,9 31,0
19 21,4 21,5 - 26,2 26,3 - 30,9 31,0
20 21,5 21,6 - 26,3 26,4 - 31,0 31,1
21 21,7 21,8 - 26,4 26,5 - 31,1 31,2
22 21,8 21,9 - 26,6 26,7 - 31,2 31,3
23 22,0 22,1 - 26,8 26,9 - 31,3 31,4
24 22,2 22,3 - 26,9 27,0 - 31,5 31,6
25 22,4 22,5 - 27,0 27,1 - 31,6 31,7
26 22,6 22,7 - 27,2 27,3 - 31,7 31,8
27 22,7 22,8 - 27,3 27,4 - 31,8 31,9
28 22,9 23,0 - 27,5 27,6 - 31,9 32,0
29 23,1 23,2 - 27,6 27,7 - 32,0 32,1
30 23,3 23,4 - 27,8 27,9 - 32,1 32,2
31 23,4 23,5 - 27,9 28,0 - 32,2 32,3
32 23,6 23,7 - 28,0 28,1 - 32,3 32,4
33 23,8 23,9 - 28,1 28,2 - 32,4 32,5
34 23,9 24,0 - 28,3 28,4 - 32,5 32,6
35 24,1 24,2 - 28,4 28,5 - 32,6 32,7
36 24,2 24,3 - 28,5 28,6 - 32,7 32,8
37 24,3 24,5 - 28,7 28,8 - 32,8 32,9
38 24,5 24,6 - 28,8 28,9 - 32,9 33,0
39 24,7 24,8 - 28,9 29,0 - 33,0 33,1
40 24,9 25,0 - 29,1 29,2 - 33,1 33,2
41 25,0 25,1 - 29,2 29,3 - 33,2 33,3
42 25,0 25,1 - 29,2 29,3 - 33,2 33,3
ATALAH, 1997.

66
O gráfico ou curva de Atalah é composto por um eixo horizontal, com valores de semana
gestacional, e um eixo vertical, com valores de IMC. Para avaliação, é necessário observar a
intersecção entre a semana gestacional e o IMC gestacional, entre as três curvas que
delimitam as quatro faixas de classificação do estado nutricional (ATALAH, 1997).

67
6.4. REFERÊNCIAS
ATALAH SAMUR, Eduardo et al. Propuesta de un nuevo estándar de evaluación nutricional
en embarazadas. Rev. Med. Chile, p. 1429-36, 1997.
INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). Committee on nutritional status during pregnancy and
lactation, nutrition during pregnancy. Part I: Weight gain. Washington: National Academy
Press, 1990.
LUKE, Barbara et al. Body mass index--specific weight gains associated with optimal birth
weights in twin pregnancies. The Journal of reproductive medicine, v. 48, n. 4, p. 217-
224, 2003.
RASMUSSEN, Kathleen M.; YAKTINE, A. L. Institute of Medicine. Weight gain during
pregnancy: reexamining the guidelines, 2009.
RIBEIRO, S M L, MELO, CM, TIRAPEGUI, J. Avaliação Nutricional: Teoria e Prática. 2 ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) et al. Physical status: The use of and
interpretation of anthropometry, Report of a WHO Expert Committee. World Health
Organization, 1995.

68
Caroline Calloni
Joana Zanotti
Priscila Berti Zanella
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ATLETA

7.1. Métodos de Avaliação da Composição Corporal


Os dois métodos mais utilizados na prática clínica para avaliação da composição corporal
de atletas são a bioimpedância e a avaliação através das medidas de dobras cutâneas (Ver
capítulo 2). Abaixo estão disponíveis algumas equações uteis para a determinação da densidade
corporal, a qual permite, posteriormente, definir o percentual de gordura corporal (%GC) ou a
densidade corporal (DC).

7.1.1. Equações para predição de percentual de gordura ou densidade corporal em


atletas adultos (SEXO MASCULINO):

Quadro 1. Equação para predição de percentual de gordura corporal para


homens jovens treinados fisicamente (conhecida como Faulkner).
%GC = [(Σ 4 dobras X 0,153) + 5,783]
Σ 4 dobras: soma dos valores das dobras cutâneas de tríceps, subescapular,
crista-ilíaca e abdominal
YUHASZ, 1962.

Quadro 2. Equação para predição de densidade corporal para atletas jovens


(atletismo, ginástica, mergulho e luta)
DC = 1,1091 – 0,00052 x (tríceps + subescapular + axilar média + supra
ilíaca + abdominal + coxa + panturrilha medial) + 0,00000032 x (tríceps +
subescapular + axilar média + supra ilíaca + abdominal + coxa + panturrilha
medial)2
THORLAND et al., 1984.

Quadro 3. Equação para predição de densidade corporal para atletas de alto nível
de 15 a 39 anos (badminton, basquetebol, ciclismo, hóquei de campo, lacrosse,
futebol americano, ginástica, levantamento de peso, futebol, squash, natação,
atletismo e voleibol)
DC = 1,0988 – 0,0004 x (tríceps + subescapular + bíceps + supraespinhal +
abdominal + coxa + panturrilha medial)
WITHERS et al., 1987.

7.1.2. Equações para predição do percentual de gordura corporal ou densidade


corporal em atletas adultos (SEXO FEMININO):

Quadro 4. Equação para predição de densidade corporal para atletas jovens


(atletismo, ginástica, mergulho e luta)
DC = 1,1046 – 0,00059 x (tríceps + subescapular + axilar média + supra ilíaca
+ abdominal + coxa + panturrilha medial) + 0,0000006 x (tríceps +
subescapular + axilar média + supra ilíaca + abdominal + coxa + panturrilha
medial)2
THORLAND et al., 1984

Quadro 5. Equação para predição de densidade corporal para atletas de alto nível
de 11 a 41 anos (badminton, basquetebol, hóquei, squash, ginástica, levantamento
de peso, remo, atletismo, futebol, softbol e voleibol)
DC = 1,17484 – 0,07229 x log10 (tríceps + subescapular + supraespinhal +
panturrilha medial)
WITHERS et al.,1987.

71
7.1.3. Nível de adiposidade de acordo com o somatório de 6 dobras cutâneas:
Deve-se somar as 6 dobras (tríceps, subescapular, supraespinhal, abdominal, coxa e
panturrilha) e a classificação é feita através dos valores de percentis apresentados no Quadro
6. O ponto de corte para normalidade no somatório de dobras e do percentil 15 ao 75.

Quadro 6. Valores de referência de percentis de soma de 6


dobras para adultos ativos (20-30 anos), de acordo com sexo.
Percentis de somatório de 6 dobras (mm) para homens
5 15 25 50 75 85 95
61,9 69,5 76,4 91,5 112,4 121,6 145,2
Percentis de somatório de 6 dobras (mm) para mulheres
5 15 25 50 75 85 95
61,9 69,5 76,4 91,5 112,4 121,6 145,2
HOLWAY, 2005.

7.1.4. Percentual de gordura corporal em atletas crianças e adolescentes:


Utilizar fórmulas para cálculo do % de gordura corporal, de acordo com Quadro 4, página
58.

7.2. Classificação do Percentual de Gordura Corporal para atletas adultos:

Quadro 7. Valores de referência para classificação do percentual de gordura corporal em


atletas adultos, de acordo com sexo.
Sexo Masculino
Essencial 3%
Recomendado para corredores de longa distância, lutadores,
5 - 10%
ginastas, jogador de basquete, futebol, tênis, nadadores e
fisiculturistas
11 – 15%
Recomendado para jogadores de basebol, levantadores de peso

Recomendado para saúde e aptidão física 15 – 18%

Excesso > 20%


Sexo Feminino
Essencial 12%
Recomendado para ginastas, dançarinas de balé, corredoras de 12 - 15%
longa distância
15 – 20%
Recomendado para demais modalidades esportivas
18 – 23%
Recomendado para saúde e aptidão física
Excesso > 30%
STORLIE, 1991.

71
Quadro 8. Valores de referência para classificação do percentual de gordura
corporal em atletas crianças e adolescentes, de acordo com sexo.
% Meninos % Meninas
Classificação
7-17 anos 7-17 anos
Excessivamente baixa Até 6% Até 12%
Baixa 6 – 10% 12 – 15%
Adequada 10 – 20% 15 – 25%
Moderadamente alta 20 – 25% 25 – 30%
Alta 25 – 31% 30 – 36%
Excessivamente alta > 31% 36%
LOHMAN, 1987.

7.3. Conversão de Percentual de Gordura em Peso de Gordura Corporal (GC):


É feita através da equação abaixo:

Peso Gordo = (% de GC x Peso atual) /100

7.4. Peso de Massa Magra:


É calculado subtraindo-se o valor de peso gordo (PG) do valor de peso atual (PA),
conforme equação abaixo:

Massa Magra = PA – PG

7.5. Conversão de densidade corporal em percentual de gordura:


É feita utilizando-se a equação de Siri (1961).

7.6. Peso ideal (PI): %GC= [(4.95/DC) – 4.50] x 100


É calculado através da equação abaixo,
utilizando-se a constante de acordo com a modalidade esportiva, apresentadas no quadro 6
abaixo.

PI = (peso atual – peso da gordura corporal) x constante

Quadro 6. Valores de constantes para cálculo do peso ideal para atletas.


Modalidade Constante
Nadadores 1,09
Futebolistas 1,12
Demais esportes e mulheres 1,14
FERNANDES FILHO, 2003.

72
7.7. Peso da Gordura Ideal:
Indica o peso de gordura ideal para o atleta de acordo com cada modalidade de atividade
física. É calculado multiplicando-se o percentual de gordura ideal, de acordo com a
modalidade esportiva e o sexo (ver quadro 7, acima), pelo peso atual do atleta e, após,
dividindo-se por 100. O resultado é dado em kg.

Peso da Gordura Ideal = (% de gordura ideal (ver Quadro 7 deste


capítulo) x peso atual) / 100

7.8. Reajuste do Peso Corporal:


Para determinar quanto de peso de gordura corporal deve ser reduzido ou aumentado,
é possível fazer o cálculo abaixo.

Reajuste do peso = peso da gordura atual – peso da gordura ideal

7.9. REFERÊNCIAS

FAULKNER, John A. Physiology of swimming and diving. Exercise physiology. Baltimore:


Academic Press, 1968.
FERNANDES FILHO, José. A prática da avaliação física: testes, medidas, avaliação física
em escolares, atletas e academias de ginástica. 2003.
HOLWAY, Francis. Datos de Referencia Antropométricos para el Trabajo en Ciencias de la
Salud: Tablas “Argo-Ref”. Club Atlético River plate, Argentina, 2005.
LOHMAN, T. G. The use of skinfold to estimate body fatness on children and youth. Journal
of physical education, recreation & dance, v. 58, n. 9, p. 98-103, 1987.
SIRI, William E. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods. 1961.
STORLIE, Jean. Nutrition Assessment of Athletes: A Mode for Integrating Nutrition and
Physical Performance Indicators. International Journal of Sport Nutrition and
Exercise Metabolism, v. 1, n. 2, p. 192-204, 1991.
THORLAND, William G. et al. Estimation of body density in adolescent athletes. Human
Biology, p. 439-448, 1984.
WITHERS, R. T. et al. Relative body fat and anthropometric prediction of body density of male
athletes. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology, v.
56, n. 2, p. 191-200, 1987.
YUHASZ, Michael Stephen. The effects of sports training on body fat in man with
predictions of optimal body weight. University of Illinois at Urbana-Champaign, 1962.

73
Caroline Calloni
Joana Zanotti

74
AVALIAÇÃO LABORATORIAL

Os exames laboratoriais são essenciais para complementar o diagnóstico nutricional. O


Quadro 1 abaixo apresenta valores de referência de exames essenciais para o diagnóstico
nutricional completo. Entretanto, é importante avaliar através dos valores de referências
fornecidos pelo laboratório onde o exame foi realizado.

Quadro 1. Valores de referência para exames laboratoriais utilizados na avaliação


nutricional.
EXAME VALOR DE REFERÊNCIA CAUSA/ SIGNIFICADO
Colesterol total ADULTOS: ADULTOS:
Desejável: < 190mg/dL Desnutrido leve: 140 –
CRIANÇAS (1 a 2 anos): 180mg/dL
45 – 182mg/dL Desnutrido moderado:
CRIANÇAS E ADOLESCENTES (2- 100 – 139mg/dL
19 a): Desnutrido grave: <
Desejável: < 170mg/dL 100mg/dL
Limítrofe: 170 – 199mg/dL
Elevado: > 200mg/dL  Risco para doença
GESTANTES: coronariana
Desejável: 180 – 280mg/dL
HDL Colesterol ADULTOS  Risco para doença
Desejável: > 40mg/dL coronariana
Crianças (< 10 anos):
Ideal > 40mg/dL
Crianças e adolescentes (10-19 a):
Ideal > 35mg/dL
LDL Colesterol ADULTOS*: * Valores desejáveis
Limítrofe> 130-159mg/dL definidos de acordo com
Alto: >160mg/dL o risco cardiovascular
*Baixo risco: <130 mg/dL (Desejável)
*Risco Intermediário: <100 mg/dL  Risco para doença
(Ótimo) coronariana
*Alto risco: <70 mg/dL >160mg/dL
*Muito alto risco: <50 mg/dL Hipercolesterolemia
MENINOS (1 a 2 anos): isolada
60 – 140mg/dL
MENINAS (1 a 2 anos):
60 – 150mg/dL
CRIANÇAS E ADOLESCENTES (2-
19 a):
Desejável: < 110mg/dL
Limítrofe: 110 – 129mg/dL
Elevado: > 130mg/dL
Colesterol não- ADULTOS: * Valores desejáveis
HDL Baixo risco: <160 mg/dL definidos de acordo com
Risco Intermediário: <130 mg/dL o risco cardiovascular
Alto risco: <100 mg/dL
Muito alto risco: <80 mg/dL
Índice de risco I Baixo risco para homens: < 5,1  Risco para doença
de Castelli Baixo risco para mulheres: < 4,4 coronariana
Relação Alto risco para homens: > 5,8
Colesterol T / HDL Alto risco para mulheres: > 5,3

74
Índice de risco II Baixo risco para homens: < 3,3  Risco para doença
de Castelli Baixo risco para mulheres: < 2,9 coronariana
Relação LDL col / Alto risco para homens: > 3,8
HDL col Alto risco para mulheres: > 3,5
Triglicerídeos ADULTOS:  Risco para doença
Desejável (jejum) <150 mg/dL coronariana
Desejável (sem jejum) <175 mg/dL >150 mg/dL
Crianças e adolescentes (2 a 19a) Hipertrigliceridemia
Desejável: < 100mg/dL isolada
Limítrofe: 100 – 129mg/dL
Elevado: > 130mg/dL
GESTANTES:
Desejável: < 260mg/dL
Glicemia TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS: Glicemia jejum alterada:
Normal em jejum: 70 – 100mg/dL > 100 - < 126mg/dL
Normal após TOTG: < 140mg/dL Tolerância à glicose
diminuída após TOTG:
GESTANTES: ≥ 140 - < 200mg/dL
Normal em jejum: < 92mg/Dl DM:
(reavaliar 2° tri) ≥ 126mg/dL em jejum,
≥ 200mg/dL após TOTG
≥ 200mg/dL com
sintomas casuais

Meta terapêutica DM:


< 100mg/dL jejum/ pré
prandial
< 160mg/dL pós prandial

Níveis toleráveis DM:


< 130mg/dL jejum/ pré
prandial
< 180mg/dL pós prandial

DM GESTACIONAL:
≥ 92mg/dL em jejum
≥ 180mg/dL após 1 hora
≥ 153mg/dL após 2 horas
Insulina ADULTOS:  Insulinoma,
Plasmática 2,5 a 25UI/mL hipoglicemia reativa após
ingestão de glicose,
síndrome autoimune de
insulina, diabetes melito
leve não tratado em
obesos.
 Diabetes melito grave
associada a cetose e
perda ponderal.
Hemoglobina ADULTOS: DM: ≥ 6,5%
glicada/ Normal: <5,7
glicosilada Pré DM: ≥ 5,7 - <6,5 Meta terapêutica DM:
7% em adultos;
7,5-8,5% em idosos.

76
Albumina ADULTOS:  na desidratação
Normal: > 3,5 – 5,0 g /dL
Depleção leve: 3,0 – 3,5g /dL  em edema, doença
Depleção moderada: 2,4 – 2,9g /dL hepática, má absorção,
Depleção grave: < 2,4g /dL diarreia, desnutrição,
Crianças < 5 anos: estresse metabólico,
Normal: 3,9 – 5,0g/dL gravidez
Crianças e adolescentes (5 a 19a):
Normal: 4,0 – 5,3g/dL
Transferrina ADULTOS E CRIANÇAS (avaliação Avaliação de
(proteína de desnutrição): desnutrição:
transportadora de Normal: > 200mg% 150 – 200mg%: depleção
Fe do intestino leve
para a ferritina, Avaliação de anemia: 100 – 150mg%: depleção
fígado e medula Homens: 215-365mg/dL moderada
óssea) Mulheres: 250-380mg/dL < 100mg%: depleção
grave

Avaliação de anemia:
 indica anemia por
deficiência de ferro
 sobrecarga de ferro
Pré albumina ADULTOS: Depleção leve: 10 - 15
Normal: 15,1 – 42,0 mg/dL mg /dL
Crianças: Depleção moderada: 5 -
Normal: 19,0 – 43,0mg/dL 9,9 mg/dL
Depleção grave: < 5 mg
/dL
Crianças: Igual adultos
Ferritina ADULTOS  primeiro estágio de
Homens: 15 – 200ng/dL deficiência das reservas
Mulheres: 12 – 150ng/dL de ferro

CRIANÇAS:  em situações de
Recém-nascidos: 25 – 200ng/dl inflamação (proteína de
1 mês: 200 – 600ng/dL fase aguda), excesso de
6 meses: 50 – 200ng/dL ferro.
Acima de 1 ano: 7-140ng/dL
Proteína ADULTOS: < 3 mEq/dL: desnutrição
transportadora de Normal: 3-5mEq/dL
retinol
Ureia ADULTOS:  Insuficiência renal,
10 - 45mg/dL desidratação, gota,
ingestão/ catabolismo
Crianças e adolescentes (1 a 13a): proteico excessivo
11 – 36mg/dL  insuf. hepática,
desnutrição, má
Adolescentes (14 a 19a): absorção, hiper-
18 – 45mg/dL hidratação.
Creatinina Adultos: 0,8 – 1,2mg/dL  na LRA e DRC, dano
Gestantes: < 1,0mg/dL muscular, desidratação
Crianças: 0,3 – 1,0mg/dL  na gestação, baixa
Adolescentes: 0,5 – 1,0mg/dL massa muscular

77
Taxa de filtração Adultos saudáveis: 89 – 60ml/min: TFG
glomerular (TFG) 90 – 120 ml/minute levemente diminuída
59 – 30ml/min: TFG
Fórmula: moderadamente
(140 x Idade) x peso x 0,85M ou diminuída
1,0H 15 – 29ml/min: TFG
72 x creatinina severamente diminuída
< 15ml/min: falência renal
(diálise)
Potássio (K) Adultos: 3,5 – 5,2 mEq/L  (hipercalemia) na IR
Crianças: (1 a 18 anos): 3,4 – 4,7  (hipocalemia) na perda
mEq/L GI (drenagem
nasogástrica, vômitos,
diarreia), má absorção,
diurético depletor de K,
doença hepática c/ ascite.
Sódio (Na) Adultos: 136 – 148mEq/L  (hipernatremia) na
Crianças (1 a 16 anos): 138 – desidratação e ingestão
145mEq/L hídrica baixa, uso de
diuréticos, Insuficiência
Renal.
 (hiponatremia) em
edema, queimaduras
severas, vômito/diarréia,
diuréticos,
hipotireoidismo, privação
alimentar prolongada,
hiperglicemia, má
absorção.
Ácido Úrico ADULTOS: 2,6 – 7,2 mg/dL  na IR, gota.
 c/ drogas antigota,
dieta pobre purinas
Amônia ADULTOS: 40-80mg/dl  na doença hepática ou
coma (cirrose ou hepatite
severa, dieta hiper
proteica.
TGO/ AST ADULTOS  na injúria/ morte celular
(Encontrada em Homens: 10 – 34 U/L (IAM – TGO > TGP),
grandes Mulheres: 10 – 30 U/L cirrose aguda,
concentrações no alcoolismo, doença
fígado, coração, musculoesquelética,
músculo esteatose hepática,
esquelético) hepatite não alcoólica,
metástase hepática.
TGP/ ALT ADULTOS  injúria do hepatócito.
(Localiza-se Homens: 10 – 44 U/L
principalmente no Mulheres: 10 – 30 U/L
fígado)

78
Aminotransferases:
• Dano hepático viral agudo/ drogas: níveis muito altos, mas caem rapidamente;
ambas acima de 1000 (isquemia-necrose severa);
• Hepatite crônica (C e esteato-hepatite não alcoólica): níveis altos somente com
inflamação; discreta elevação;
• Cirrose avançada: níveis próximos ao normal.
• Hepatite alcoólica: TGO >2x que TGP
• Hepatite viral aguda: TGP >2x que TGO
• TGO/TGP < 1 cirrose hepática
• TGO/TGP > ou = 1 hepatite, cirrose alcoólica
• TGO com aumento isolado: dano cardíaco/ muscular
Fosfatase Alcalina Mulheres (1 - 12 anos): < 500 U/L  Lesão tecidual (óssea
(FAL) Mulheres (>15 anos): 40 – 150 U/L ou hepática), obstrução
Homens (1 - 12 anos): < 500 U/L biliar, lesão de vias
Homens (12 - 15 anos): < 750 U/L biliares; aumento isolado
Acima de 20 anos: 40 – 150 U/L investigar ossos,
intestino, rins e pulmão,
uso de alguns fármacos.
Bilirrubinas  hemólise, anemia
megaloblástica, anemia
Bilirrubina total: até 1,2mg/dL ferropênica, anemia
Bilirrubina direta: até 0,4mg/dL aplásica, talassemia,
Bilirrubina indireta: até 0,8mg/dL anemia sideroblastica,
transfusão sanguínea e
hematoma
GGT ADULTOS:  Hepatotoxicidade,
Homens: 12 – 64 U/L hepatite aguda e crônica,
Mulheres: 9 – 36 U/L obstrução biliar,
alcoolismo, drogas,
câncer hepático, lesão de
vias biliares.
Hematócrito Homens adultos: 40 - 54%  na desidratação,
Mulheres adultas: 37 - 47% choque.
Gestantes: 33 – 44%  na anemia, perda
sanguínea, leucemia,
hiper-hidratação.
Hemoglobina Homens adultos: 13,0 – 18,0 g/dL  em queimaduras
Mulheres adultas: 12,0 – 16,0g/dL severas, insuf.cardíaca,
Gestantes: 11,0 – 14,0g/dL desidratação.
 na anemia, doenças
sistêmicas (leucemia,
lúpus, doença de
Hodgkin).
VCM ADULTOS:  Anemia macrocítica
(Volume 80 a 100fl
Corpuscular  Anemia microcítica
Médio) CRIANÇAS E ADOLESCENTES: *O VCM pode apresentar-
6 meses a 2 anos: 70 a 86fL se normal, porém o nº de
6 a 12 anos: 77 a 95fL células e o conteúdo de
12 a 18 anos: Meninos:78 a 98fL hemoglobina estão
Meninas: 78 a 102fL diminuídos (anemia
normocítica).

79
HCM ADULTOS:  Hipocromia nas
(Hemoglobina 27 a 32pg hemácias
Corpuscular
Média) CRIANÇAS E ADOLESCENTES:
6 meses a 2 anos: 23 a 31pg
6 a 12 anos: 25 a 33pg
12 a 18 anos: 25 a 35pg
Leucócitos ADULTOS: 4.000 – 10.000 mm3  (leucocitose) na
leucemia, infecção
bacteriana.
 (leucopenia) em
algumas infecções virais,
quimioterapia, radiação,
imunossupressão.
Plaquetas ADULTOS: 150.000 – 450.000 µ L

Amilase ADULTOS: <67U/l  na pancreatite aguda,


intoxicação por álcool
 Insuf. pancreática,
pancreatite crônica.
Lipase ADULTOS: <60U/l  pancreatite aguda,
abscesso pancreático,
carcinoma de pâncreas,
obstrução dos ductos
pancreáticos, doenças do
trato biliar.

8.1. REFERÊNCIAS
CALIXTO-LIMA, Larissa; REIS, Nelzir Trindade. Interpretação de exames laboratoriais
aplicados à nutrição clínica. Editora Rubio, 2012.
CASTELLI, William P. et al. Incidence of coronary heart disease and lipoprotein cholesterol
levels: the Framingham Study. Jama, v. 256, n. 20, p. 2835-2838, 1986.
FALUDI, André Arpad et al. Atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da
aterosclerose–2017. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 109, p. 1-76, 2017.
FISCHBACH, Frances Talaska; DUNNING III, Marshall Barnett; ARAUJO, Claudia Lucia
Caetano. Manual de enfermagem: exames laboratoriais e diagnósticos. In: Manual
de enfermagem: exames laboratoriais e diagnosticos. 2005. p. xiii, 736-xiii, 736.
SBD-Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes:
2019-2020. São Paulo: Clannad; 2019.
SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra da; MURA, Joana D. Tratado de alimentação, nutrição
e dietoterapia. In: Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. 2007. p. 1122-
1122.
Caroline Calloni
Joana Zanotti
Priscila Berti Zanella
SINAIS VITAIS

9.1. Pressão Arterial (PA):

Quadro 1. Classificação da pressão arterial de acordo com a medição no


consultório a partir de 18 anos de idade.
Pressão sistólica Pressão diastólica
Classificação
(mmHg) (mmHg)
PA Ótima <120 e <80
PA Normal 120–129 e/ou 80-84
Pré-hipertensão 130–139 e/ou 85-89
HA Estágio 1 140-159 e/ou 90-99
HA Estágio 2 160-179 e/ou 100-109
HA Estágio 3 ≥180 e/ou ≥110
BARROSO et al., 2021. HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial

9.2. Temperatura

Quadro 2. Valores de temperatura corporal e sua


classificação
Classificação Temperatura
Afebril: 35°C - 37,4°C
Febrícula 37,5°C - 38,4°C
Febre: >38,4°C
MACKOWIAK et al., 1998.

9.3. Frequência Cardíaca (FC)

É a verificação dos batimentos cardíacos em um minuto.

Quadro 3. Tabela com valores de FC e sua classificação.


Idade Frequência
Lactentes CcasffCar(batimentos/minuto)
120 a 160
Criança (6 meses até 2 90 a 140
anos)
Criança em idade pré- 80 a 110
escolar
Criança em idade escolar 75 a 100
Adolescente 60 a 90
Adulto 60 a 100
POTTER et al., 2018.

Pode-se ainda fazer a seguinte classificação para adultos:


Normocárdico: 60 a 100 bpm; Taquicárdico: FC >100 bpm; Bradicardia: FC <60bpm
*bpm - batimentos por minuto

9.4. Frequência Respiratória (FR):

É a mensuração do número de respirações em um minuto.


82
Quadro 4. Tabela com valores de FR e sua classificação.
Idade Frequência (respiração/minuto)
Recém-nascidos (Até 2 meses) 30 a 60
Lactentes (2 a 11 meses) 30 a 50
Criança (11 meses até 5 anos) 20 a 40
Criança (5 a 8 anos) 12 a 30
> 8 anos, adolescentes e adultos 12 a 20
MACKWAY-JONES et al., 2017; POTTER et al., 2018

Alterações do Padrão Respiratório:


• Bradipneia: frequência de respiração é regular, mas anormalmente lenta (menos de
12 respirações/minuto).
• Taquipneia: frequência de respiração é regular, mas anormalmente rápida (maior que
20 respirações/minuto).
• Apneia: respirações cessam por vários segundos. Cessação persistente resulta em
parada respiratória.
• Hiperpneia: respirações são trabalhosas, aumentadas em profundidade e aumentadas
em frequência (maior que 20 respirações/minuto). Ocorre normalmente durante o exercício
físico.

9.5. REFERÊNCIAS

CAREY, Robert M.; WHELTON, Paul K. Prevention, detection, evaluation, and management
of high blood pressure in adults: synopsis of the 2017 American College of
Cardiology/American Heart Association Hypertension Guideline. Annals of internal
medicine, v. 168, n. 5, p. 351-358, 2018.
MACKWAY, J., MARSDEN, K, WINDLE, J. Sistema Manchester de Classificação de Risco.
2.ed. Belo Horizonte: Folium, 2017.
MACKOWIAK, Philip A. Concepts of fever. Archives of internal medicine, v. 158, n. 17, p.
1870-1881, 1998.
BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial–2020.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 116, p. 516-658, 2021.
POTTER, P. A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.; HALL, A. Fundamentos de Enfermagem.
9ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

83
ANEXOS

84
84
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
TRADUÇÕES:

• Age: Idade
• BMI (Body mass index): IMC (Índice de Massa Corporal)
• Birth: Nascimento
• Boys: Meninos
• Girls: Meninas
• Head circumference: Circunferência da cabeça (cefálica)
• Lenght : Altura
• Months: Meses
• Stature: Estatura
• Weeks: Semanas
• Weight: Peso
• Years: Anos

107

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