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Rafael Berard

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 1


Sumário
Agradecimentos 4
Introdução 5
O que você precisa saber sobre mim agora 9
1. Psicologia e alimentação 12
1.1. Transtornos alimentares 13
1.2. A origem da bulimia; um caso bastante típico 15
1.3. Mais sobre a Compulsão alimentar 18
1.4. Critérios Clínicos para Compulsão Alimentar 19
1.5. Tratamento 20
2. Introdução ao Meu jeito de Emagrecer 22
2.2. Por que não se pode acreditar em força de vontade
24
para emagrecer?
3.Os 3 Pilares do Comportamento Magro 26
Pilar #1 - Aspiração e Desejo 27
Pilar #2 - Prática Inteligente 28
Pilar #3 - Ambiente-Alav
Ambiente-Alavanca
anca 29
4. Desvendando como eliminar a compulsão:
33
o cérebro trino
#1. Cérebro Reptiliano 35
#2. Cérebro dos Mamíferos Inferiores 35
#3. Cérebro Racional 35
4.1. Como Vencer os Impulsos Alimentares 37
Técnica do Distanciamento 40
5. Mais caminhos para emagrecer 42
5.1. Um pouco mais de realidade 43
5.2. Dica prática para começar a mudar
45
hábitos alimentares destrutivos
5.3. Enxergue a diculdade como caminho para o
47
sucesso
6. Exercícios para emagrecer sem 49
depender da força de vontade 49
6.1. Preparando-se para mudar seu cérebro 50
Descreva seus problemas 50
6.2. Sua intuição é precisa 52
6.3. Por que você deseja parar? 53
7. Como emagrecer de vez e dar m ao sofrimento? 56
Mais Sobre o Autor 61
Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus por tantas graças


depositadas em minha vida.
Em seguida, agradeço a minha esposa Cristiane, a
qual é a grande apoiadora e patrocinadora de todo
trabalho desenvolvido. Também agradeço a Caroli-
na, minha irmã, a qual ofereceu enorme colaboração
na revisão de todo o texto, a Paulo Maccedo o qual
auxiliou-me enormemente a transformar em pala-
vras todo o conteúdo que eu tinha em minha men-
te e precisava disponibilizar de maneira didática e
ordenada, e à Flávia e Jaqueline (nomes ctício por
privacidade) por compartilharem seus relatos para
que mais vidas sejam curadas.

Gratidão imensa!

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Introdução


Sempre fui comilona. Desde pequena, fui sempre
acompanhada pela gula. Mas, até os 14 anos, isso nunca foi uma
questão perturbadora, uma vez que eu era magra. Cresci com o
meu pai me dando liberdade para escolher minha cesta básica.
Enchia um carrinho de supermercado só com guloseimas. Acha-
va isso o máximo. Minhas amigas achavam meu pai incrível. Na
infância z muito esporte. Cheguei a fazer jazz, ballet, sapateado,
ginástica olímpica, tênis e natação, tudo junto na mesma época.
Aos 14 anos comecei a ter corpo de mulher, cando com um so -
brepeso de 4 quilos. Por eu me alimentar com muita porcaria, as
mulheres mais velhas ao meu redor me alertavam sobre o perigo
de ser gorda. Foi então que a minha gula começou a ser um pro-
blema, e eu acabei sendo apresentada ao mundo das dietas.
Por ter uma personalidade imediatista, queria emagrecer rápido.
Comecei a fazer umas dietas malucas, principalmente aquela da
sopa. Lembro que me privava de comer tudo que eu gostava. Mas
chegava um momento que eu não me aguentava, e, de repente,
me atracava com as ‘comidas trash’ de que eu gostava. E comia
muito, porque era esse o único momento que eu poderia comer,
pois no dia seguinte teria que voltar para a dieta da sopa.
Foi assim que desenvolvi esse raciocínio - que até hoje me acom-
panha - de compensação e de achar que eu só tenho um único


dia na vida para comer tudo que eu quero.

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Esse é um relato real de uma pessoa que chamaremos de
Jaqueline. No decorrer dessa obra você vai poder acompanhar
sua trajetória dolorosa com a compulsão alimentar e a bulimia
por 14 anos, acompanhará sua jornada, tropeços, acertos e lerá
uma maravilhosa mensagem de vitória e esperança que ela
deixou especicamente para você leitora.

Missão deste ebook


Se você está como a grande parte das pessoas com as quais
atendo, está achando que apenas você está acima do peso, e que
por mais um ano só você não alcançou os seus objetivos de ema-
grecer e se livrar do vício alimentar.
O que posso te garantir e dar como boa notícia é que você está
“redondamente” enganada. Isto é, há na verdade uma epidemia
mundial de sobrepeso e de compulsão alimentar e eu já provarei
tal fato nos próximos parágrafos.
Diferente do que alguns insistem em pensar, a pessoa não está
acima do peso porque é relaxada ou porque gosta de comer de-
mais. Na maioria dos casos, além de disfunção do organismo,
o problema está associado à educação da vontade, ambientes
e influências desalinhadas com seu objetivo de agir de maneira
magra o que acarreta frustrações, baixa autoestima, estresse, de-
pressão, compulsão alimentar, entre outros.
O tema central deste livro se baseia nessas causas, principalmen-
te na compulsão alimentar, que assola um número considerável
de pessoas no mundo todo e que pode levar indivíduos à já cita-

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da obesidade e a outros problemas graves. Lendo este conteúdo,
você terá a oportunidade de encontrar o caminho que o levará
a uma vida mais saudável a partir da mudança da mente e dos
hábitos alimentares, sem precisar depender da popular força de
vontade (você vai entender o porquê).
Do que este livro não trata especicamente?

• Dietas milagrosas;
• Dicas de exercícios físicos;
• Regras de alimentação;
• “Fórmulas mágicas de emagrecimento”.
Do que este livro trata?

• Emagrecimento com Consciência alimentar;


• Vencer a Compulsão Alimentar e Calar a Voz do Vício
• Transformação da sua relação com a comida a partir da
mudança de mente;
• Meu jeito de emagrecer - Os 3 Pilares do Comportamento Magro
• Psicologia alimentar.
Meu objetivo é que ao término da leitura você tenha as respostas
para as seguintes questões:
Por que estou acima do peso? Por que não consigo parar de co-
mer? Como controlar a vontade diante da comida? Como lidar
com a ansiedade, depressão, baixa autoestima e autocomisera-
ção ligadas à alimentação? Como se livrar da compulsão alimen-
tar? Como mudar de vida denitivamente?

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Ok, Rafael, mas e aquela prova de que não sou só eu que estou as-
sim? Eu continuo achando que apenas eu estou desse jeito.

O Ministério da Saúde divulgou um estudo que revela dados


impressionantes. Segundo a pesquisa, quase metade da popu-
lação brasileira está acima do peso. A média é 48,5%. O levanta-
mento é da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
Os dados foram coletados em 26 capitais brasileiras, além do Distri-
to Federal, e conrmou que o sobrepeso é maior entre os homens,
sendo o número 52,6%. Entre as mulheres, o valor é de 44,7%. Por
falar em mulheres, que sabendo que 25,4% apresentam sobrepe -
so entre a idade de 18 e 24 anos, e 39,9% entre 25 e 34 anos.
Só quem sofre com problemas de excesso de peso e gordura
sabe o quanto a vida é dolorida. As diculdades parecem aumen -
tar de acordo com o peso, ou seja, quanto mais pesada está a
pessoa, mais ela tende a sofrer. Não se trata de um mito, mas de
um fato. E quando falo assim não apenas me rero ao preconcei-
to, mas a disfunções no organismo.
Estimada leitora, desfrute com carinho, ou melhor, mergulhe de
cabeça neste material. Exerça atitude, aproveite sem moderação
este livro que foi feito única e exclusivamente para ajudar você
a vencer seus vícios alimentares e fazer com que você goze de
uma vida mais plena e abundante.

Coach Transformacional de Saúde Rafael Berard

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O que você precisa saber sobre mim agora

Quem sou eu para escrever um livro de emagrecimento? Será que


tenho habilidades e experiência necessária para falar sobre me-
tas e transformação?

Meu nome é Rafael Berard, sou coach transformacional de saúde


e tenho por missão ajudar outras pessoas a vencerem problemas
relacionados ao comportamento alimentar. Dedico-me intensa-
mente a executar o conhecimento que venho adquirindo há anos.
Por causa disso, trabalho todos os dias, em muitos casos, com
poucos intervalos de descanso para entregar o melhor conteúdo
às pessoas que se conectam ao meu trabalho. Isso resume um
pouco o meu ofício atual. Mas para que você saiba exatamente o
porquê de minha dedicação a essa área, conheça agora detalhes
da minha história de vida.
Aos 6 anos de idade, eu já tinha sido internado por pneumonia
dupla e meu ombro direito já saía do lugar com facilidade devido
à falta de tonicidade muscular em torno da articulação (o que
provocava lesões nos ossos). Nessa mesma época, comecei a
frequentar uma fonoaudióloga para fortalecer a língua, pois mi-
nha dicção era extremamente debilitada. Da infância à adoles-
cência, precisei submeter-me a sessões diárias de nebulização
para expandir os bronquíolos. Se não fosse assim, não conseguia
respirar após o pôr-do-sol, devido ao resfriamento natural da tem-
peratura ambiente.

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Devido à minha baixa estatura, precisei lidar com bullying e sofri
muito com baixa autoestima. Depois vieram as espinhas que só
foram curadas aos 24 anos de idade, após quase uma década
de tratamentos dos mais diversos tipos. Isso potencializou ainda
mais meus problemas com a autoestima, o amor próprio, autoa-
ceitação e autoimagem.
Os anos se passaram e, em 2012, precisei submeter-me a uma
cirurgia para xar dois parafusos no meu ombro direito para que
ele não saísse mais do lugar. Após isso, acabei perdendo os movi-
mentos do braço, tendo que me esforçar bastante para recuperá
-los novamente. Embora o médico e a sioterapeuta tivessem dito
que ele não voltaria a ser a mesma coisa, dediquei-me como um
atleta, e hoje tenho meus movimentos totalmente recuperados,
em tempo recorde, para surpresa dos prossionais que me acom -
panharam. Embora eu tenha passado por todos esses problemas
e vivido o sofrimento na pele, posso garantir que superei tudo isso.

Decidi começar este livro entrando nestes detalhes, para que você
saiba que não sou um teórico nos materiais que publico. Com as
diculdades que vivi, provo que não há um passo, um centímetro
do caminho da cura e superação que eu não tenha trilhado. E por
ter experimentado cada pensamento, cada sentimento e cada
privação daqueles que viajam por esta mesma estrada, co feliz
pelas pessoas que descubro estarem vivendo experiências de so-
frimento. Não que eu esteja me esquecendo das dores pessoais,
ou sendo masoquista apreciando minhas dores passadas, muito
menos sendo sádico e apreciando as dores alheias.

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Faço isso porque sei que as lutas é que forjam o caráter de uma
pessoa guerreira, vencedora, que não se entregou às adversidades.
Regozijo-me, na verdade, por todas as pessoas que estão passando
por tal tipo de experiência, pois serei testemunha da recompensa.
Eu e você testemunharemos o prêmio. Aqui está o eixo da minha
forte crença nos problemas de saúde (como peso, autoimagem,
etc.), como uma benção única e especial na vida de alguém.
Vejo essas diculdades como uma condição temporária, como
um processo a ser vencido, conquistado, dominado, domado
– não uma circunstância a aceitar como derrota permanente,
mas, sim, uma situação a qual tem o potencial de te transformar
em um ser humano extraordinário. Você está acima do peso, não
é gordo. Está com um problema, mas ele é temporário. Sofre com
o vício pela comida, mas dominará seu pensamento. Estou com
você nessa e repito: verei você ganhar seu prêmio!

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1. Psicologia e
alimentação

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1.1. Transtornos alimentares

A população, em geral, está pouco informada sobre os proble-


mas alimentares e as ligações com as alterações psicológicas.
O tema ‘Distúrbios Alimentares’ geralmente é usado de forma
relativa, associado às duas principais síndromes psicológicas:
anorexia nervosa e bulimia. Existem, no entanto, muitos outros
quadros clínicos frequentes, que ainda são menos divulgados. A
compulsão alimentar é uma delas.

A incidência desses distúrbios no mundo ocidental cresce a cada


dia e exige cuidados altamente diferenciados e especializados.
A cada ano, no mundo inteiro, milhões de pessoas apresentam
comportamentos disfuncionais conhecidos como transtornos
alimentares. A maioria das pessoas que apresentam tais qua-
dros é composta por adolescentes e mulheres jovens. O Instituto
Nacional de Saúde Mental dos EUA revela dados intrigantes: 1%
das adolescentes desenvolve anorexia, que pode levar à morte
por desnutrição. De 2 a 3% de mulheres jovens desenvolve buli-
mia, o transtorno caracterizado pela ingestão de uma quantidade
excessiva de alimento sendo que, depois, provoca-se o vômito.

Atualmente, as preocupações excessivas com o peso e a aparên-


cia corporal influenciam o comportamento alimentar e formam
um fenômeno generalizado e preocupante. A compulsão alimen-
tar vem logo atrás, sendo um transtorno que acomete um núme-
ro expressivo de indivíduos – sem que eles saibam, em muitos
casos. Em outras palavras, signica que você pode estar, nesse
exato momento, sendo compulsivo, sem dar-se conta, acreditan-

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do que as grandes quantidades de comida que ingere são con-
sequências de seu estômago que já se dilatou. Isso faz sentido,
mas a verdade é que, em muitos casos, a disfunção é mental. Ou
seja, é a mente que se “dilatou”.

Para se ter ideia, 75% das pessoas compulsivas ganham muito


peso, pelo fato de consumirem mais calorias do que precisam
por dia, principalmente por meio de doces e gorduras. A principal
consequência desses hábitos é a já citada obesidade e, a partir
dela, diversas outras podem surgir.
Entenda mais um pouco sobre os distúrbios que citei:

ANOREXIA

A anorexia nervosa é um transtorno que faz com que as pesso-


as passem fome intencionalmente. É uma disfunção que se ini-
cia, geralmente, na adolescência e pode seguir até a fase adulta.
Nela, há considerável perda de peso, embora exista a percepção
de que se está com excesso de gordura. Em boa parte dos casos,
a hospitalização faz-se necessária para evitar a inanição. Quem
apresenta anorexia se submete a longos períodos de jejum, ape-
sar de terem a sensação de fome (veja o caso da Jaqueline mais
a frente). É preocupante o fato de essas pessoas se acharem gor-
das, embora estejam extremamente magras.

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BULIMIA

O termo “bulimia” tem origem no grego bous (boi) e limos (fome).


Nela, a pessoa tende a ingerir grandes quantidades de alimento, em-
barcando no que chamamos de “orgia alimentar”, e depois induzir
o vômito. A pessoa também faz jejuns prolongados e tende a usar
laxantes no intuito de eliminar os alimentos que foram postos para
dentro. Alguns praticam exercícios físicos excessivamente para
queimar as calorias que foram ingeridas, dando forma aos compor-
tamentos compensatórios. A bulimia também começa a ser desen-
volvida na fase jovem, às vezes até na pré-adolescência. Algumas
pessoas conseguem esconder o problema durante muito tempo por
manterem o peso normal ou pouco acima do normal. Quando se
dão conta, a disfunção já avançou e causou sofrimento e agonia.

1.2. A origem da bulimia; um caso bastante


típico

Há uma causa muito comum em diversos casos de bulimia:


fazer dieta! Hábitos alimentares restritivos, mantidos por longos
períodos, possuem um forte potencial de desencadear quadros
de compulsão. Uma das pessoas estudadas, a Kat, sentiu sua
compulsão alimentar começar após um ano e meio de regime.
Sentia desejos intensos de preencher-se de doces e cereais.
A dieta precede quase todos os casos de bulimia. Nem todo
adolescente que faz regime desenvolve um transtorno alimentar,
pois há outras causas envolvidas. Mas mesmo que haja alguns

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fatores genéticos de risco (como fatores biológicos, sociais e ca-
racterísticas de personalidade), a bulimia raramente se desen-
volve sem uma história de dieta. O transtorno de compulsão ali-
mentar, por outro lado, se desenvolve mais comumente sem uma
dieta inicial, pois acaba sendo um hábito.

O que ocorreu é que Kat, a Jaqueline e muitas outras pessoas


começaram a restringir a ingestão de alimentos, limitando suas
calorias, e isso causou um problema no seus cérebros. Apesar
de a dieta e a perda de peso fazerem com que elas se sentissem
bem consigo mesmas, algo nos seus cérebros disse que esta-
vam agindo terrivelmente errado. Elas começaram, então, a ter
obsessão por comida e a pensar sobre isso constantemente.
Antes de fazer dieta, comer simplesmente não era um problema.
Devido à fome e aos desejos intensos pelos tipos de alimentos
que tentaram limitar, começaram as ânsias de comer de forma
anormal. Passaram a ingerir grandes quantidades de comida.

Esses primeiros impulsos para comer muito são resultado de


seus instintos de sobrevivência. Instintos de sobrevivência são
as nossas tendências herdadas, que nos levam a determinado
comportamento de forma a maximizar nossas chances de pro-
longar a vida. São as respostas automáticas, primitivas e muitas
vezes poderosas quando uma ou mais das nossas necessidades
biológicas básicas não são atendidas. Quando o cérebro, especi-
camente o cérebro reptiliano (explicarei em breve), sente uma
ameaça à sobrevivência, reage automaticamente e conduz a me-
didas de proteção.

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E por que Kat continuou a ter impulsos para comer muito?
Motivo: persistência de instintos de sobrevivência. Se ela come
compulsivamente pela primeira vez porque o fato de ter feito die-
ta desencadeou seus instintos de sobrevivência e causou seus
primeiros impulsos para comer muito, isso não explica por que
ela manteve a compulsão alimentar durante seis anos.

Se o seu cérebro animal a levou à compulsão para compensar a


sua dieta e proteger seu corpo, então por que a compulsão não foi
suciente? Por que repetir um comportamento tão repugnante com
frequência? Por que é que o cérebro continuou enviando esses im-
pulsos semana após semana, mês após mês, ano após ano?

Instintos de sobrevivência. Seus instintos de sobrevivência não


se desligaram depois da sua primeira compulsão porque, depois
daquele primeiro episódio, ela continuou com os hábitos alimen-
tares restritivos e tentou controlar seu apetite ainda mais.
Ela não aceitava suas compulsões - ninguém que tem bulimia as
aceita;, tenta, porém, corrigir a situação. Kat estava preocupada
com o ganho de peso, então escolheu comer muito pouco pelo
resto do dia e correr muito em uma tentativa de desfazer o dano.
No entanto, essa compensação enviou uma mensagem perigosa
para o seu cérebro animal - a mensagem de que ela ainda estava
privando seu corpo de alimentos.

Ao restringir alimentos e correr muito depois da sua compul-


são, ela criou outra escassez de alimentos, e seu cérebro animal
sentiu que ela estava morrendo de fome novamente. Ela tinha
provado para seu cérebro animal que a compulsão alimentar era

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necessária e vital para a sua sobrevivência. Depois que já tinha
tido um episódio de compulsão alimentar uma vez, ela teve outra
tentação poderosa para comer muito novamente: sua memória.

1.3. Mais sobre a Compulsão alimentar

A nossa vilã principal, a compulsão alimentar, é muito parecida


com a bulimia, mas se diferencia em alguns aspectos. Nela, a
ingestão de quantidades excessivas de alimento também acon-
tece. A diferença é que, nesse transtorno, não há a eliminação
forçada dos alimentos. É comum o relato de que se perde o con-
trole quando se come. Hábitos como o de empanturrar-se sem
necessidade, comer escondido e assaltar a geladeira são indícios
de que a pessoa convive com este problema.
O indivíduo acaba comendo mais rápido que o normal e a fome
não é o que direciona ao alimento, mas o vício. Após comer, a
pessoa pode ter intensa vergonha, culpa e depressão. Pessoas
com esse transtorno só param de comer quando se sentem des-
confortavelmente empanturradas de comida. Também tendem
a ingerir muitas porcarias, o que chamamos de alimentos trash
(lixo em português).

Jaqueline: o problema se tornou maior

“Você decide que vai comer desgovernadamente só por mais um


dia. No entanto, acaba que esse único dia para comer tudo se
repete sempre. E, quando se repete, eu me engano falando para

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mim mesma que esse dia nunca mais vai existir. Mas ele se re-
pete. E repete. E repete. E repete. E repete. Mas, quando repete,
eu me alimento como se não houvesse amanhã, pois amanhã eu
nunca mais vou comer essas tranqueiras. Então como muito, a
m de me despedir delas. Mas o amanhã que não existiria, torna
a existir. E eu me engano e sigo me enganando. Ao desenvolver
esse comportamento de compensação, quei íntima do efeito
sanfona (engordar e emagrecer, jamais permanecer muito tempo
com um peso estável).
Esse raciocínio de compensação (de comer muita besteira em al-
guns dias e depois tomar sopa ou car muito tempos em comer)
começou a se estender para outros comportamentos. Após epi-
sódios de longa ingestão de calorias em intervalos curtíssimos
de tempo, passava horas na academia (4 horas por dia aproxi-
madamente). Tinha dias que chegava a fazer 3 aulas de spinning
seguidas. Não por prazer, mas por medo excessivo de engordar.
Mas chegou um momento em que só as atividades físicas não
compensavam a quantidade de tranqueira que eu colocava para
dentro. Foi então que eu, após episódios de compulsão alimentar,
comecei a colocar o dedo na garganta para vomitar”..

1.4. Critérios Clínicos para Compulsão


Alimentar

De acordo com o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Trans-


tornos Mentais), a compulsão alimentar é caracterizada por:

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• Ingerir grande quantidade de alimentos mais que o normal du-
rante um curto período de tempo (por exemplo, num período
de 2 horas).
• Falta de controle sobre o comportamento alimentar durante
o episódio de compulsão (ou seja, a sensação de que não se
pode parar de comer).
O DSM também arma que episódios de compulsão alimentar es -
tão associados a três pontos ou mais destes que seguem:
• Comer até sentir-se desconfortavelmente cheio, principalmen-
te em banquetes e festas;
• Comer grandes quantidades de comida mesmo não estando
sicamente com fome;

• Comer mais rapidamente do que o normal;


• Comer sozinho, porque você está envergonhado pela quanti-
dade ingerida;
• Sentir-se enojado, deprimido ou culpado depois de comer de-
mais.

1.5. Tratamento

Os transtornos são tratados mais ecazmente quando diagnosti -


cados de forma precoce. Isso, entretanto, raramente ocorre, pois
o paciente pode negar os sintomas e o problema veementemen-
te. Há necessidade de um prossional da área de saúde habilido -
so para constatar o transtorno.

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Em alguns casos, o tratamento tem longa duração, pois a pessoa
adquiriu hábitos não saudáveis por tanto tempo que dão traba-
lho para serem deixados. A intervenção com medicamentos faz-
se necessária em alguns casos mas, em outros, a pessoa pode
curar-se com tratamentos comportamentais, como a terapia psi-
cológica e o coaching transformacional de saúde.
Entender isso é fundamental para você que deseja emagrecer
sem depender da força de vontade pessoal. Esses dados e fa-
tos que apresentei visam, primeiramente, conscientizá-lo de que
transtornos alimentares não são apenas ligados à falta de con-
trole, nem tampouco a uma deciência moral, mas podem surgir
de problemas mais profundos e, por isso, a presença da psicolo-
gia no assunto torna-se essencial.

Se você já se sentiu desiludida por tentar emagrecer -- subme-


tendo-se a uma innidade de dietas absurdas, jejuns, restrições
calóricas sem sentido, entrando para a academia e iniciando sé-
ries pesadas de exercícios -- e não conseguiu atingir grandes re-
sultados, compreender o fator mental será imprescindível. A boa
notícia é que você não precisa depender da força de vontade para
emagrecer. Convido-te a continuar lendo para entender porque
estou descartando a força de vontade!

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2. Introdução ao
Meu jeito de Emagrecer

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Aproveitarei para tratar neste e-book de um dos estudos de maior
importância do meu trabalho como coach transformacional de
saúde. É uma metodologia que desenvolvi após estudar e aplicar o
que chamo de os 3 Es: Estratégias de Excelência e Êxito.

Trata-se do Meu jeito de emagrecer: Os 3 Pilares do Comporta-


mento Magro que, quando alinhados em sua vida, proporcionarão
um comportamento magro duradouro com resultados saudáveis.

Proponho, por meio do Meu jeito de Emagrecer um plano de ema-


grecimento que respeita você. Isto é, respeita seus gostos, seus hob-
bies, seus horários, seu psicológico, seu círculo social, seu ambiente,
seus trajetos diários, seus anseios, enm, toda sua vida.

Descreverei cada um dos 3 Pilares do Comportamento Magro


fazendo uma ponte com a psicologia alimentar e já me coloco a
responder a pergunta: por que não acredito na força de vontade?
Porque, em si, ela é uma habilidade que precisa ser aprendida e
educada a m de gerar resultados construtivos em sua vida.

Explico-me: imagine uma nascente de água localizada no topo de


uma montanha. Ela começa discreta e fraca, pingo por pingo. Acu-
mula-se pouco a pouco em um determinado fosso, até transbordar
e descer a montanha já com força maior. Com a ação da gravidade
e da inércia, desce em várias direções e tipos de terreno (pedrego-
sos, arenosos, porosos, rígidos) até encontrar um que cede mais à
sua força. Neste terreno mais maleável, a água registra seu sulco
(aprofundamento no solo por onde a água irá correr de maneira
canalizada). Neste sulco a água cava a terra, alarga as margens
e constrói um rio magníco que traz vida a toda a vegetação ao

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seu redor. Assim é a vontade educada. Ela eleva a qualidade de
vida da pessoa que a conquistou. Porém, assim como um rio que
transborda traz inundações e destruição, assim é a vontade que
não foi forjada, educada, cuidada. A pessoa tende a agir desgover-
nadamente em seus mínimos anseios e desejos. E a esta vontade
desgovernada ela chama de “falta de força de vontade”.
A minha intenção é esclarecer para você, estimada leitora, que a
sua vontade é uma habilidade que pode ser, sim, canalizada e edu-
cada por meio de alavancas que facilitam, e muito, a obtenção de
resultados no seu plano de emagrecimento e de superação dos
vícios alimentares.

2.2. Por que não se pode acreditar em força


de vontade para emagrecer?

A força de vontade, em si, não é suciente para conduzir uma


pessoa à transformação pessoal. Ela acaba sendo uma espécie
de armadilha mental, uma motivação passageira, um “pico de
energia ilusório”, que some após curto período.
Acreditar apenas na força de vontade é planejar falhar.

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Quando se deseja fazer uma mudança na saúde para melhor
mas, por vezes, acaba-se por ver as coisas sairem do planejado.
Isto é comum, porém, a primeira coisa que se faz é pôr a culpa
na falta de força de vontade. Essa postura é tragicamente errada
e torna-se viciosa. É errônea porque não mantém a pessoa no
caminho da mudança, sendo um atalho para o reino da fantasia.
O ciclo é decepcionante, porque começa com o compromisso
de mudança, mas é seguido pela inevitável diminuição da moti-
vação, que conduz a pessoa novamente aos maus hábitos que
tanto lhe afligem. Você já deve ter passado por isto: voltado à
estaca zero sem garantir o mínimo de resultado possível.
A m de alterar essa realidade e levar você a uma vida plena e sau -
dável, deve-se considerar que o problema não é somente a falta
de força de vontade. Há diversas situações, pessoas, lugares, tra-
jetos, hobbies e outros elementos que estão desalinhados quanto
ao seu objetivo de emagrecer e de dar m aos vícios alimentares.

É preciso conhecer os pilares do seu comportamento pois, assim,


você pode alterá-los. Esse é o grande segredo das Estratégias de
Excelência e Êxito que abordamos aqui.
Se você cou confuso, tranquilize-se. No decorrer das próximas
linhas, tudo cará claro e você saberá como superar os transtor -
nos alimentares com esse entendimento.

Agora, sim, conheça o Meu jeito de Emagrecer e descubra os 3


pilares do comportamento magro.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 25


3.Os 3 Pilares do
Comptamento Magro

Aspiração e
desejo

Ambiente Prática
-Alavanca Inteligente

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 26


Pilar #1 - Aspiração e Desejo

Neste pilar, convido você a gostar da solução. Provavelmente


você considera chato, enfadonho ou de gosto ruim na boca as
coisas que deve fazer, praticar e ingerir no que se refere a ema-
grecer, certo? Por isso, vez ou outra, é provável que você exclame
frases como “que saco!” ou “não aguento mais fazer isso!”. A so-
lução do seu emagrecimento envolve apreciar, gostar, até mesmo
passar a amar essas coisas. Soa estranho, não é mesmo?

Mas é isso que você deve fazer, caso queira realmente mudar.
Costumo dizer aos meus coachees que todo problema deve ser
encarado de forma positiva, pois são eles que nos dão o caminho
para tornar-nos pessoas melhores. Reflita sobre esta frase: “Toda
dor é por enquanto se encarada apenas como processo”.
A m de tornar prazeroso o processo de emagrecimento, são
úteis as estratégias de Gamifcation, metodologia utilizada hoje
por empresas para motivar, engajar e levar as pessoas a resulta-
dos extraordinários. Traduzindo para o português, Gamication
seria como “transformar em jogo”.
Nesse sentido, no primeiro pilar você deve identicar meios de
transformar o comportamento magro (por exemplo, comer bró-
colis ou subir escadas em vez de utilizar o elevador) em algo
agradável. Para isso, deve utilizar jogos e sua própria estrutura
cerebral, a qual aprecia recompensas e teme perdas.
De maneira geral, quando se está tentando melhorar ou mudar al-
guma coisa em nossas vidas, esquece-se facilmente de usar incen-

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 27


tivos como uma maneira de motivar-se. Esta é uma grande falha.
Frequentemente se esquece que é possível lograr êxito sem um
sistema de recompensas ao longo do processo, mas isso precisa
mudar. Os incentivos podem ser grandes aliados em nosso pla-
no de mudança. Colocando isso em prática, você será capaz de
conseguir as mudanças que tanto deseja, emagrecendo e man-
tendo a saúde. Que tal se premiar por estar agindo correto, mes-
mo que o resultado ainda não tenha aparecido? Quem sabe um
mimo pessoal. Eu falo mais sobre isto neste vídeo aqui.

Pilar #2 – Prática Inteligente

Como a maioria das pessoas, você procura fazer uma mudança


em sua vida, mas acaba “caindo fora” em pouco tempo, decepcio-
nando-se consigo mesmo. Isso acontece porque você não dispõe
ainda de Prática Inteligente. Em outras palavras, não treinou o
suciente para conseguir mudar seus comportamentos alimen -
tares e atividades diárias. Está ainda em um estado “amador”,
inconsciente e “dançando conforme a música”. Por falta de habi-
lidade, as coisas tendem a dar errado.
Consequentemente, você acaba se culpando e abandonando a
tal força de vontade, porque parece a escolha mais lógica no mo-
mento. Isso acontece principalmente nos picos de dor e agonia.
No entanto, quando você analisa o Meu jeito de Emagrecer, percebe
que a maioria das falhas em relação à mudança vem de uma falta
de conhecimento, de uma habilidade ou de uma virtude. Então,

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 28


adquirir habilidades e forjar virtudes em seu caráter relacionadas
ao que você está pretendendo mudar é essencial. Trazendo para
nosso contexto, emagrecer também depende muito de sua habili-
dade, que pode ser conquistada, de lidar com isso.

No curso Meu jeito de Emagrecer: Os 3 Pilares do Comportamento


Magro, explico com bem maiores detalhes e recursos este pilar.

Pilar #3: Ambiente-Alavanca

Círculo Social
Já pensou em como pode ser eciente ter alguém te motivando
a emagrecer?
Segundo uma famosa frase de autoria desconhecida, você é a
média das cinco pessoas com quem mais convive. Eu, particular-
mente, diria que você é a média das pessoas que mais te influen-
ciam. Levando esse aspecto em consideração, quero te convidar
a categorizar seu círculo social em 2 grupos:
• Coniventes
• Alavancas
A regra é simples: transforme “Coniventes” em “Alavancas”, ou
evite-os o quanto for possível.
Coniventes são as pessoas com as quais você convive, e que
te influenciam negativamente (mesmo sem querer). Exemplo: se
você come demais e todos ao redor comem a mesma quantida-
de, você não percebe que já passou dos limites. Se todos têm ex-
cesso de peso, parece normal, anal, todo mundo faz o mesmo.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 29


Por que mudar então?
Muitos Coniventes não querem que você falhe, mas querem
compartilhar suas tentações. Eles estabelecem o que é normal
regularmente para a vida deles e, ao fazê-lo, tornam-se facilitado-
res para os seus maus hábitos, nesse caso, os alimentares.
Os Alavancas são os seus maiores aliados para a mudança. São
as pessoas que mantém você no caminho certo. Neste grupo
Alavancas podemos encontrar pessoas que trabalham para você,
como nos serviços de coaching ou consultoria (professor de edu-
cação física, nutricionista, etc), ajudando-lhe a cumprir seus obje-
tivos para o emagrecimento. Há também colegas e amigos que
fazem elogios e fornecem a motivação de que você precisa para
ser bem sucedido com a eliminação de peso. Eles cam ao seu
redor, estimulando e defendendo você em situações em que os
Coniventes convidam para “beber mais um chopp” ou para agir de
maneira autosabotadora. Alavancas desejam sinceramente que
seu objetivo seja alcançado e que você eleve sua saúde.

Ambiente Físico
Tem sido provado que nosso ambiente tem forte poder de influ-
ência sobre nosso comportamento. Isso acontece geralmente
sem que percebamos. Para usar o ambiente físico a seu favor,
você precisa aprender a controlar o seu espaço (móveis, disposi-
ção de objetos ao seu redor, trajetos diários e outros).
É preciso ter controle sobre seu ambiente se você deseja manter
seu plano de emagrecimento. Pequenas alterações podem pro-
porcionar resultados surpreendentes.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 30


Uma simples alteração no celular de uma das minhas coachees
proporcionou que ela perdesse menos tempo com redes sociais
e tivesse à sua disposição maior quantidade de tempo para cui-
dar dela mesma.
Inclua este pilar em seu plano de comportamento magro. Influen-
cie o ambiente, dê forma a ele. Você deve influenciar o ambiente,
não o contrário.
Esses são os 3 Pilares do Comportamento Magro. Quando você
os dominar, chegará aos seus objetivos com mais facilidade. Se
você deseja emagrecer e vencer a compulsão alimentar, entender
esses princípios é imprescindível. Maiores detalhes sobre estes
pilares você pode encontrar no curso Meu jeito de Emagrecer: Os
3 Pilares do Comportamento Magro.

Jaqueline: a jornada espiritual em busca de uma vida saudável

“Aos 18 anos, fui participar de um retiro espiritual que envolvia


mudanças alimentares. Foi então que tudo mudou? Não, o meu
transtorno alimentar não foi resolvido. Por incrível que pareça,
cou muito pior. Mas eu descobri Deus. Em um retiro, descobri
a Presença, descobri a espiritualidade. Graças a esse problema,
pude descobrir algo muito maior do que estava procurando. Con-
tudo, meu transtorno piorou.
No retiro, passei muito bem, tive experiências realmente incríveis.
Foi transformador em vários aspectos. Emagreci 10 quilos em
21 dias. Mas, ao voltar para a casa, só queria comer. Comi muito.
Voltei do retiro sem comer carne, mas ingeri de tudo, e em muita

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 31


quantidade. Passava os dias comendo e vendo lme. Vomitava e
depois comia mais.
Comprometia-me a jejuar no dia seguinte. Fiz jejuns de até 20 ho-
ras, mas quebrava comendo chocolate. E comia tudo, pensando
que no dia seguinte iria jejuar novamente. Já cheguei a car 1 dia
em jejum, mas depois passava 10 comendo muito. Em um mês
engordei 15 quilos.
Em fevereiro de 2008, fui fazer “Vipassana”, uma técnica maravi-
lhosa de meditação, mas não serviu para eu me controlar na ques-
tão do meu transtorno. Em março de 2008, conheci a “terrapia”
(alimentação viva). Fiz umas 2 aulas, mas saí, pois achava que ia
conseguir viver de luz. Em julho de 2008, fui fazer outro retiro espi-
ritual. Fui para emagrecer, achando que conseguiria. Ledo engano.
Emagreci. Mas dois meses depois, engordei o dobro.
Em 31 de dezembro do mesmo ano, estava novamente no reti-
ro. Achando mais uma vez que alcançaria meu objetivo. Dessa
vez demorei um pouco mais para engordar, porém, quando voltei
para a cidade, comecei a comer muito de novo. Cheguei a então
inventar uma viagem para Praia do Sono, na qual faria alguns je-
juns, mas, como é de se imaginar, voltei a ser vencida.
No nal de 2009, comecei a tomar remédio para emagrecer. Em
dois meses, diminuí cerca de 15 quilos. Sempre fui contra remé-
dios, mas, para emagrecer rápido, abri uma exceção. Passei alguns
anos tomando esses remédios, mas os episódios de compulsão
não sumiram. Com a medicação, meu peso permaneceu variando
de 5 quilos para cima e para baixo. Em 2013, descartei a medica-
ção e consegui manter meu peso variando entre 65 e 68 quilos”.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 32


4. Desvendando como
eliminar a compulsão:
o cérebo trino

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 33


Vamos entender uma coisa: a compulsão alimentar e a bulimia
não são doenças. Parece controverso armar isso depois de toda
a explicação anterior, mas distúrbio não é uma enfermidade em
si. É uma distorção momentânea do organismo. Segundo rela-
tos de pessoas que se recuperaram plenamente da compulsão
alimentar, o fato de descobrirem e de decidirem que eram, sim,
capazes de deixar o descontrole ao comer, fortaleceu-as.
Enquanto eram atribuídas a este ato compulsivo causas como
karma, traumas, infância e outros, sempre havia desculpas racio-
nais para ceder à compulsão mais uma vez. A partir do momento
em que compreenderam a relação entre o cérebro reptiliano, o
pré-frontal e a ferramenta do distanciamento e, claro, colocaram
em prática os depoimentos de superação própria, os resultados
foram quase instantâneos.
A teoria do cérebro trino nasceu dos estudos do neurocientista
Paul MacLean em 1970. Sua pesquisa foi apresentada no início
da década de 1990 no livro The Triune Brain in Evolution: Role
in Paleocerebral Functions. Ele defende o fato de que nós, hu-
manos/primatas, temos o cérebro dividido em três unidades
funcionais diferentes. Cada uma dessas unidades representa um
extrato evolutivo do sistema nervoso. Esse estudo foi utilizado de
maneira prática posteriormente por Jack Trimpey, ex-alcoólatra e
autor de livros de autocura de vícios graves.
Conheça quais são as 3 partes:

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 34


#1. Cérebro Reptiliano

O Cérebro Reptiliano, ou cérebro basal, ou ainda, como o chamou


MacLean, “R-complex”, é formado apenas pela medula espinhal e
pelas porções basais do prosencéfalo. Esse primeiro nível de or-
ganização cerebral é capaz de promover apenas reflexos simples,
o que ocorre em répteis, por isso o nome. A compulsão alimentar
nasce daqui, do cérebro reptiliano. Ele envia mensagens de urgên-
cia de “preciso comer”, “coma, coma, coma”, mas não é capaz de
mover um músculo sequer para você abrir a geladeira. O cérebro
reptiliano precisa da atitude voluntária do cérebro pré-frontal.

#2. Cérebro dos Mamíferos Inferiores

O segundo é o Cérebro dos Mamíferos Inferiores, ou cérebro


emocional, ou “Paleommamalian Brain”. Conta com os núcleos
da base do telencéfalo, responsáveis pela motricidade grosseira.
Nele é formado o sistema límbico, que controla o comportamen-
to emocional, daí o nome Cérebro Emocional. Esse nível de orga-
nização corresponde ao cérebro da maioria dos mamíferos.

#3. Cérebro Racional

O terceiro, conhecido também como neocórtex, é composto pelo


córtex telencefálico. Ele é dividido em lobos, sendo esses:
• Frontal: o mais derivado dos lobos cerebrais, responsável por
executar ações;

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 35


• Parietal: responsável pelas sensações gerais;
• Temporal: responsável pela audição e pelo olfato;
• Occipital: responsável pela visão;
• Insular: responsável pelo paladar e gustação.
O cérebro racional é o que diferencia o homem/primata dos de-
mais tipos de animais. De acordo com Paul MacLean, apenas a
presença do neocórtex é capaz de desenvolver o pensamento abs-
trato e tem capacidade de gerar invenções.
Antes que você ache teórico demais, faço logo a ponte com o que
estamos tratando.
“O pensamento compulsivo de uma pessoa não parte dela. É uma
voz”. Ela pode ter a compulsão. As primeiras partes do cérebro,
o reptiliano e o emocional, podem incentivar o impulso, mas ao
abrir a geladeira ou abrir o pote de doces, o comando é do cérebro
frontal. Isto é, do pensamento racional. Os cérebros primários não
conseguem mover os músculos.
Em outras palavras, apesar de todo o conflito entre seu lado emo-
cional e racional, você tem o controle. Seus comandos da razão
não foram eliminados pela emoção. O que isso signica? Que você
pode, sim, vencer a compulsão e livrar-se do impulso de devorar
coisas que te destroem. Quem diz isso não sou eu, Rafael, mas
Jack Trimpey, autor do livro Rational Recovery: The New Cure for
Substance Addiction. Sua metodologia já livrou muitas pessoas de
disfunções que as levavam ao vício, inclusive os alimentares.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 36


4.1. Como Vencer os Impulsos Alimentares

O cérebro reptiliano é responsável pelo nosso instinto de sobrevi-


vência. Seus padrões de comportamento resumem-se a “sistemas
binários”: fugir ou lutar, matar ou morrer. É um processo duplo,
onde os impulsos primitivos imperam. Rigidez, frieza, territorialis-
mo, agressividade, hierarquia, autoritarismo, controle obsessivo
são algumas características dessa parte do cérebro.

Para você ser bem sucedido no que quer, precisa entender suas ca-
racterísticas e seus mecanismos de ação, começar a desmisticar
algumas questões complexas e obter aquilo que muitos denomi-
nam de insights. Os insights são lampejos que permitem vislum-
brar outras realidades possíveis, iluminando a mente, caminhos
até então desconhecidos, mas que, de repente, trazem inspiração
e a certeza de que possui meios de conquistar seus objetivos. É
ancorar a conança em sua consciência, trazer à tona uma revela -
ção que estava escondida em sua alma. Ao usar os insights com
conança, você começa a acessar os lados mais avançados do
cérebro. Isso leva você a conhecer a si mesmo, ser mais criativo e
conante. Passa a ver a vida de maneira mais leve e intuitiva.

Se você está achando isso ainda complicado, veja nas próximas


linhas um caminho mais fácil para emagrecer sem depender da
força de vontade. Antes, acompanhe o restante da jornada da
Jaqueline:

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 37


Jaqueline: a luz no fm do túnel e o distanciamento

“No ano de 2014 decidi me reeducar no quesito alimentar. Voltei


de mais um retiro decidida a viver de alimentos crus. Ao chegar na
minha cidade, estava com 60 quilos, e queria emagrecer mais. Con-
tinuei com o jejum, mas não aguentei e quebrei os 15 dias de restri-
ção com salgadinhos fritos. Foi totalmente horrível. A comida não
descia. Vomitei, mas depois comi mais um monte de tranqueira.

Até que comi frutas. Me lembro que foi um alivio comer frutas. Por
ter comido muito naquele dia, quei com medo de engordar e me
programei para car mais um tempo em jejum (na cidade). É claro
que não consegui. Mas, ao invés de “engrenar no cru”, comi mais
tranqueiras. Não consegui voltar para a minha vida, pois precisava
jejuar. Larguei meu namorado, falei que precisava car sozinha, pe-
guei a chave da casa de praia dele e fui jejuar.

Nessa jornada, me programei, mas inventava de ir à cidade para co-


mer um monte de tranqueira, anal, eu sempre poderia jejuar no dia
seguinte. Novamente, jejuava até 17 horas, e depois corria à cidade
e me enchia de tranqueira.

Passei o resto do ano todo tentando me abster. Fazendo 2 dias de


jejum e 7 comendo. Sem conseguir voltar para a minha vida. Meu
namoro terminou. Inventei de fazer a prova da Ordem, para poder
ter a desculpa de não ver as pessoas e jejuar. Fiz a minha mãe pagar
um monte de cursos para eu estudar para a prova. Achava que o je-
jum iria me dar concentração. Minha melhor amiga estava viajando
e pedi para car na casa dela. Ela me cedeu seu quarto durante dois
meses. Fui para casa dela achando que lá eu conseguiria car sem

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 38


comer. Fiquei desesperada porque estava engordando. Não tinha
mais dinheiro. Já havia gastado muita grana em retiros e comidas.
Nos meus episódios de compulsão, chegava a gastar 100 reais por
dia. Precisava me isolar em um lugar em que não teria como sair do
jejum. Fiz 10 dias de retiro. Emagreci. Voltei para a cidade.
Mas voltei a comer ao monte. Engordei tudo de novo. Em outubro
de 2014, paguei 2000 reais na pousada de um amigo para tentar
fazer 40 dias de jejum. Não consegui. Resolvi alugar uma casa na
serra, para viver em uma casa com horta, no meio do mato, para eu
poder me alimentar saudavelmente. Nessa casa, z vários dias de
jejum. Mas quebrava sempre com alimentos destrutivos. Em abril
de 2015, percebi que não adiantava viver numa casinha no mato
para me curar, Uma empresa no Rio de Janeiro estava me chaman-
do e voltei para a cidade”.

A Jaqueline continuou seu processo de lutar contra a compulsão


e neste ano (2015) comecei a acompanhá-la. Com o conheci-
mento da psicologia alimentar e aplicação de coisas que esta-
mos tratando neste livro, ela evoluiu bastante. Uma das técni-
cas que trabalhamos e que deu muito resultado na vida dela é o
distanciamento da voz do vício.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 39


Técnica do Distanciamento

Uma disciplina interessante que ela (Jaqueline) contribuiu conos-


co é a informação de que não basta lutar contra a Voz do Vício.
Ela explica que a tentativa de argumentar racionalmente com
essa voz é inútil, porque o cérebro animal não é racional e não vai
ouvir a razão. Você só precisa reconhecê-lo, ignorá-lo, e ele, em
breve, cará em silêncio. Trimpey diz que quando você aprender
a separar-se do cérebro animal e perceber que é você quem está
no controle, os impulsos que o levam à compulsão começarão a
desaparecer, e vencer seu vício para sempre se tornará fácil.

A coisa mais importante que Jaqueline aprendeu foi que tinha


controle total sobre suas ações.
O cérebro humano - a sede da inteligência, razão, linguagem e
responsável pelos movimentos voluntários - é o único capaz de
desenvolver o ato voluntário de ceder à compulsão alimentar.
Essa informação nova, e bastante simples, deu a ela uma sensa-
ção de poder. Ela teve uma nova esperança de que poderia supe-
rar seus impulsos de compulsão alimentar.
Hoje quando pergunto para Jaqueline como está progredindo e
como está contornando os impulsos, ela diz:
“No momento em que vem aquela ânsia por comer, não adianta
car debatendo racionalmente com a voz gulosa. Quanto mais
debater com o cérebro primitivo, quando mais der atenção ao
“devo versus não devo”, mais foco tem o objeto de tentação que é

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 40


a comida, e claro, você vai acabar comendo. O segredo pra vencer
a impulsividade é o distanciamento, apenas observar. É se colo-
car na posição de observador, visualizando o cérebro reptiliano a
agir. Não vale a pena tentar não ter vontade. É inútil”.

Isso é o que a Jaqueline aprendeu e você também pode. Em


suma, a estratégia é colocar-se realmente em posição de espec-
tador e usar o cérebro racional para “olhar” o impulso de longe.
Imaginar como se fosse outro ser, o ser reptiliano dentro de você,
que está te induzindo a ser vencido pelo impulso de comer. Esse
ser, no entanto, é inferior ao ser racional. E então, quando a “pes-
soa racional” se distancia do reptiliano e observa-o friamente de
longe, ele se retira envergonhado. Está aqui o grande segredo!

O que você precisa fazer agora é arranjar formas de se distanciar


do lado emocional primitivo. Não brigue, não discuta, não colo-
que sua força de vontade no ringue. Apenas esteja rme com seu
lado racional, observando o ego. A vontade de comer vai passar.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 41


5. Mais caminhos
para emagrecer

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 42


Acredito que, até aqui, você tenha recebido diversos insights para
começar a emagrecer. Sei que estes escritos são bem diferentes
dos manuais de emagrecimento disponibilizados diariamente no
mercado. Este livro foi feito exatamente com este propósito. Quero
ajudar a mudar sua mentalidade, para que você transforme sua
vida. Não posso te dar apenas o peixe, mas te ensinar a pescar.
Já ouviu dizer que seu destino pode mudar se você mudar sua
mente? Esse ditado é a mais pura verdade. Sua programação
mental é o que determina seu destino. Compartilho aqui ferra-
mentas que poderão tirar você do estado de sofrimento rumo à
zona de transformação. Neste capítulo, especicamente, apre -
sentarei alguns caminhos para ir ainda mais fundo no processo
de emagrecimento a partir da mudança de mente.

5.1. Um pouco mais de realidade

Faço questão de explicar que ainda darei ênfase à compulsão ali-


mentar pelo simples fato de ser a área à qual mais me dedico.
Mas isso não impede de se motivar e adaptar algumas coisas, se
o seu caso for diferente. Existem alguns pensamentos e falas que
o indivíduo que está compulsivo desenvolve:
• “Como de maneira adequada na frente dos outros, mas che-
go em casa e como muito quando estou sozinho”.
• “Não tenho controle. Vou abrir a geladeira e comer (não importa a
hora do dia), mesmo que eu já tenha acabado de me alimentar”.
• “Sei que minha família irá sair, por isso, vou inventar uma des-

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 43


culpa e car em casa para comer”.

• “Estou com vergonha de mim mesmo por fazer isso, sei que
é errado enquanto estou comendo, mesmo assim continuo.
A comida está controlando minha vida”.
Separei outro depoimento real de outra pessoa que acompanho,
a Flávia (nome alterado por privacidade), também tratando a
compulsão. Tome-o como exemplo e use-o para motivar-se a
vencer a compulsão. Veja o quão desesperador é seu relato:
“Passo os dias sozinha no trabalho, 9 horas diárias em frente a
um computador, então me refugio na comida… Quando chego
em casa à noite é sempre a mesma história: chego a comer um
pacote inteiro de côco, mais 4 ou 5 frutas, mais 1 ou 2 abacates.
Detalhe: tudo depois do jantar. Quando não é a panela inteira de
almoço que tinha cozinhado para a semana toda.

Nesta altura eu penso: Ora bolas, já passei por tantas coisas no


último ano, mereço no mínimo comer o que quero. Por alguns ins-
tantes me vêm pensamentos e técnicas que poderia fazer como
respirar e pensar antes de agir, mas logo decido: Ahhh! Quero lá
saber disso? Já tenho coisas sucientes na minha vida para pen -
sar, então vou comer!
Depois co muito mal disposta, mal consigo respirar, mal consi -
go me sentar e, por vezes, me vem o sentimento de culpa, raiva
e tristeza. Mais uma vez falhei… Amanhã é outro dia e vou me
portar bem. Hoje já estraguei tudo, vou ver se na dispensa ainda
há chocolate”.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 44


Culpa, raiva, tristeza... Essas são as consequências de ser ven-
cido pelo vício alimentar. Lembra-se da história da força de von-
tade? Então, a Flávia a usa por diversos momentos do dia, mas
quando a motivação diminui, ela volta a se entregar. O que ela
precisa fazer e, dependendo do seu caso, você também, é come-
çar a transformar seu ambiente, a buscar ajuda de aliados, de-
senvolver habilidades pessoais... Enm, dominando os 3 pilares,
começará a ver mudanças gradativas. Para animar ainda mais,
proponho um exercício prático agora para que a mudança de vida
não seja adiada.

5.2. Dica prática para começar a mudar


hábitos alimentares destrutivos

Frequentemente escuto duas perguntas comuns feitas por várias


pessoas diferentes, mas com diculdades alimentares comuns.

– Rafael, como parar de comer doces?

– Rafael, como controlar a compulsão alimentar?

Tenho uma disciplina prática, simples e poderosa para controlar


a vontade irresistível de ingerir alimentos fora de hora e de forma
exagerada. Ela serve para todos que desejam saber como parar de
comer doces e fritura, por exemplo, e será útil para você que deseja
emagrecer sem ser vítima de si mesmo. Qual seria?
“Você não precisa comer seus erros.”

Confundiu as coisas aí em sua mente? Faço questão de explicar.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 45


Quando uma pessoa lhe oferece algum alimento, geralmente você
tende a aceitar porque seu organismo está se deliciando de forma
precoce e, pela sua imaginação, sua mente processa o sabor antes
de a coisa chegar à sua boca. Outra grande armadilha é não recu-
sar por pensar no desperdício, nas pessoas que passam fome, que
vai car chato se você não aceitar, enm, passam em sua mente
diversos tipos de pensamentos que levam ao sim.
Mas o segredo aqui é você é dizer não, anal, você sabe que irá lhe
fazer mal. Aceitar esse tipo de oferta só fará com que você falhe mais
uma vez e dê continuidade inconscientemente ao sofrimento do qual
você tanto quer se livrar. Diga não, mesmo contra sua vontade!

Crie novas sinapses em seu cérebro, experimente praticar com


consistência novas atitudes.
Outra dica prática é: antes de fazer seu prato de almoço, janta ou
sobremesa, desenhar mentalmente no prato um círculo menor que
a borda. A comida não deve ultrapassar este círculo desenhado.
Alguns pesquisadores realizaram um estudo, formando 2 grupos
de crianças para servirem-se de macarronada. O primeiro grupo
recebeu pratos do tamanho comum, desses residenciais. Todas as
crianças encheram o prato e após alimentarem-se, alegaram estar
fartas e não desejaram comer mais. No segundo, as crianças re-
ceberam pratos descartáveis de sobremesa, daqueles pequenos.
Todas também encheram o prato e após a refeição disseram que
estavam fartas. Interessante, não é? Então que sabendo que o
tamanho do prato altera a percepção humana de saciedade.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 46


5.3. Enxergue a difculdade como caminho
para o sucesso

Em certa ocasião, uma pessoa chegou até mim e disse: “Ah, é


muito fácil falar de saúde e do peso ideal, mas você não sabe as
diculdades que passo com meu excesso de peso”. Ela armou
veementemente que eu sempre tive saúde e por isso não enten-
deria as pessoas que possuem diculdades como a obesidade.
Foi quando contei para ela minha história, relatando todo o sofri-
mento que compartilhei com você no início desse livro.
“Um erro é a coisa mais valiosa que se pode fazer. Não se apren-
de nada sendo perfeito”. – Adam Osborne.
É preciso saber que, se uma pessoa está em uma situação difícil,
está, na verdade, tendo a oportunidade de se tornar uma pessoa
extraordinária. Por isso digo com ênfase, sem demagogia: eu não
trocaria de jeito nenhum as diculdades pelas quais passei por
alguma experiência de “vida fácil”.
Asseguro-lhe que sei o que é ter vergonha de si mesmo, questio-
nar-se “por quanto tempo mais vai ser assim?”, ter insatisfação
com a autoimagem, insatisfação com seu reflexo no espelho,
sentimento de incapacidade, sentimento de que as outras pesso-
as são melhores, sentimento de que “nunca vai dar certo”. Acre-
dite, pois todos esses sentimentos, questionamentos, frases de
revolta e dor eu já tive.
Justamente por isso, sei o valor e o mérito de cada grama cor-
poral no lugar, cada centímetro do rosto recuperado, cada movi-
mento corporal possível, cada projeto concluído, cada processo

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 47


de desintoxicação bem realizado, cada bom sentimento sobre si
mesmo. Eu não poderia ter sido forjado como um vencedor, um
ser humano bem resolvido, satisfeito
satisfeito comigo mesmo, com saúde
de ferro (física, emocional e mentalmente) sem estas quase três
décadas de luta e dedicação à minha própria saúde.
Não poderia ter um profundo entendimento sobre o que são pro-
blemas com o próprio peso, com a comida, com o movimento do
próprio corpo, com a autoestima, com a autoaceitação, se não
fosse minha história. Não dou lugar ao “coitadi
“coitadismo”,
smo”, à comisera-
ção, mas enxergo essas diculdades como condição temporária,
como um processo a ser vencido, conquistado, dominado!
“Ah, Rafael, é tudo muito lindo, muito fácil de falar, mas como real-
mente eu posso sair dessa? Como posso vencer o excesso de peso e
ser uma pessoa mais feliz?”

Você pode pensar. O que já expus neste livro já lhe dá o caminho


de uma vida melhor, mas ainda tem mais para você nas próximas
páginas.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 48


6. Exercícios para
emagrecer sem
depender da fça de
vontade

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 49


Agora que você já conheceu os principais transtornos, já enten-
deu os 3 Pilares, já compartilhou de dores reais, vou expor mais
uma série de exercícios práticos para você começar a dominar sua
mente e livrar-se dos vícios alimentares e alcançar suas metas.

6.1. Preparando-se para mudar seu cérebro

Você não precisa de uma longa preparação para mudar sua for-
ma de pensar. Pode começar imediatamente a resolver qualquer
um dos seus problemas alimentares. Você tem o poder de parar
agora de se autodestruir com a comida.

Os exercícios de preparação a seguir visam ajudar você a con-


centrar-se em seu comportamento e no problema com a comi-
da, compreendendo as causas e denindo o foco no objetivo de
recuperação.

Descreva seus problemas

Falar apenas de compulsão alimentar é subjetivo. É preciso en-


xergar com mais clareza qual o comportamento que você desen-
volve diante da comida. Para algumas pessoas, o exagero com
a comida é de uma forma mas, para outros, pode exigir algum
pensamento mais profundo.
profundo. Mesmo que você já tenha uma ima-
gem clara do que você considera inadequação alimentar, é bom
responder às questões para ajudar-lhe com seu objetivo.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 50


Vamos agora às perguntas para melhorar sua capacidade de luta
contra o que você enfrenta nesse momento!

Quais são os comportamentos especícos que você, pessoalmen -


te, classica como compulsão alimentar ou exagero com a comida?

O que você pensa e sente antes de começar a comer de forma exa-


gerada? Descreva essa experiência.

Quanto e que tipo de comida você costuma comer durante esses


momentos de exagero?

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 51


As respostas para essas questões que acabei de apresentar irão
ajudá-lo a obter uma imagem clara de sua compulsão alimentar,
como ela se apresenta em sua vida. Bem, penso que pode ser a
primeira vez que você esteja lendo sobre a compulsão alimentar
e, de repente, passe pela sua cabeça que não é esse o seu proble-
ma, o que é válido. De qualquer forma, decidi apresentar mais al-
guns dados para mostrar que o problema é de fato mais comum
do que imaginamos, até na vida de quem não está obeso.

6.2. Sua intuição é precisa

Pode acreditar: em muitos casos, mais importante do que os cri-


térios diagnósticos, é como você enxerga e se sente diante de um
exagero. Existe uma mentalidade inconfundível em sua maneira
de comer, e você geralmente sabe em um nível intuitivo o que é
um exagero com a comida. O sentimento de falta de controle é
quase sempre presente, mas pode haver outros sentimentos que
acompanham essa compulsão.

Reserve um tempo agora para começar a pensar de forma intui-


tiva nos sentimentos que lhe acometem quando você come de
forma compulsiva.Faça isso, mas não se prolongue demais na
identicação desses sentimentos, pois a ideia é relacionar o que
é óbvio e que está interferindo na sua vida no que diz respeito ao
ganho de peso.
Aprender a não exagerar na denição de seus exageros não signi -
ca que você estará ignorando os outros hábitos alimentares que

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 52


você gostaria de melhorar. Signica apenas que você está colo -
cando os principais pontos de sua compulsão em primeiro lugar.
O objetivo disso é que você se sinta pronto para enfrentar outro
desao com a comida, ou outra área que considera exagero.

Emagrecer com a mudança de mente, sem depender da arma-


dilha da força de vontade, irá liberar uma grande quantidade de
energia física, mental e emocional, que você pode colocar em uso
para superar quaisquer problemas, alimentares ou não, que pos-
sam surgir no futuro.
Você pode até fazer uma anotação à parte em outro momento
sobre quais os hábitos que você gostaria de melhorar depois,
mas agora concentre-se no que sua intuição mostrou sobre seus
momentos de angústia com a comida e foque em vencer a com-
pulsão alimentar.

6.3. Por que você deseja parar?

É óbvio que, para vencer a compulsão alimentar, você precisa


querer. Use a tabela a seguir para listar os benefícios e os custos
de superar esse problema. Lembre-se que estas são as suas pró-
prias razões pessoais. Não liste os benefícios e custos que você
acha que “deveria” ter.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 53


Benefícios de vencer a Benefícios de continuar a
compulsão alimentar comer compulsivamente

Custos de parar com a Custos de continuar com a


compulsão alimentar compulsão alimentar

Com base no gráco acima e em sua intuição, seguem mais al -


gumas perguntas para denir por que você quer vencer a compul -
são, emagrecer, perder peso, etc.

Por que você desejaria manter a compulsão alimentar?

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 54


Por que você quer parar de comer de maneira exagerada?

Óbvio que ao manter sua atenção na mudança, inevitavelmente


surgirão hesitações. Isto é normal. É normal que você às vezes per-
ceba que tenha boas razões para continuar com o comportamento
problemático e exagerado, e que continue engordando, mas isso
não precisa impedir sua recuperação. Mesmo nestas horas, se es-
force para que o racional prevaleça.

É bom parar para refletir sobre sua “dupla vontade”, mas quanto
mais você se concentrar sobre os malefícios de ter uma vida com-
pulsiva, menos seu cérebro vai lembrá-lo dos benefícios de conti-
nuar comendo de maneira desgovernada. Você vai logo descobrir
que o que vê como os benefícios da compulsão alimentar são ape-
nas as mensagens do cérebro distorcido que devem ser ignoradas.
Mas lembre-se, na hora da urgência por comer, não discuta com
a Voz do Vício. Identique-a como não sendo sua, observe-a, dis -
traia-se com outra atividade que exija sua atenção e concentração

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7. Como emagrecer
de vez e dar m
ao sofrimento?

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 56


Caminhamos para o m desse material, e sei que algumas ques -
tões podem ainda estar sobressaindo. Não se preocupe, pois o que
você fez, na verdade, foi dar início a uma vida de mudança com
este livro. Pode ser que ele já tenha oferecido toda a base para
vencer a compulsão e emagrecer, mas pode ser também que te-
nha servido como start para sua transformação. O que fazer nesse
caso? Buscar mais. É hora de mergulhar mais fundo nesse mar de
conhecimento e chegar ao nível da mudança total nesta área.

Talvez você ainda esteja curioso sobre como eu consegui vencer


aquilo tudo que relatei no início e durante este livro. Que bom, pois
vou mostrar a você exatamente o que me levou ao sucesso com a
saúde. Primeiramente, decidi curar minha vida, não me contentar
com estar “mais ou menos”. Isso me deu um bom senso de mis-
são, um forte motivo! Em seguida, recheei este motivo com esfor-
ço e estudo de mim mesmo.
Após isso, usei cada tentativa como modo de aperfeiçoamento
rumo à minha cura pessoal, interna e, consequentemente, externa.
Mesmo com os diversos tropeços que cometi, entendi que as fa-
lhas são degraus. O que você precisa fazer é continuar subindo
a escada. Seus erros não podem ser lama na qual você permane-
ça afundando-se, mas estímulos para livrar-se deles o mais rápido
possível. Utilize cada falha, etapa e passo como avanço rumo à
sua cura!
Quando a situação disser que a comida é mais forte e que você
continuará acima do peso, pense nisto: nenhum protagonista de
uma história inspiradora vive uma vida fácil. O que é preciso é

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 57


vencer as diculdades, superá-las. As diculdades, obstáculos,
frustrações e todas as coisas que saem erradas formam justa -
mente os ingredientes perfeitos de uma narrativa inspiradora de
superação e vitória. Desejar vencer por ausência de obstáculos é
como desejar vencer por W.O.

De tudo o que já foi exposto, guarde especialmente isto: o fato de


poder se distanciar do lado reptiliano do seu cérebro. Comece a
olhá-lo como um ser inferior. Todas as vezes que ele quiser fazer
você se afundar na gordura, ingerir porcarias, doces em excesso,
enm, tudo aquilo que você sabe que será prejudicial, respire fun -
do, interrompa a atividade motora de abrir a geladeira, de abrir o
pacotinho, de mastigar... e traga à tona o lado racional do seu cé-
rebro por meio de uma atividade que exija sua atenção e concen-
tração. Exercite deixar o reptiliano “no vácuo” e coloque-se como
senhor de suas vontades.

E qual o relato da Jaqueline para você, muito estimado(a)


leitor(a)?

“Este recado é para você que também é acompanhada pelo Rafa-


el Berard e pode estar achando que já tentou muita coisa, talvez
desestimulada e achando que não consegue fazer estas mudan-
ças que tanto almeja. A minha fala é para te estimular. Se eu con-
seguir estimular pelo menos uma pessoa, já vai ter valido!
Há 14 anos eu tinha uma questão muito delicada com a comida,
um transtorno alimentar que me tomava muito tempo chamado
bulimia. Minha vida era totalmente regida por esse transtorno.

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 58


Tudo o que eu fazia era pra me livrar disso, já z um pouco de
análise, mas fui reticente, enm, z muita coisa. Nada adiantava.
Mesmo assim eu continuava tentando, mas descrente, achando
que eu ia ser assim pra sempre.

Muito, muito, muito difícil. Eu não conseguia trabalhar direito, eu


não conseguia cuidar dos meus relacionamentos, nem da minha
família. Chegava a abandonar tudo pra tentar resolver esta his-
tória e eu ia pra tudo quanto era lugar. Viajava, fazia retiro e ti-
nha uma inquietação interna muito grande. Um ‘não controle’ por
mim própria me deixava desesperada.
Até que eu comecei a ser acompanhada pelo Rafael. Confes-
so que quei um pouco resistente. Pensava: ‘ah tá, será que vai
adiantar? Nada adianta mesmo.’ Sabe?
Só que ao mesmo tempo eu fui… ‘tá, vamos lá, né?’ E não fui só
eu. O Rafael é um cara que é muito dedicado. Volta e meia, se eu
não mantinha o contato, ele vinha atrás. E ele viu que o meu caso
era diferente, eu tinha uma bulimia.

E me mandava mensagens não importava o horário, me passava


tarefas e utilizou uma metodologia que comigo funcionou muito.
E eu descobri que eu tinha um mau hábito, e esse hábito era per-
feitamente possível de mudar.

Por mais que meus impulsos estejam em um sentido, eu come-


cei a senti-los sem me identicar com eles. Aos poucos, a gente
vai se transformando e vai cando cada vez mais fácil.

Ao introduzir coisas novas na vida, nós temos esta benção de

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 59


poder mudar o que quiser. Sou muito agradecida por esta trans-
formação. Ainda estou no começo só que sabe quando você vê
que não tem mais como voltar pra pessoa que você era?

Não tem como, é aquele start! Eu sou muito agradecida! Hoje em


dia a sensação que tenho é que posso estar em qualquer lugar
e que tenho uma liberdade. Uma liberdade interna de poder me
controlar, controlar meus impulsos e meus desejos para o que eu
acredito, para a transformação que eu quero. Isto é uma liberta-
ção muito grande.”

Emagreça Sem Depender Da Força De Vontade | E Vença a Compulsão Alimen tar 60


Mais Sobre o Autor

Rafael Berard é Coach Transformacional de Saúde, empreende-


dor, autor e palestrante. Tendo superado uma vida repleta de pro-
blemas de saúde e autoestima, deixou de apenas existir para re-
almente viver. Hoje ajuda as pessoas a encontrarem o caminho
da cura, eliminarem pensamentos e comportamentos autolimi-
tantes e a viverem uma vida mais realizada e cheia de energia e
resultados. Seus livros, palestras, eventos e cursos já receberam
depoimentos de pessoas residentes no Japão, Suécia, Itália, Gré-
cia, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil.

Conra agora alguns depoimentos de pessoas que de alguma


forma foram ajudadas pelo trabalho de Rafael:

“Antes de começarmos o coach, eu não falava muito. Era uma


coisa muito ruim. Em qualquer situação de me expor, a única pre-
ocupação era falar umas palavrinhas e pronto. Não conseguia
passar para as pessoas o que eu queria. Por causa do medo, ti-
nha este bloqueio e falava o mínimo. Quando viajava, tinha receio
de perguntar qualquer coisa para o guia turístico e desfrutava
menos dos passeios.
Após dois meses de Coach, me sinto mais à vontade, mais sol-
ta, estou ótima. Consigo expressar mais meu sentimento, minha
ideia. Nesta ultima viagem que z para Machu Picchu eu estava

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solta, o que eu precisei perguntar, consegui. Avancei! Por estar
mais solta e mais aberta, as perguntas e as ideias fluíram melhor.
Eu tenho notado que as palavras fluem mais naturalmente. Agora
eu consigo passar para frente o que eu penso, e isto é muito bom ”
- Lúcia Ikuno

“Muito obrigada! Nossa, cheguei a pensar que pessoas como


você estavam extintas nesse mundo. Pessoas que estão sem-
pre dispostas a ajudar e tão acolhedoras. Você sim ama o
que faz, e sua ajuda é a maior prova disso. Muito obrigada! “
- Claryssa Passos

“Rafael, seus ensinamentos são imensamente valiosos nessa


luta constante pra tentar nos manter saudáveis. Muito obrigada!!
Você nos faz entender de forma tão simples que os monstros que
tememos são, na verdade, só uma sombra sem poder algum, por
isso, podemos sempre vencer. Deus te abençoe pra que continue

esse trabalho tão maravilhoso! - Suzi Valéria Macedo dos Anjos

“Obrigada Rafael, por me aceitar no grupo, estou realmente deci-


dida a mudar de vida. E sei que aqui encontrarei ajuda para fazê
-la. Amei sua palestra, foi muito importante para minha mudança.

Um grande abraço . - Jane Abreu

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