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“Quem quiser nascer, tem que destruir um

mundo.”
- Instalação\Peça De Teatro -
Por

LEOPOLDO PONTES
“Quem quiser nascer, tem que destruir um
mundo.”
- Instalação\Peça De Teatro -
Por

LEOPOLDO PONTES

Capa pelo autor: aquarela, lápis nº 2 e pastel oleoso.


“O ovo é o mundo. A ave voa para o mundo. Quem quiser nascer tem que destruir um mundo.”
(Hermmann Hesse –in “Demian”)
© Copyright (2023) por Leopoldo Luiz Rodrigues Pontes - Todos os direitos reservados.
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A publicação desta arte é para que outros artistas, que tenham condições físicas de buscar patrocínio e
pessoas, possam transformar o que está apenas escrito em uma obra real, pois a ideia é ser uma
instalação\peça de teatro, sem palco, mas num salão ou galeria.

Número de Registro: 312249280 - 11341860


Timestamp Oficial: 2023-06-01 19:05:59 UTC

eDNA DA OBRA:
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À Fafí
Sumário
QUEM QUISER NASCER TEM QUE DESTRUIR UM MUNDO...............................................................................6
INSTALAÇÃO-PEÇA DE TEATRO. [Folha 1.].................................................................................................6
Folha 2: “trechos de O LOBO A ESTEPE, de Hermann Hesse.”....................................................7
Folha 3: “trechos de contos de Machado de Assis”......................................................................8
Folha 4: trechos de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis.....................................................9
Folha 5: “poema de Ferreira Gullar”..................................................................................................10
Folha 6: “poemas de Carlos Drummond de Andrade”......................................................................11
Folha 7: “trechos de Lygia Fagundes Telles”.................................................................................12
Folha 8: “trechos de Luiz Carlos Maciel”.......................................................................................13
Folha 9: “trechos de O JOGO DOS LIMITES, de Elvira Vigna”...............................................14
Folha 10: “poemas de VISÕES DO MEDO, de Beth Brait Alvim..................................................15
Folha 11: “trechos de PARQUE INDUSTRIAL, de Patrícia Galvão [Pagu] como Mara
Lobo”.........................................................................................................................................................................16
Folha 12: “trechos de O SÉCULO, de Betty Milan”......................................................................17
Folha 14: últimas palavras do autor..................................................................................................18
FOLHA 15: Relação das Músicas a serem tocadas durante a execução da instalação\
peça de teatro....................................................................................................................................................19
FOLHAS 16 E 17: Sobre O Autor.................................................................................................................20
Foto do autor, por Fafí Pontes................................................................................................................21
FOLHAS 18 E 19: Livros e e-Books de Leopoldo Pontes:............................................................22
QUEM QUISER NASCER TEM QUE DESTRUIR UM MUNDO.

INSTALAÇÃO-PEÇA DE TEATRO. [Folha 1.]

NUM CANTO, UMA ESTANTE COM LIVROS, LPS E CDS E DVDS.


NO CANTO À DIREITA, 1 MURAL COM FOLHAS A4 DATILOGRAFADAS.
OS ATORES E ATRIZES, NUM NÚMERO INDEFINIDO, ESTÃO ESPALHADOS PELO SALÃO,
CONVERSANDO SOBRE LITERATURA. NÃO HÁ TEXTO PRÉVIO, ELES DEVEM
IMPROVISAR, E NÃO INTERAGEM COM O PÚBLICO. SE ALGUÉM DO PÚBLICO QUISER
INTERAGIR COM ELES, ELES DEVEM DEIXAR, MAS APENAS SE O ASSUNTO FOR
LITERATURA. TODOS OS ATORES E ATRIZES DEVEM TER CABELOS ESCUROS E OLHOS
ESCUROS, PARA NÃO DESTOAR DO AMBIENTE, QUE DEVE SER ILUMINADO COM LUZ
NEGRA OU LÂMPADAS AZUIS ESCURAS. A ILUMINAÇÃO DEVE SER MUITO CLARA
APENAS ONDE ESTÃO A ESTANTE E O MURAL. OS LIVROS SÃO DE ASSUNTOS E
TAMANHOS VARIADOS, ASSIM COMO OS LPS, CDS E DVDS DEVEM SER DE ESTILOS
VARIADOS. O SOM AMBIENTE PODE SER ORIGINADO ELETRONICAMENTE, COMO POR
UM PENDRIVE, POR EXEMPLO. O SOM QUE ELE VAI EMITIR SÃO DE MÚSICAS DOS
ANOS 1960\70. AGORA, VOU ESCREVER O QUE ESTARÁ DATILOGRAFADO EM CADA
FOLHA: FOLHA 1: TUDO O QUE ESTÁ ESCRITO AQUI,DO INÍCIO AO FIM. FOLHA 2:
TRECHOS ESCOLHIDOS DE “O LOBO DA ESTEPE”, DE HERMMANN HESSE. FOLHA 3:
TRECHOS ESCOLHIDOS DE CONTOS DE MACHADO DE ASSIS. FOLHA 4: TRECHOS
ESCOLHIDOS DE “DOM CASMURRO”, DE MACHADO DE ASSIS. FOLHA 5: POEMAS DE
FERREIRA GULLAR. FOLHA 6: POEMAS DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. FOLHA 7:
TRECHOS ESCOLHIDOS DE LYGIA FAGUNDES TELLES. FOLHA 8: TRECHOS ESCOLHIDOS
DE LUIZ CARLOS MACIEL. FOLHA 9: TRECHOS ESCOLHIDOS DE “O JOGO DOS
LIMITES”, DE ELVIRA VIGNA. FOLHA 10: TRECHOS ESCOLHIDOS DE “VISÕES DO
MEDO”, DE BETH BRAIT ALVIM. FOLHA 11: TRECHOS DE “PARQUE INDUSTRIAL”, DE
PATRÍCIA GALVÃO. FOLHA 12: TRECHOS DE “O SÉCULO” DE BETTY MILAN, FOLHA
13: ESTA FOLHA MESMA. [a folha manuscrita.]
ESSA INSTALAÇÃO\PEÇA DE TEATRO
DEVE SER PATROCINADA
PARA QUE SE NÃO COBREM INGRESSOS;
CADA SESSÃO
DEVE DURAR O TEMPO EXATO DO TOTAL DAS MÚSICAS SELECIONADAS.
TEM QUE DURAR UMA
TEMPORADA.
LEOPOLDO PONTES 2023 9 FEV 4H10
Folha 2: “trechos de O LOBO A ESTEPE, de Hermann Hesse.”

“[...}
Quando não encontro nem um nem outro e respiro a morna mediocridade
dos dias chamados bons, sinto-me tão dolorido e miserável em minha alma
infantil, que atiro a enferrujada lira do agradecimento à cara
satisfeita do sonolento deus, preferindo sentir em mim uma verdadeira
dor infernal do que essa saudável temperatura de um quarto aquecido.
Arde então em mim um selvagem anseio de sensações fortes, um ardor pela
vida desregrada, baixa, normal e estéril, bem como um desejo louco de
destruir algo, seja um armazém ou uma catedral, ou a mim mesmo, de
cometer loucuras temerárias, de arrancar a cabeleira a alguns ídolos
venerandos, de entregar a um casal de estudantes rebeldes os ansiados
bilhetes de passagem para Hamburgo, de violar uma jovem ou de torcer o
pescoço a algum defensor da ordem e da lei. Pois o que eu odiava mais
profundamente e maldizia mais, era aquela satisfação, aquela saúde,
aquela comodidade, esse otimismo bem cuidado dos cidadãos, essa educação
adiposa e saudável do medíocre, do normal, do acomodado. [...]”

“{...] Só para loucos

Era uma vez um certo Harry, chamado o Lobo da Estepe. Andava sobre
duas pernas, usava roupas e era um homem, mas não obstante era também um
lobo das estepes. Havia aprendido uma boa parte de tudo quanto as
pessoas de bom entendimento podem aprender, e era bastante ponderado. O
que não havia aprendido, entretanto, era o seguinte: estar contente
consigo e com sua própria vida. [...]”

“Desprezava conscientemente a burguesia e vivia orgulhoso de não


pertencer a ela. Contudo, sob muitos aspectos, vivia inteiramente como
burguês, tinha dinheiro no banco, ajudava alguns parentes pobres,
vestia-se sem cuidados particulares mas de maneira decente e sem chamar
a atenção; procurava viver em paz com a polícia, os coletores de
impostos e outros poderes semelhantes. [...]”

Tradução por Ivo Barroso. “Der Steppenwolf”


Folha 3: “trechos de contos de Machado de Assis”.

“Frei Simão era um frade da ordem os Beneditinos. Tinha, quando


morreu, cinquenta anos em aparência, mas na realidade trinta e oito. A
causa desta velhice prematura derivava da que o levou ao claustro na
idade de trinta anos, e, tanto quanto se pode saber por uns fragmentos
de memórias que ele deixou, a causa era justa.
Era Frei Simão de caráter taciturno e desconfiado. Passava dias
inteiros na sua cela, donde apenas saía na hora do refeitório e dos
ofícios divinos. Não contava amizade alguma no convento, porque não era
possível entreter com ele os preliminares que fundam e consolidam as
afeições.
{...}”

“Frei Simão” – contos fluminenses.

“Naquele tempo contava Luís Tinoco vinte e um anos. Era um rapaz de


estatura meã, olhos vivos, cabelos em desordem, língua inesgotável e
paixões impetuosas. Exercia um modesto emprego no foro, donde tirava o
parco sustento, e morava com o padrinho cujos meios de subsistência
consistiam no ordenado da sua aposentadoria, Tinoco estimava o velho
Anastácio e este tinha ao afilhado igual afeição.
[...}
“_ Pois teve ânimo?...
_ Tive, meu amigo, tive ânimo de pisar terreno sólido, em vem de
patinhar nas ilusões dos primeiros dia. Eu era um ridículo poeta e
talvez ainda mais ridículo orador. Minha vocação era esta. Com poucos
anos mais estou rico. Ande agora beber o café que nos espera e feche a
boca, que as moscas andam no ar.”

“Aurora sem dia” – histórias da meia noite.

“[...]
A melancolia do gesto do oficial foi grande, e por muito tempo ele
não conseguiu falar. Os olhos chegaram a perder um tanto a luz intensa
que traziam, e ficaram pregados ao longe, em algum ponto que se não
podia ver nem adivinhar. Depois voltou B... a si, sorriu, como quando
dera a segunda resposta. Enfim, arrancou do peito a história que queria
guardar, e foi ouvida pelos dois, repetida a mim por um deles e agora
impressa, como anunciei a princípio.
[...]”

“Um incêndio” – contos avulsos.


Folha 4: trechos de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis.

“Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei


no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de
chapéu. [...]
[...]

“Capítulo XIV

A INSCRIÇÃO

Tudo o que contei no fim do outro capítulo foi obra de um instante.


O que se lhe seguiu foi ainda mais rápido. Dei um pulo, e antes que ela
raspasse o muro, li estes dous nomes, abertos ao prego, e assim
dispostos:

BENTO
CAPITOLINA

Voltei-me para ela; Capitu tinha os olhos no chão. Ergueu-os logo,


devagar, e ficamos a olhar um para o outro... Confissão de crianças, tu
valias bem duas ou três páginas, mas quero ser poupado. Em verdade, não
falamos nada; o muro falou por nós. Não nos movemos, as mãos é que se
estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se,
fundindo-se. Não marquei a hora exata daquele gesto. Devia tê-la
marcado; sinto a falta de uma nota escrita naquela mesma noite, e que eu
poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria
nenhum, tal era a diferença entre o estudante e o adolescente. Conhecia
as regras do escrever, sem suspeitar as do amar; tinha orgias de latim e
era virgem de mulheres.”

[...]

“E bem, qualquer que seja a solução, uma cousa fica, e é a suma das
sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o
meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também, quis o
destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja
leve! Vamos à História dos Subúrbios.”
Folha 5: “poema de Ferreira Gullar”.

“O Açúcar

O branco açúcar que adoçará meu café


nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. As este açúcar
não foi feito por mim.

Este açúcar vaio


da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana


e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há hospital


nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar

Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

[1963]
Folha 6: “poemas de Carlos Drummond de Andrade”.

“ARTE POÉTICA

Uma breve uma longa, uma longa uma breve,


uma longa duas breves
duas longas
duas breves entre duas longas
e tudo mais é sentimento ou fingimento
levado pelo pé, abridor de aventura,
conforme a cor da vida no papel.”

“OS DIFERENTES

Descobriu-se na Oceania, mais precisamente na ilha de Ossevaolep,


um povo primitivo, que anda de cabeça para baixo e tem vida organizada.
É aparentemente um povo feliz de cabeça muito sólida e mãos
reforçadas. Vendo tudo ao contrário, não perde tempo, entretanto, em
refutar a visão normal do mundo. E o que eles dizem com os pés a
impressão de serem coisas de sabedoria.
Uma comissão de cientistas europeus e americanos estuda a linguagem
desses homens e mulheres, não tendo chegado ainda a conclusões
publicáveis. Alguns professores tentaram imitar esses nativos e foram
recolhidos ao hospital da ilha. Os cabecentes-para-baixo, como foram
denominados à falta de melhor classificação, têm vida longa e
desconhecem a gripe e a depressão.”

“UNIDADE

As plantas sofrem como nós sofremos.


Por que não sofrem
se esta é a chave da unidade do mundo?

A flor sofre, tocada


por mão inconsciente.
Há uma queixa abafada
em sua docilidade.

A pedra é sofrimento
paralítico, eterno.

Não temos nós, animais,


sequer o privilégio de sofrer.”
Folha 7: “trechos de Lygia Fagundes Telles”

“BIRUTA

Alonso foi para o quintal carregando uma bacia cheia de louça suja.
Andava com dificuldade, tentando equilibrar a bacia que era demasiado
pesada para seus bracinhos finos.
_ Biruta, êh Biruta! – chamou sem se voltar.
O cachorro saiu de dentro da garagem. Era pequenino e branco, uma
orelha em pé e a outra completamente caída.
[...]”

“ANTES do BAILE VERDE

[...]
E apoiando-se ao corrimão, colada a ele, desceu precipitadamente.
Quando bateu a porta atrás de si, rolaram a escada algumas lantejoulas
verdes na mesma direção, como se quisessem alcançá-la.”

“AS CEREJAS

Aquela gente teria mesmo existido? Madrinha tecendo a cortina de


crochê com um anjinho a esvoaçar por entre rosas, a pobre Madrinha
sempre afobada, piscando os olhinhos estrábicos, ‘vocês não viram onde
deixei meus óculos?’ A preta Dionísia a bater as claras de ovos em ponto
de neve, a voz ácida contrastando com a doçura dos cremes, ‘esta receita
é nova...’ Tia Olívia enfastiada e lânguida, abanando-se com uma
ventarola chinesa, a voz pesada indo e vindo ao embalo da rede, ‘fico
exausta no calor...’ Marcelo muito louro – por que não me lembro da voz
dele? – agarrado à crina do cavalo, agarrado à cabeleira de Tia Olívia,
os dois tombando lividamente azuis sobre o divã. ‘Você levou as velas à
Tia Olívia?’, perguntou Madrinha lá debaixo.
[...]”
Folha 8: “trechos de Luiz Carlos Maciel”.

“Num certo sentido, a atual contracultura só foi possível depois do


existencialismo e da psicanálise. Em face de ambos, ela representa
finalmente a tradução integral, para a prática, do esforço do homem do
século XX pelo autoconhecimento pois implica na adoção vertical de um
novo estilo de vida. O que faz o underground internacional é o dropout,
a decisão em assumir integralmente uma vida marginal à sociedade vigente
e trabalhar pela criação de uma sociedade alternativa. O objetivo é a
realização efetiva da sanidade psíquica procurada pela psicanálise e do
pleno exercício da liberdade preconizado pelo existencialismo.”

- NOVA CONSCIÊNCIA – jornalismo contracultural – 1970\72.

“A feminização da sociedade consiste, fundamentalmente, em


contrapor um modelo feminino de organização social, ao modelo masculino
vigente. A intuição, o senso empírico, prático, a imaginação e a
delicadeza são, entre muitas outras, algumas qualidades tidas como
tipicamente femininas que se opõem à lógica, à razão intelectual, à
força e à inteligência abstrata, qualidades reconhecidas como
essencialmente masculinas e que governam a nossa sociedade. O que Yoko
[Ono] propõe, no fundo, é uma alteração de comportamentos psicológicos e
subsequente modificação na hierarquia de valores coletivos. Ela enfatiza
as consequências de séculos de uma civilização orientada masculinamente
pelas aspirações racionais: uma organização asfixiante, neurotizante e
competitiva que resultou em guerras, fome, doenças e injustiças que
presenciamos todos os dias e das quais estão cheias as páginas dos
jornais. O principal objetivo do movimento feminista, segundo Yoko, deve
ser a inversão dessas tendências básicas. É possível uma cultura e uma
sociedade baseadas mais na intuição do que na razão? Yoko acha que sim,
sem se preocupar em mobilizar exemplos antropológicos de sociedades de
raiz matriarcal. Ela prefere apontar para um exemplo histórico recente,
o desenvolvimento de um fenômeno social contemporâneo, a contracultura.
Ela afirma que a natureza o movimento dos jovens é mais feminina do que
masculina, porque os valores da intuição, da experiência direta e da
imaginação são muito mais importantes do que os da razão masculina. A
contracultura é, portanto, o começo da feminização da sociedade e o
verdadeiro contexto em que se deve desenvolver o movimento feminino.”

- A MORTE ORGANIZADA – copyright 1978.

“Quando terminaram de orar, os irmãos se voltaram para mim e,


através da irmã Natália, perguntaram se eu ‘aceitava Jesus’.
- Aceito Jesus – respondi em paz.”

- O SOL DA LIBERDADE – julho de 2014.


Folha 9: “trechos de O JOGO DOS LIMITES, de Elvira Vigna”.

“Estamos jogando um jogo agora, eu e vocês. Neste exato momento, eu


quero dizer. Sentados, olhando em torno, o que vai acontecer? o que
faremos a seguir? Há sempre algo importante a ser dito, e neste caso é
que somos nós os participantes e os inventores do jogo. É o mais
importante, é sobre isto o resto todo, somos nós. O resto é o resto e
vai-se acrescentando aos poucos. O lugar do jogo, por exemplo, é aqui.
Também sobre isso temos uma tendência a não perceber as coisas. Achamos
às vezes que o jogo é jogado sempre em outro lugar. Não é. É aqui. E
somos nós. E o resto é o resto. Por exemplo, o inimigo, tanto faz, no
caso, ele se chama Física 2. Prova Final, mas poderia ser outro.
Inimigos, os há, e de montão, sempre. Esse é outro ponto importante:
inimigos que só parecem inimigos enquanto o verdadeiro inimigo passa
despercebido ao nosso lado. Bem, então, três coisas importantes: somos
nós, é aqui, e o inimigo... bem, vocês verão quem é o inimigo. Ah, uma
quarta coisa importante: o jogo já começou, vocês não estavam prestando
atenção.

O ambiente em que se passa a história

É um país em construção. Como todos os países? Não. Há países que


ficaram prontos em uma época determinada do passado e que agora passam a
vida preservando esse passado, consertando coisas aqui e ali e impedindo
mudanças, há outros países que ficaram prontos agora, no presente, e
acham que seu jeito de ser, tão recentemente adquirido, é o jeito certo,
ou o único jeito, e não notam que não é assim.”

“Bibliografia

Este jogo pôde ser feito porque eu:


_ li todos os jornais, li todas as revistas, li todos os livros que
me caíram nas mãos, que não me caíram nas mãos mas eu fui buscar, que me
interessaram, que não me interessaram mas que eu li assim mesmo;
_ sei que os limites somos nós que fazemos. Então é o seguinte:
quem está fora da Biblioteca, que trate de entrar. Mas quem está dentro
há muito tempo, saia, vá para a vida.”
Folha 10: “poemas de VISÕES DO MEDO, de Beth Brait Alvim

“Insônia

nos tímpanos de minha janela


o ruído do motor
o uivo de ferro e borracha
não fere o sono dos contentes

na insônia que me congela

um corte no tempo
quase me alegra”

“Outono

quando eu era jovem


a dor doía
horizontal

bastava o pôr-do-sol
e os dias não
eram iguais

hoje o outono escorre nos vitrais


e a dor é
vertical

trajo vestes escuras


e baixo os olhos quando vejo o
horizonte

assim a dor
afunda meus pés no chão
amarra o nariz ao queixo

e a boca cerrada
rumina
terra”
Folha 11: “trechos de PARQUE INDUSTRIAL, de Patrícia Galvão [Pagu] como
Mara Lobo”.

“Pelas cem ruas do Brás, a longa fila dos filhos naturais da


sociedade. Filhos naturais porque se distinguem dos outros que têm tido
heranças fartas e comodidade de tudo na vida. A burguesia tem sempre
filhos legítimos. Mesmo que as esposas virtuosas sejam adúlteras
comuns.”

“As seis costureirinhas têm olhos diferentes. Corina, com dentes


que nunca viram dentista, sorri lindo, satisfeita. É a mulata do
atelier. Pensa no amor da baratinha que vai passar para encontrá-la de
novo à hora da saída. Otávia trabalha como um autômato. Georgina cobiça
uma vida melhor. Uma delas murmura, numa crispação de dedos picados de
agulha que amarrotam a fazenda.
_ Depois dizem que não somos escravas!”

“_ Você está digno dos seus amigos sujos! Peço só que não jante
comigo assim. No hotel, reparam...
Alfredo aproxima-se:
_ Escute, Eleonora. Tirei você de uma casa onde ao menos se
trabalhava para viver. Você acreditou na comédia da alta roda.
Contaminou-se. Andou na lama desta burguesia safardana! Talvez fosse eu
o culpado, talvez não. Você entraria por qualquer porta. Ou por debaixo
do pano! Você nunca se conformaria em trabalhar. E a burguesia hoje mal
se defende. Pois fique nela. Eu saio!”
Folha 12: “trechos de O SÉCULO, de Betty Milan”.

“Depois de ter publicado uma biografia sobre Colette que recebeu um


prêmio da Academia Francesa de Letras, Michèle Sarde se tornou famosa
pelo livro Olhar sobre as francesas, igualmente premiado pela Academia.
Além de ensaísta, é conferencista, autora de O desejo louco e História
de Eurídice durante a subida. Vive em Washington e é professora
universitária em Georgetown, onde preside a Associação para os Estudos
Culturais Franceses. Nasceu em Dinard, na França.”

“Psicanalista – membro da Escola Freudiana de Paris, fundada e


dissolvida por Jaques Lacan – filósofa e ensaísta, Catherine Millot
publicou vários livros, entre eles A vocação do escritor, pelo qual é
conhecida. Nasceu na França e vive em Paris, onde clinica e ensina na
Universidade de Paris VIII.”

“Georges Mathieu nasceu em 1921. Estudou Direito e Filosofia e começou a


pintar em 1942. Radicou-se em Paris, em 1947. Já havia feito pinturas
abstratas de expressão lírica e logo se opôs à Abstração Geométrica,
então na moda. Em 1954, expôs em Nova York e começou uma carreira
internacional. Em 1963, o Museu de Arte Moderna de Paris o consagrou com
uma retrospectiva. Em 1976, foi eleito membro da Academia de Belas Artes
e, dois anos depois, viu sua obra reunida no Grand Palais de Paris. Além
de pintor, Mathieu é autor de vários livros. Entre eles, O massacre da
sensibilidade e A partir de agora, sozinho diante de Deus.”
FOLHA 13:
Folha 14: últimas palavras do autor.

Tudo isto surgiu de um sonho que tive. Quando acordei, fui


imediatamente escrever a folha 13.
O nome da instalação-peça teatral começou quando li, em 1973, o
excelente livro de Roberto Freire, “Cleo e Daniel”, num trecho em que o
narrador lê os escritos de Daniel, e encontra a citação do Hesse. Só
anos após encontrei o texto original, que me abriu às outras obras desse
escritor, como “Sidharta”, “Caminhada”, “O Jogo das Contas de Vidro”,
entre outras, que fizeram minha cabeça aos vinte anos e um pouco mais.
Claro que lia outros autores, também, quando não estava ouvindo
discos de jazz, rock, mpb, eruditos e Ravi Shankar.
A publicação desta arte é para que outros artistas, que tenham
condições físicas de buscar patrocínio e pessoas, possam transformar, o
que está apenas escrito, em uma obra real, pois a ideia é ser uma
instalação\peça de teatro, sem palco, mas num salão ou galeria.
Esta instalação-peça teatral tem que ter o tempo exato das músicas a
serem tocadas.
O público não pode lotar o espaço. Tem que haver espaço hábil para
que todas as atrizes e atores possam se movimentar pelo salão ou
galeria, peripateticamente, enquanto conversam sobre literatura. Podem
escolher qualquer tipo de literatura, seja clássica, moderna,
contemporânea, juvenil, adulta, infantil, romântica, dramatúrgica,
policial, terror, etc. Não vale autoajuda e o que não seja literatura.
Ninguém está autorizado a mexer nos livros, cds, dvds, ou discos.
Eles vão ficar apenas a título de clima.
A música tem que ser alta o bastante para ser ouvida, mas não tanto
que impeça as conversas, que têm que manter um nível acadêmico.
Se alguém do público quiser intervir nas conversas, só pode ser
aceito se conversar sobre literatura. Se não for sobre isso, alguma
atriz ou ator tem que explicar educadamente, claramente e suscintamente
o espírito da sessão.
Se quiser, pode pendurar no teto uma daquelas esferas de
espelhinhos. Só pra auxiliar no clima.
Deve ter iluminação bem clara sobre as folhas, que têm que estar
espalhadas pelo salão\galeria.
Tem que haver alguém na portaria para controlar o número de pessoas
que entram e saem.
É de bom alvitre que seja posto, na entrada, um livro de presença,
com separação de cada sessão, data e hora de início e fim.
L.P.
Caraguatatuba, 12 de fevereiro de 2023.
FOLHA 15: Relação das Músicas a serem tocadas durante a execução da
instalação\peça de teatro.
Observação: todas as gravações devem ser as originais, de estúdio:
1. Satisfaction – Rolling Stones;
2. Won’t get fooled again – The Who;
3. Memphis underground – Herbie Mann;
4. Norwegian wood – The Beatles;
5. I want you – The Beatles;
6. C’era um ragazzo che come me amava i Beatles i Rolling Stones –
Gianni Morandi;
7. Tribute to Elmore – Eric Clapton;
8. Politician – Cream;
9. Layla – Derek and The Dominoes;
10. In-a-gadda-da-vida – Iron Butterfly – a peça inteira;
11. Aquarius\Let the Sunshine in – The 5th Dimension;
12. Lay Down – Melanie;
13. Since I’ve been loving you – Led Zeppellin;
14. Voodoo Chile – Jimi Hendrix;
15. A woman left lonely – Janis Joplin;
16. Help on the way\Slipknot – Grateful Dead;
17. Ask the angels – Patti Smith Group;
18. Now I wanna sniff some glue – The Ramones;
19. Cherry Bomb – The Runaways;
20. Lá vou eu – Rita Lee e Tutti Frutti;
21. As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor – Raul Seixas;
22. Tanto – Beto Guedes;
23. Uma longa caminhada – Made in Brazil;
24. Trem – Bixo da Seda;
25. Bixo da Seda – Bixo da Seda;
26. Idade perigosa – Robertinho de Recife;
27. Blues do adeus - O Terço;
28. Hey amigo – O Terço;
29. 1974 – O Terço;
30. Criaturas da noite – O Terço;
31. Eu só penso em te ajudar – Mutantes;
32. Verde vertente – Moto Perpétuo;
33. Cabeça feita – O Peso;
34. Não fique triste – O Peso;
35. Meus 26 anos – Joelho de Porco;
36. Coisas da vida – Rita Lee e Tutti Frutti;
37. Rocarnaval – Novos Baianos;
38. Brasileirinho – Novos Baianos;
39. A hora e a vez do cabelo crescer – Os Mutantes;
40. Balada do louco – Os Mutantes;
41. Ando jururu – Rita Lee;
42. Aquarius – Maria Helena e elenco – disco hair brasileiro;
43. Alto da Silveira – Pepeu;
44. Maya – Luiza Maria;
45. Lady Jane – Olívia – primeiro disco;
46. Negro amor – Gal Costa;
47. Antes da chuva chegar – Guilherme Arantes.
FOLHAS 16 E 17: Sobre O Autor.

Leopoldo Luiz Rodrigues Pontes é meu nome. Nasci às 4 e meia da manhã, do


dia 4 de abril de 1958, no bairro da Lapa, na cidade de São Paulo.
No final dos anos 1970 e início dos 80, publiquei uma série de livros de
poemas, por conta própria, na base do mimeógrafo e do offset. Tentei fazer
alguns para educação popular, mas não foram para frente.
Enveredei pelas artes plásticas e pela música. Fiz várias exposições
individuais e participei de coletivas. Fui solista de guitarra e cantei, em
várias bandas de rock que não duraram quase nada.
Individualmente, toquei vários outros instrumentos, não só de corda, mas
também, muito mal, de sopro e percussão. Sempre de ouvido, embora tenha
estudado profundamente música, o que ainda o faço.
Minha formação acadêmica inclui jornalismo em Santos e direito em
Taubaté, além de meia-pós-graduação em comunicação social e uma pós-graduação
em língua portuguesa e literatura. E vários pequenos cursos adicionais,
incluindo extensões, todos presenciais, que é o que existia naquele tempo. Por
último, fiz cursos de psicanálise por EAD.
Meu primeiro emprego foi ajudar meu pai no depósito de artigos de época,
fazendo pacotes, atendendo a freguesia, carregando mercadoria, auxiliando no
escritório, e fazendo contas.
Depois vagabundeei um pouco e fui ser cobrador. Passou um tempo e voltei
a vagabundear, para depois atuar com artes plásticas e antiguidades. O dinheiro
não dava para nada.
Aí, recebi uma pequena herança e abri uma lanchonete que era também uma
casa de chá. Logo, minha esposa estava participando, até que, de repente,
passou a cuidar sozinha do local.
Nesse meio tempo, fui chamado como redator e repórter da Rádio Emissora
de Campos do Jordão. Depois, concomitantemente, fui empregado de diversos
jornais escritos, como diretor de redação, fotógrafo, editor, redator,
repórter, diagramador, etc, tudo ao mesmo tempo, já que eram jornais pequenos.
Nessa época, escrevi pra burro, tudo quanto eram notícias, editoriais,
resenhas, entre outras coisas. Mas nunca fui convidado para a Academia
Jordanense de Letras.
Também trabalhei, uns meses, como jornalista da prefeitura, o que me
garantiu uns bicos em períodos eleitorais.
Como jornalista, fiz ainda alguns frilas e uma correspondência por três
meses tórridos!
Noutra época, meus finais de semana eram tomados por uma galeria de arte
de Campos do Jordão.
Quando fui demitido da Rádio Emissora, comecei a trabalhar como advogado,
e logo fui chamado pela Sabesp, para a qual havia prestado concurso, em
Caraguatatuba, onde trabalhei como atendente a consumidores.
Minha aposentadoria foi pela Sabesp.
Moro atualmente no litoral norte do estado de São Paulo. Meus hobbies
são: ouvir discos de vinil, desenhar, pintar, fazer colagens,
escrever, tocar violão, ler muito, e ver filmes e séries. E fazer cursos e
oficinas pela internet.
Alguns dias antes do Natal de 2021, tive um acidente doméstico em que
quebrei o ombro e o braço esquerdos. Soma-se a isso meus acidentes anteriores,
no cotovelo e tornozelo direitos, e uma danação na coluna. Fora isso, estou
bem. Fazendo eventuais fisioterapias, me alimentando, etc.
Só a cabeça não anda lá essas coisas. Por isso escrevo, para preservar
minha memória para o futuro. Sim. Eu acredito no futuro.

Contato: leopoldopontes21@gmail.com

Foto by Fafí Pontes. Abril\2023. Jimi & me.


Livros e e-Books de Leopoldo Pontes:

(Na ordem por publicação)


1. Paixões Remuneradas (1979) (esgotado)
2. Sobre Rio Claro (1980) (esgotado)
3. Já que tá, então fica (1981) (esgotado)
4. (Arte em mimeógrafo) (série) (1981) (esgotada)
5. Série Poemetos (1981) (esgotada)
6. Educação popular – 1981-82 - (série) (esgotada)
7. Homoteo – o livro do ateísmo devocional (1982) (não publicado)
8. Gabriel: a História do Roqueiro que virou o Grande Herói Nacional
(2000) (reeditado em agosto de 2016)
9. Asas para Teotino (2001) (reeditado em outubro de 2016)
10. Minha Experiência com o Kindle (novembro de 2016)
11. Poemas para serem lidos em voz alta (novembro de 2016)
12. V.M.P.M.: Duas Histórias de Amor (janeiro de 2017)
13. Dialética no Direito: O Estado Leigo (dezembro de 2018)
14. Análise de Matrix e outros filmes e textos (janeiro de 2019)
(retirado de circulação em setembro de 2022)
15. 4 COROS DA TERRA E DOS CÉUS E UMA CANÇÃO INFLAMADA: Teatro (janeiro
de 2019)
16. O gosto das coisas: E o Rock não morreu... (abril de 2019) (retirado
de circulação em setembro de 2022)
17. O gosto das coisas: A Gorda vai cantar (abril de 2019) (retirado de
circulação em setembro de 2022)
18. O gosto das coisas: O Tempo e as Estações (abril de 2019) (retirado
de circulação em setembro de 2022)
19. Dialética sem Encher Linguiça (maio de 2020) (retirado de circulação
em setembro de 2022)
20. ZEN SEM FRESCURA: o livro da anti-autoajuda: tudo o que os livros de
autoajuda não te deixam acreditar (maio de 2020) (retirado de
circulação em setembro de 2022)
21. VMPM e outros contos (maio de 2020)
22. ROCK NÃO SE APRENDE NA ESCOLA (maio de 2020) (retirado de circulação
em setembro de 2022)
23. NA CONTRAMÃO (maio de 2020) (retirado de circulação em setembro de
2022)
24. TUDO AO NORMAL – Felicidade não é obrigatória (julho de 2020)
(retirado de circulação em setembro de 2022)
25. Antes do despertar - α € Ω A Nova Gaia (outubro de 2020) (retirado
de circulação em setembro de 2022)
26. REINICIAR é a Solução pra Tudo! (janeiro de 2021) (retirado de
circulação em setembro de 2022)
27. Contos jurídicos (julho de 2021)
28. O prazer de fazer barulho (abril de 2022) (retirado de circulação em
setembro de 2022)
29. O corvo (tradução do poema de Edgar Allan Poe) (junho de 2022)
30. Música do Planeta Terra (agosto de 2022) Aqui só tem matérias sobre
música!
31. O pensamento quântico não é místico (outubro de 2022)
32. Lições sobre a psicanálise – Tomo 1 – Generalidades (novembro de
2022)
33. Lições sobre a psicanálise – Tomo 2 – O imaginário, o simbólico e o
real. (novembro de 2022)
34. Lições sobre a psicanálise – Tomo 3 – A busca pelo equilíbrio
(novembro de 2022)
35. Lições sobre a psicanálise – Tomo 4 – Questões filosóficas (novembro
de 2022)
36. Lições sobre a psicanálise – Tomo 5 – Dialética e polialética
(novembro de 2022)
37. Lições sobre a psicanálise – Tomo 6 – Ciências sociais (novembro de
2022)
38. Lições sobre a psicanálise – (os 6 tomos) (novembro de 2022)
39. Hai-Kais (dezembro de 2022)
40. Já que tá, então fica – poemas de amor e desamor – edição atualizada
e revista (dezembro de 2022)
41. Suíte nº1 em sol maior para violoncelo, de Bach. Para se ler no
barzinho ou na pastelaria. Poemas (dezembro de 2022)
42. A representação do homem [sonhos] (maio de 2023)
43. Stairway to Heaven – Led Zeppellin – tradução e comentários por
Leopoldo Pontes (maio de 2023)
44. As letras hebraicas – seu significado (maio de 2023)
45. “Quem quiser nascer, tem que destruir um mundo” – instalação\peça de
teatro (maio de 2023)
46. A filha de Spock – fanfic (maio de 2023)

Fim.

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