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Gratidão imensa!
“
Sempre fui comilona. Desde pequena, fui sempre
acompanhada pela gula. Mas, até os 14 anos, isso nunca foi uma
questão perturbadora, uma vez que eu era magra. Cresci com o
meu pai me dando liberdade para escolher minha cesta básica.
Enchia um carrinho de supermercado só com guloseimas. Acha-
va isso o máximo. Minhas amigas achavam meu pai incrível. Na
infância z muito esporte. Cheguei a fazer jazz, ballet, sapateado,
ginástica olímpica, tênis e natação, tudo junto na mesma época.
Aos 14 anos comecei a ter corpo de mulher, cando com um so -
brepeso de 4 quilos. Por eu me alimentar com muita porcaria, as
mulheres mais velhas ao meu redor me alertavam sobre o perigo
de ser gorda. Foi então que a minha gula começou a ser um pro-
blema, e eu acabei sendo apresentada ao mundo das dietas.
Por ter uma personalidade imediatista, queria emagrecer rápido.
Comecei a fazer umas dietas malucas, principalmente aquela da
sopa. Lembro que me privava de comer tudo que eu gostava. Mas
chegava um momento que eu não me aguentava, e, de repente,
me atracava com as ‘comidas trash’ de que eu gostava. E comia
muito, porque era esse o único momento que eu poderia comer,
pois no dia seguinte teria que voltar para a dieta da sopa.
Foi assim que desenvolvi esse raciocínio - que até hoje me acom-
panha - de compensação e de achar que eu só tenho um único
“
dia na vida para comer tudo que eu quero.
• Dietas milagrosas;
• Dicas de exercícios físicos;
• Regras de alimentação;
• “Fórmulas mágicas de emagrecimento”.
Do que este livro trata?
Decidi começar este livro entrando nestes detalhes, para que você
saiba que não sou um teórico nos materiais que publico. Com as
diculdades que vivi, provo que não há um passo, um centímetro
do caminho da cura e superação que eu não tenha trilhado. E por
ter experimentado cada pensamento, cada sentimento e cada
privação daqueles que viajam por esta mesma estrada, co feliz
pelas pessoas que descubro estarem vivendo experiências de so-
frimento. Não que eu esteja me esquecendo das dores pessoais,
ou sendo masoquista apreciando minhas dores passadas, muito
menos sendo sádico e apreciando as dores alheias.
ANOREXIA
1.5. Tratamento
Aspiração e
desejo
Ambiente Prática
-Alavanca Inteligente
Mas é isso que você deve fazer, caso queira realmente mudar.
Costumo dizer aos meus coachees que todo problema deve ser
encarado de forma positiva, pois são eles que nos dão o caminho
para tornar-nos pessoas melhores. Reflita sobre esta frase: “Toda
dor é por enquanto se encarada apenas como processo”.
A m de tornar prazeroso o processo de emagrecimento, são
úteis as estratégias de Gamifcation, metodologia utilizada hoje
por empresas para motivar, engajar e levar as pessoas a resulta-
dos extraordinários. Traduzindo para o português, Gamication
seria como “transformar em jogo”.
Nesse sentido, no primeiro pilar você deve identicar meios de
transformar o comportamento magro (por exemplo, comer bró-
colis ou subir escadas em vez de utilizar o elevador) em algo
agradável. Para isso, deve utilizar jogos e sua própria estrutura
cerebral, a qual aprecia recompensas e teme perdas.
De maneira geral, quando se está tentando melhorar ou mudar al-
guma coisa em nossas vidas, esquece-se facilmente de usar incen-
Círculo Social
Já pensou em como pode ser eciente ter alguém te motivando
a emagrecer?
Segundo uma famosa frase de autoria desconhecida, você é a
média das cinco pessoas com quem mais convive. Eu, particular-
mente, diria que você é a média das pessoas que mais te influen-
ciam. Levando esse aspecto em consideração, quero te convidar
a categorizar seu círculo social em 2 grupos:
• Coniventes
• Alavancas
A regra é simples: transforme “Coniventes” em “Alavancas”, ou
evite-os o quanto for possível.
Coniventes são as pessoas com as quais você convive, e que
te influenciam negativamente (mesmo sem querer). Exemplo: se
você come demais e todos ao redor comem a mesma quantida-
de, você não percebe que já passou dos limites. Se todos têm ex-
cesso de peso, parece normal, anal, todo mundo faz o mesmo.
Ambiente Físico
Tem sido provado que nosso ambiente tem forte poder de influ-
ência sobre nosso comportamento. Isso acontece geralmente
sem que percebamos. Para usar o ambiente físico a seu favor,
você precisa aprender a controlar o seu espaço (móveis, disposi-
ção de objetos ao seu redor, trajetos diários e outros).
É preciso ter controle sobre seu ambiente se você deseja manter
seu plano de emagrecimento. Pequenas alterações podem pro-
porcionar resultados surpreendentes.
Para você ser bem sucedido no que quer, precisa entender suas ca-
racterísticas e seus mecanismos de ação, começar a desmisticar
algumas questões complexas e obter aquilo que muitos denomi-
nam de insights. Os insights são lampejos que permitem vislum-
brar outras realidades possíveis, iluminando a mente, caminhos
até então desconhecidos, mas que, de repente, trazem inspiração
e a certeza de que possui meios de conquistar seus objetivos. É
ancorar a conança em sua consciência, trazer à tona uma revela -
ção que estava escondida em sua alma. Ao usar os insights com
conança, você começa a acessar os lados mais avançados do
cérebro. Isso leva você a conhecer a si mesmo, ser mais criativo e
conante. Passa a ver a vida de maneira mais leve e intuitiva.
Até que comi frutas. Me lembro que foi um alivio comer frutas. Por
ter comido muito naquele dia, quei com medo de engordar e me
programei para car mais um tempo em jejum (na cidade). É claro
que não consegui. Mas, ao invés de “engrenar no cru”, comi mais
tranqueiras. Não consegui voltar para a minha vida, pois precisava
jejuar. Larguei meu namorado, falei que precisava car sozinha, pe-
guei a chave da casa de praia dele e fui jejuar.
• “Estou com vergonha de mim mesmo por fazer isso, sei que
é errado enquanto estou comendo, mesmo assim continuo.
A comida está controlando minha vida”.
Separei outro depoimento real de outra pessoa que acompanho,
a Flávia (nome alterado por privacidade), também tratando a
compulsão. Tome-o como exemplo e use-o para motivar-se a
vencer a compulsão. Veja o quão desesperador é seu relato:
“Passo os dias sozinha no trabalho, 9 horas diárias em frente a
um computador, então me refugio na comida… Quando chego
em casa à noite é sempre a mesma história: chego a comer um
pacote inteiro de côco, mais 4 ou 5 frutas, mais 1 ou 2 abacates.
Detalhe: tudo depois do jantar. Quando não é a panela inteira de
almoço que tinha cozinhado para a semana toda.
Você não precisa de uma longa preparação para mudar sua for-
ma de pensar. Pode começar imediatamente a resolver qualquer
um dos seus problemas alimentares. Você tem o poder de parar
agora de se autodestruir com a comida.
É bom parar para refletir sobre sua “dupla vontade”, mas quanto
mais você se concentrar sobre os malefícios de ter uma vida com-
pulsiva, menos seu cérebro vai lembrá-lo dos benefícios de conti-
nuar comendo de maneira desgovernada. Você vai logo descobrir
que o que vê como os benefícios da compulsão alimentar são ape-
nas as mensagens do cérebro distorcido que devem ser ignoradas.
Mas lembre-se, na hora da urgência por comer, não discuta com
a Voz do Vício. Identique-a como não sendo sua, observe-a, dis -
traia-se com outra atividade que exija sua atenção e concentração