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Nos
úl'mos
dez
anos,
os
meios
de
comunicação
passaram
por
uma
revolução
sem
precedentes
na
história
do
mundo
que,
geralmente
está
acostumado
a
reviravoltas
periódicas.
As
mudanças
mais
representa'vas
na
área
de
comunicação
foram
sem
sombra
de
dúvidas
as
pinturas
rupestres
dos
tempos
das
cavernas,
que
já
anunciavam
alguma
forma,
mesmo
que
apenas
pictórica,
do
homem
se
fazer
entender,
passando
pelo
aparecimento
da
'pografia
onde
a
mecanicidade
passa
a
ser
empregada
à
produção
de
jornais
já
na
época
da
Revolução
Francesa
e
mais
próximo
deste
século
o
surgimento
da
internet
que
possibilitou
ao
homem
o
contato
globalizado
com
tudo
que
o
mundo
anuncia.
No
início,
havia
o
predomínio
do
rádio
e
da
TV,
meios
de
comunicação
de
massa
por
excelência.
Passado
algum
tempo,
a
comunicação
passou
a
focar
a
segmentação,
devido
ao
crescimento
constante
do
número
de
revistas
criadas
visando
determinados
públicos
leitores.
Recentemente,
com
o
aparecimento
desse
meio
fantás'co
chamado
internet,
a
comunicação
fragmentou-‐se
em
milhares
de
domínios,
permi'ndo
assim
a'ngir
e
interligar
um
número
ilimitado
de
pessoas
ao
redor
da
Terra.
Diante
desse
universo
impressionante,
como
deve
atuar
um
profissional
de
mídia,
que
busca
do
sucesso
em
sua
campanha
publicitária?
Este
profissional
deve
ser
antes
de
mais
nada
um
especialista
em
comunicação
e
buscar
conhecer
as
caracterís'cas
de
cada
um
dos
meios
disponíveis,
para
assim
aproveitar
o
que
cada
um
possui
de
melhor
para
a
veiculação
de
uma
mensagem
além
é
claro
de
levar
em
conta,
não
só
a
verba
disponível,
como
também
as
necessidades
do
cliente,
para
que
seja
possível
montar
o
mix
mais
adequado
e
eficaz
para
atender
aos
obje'vos
de
marke'ng
e
de
comunicação
do
produto.
PLANO DE MÍDIA
A
a'vidade
que
envolve
o
profissional
de
mídia
deve
ser
pautada
em
algumas
perguntas
básicas
que
permitem
viabilizar
a
veiculação
de
peças
de
uma
campanha
publicitária.
• O
quê?
• Por
quê?
• Como?
• Onde?
• Quanto?
É
o
momento
de
elaboração
de
um
plano,
conforme
a
verba
disponível,
para
atender
aos
obje'vos
de
comunicação
e
de
marke'ng.
É
um
processo
de
estruturação
de
idéias
e
de
tomadas
de
decisões,
como
veremos
mais
adiante,
de
acordo
com
um
roteiro
e
um
método
predeterminados.
E
por
que
planejamento?
Porque
cada
vez
mais
a
situação
vem
exigindo,
do
profissional
de
mídia,
talento
e
cria'vidade
para
atender
adequadamente
às
exigências
de
um
mercado
que
se
torna
cada
vez
mais
sofis'cado
e
complexo
com
a
entrada
de
novas
culturas
empresariais
e
das
revolucionárias
tecnologias.
Passa-‐se
por
uma
revolução
qualita'va
e
quan'ta'va
do
mercado
consumidor:
do
an'go
fabricante
com
oferta
limitada,
surgiu
o
atacadista
com
grande
força
de
distribuição,
culminando
no
varejo
com
extensa
rede
de
lojas
e
com
enorme
variedade
de
produtos.
Por
outro
lado,
o
consumidor
torna-‐se
cada
vez
mais
exigente
e
infiel
às
marcas.
PLANO
DE
MÍDIA
É
o
documento
que
contempla
de
maneira
organizada
todas
as
análises
de
dados
e
as
recomendações
para
se
a'ngirem
as
metas
da
campanha.
Plano
de
Mídia
está
para
a
mídia
assim
como
a
peça
publicitária
está
para
a
criação.
Tal
relação
até
pode
parece
óbvia
para
alguns,
mas
para
os
iniciantes
na
área
de
mídia
ou
que
estão
há
pouco
tempo
nesta
a'vidade,
é
importante
o
entendimento,
para
que
isso
possa
ajudar
a
construir
uma
correta
e
consistente
carreira
publicitária.
Para
melhor
compreensão:
Quando
produz
uma
peça
de
TV,
por
exemplo,
o
profissional
de
criação
u'liza
toda
a
sua
sensibilidade
para
criar
um
comercial
que
possa
transmi'r,
de
forma
emocionante
e
persuasiva,
os
aspectos
diferenciais
e
relevantes
de
um
produto
ou
serviço;
Em
um
Plano
de
Mídia,
o
profissional
desta
área
põe
em
prá'ca
todo
seu
conhecimento
estratégico
visando
planejar
a
melhor
forma
de
veiculação
deste
comercial
de
TV,
de
modo
que
a'nja
a
maior
quan'dade
possível
do
público-‐alvo
visado
e
com
a
intensidade
necessária.
Um
ponto
em
comum
nas
a'vidades
desses
dois
profissionais
é
justamente
o
talento
para
desenvolver
um
trabalho
que
inevitavelmente
leva
sua
assinatura,
assim
como
um
ar'sta
que
reproduz
sua
obra,
ou
o
músico
que
compõe
uma
canção.
PLANEJAMENTO DE MÍDIA
O
Planejamento
de
Mídia
está
dividido
em
três
fases,
a
saber:
obje'vo,
estratégia
e
tá'ca.
O
modelo
que
será
apresentado
aqui
é
básico
e
atende
à
maioria
dos
anunciantes.
Para
a
construção
do
Plano
de
Mídia
é
necessário
dispor
das
seguintes
informações:
A) Briefing
de
mídia:
B) Dados
de
pesquisa
de
mídia;
C)
Propostas,
projetos
e
tabelas
de
preços
e
informações
atualizadas
sobre
os
veículos
que
poderão
ser
recomendados
no
plano.
O
profissional
de
mídia
só
deve
começar
a
preparação
do
plano
após
ter
em
mãos
o
briefing,
assim
como
acontece
com
a
criação,
pois
sem
um
mínimo
de
informações
sobre
o
produto
e
o
mercado
é
impossível
fazer
qualquer
'po
de
recomendação.
Aí
si,
após
o
recebimento
e
coleta
destes
dados,
dá-‐se
início
ao
planejamento
de
mídia.
Roteiro
do
plano
de
mídia
1. Público
Alvo:
Este
ítem
é
vital
para
todo
o
bom
andamento
do
processo
de
uma
campanha
publicitária.
Além
do
público
informado
pelo
cliente,
é
preciso
a
confirmação
deste,
através
da
pesquisa
de
mercado
desenvolvida
pela
agência.
Hoje
em
dia,
não
devemos
levar
em
conta
somente
o
público
demográfco,
aquele
composto
por
dados
como
sexo,
classe
social
e
faixa
etária.
É
preciso
também
que
se
leve
em
conta
outros
'pos
de
informações
chamadas
psicográficas,
tais
como
estado
civil,
hábitos
e
a'tudes
e
até
mesmo
religião,
pois
estes
podem
ser
fatores
importanassimos
para
atributos
do
produto.
Exemplo:
Embalagem
individual
para
congelados
com
foco
em
pessoas
que
moram
sozinhas
ou
jovens
casais,
ou
então
então
comidas
com
ausência
de
carne
suína
para
os
seguidores
da
religião
judaica.
ROTEIRO DE MÍDIA
2.
Geografia:
Deve-‐se
informar
neste
tópico,
quais
os
mercados
prioritários
atuais
da
empresa
e
mais
especificamente
do
produto/serviço
em
questão.
É
nesse
momento
que
é
preciso
apontar
também
se
o
mercado
apresenta
alguma
peculiaridade
que
mereça
destaque.
Qual
a
situação
de
vendas
da
categoria
–
está
estável,
crescendo
ou
caindo?
Esse
dado
pode
ser
em
valores
e/ou
em
quan'dades;
Quais
os
dados
de
vendas,
distribuição
e
preços
pra'cados
pela
empresa
e
da
concorrência?
Além
disso,
é
necessário
fazer
o
levantamento
do
índice
de
Desenvolvimento
da
Marca
(Brand
Development
Index
–
BDI)
e
o
índice
de
Desenvolvimento
da
Categoria
(Category
Development
Index
–
CDI),
para
isso
é
necessário
que
se
tenha
em
mãos
a
quan'dade
do
público
que
se
busca
a'ngir
com
base
nos
dados
do
IBGE
(Censo
2010)
e
os
dados
de
faturamento
da
marcae
da
categoria.
Em
caso
de
dúvida,
recomenda-‐se
a
consulta
do
capítulo
BDI/CDI
do
livro
“Mídia
de
A
a
Z”
de
José
Carlos
Veronezzi
com
exemplares
disponíveis
na
Biblioteca
da
Universidade.
Este
levantamento
é
vital,
pois
será
a
par'r
dele
que
serão
decididos
os
mercados
a
serem
trabalhados,
bem
como
a
ênfase
dada
a
cada
um
deles
(manutenção
ou
esforço).
3.
Concorrência:
Neste
tópido
devem
estar
descritos
os
dados
sobre
as
ações
de
comunicação
realizadas
pela
concorrência,
que
vão
desde
o
levantamento
de
em
quais
meios
e
veículos
u'lizam
em
campanhas
até
espaços
on
line
como
fan
pages
no
Facebook,
Brand
Channels
no
Youtube,
etc.,
todos
com
a
devida
análise
do
grupo
em
relação
a
praça
e
período
de
veiculação,
sazonalidade
(ou
seja
períodos
de
maior
e
menor
consumo),
verba
u'lizada
pelo
concorrente,
bem
como
se
há
intera'vidade
com
os
consumidores
e
se
há
movimentação
e
atualização
dos
canais
u'lizados
para
este
contato.
ROTEIRO DE MÍDIA
A
análise
do
gráfico
e
dos
dados
por
ele
fornecidos
serão
vitais
na
avaliação
de
quais
os
meios
mais
indicados
para
a'ngir
mais
adequadamente
ao
cliente,
com
efe'vidade
e
rentabilizando
a
verba
por
ele
disponibilizada
para
a
campanha.
É
com
base
nisso
que
o
próximo
tópico
será
feito.
ROTEIRO DE MÍDIA
5.
Meios
Recomendados
Neste
momento,
através
da
análise
do
SISEM
e
já
com
a
verba
total
de
campanha
definida
e
em
especial
o
percentual
(%)
que
será
des'nado
para
a
mídia,
que
será
o
departamento
responsável
pelas
compras
de
espaços
comerciais
para
veiculação,
a
agência
deverá
informar
quais
os
meios
recomendados
por
ela,
defendendo
e
argumentando
sobre
estas
escolhas,
sem
esquecer
de
u'lizar
para
isso
dados
numéricos
ou
não,
tais
como:
caracterís'ca
do
meio,
necessidade
e
adequação
do
cliente,
verba
disponível,
etc…
Caso
a
recomendação
contemple
mais
de
um
meio,
deve-‐se
iden'ficar
a
função
de
cada
um
deles:
a) Básico
-‐
Meio
único
ou
principal
da
campanha.
É
aquele
que
atende
quase
que
plenamente
ao
obje'vo
de
mídia.
• Frequência
média:
Significa
determinar
quantas
vezes
em
média
o
público-‐alvo
deverá
estar
exposto
à
mensagem
ou
à
programação.
• Con9nuidade:
Significa
distribuir
o
esforço
durante
o
ano
ou
no
período
de
veiculação.
Temos
três
formas
de
trabalhar
a
con'nuidade:
a)
linear:
distribuição
do
esforço
em
pelo
menos
nove
flights
no
ano;
b)
onda:
distribuição
do
esforço
em
dois
momentos
no
ano,
sendo
três
flights
no
primeiro
semestre
e
outros
três
flights
no
segundo
semestre;
c)
concentrada:
por
mo'vo
de
consumo
sazonal
ou
para
dar
maior
impacto
à
campanha,
o
esforço
é
concentrado
em
três
flights
num
único
momento
do
ano.
A
verba
desempenha
papel
importante
na
decisão
sobre
como
se
pretende
trabalhar
as
três
variáveis,
o
que
evidencia
o
talento
do
profissional
de
mídia
em
lidar
com
as
várias
combinações
possíveis.
E
cada
combinação
apresenta
um
resultado
diferente.
Por
exemplo:
Alterna'va
A
Alto
alcance,
média
freqüência
e
con'nuidade
em
onda.
Alterna'va
B
Médio
alcance,
alta
freqüência
e
con'nuidade
em
onda.
Alterna'va
C
Alto
alcance,
alta
freqüência
e
con'nuidade
concentrada.
ROTEIRO DE MÍDIA
10.
Estratégias
de
Mídia
Definidos
os
meios,
o
próximo
passo
é
definir
quais
serão
os
veículos
(ou
seja
as
empresas)
que
irão
par'cipar
do
planejamento.
Por
exemplo,
se
o
meio
recomendado
pela
agência
foi
a
TV
aberta,
nesse
ítem
deverão
definir
quais
emissoras
farão
parte
da
campanha,
se
Rede
Globo,
Rede
Record,
etc…
Para
que
seja
possível
tal
escolha,
inicia-‐se
nesse
momento
um
processo
vital
de
garimpo
junto
aos
sites
e
departamentos
comerciais
destes
veículos,
que
fornecem
informações
importantes
para
a
seleção
e
defesa
de
mídia
tais
como:
perfil
de
leitores
ou
telespectadores,
formatos
disponíveis,
circulação,
preços,
projetos
especiais
entre
outros.
Essas
informações
no
geral
são
encontradas
nos
sites
dos
próprios
veículos,
geralmente
ao
final
da
página
com
os
nomes:
anuncie
conosco,
departamento
comercial,
mídia
kit
ou
publicidade.
As
empresas
acabam
por
liberar
documentos
em
pdf,
denominados
mídia
ou
media
kit
contendo
seus
melhores
dados
e
informando
sobre
o
conteúdo
que
trabalham
com
uma
linguagem
bastante
persuasiva.
Portanto,
cabe
ao
grupo
analisar
todos
os
dados
e
fazer
as
melhores
escolhas
de
acordo
com
a
necessidade
do
cliente.
Exemplo:
Não
adianta
selecionar
uma
rádio
que
o
preço
seja
atra'vo,
se
está
não
possuir
um
percentual
relevante
do
público
alvo
e
se
o
seu
conteúdo
também
for
condizente
com
o
posicionamento
do
produto/serviço
ou
marca.
11.
Tá9ca
de
Mídia
Este
ítem
contempla
justamente
a
descrição
de
como
serão
explorados
os
potenciais
técnicos
de
cada
um
dos
veículos
selecionados.
É
nesse
momento
em
que
são
descritos
por
exemplo
quais
foram
os
atulos
de
revista,
jornais,
portais
ou
programas
definidos.
Entram
aqui
também
as
mençnoes
a
respeito
da
distribuição
das
inserções,
sua
intensidade,
quan'dade
de
inserções
e
formatos
u'lizados
no
planejamento,
bem
como
os
valores
finais
ob'dos
já
contemplandoos
descontos
liberados
pelo(a)
professor(a)
de
mídia.
Apresentação
detalhada
de
como
a
veiculação
será
executada
e
compõe-‐se
de
mapas
de
programação
por
meio
u'lizado,
análise
de
rentabilidade
dos
veículos
e
resumo
de
verba.
ROTEIRO DE MÍDIA
O
material
aqui
disponibilizado
foi
produzido
com
o
intuito
de
servir
de
guia
para
o
bom
planejamento
de
mídia
de
seu
projeto.
No
entanto,
não
deve
ser
u'lizado
de
forma
isolada
e
sim
juntamente
com
a
consulta
dos
livros
mencionados
nas
referências,
bem
como
trabalhos
de
conclusão
de
curso
disponibilizados
na
Biblioteca
e
a
orientação
dada
pelos
professores
do
Projeto
Experimental.
Referências
TAMANAHA,
Paulo.
Planejamento
de
Mídia:
Teoria
e
experiência
–
São
Paulo
-‐
Ed.
Pearson
Pren'ce
Hall,
2006
VERONEZZI,
José
Carlos.
Mídia
de
A
a
Z:
os
termos
de
mídia,
seus
conceitos,
critérios
e
fórmulas,
explicados
e
mostrados
graficamente
como
são
u'lizados
na
mídia.
São
Paulo:
Flight,
2002.
FILHO,
Álvaro.
Apos'la
de
Mídia
e
Estudos
dos
meios.
Arquivo
em
PDF