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Atividade Desafio: atuação como Câmara Cível do TRIBUNAL DE JUSTIÇA

As equipes formadas por três desembargadoras/es deverão se transformar em


Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça de Pernambuco para julgar o seguinte
caso:

ROBERTO LEAL entregou à CONSTRUTORA EDCONSTROI LTDA um terreno com


a promessa, formalizada em escritura pública de confissão de dívida com garantia
hipotecária, de que receberia o valor correspondente ao imóvel por uma das três formas
previstas no instrumento, a sua escolha.

a) A primeira alternativa consistia na entrega de cinco apartamentos e sete vagas de


garagem pertencentes ao edifício erigido sobre o terreno entregue, totalmente
acabados e com o respectivo habite-se, dentro do prazo máximo de 30 meses a
contar da assinatura do título, datada de 22 de julho de 2013, foi a eleita pelo
credor.

b) A segunda, pagamento da importância confessada.

c) A terceira, entrega em dação dos imóveis dados em hipoteca.

A despeito disso, em 02 de maio de 2015, a Construtora entregou os imóveis prometidos


a ROBERTO LEAL em garantia de empréstimo contraído junto ao Banco Executander,
com gravame hipotecário ao Banco Executander datado de novembro de 2014.

Nesse contexto, com a expedição do habite-se, a Construtora entregou a ROBERTO


LEAL recorrente apenas a posse dos imóveis, comprometendo-se a outorgar a escritura o
mais breve possível, sendo acordado que, para tanto, o credor cancelaria a hipoteca
incidente sobre o imóvel oferecido como garantia na confissão de dívida, que seria então
"trocado" com o Banco Executander.

Apesar disso, os imóveis a serem entregues ao credor acabaram por ser adjudicados pelo
Banco Executander em execução movida contra a construtora recorrida.

Neste contexto, ROBERTO LEAL promoveu ação de execução fundada na escritura


pública de confissão de dívida, buscando fazer valer a segunda obrigação ajustada,
consubstanciada na entrega dos valores em espécie, no total de R$ 3 milhões (três
milhões de reais).

Contudo, a sentença do juízo de primeiro grau, da 12ª Vara Cível de Recife, decidiu pela
extinção da execução, considerando que as obrigações alternativas a que se
comprometeu a Construtora expiraram-se anos atrás, no momento quando ROBERTO
LEAL optou pelo recebimento dos imóveis e dele se utilizou pacificamente por 5 anos.
Somente o cumprimento integral dessa opção poderia ser exigida.
Roberto Leal interpôs recurso de Apelação e a empresa apresentou contrarrazões ao
recurso. Os autos foram remetidos ao Tribunal de Justiça de Pernambuco.

O recurso foi distribuído, por sorteio, a uma/um das/os Desembargadoras(es) da 1º


Câmara Cível, que terá o papel de Relator. As/os demais desembargadoras/es terão a
função de vogais.

A apelação interposta preencheu todos os requisitos de admissibilidade para o seu


conhecimento pela 1ª Câmara Cível.

Neste momento, o processo está concluso aguardando julgamento.

Foi convocada a sessão correspondente para julgamento, sem pedido de sustentação oral.

A Câmara deverá elaborar o acórdão correspondente para publicação, destacando o


momento e consequência da concentração nas obrigações alternativas.

O acórdão pode ser à unanimidade ou por maioria de votos. Em caso de maioria, é


necessário constar o voto-divergente.

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