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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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inconstâncias e distúrbios emocionais, aumentando a dificuldade que muitos professores
enfrentam dentro da sala de aula, e, sabendo que a educação é primordial e essencial para
enfrentar dificuldades e as adversidades da sociedade, é que surge a figura do orientador
educacional.
De acordo com esta LDB o papel do Orientador Educacional é auxiliar no preparo do
educando, dando suporte a sua formação geral, para que este atue de forma crítica e
participativa, como cidadão, na busca de mudanças e transformação social. Este profissional
deve atuar mediando, conciliando e gerenciando conflitos no cotidiano escolar em relações
entre alunos, professores, família e com a comunidade escolar.
Diante dos fatos, a questão problema que se levantou neste estudo foi: Será que
atuação de um orientador educacional tem influência positiva sobre o comportamento
inadequado dos alunos, e de que forma tal atuação pode contribuir para o sucesso da gestão
escolar com foco no aumento do rendimento escolar destes alunos?
O presente artigo tem como objetivo geral investigar a importância da atuação deste
profissional, compondo a equipe gestora da unidade escolar, uma vez que o diretor e o
coordenador pedagógico possuem atribuições que dificultam algumas ações diretas com os
alunos. Como objetivo específico está observar a atuação deste profissional na escola.
Como metodologia foi utilizada a pesquisa documental para análise das leis que tratam
sobre a atuação do Orientador Educacional, bem como a pesquisa bibliográfica para
identificar como se deu no decorrer do tempo a atuação destes profissionais no espaço da
escola. Possui objetivos descritivos, pois traz o relato das observações realizadas em uma
escola da Fundação Instituto Tecnológico de Barueri (FIEB) onde existe atualmente a atuação
destes profissionais, local de trabalho desta autora.
Estudos como os de Boller (2005) e Rosa (2018) apontam que existe um melhor
resultado para algumas questões (comportamentais) relacionadas aos alunos, quando nas
escolas existe a atuação do Orientador Educacional.
Apesar de ser de extrema relevância o trabalho destes profissionais, ainda existem
poucos Orientadores Educacionais atuando nas escolas. É sabido que na maioria das escolas
públicas do Estado e do Município de São Paulo, não existe a figura deste profissional em seu
quadro de funcionários, e assim, o trabalho do professor acaba sendo mais penoso. Como
resultado desta pesquisa, se espera ter possibilidades de conscientizar a todos, da importância
e das condições que fazem do trabalho do Orientador Educacional uma peça fundamental para
compor a equipe de gestão escolar.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
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(...) é importante refletir sobre o papel do Orientador Educacional, pois este precisa
ter compromisso com a formação permanente do aluno, especialmente o que diz
respeito aos princípios morais, éticos, valores, atitudes, emoções, sentimentos. É
preciso ter bem claro, que cada aluno é um indivíduo único, com suas habilidades e
potencialidades que precisa estar consciente e preparado para ocupar o seu lugar no
mundo (ROSA, 2018, p. 8).
É importante ressaltar que a mesma lei, traz no Art. 9º, ainda ser de competência do
Orientador Educacional às seguintes atribuições:
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f) Participar do processo de encaminhamento dos alunos estagiários;
g) Participar no processo de integração escola-família-comunidade;
h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional (BRASIL, 1973).
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Rosa (2018) cita que o orientador educacional precisa conhecer a realidade em que a
escola está inserida e a realidade de seus alunos, considerando suas características e vivências,
influenciando diretamente no processo ensino-aprendizagem, tornando fundamental a
presença deste profissional no ambiente da escola.
O Orientador Educacional tem tido um papel significativo junto à atuação dos demais
protagonistas da escola realizando assim um trabalho pedagógico integrado, compreendendo
criticamente as relações que se estabelecem no processo educacional, estando ele atento ao
trabalho coletivo da escola, atuando em um trabalho interdisciplinar.
Silva (2008, p. 11) cita que apesar de ser de extrema relevância este trabalho, ainda
existe pouca atuação de Orientadores Educacionais nas escolas atualmente. A importância do
trabalho do Orientador Educacional é observada quando a autora diz que se vive uma fase
crítica em que se espera que a escola procure ajudar o aluno como um todo, “com os seus
problemas e o significado dos mesmos junto ao momento histórico em que vivem”. Assim, se
considera o Orientador Educacional um educador, estando seu trabalho voltado para o que é
“fundamental na escola: o currículo, o ensinar, o aprender, o seu ajustamento escolar e todas
as relações decorrentes, tendo este um papel fundamental ao lado dos professores”.
A autora explica que o orientador é um educador consciente, “não é alguém alheio e
alienado ao mundo e ao que acontece nele, mas, a ele pertence e nele participa” (SILVA,
2008, p. 37). A existência desta consciência permite ele perceber o que acontece de fato com
os alunos, dando a oportunidade de operar, interferir, buscar alternativas e transformar
situações.
Boller (2005, p. 22) também apresenta a atuação do Orientador Educacional, porém
como interventor em situações de desacato ao professor; o orientador educacional é a pessoa
que entra em cena para conversar com o aluno, acionando seus responsáveis e busca uma
solução para a questão. “A escola tem a obrigação de mostrar ao aluno que ele precisa mudar
a sociedade para melhor, tornando-o um cidadão consciente de seus direitos e deveres”.
Assim, é possível perceber que o trabalho deste profissional é de suma importância por
ser um articulador de reflexões que busquem caminhos para a superação das dificuldades nas
questões relacionadas aos alunos interagindo de modo assertivo e direto com as famílias.
Importante também é apontar que a construção de uma parceria entre orientador,
coordenador, professores e direção, pode direcionar as práticas pedagógicas de modo a
encontrar soluções para problemas no coletivo, através do diálogo e planejamento de ações
traçadas de acordo com a realidade de cada espaço, visando alcançar os objetivos propostos e
uma oportunizar uma maior qualidade na aprendizagem dos alunos.
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3 METODOLOGIA
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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
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Quanto ao rendimento escolar, a equipe de Orientação Educacional participa de todas
as reuniões pedagógicas e dos conselhos de classe de todas as turmas. De acordo com a
sinalização dos professores e dos resultados apontados, os orientadores devem traçar ações
para trabalhar com esses alunos de forma a melhorar seus desempenhos, inclusive
encaminhando-os para as aulas de reforço de português e matemática que acontecem em
horário pós-aula para os alunos do período da manhã e pré-aula para os alunos da tarde (isto
para os alunos do ensino médio integrado com o técnico).
Quando em sala de aula o professor observa que o aluno possui algum tipo de
dificuldade ou deficiência, a equipe de orientação também é acionada. Esta em um primeiro
momento faz uma triagem para sondar quais fatores implicam no desempenho do aluno. Em
casos específicos, os alunos são encaminhados para acompanhamento com profissionais
especializados como, por exemplo, fonoaudióloga ou psicopedagoga que atuam na unidade
escolar.
De acordo com o que cita Silva (2008, p. 46) o Orientador Educacional “pode ajudar o
aluno na interpretação das ações do meio, na construção da representação mental dessas
ações”, colaborando com a passagem do significado do meio externo para as reflexões
pertinentes ao próprio indivíduo. Foi observado que uma das ações desempenhadas pelos
orientadores era auxiliar os alunos que possuem algum tipo de deficiência (inclusive física,
como é o caso dos cegos) a executarem algumas tarefas.
Atualmente muitos alunos apresentam problemas com ansiedade ou depressão. A
equipe de orientação educacional também está constantemente alerta acompanhando e
orientando os alunos que apresentam mudança brusca de comportamento ou que apresentam
laudo médico para essas doenças. Tal prática vem ao encontro do que cita Rosa (2018)
quando diz que o Orientador Educacional precisa conhecer a realidade em que a escola está
inserida e a realidade de seus alunos, considerando suas características e vivências que
influenciam diretamente no processo de desenvolvimento deste aluno na escola.
Durante a observação, houve a aplicação de uma avaliação obrigatória para alunos do
1º ano do Ensino Médio integrado com o Técnico em Administração. Existe um aluno
diagnosticado com Oligofrenia (uma doença que afeta o sistema nervoso central e provoca o
retardo no desenvolvimento mental – neste caso o aluno apresenta dificuldade para ler e
escrever), porém possui alto potencial de observação. Direcionado para realizar as avaliações
na sala da orientação, este aluno teve o auxilio de um profissional Orientador Educacional que
leu cada atividade com calma, dando tempo para que o aluno pudesse construir suas respostas.
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Esta prática se enquadra nos dizeres de Burlet (2017) e Libâneo (2000) onde afirmam
que o Orientador Educacional é um educador, devendo estar atento ao caráter pedagógico das
relações de aprendizagem no espaço da escola, viabilizando, integrando e articulando o
trabalho pedagógico junto aos professores.
Foi acompanhado o resultado de uma das avaliações, a qual este aluno alcançou
pontuação máxima para a atividade, fato este que não seria possível ser realizado sem o
auxílio da orientação educacional.
Portanto, após analisar os resultados para as diferentes ações que são realizadas pela
equipe de Orientação Educacional, foi possível evidenciar que em todas elas houve êxito nos
resultados diretamente para os alunos e consequentemente para os professores, podendo
afirmar que a ação destes profissionais melhora sim o resultado da equipe de gestão das
escolas onde estes atuam.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As dificuldades, que por vezes surgem na relação entre muitos alunos e professores,
refletemdiretamente no trabalho da gestão escolar, levando esta a muitos resultados de
insucesso. O presente trabalho buscou responder se a presença de um Orientador Educacional
integrando a equipe gestora da escola seria a chave para o sucesso.
Apesar da legislação desde o ano de 1961, regulamentar a formação do Orientador
Educacional, e diante de inúmeros casos (e crescentes) de baixo rendimento escolar
relacionados principalmente a aumento do índice de faltas e evasão escolar, ainda não se
observa, na maioria dos casos, a atuação deste profissional na escola.
Diferente das escolas públicas do Estado de São Paulo, as escolas da rede municipal e
da Fundação Instituto Tecnológico de Barueri (FIEB) contam com a presença deste
profissional dando apoio direto a equipe de gestão escolar, onde foi possível notar resposta
positiva tanto para o trabalho do professor em sala de aula, bem como para os resultados dos
alunos.
Assim, é possível afirmar que ainda existe um longo caminho a se percorrer rumo ao
sucesso das reformas que acontecem no espaço da escola. Contar com a atuação de
Orientadores Pedagógicos como parte colaborativa das ações da equipe de Gestão Escolar
pode trazer melhores resultados para a educação em geral, mas para isso, é importante incluir
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tal participação e efetivamente que cada um cumpra com a sua parte naquilo que é designado
como função de cada componente da equipe de gestão.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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_______. DECRETO Nº 72.846, DE 26 DE SETEMBRO DE 1973, Regulamentada a Lei
n.º 5.564, de 21 de dezembro de 1968, que provê sobre o exercício da profissão de orientador
educacional. Disponível em:
<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-72846-26-setembro-1973-
421356-publicacaooriginal-1-pe.html> Acesso em 10 abr 2019
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ed..São Paulo: Atlas, 2009.
GRINSPUN, Mirian Paura Salrosa Zippin. A prática dos orientadores educacionais. 5. ed..
São Paulo: Cortez, 2003.
POLATO, Amanda; NADAL, Paula. Como atua o trio gestor. Revista Nova Escola – Gestão
Escolar. 6 ed., 01 de Fevereiro 2010. Disponível
em:<https://gestaoescolar.org.br/conteudo/681/como-atua-o-trio-gestor>. Acesso em 08 maio
2019.
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