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PUBLICIDADE
MÓDULO N.º: 8
Caracterização da Disciplina
Apresentação do módulo
Objetivos de aprendizagem / competências a adquirir
Bibiografia
Caracterização da Disciplina
A disciplina de Comunicação Publicitária e Criatividade integra-se na componente técnica do
Curso Profissional de Técnicos de Comunicação: Marketing, Relações Públicas e Publicidade,
durante os três anos do curso. A publicidade continua a ser uma das técnicas mais utilizadas
pelas empresas para divulgar os seus produtos/serviços e talvez aquela que envolve maior
investimento, quer em termos de produção quer em termos de transmissão/divulgação. É
claro que a publicidade causa maior impacto junto dos diversos públicos se atuar em
complementaridade com as outras técnicas de comunicação a que as empresas também
podem recorrer, nomeadamente: as relações públicas, o merchandising, o patrocínio, o
mecenato, o marketing direto, o comércio eletrónico, etc. O estudo das várias técnicas de
comunicação permite às empresas elaborar estratégias de comunicação integradas, capazes
de atingir os diferentes públicos, tanto de forma direta, como de uma forma indireta. A
criatividade e a imaginação devem estar presentes em todas as atividades de comunicação
das empresas de modo a inová-las, sendo original e atingindo os objetivos e os públicos
pretendidos. Com esta disciplina pretende-se que os alunos adquiram os conhecimentos
teóricos e práticos necessários, que saibam analisar a realidade de uma empresa e elaborar
um plano de comunicação capaz e funcional. Só assim será facilitada a inserção dos alunos
na vida ativa e vencer as barreiras deste mercado cada vez mais competitivo. Deste modo,
são finalidades da disciplina:
Apresentação do módulo
Neste módulo pretende-se que os alunos conheçam as várias técnicas de escrita criativa
possíveis para desenvolver uma mensagem publicitária, tendo sempre presente a dimensão
do negócio da empresa. Os alunos devem se capazes distinguir estas técnicas e aplicá-las
em exercícios práticos.
A criação publicitária não pode estar sujeita a regras que partilhem a criatividade nem que
obedeça a teoremas, no entanto, há princípios gerais a observar na elaboração de uma
campanha publicitária e nos métodos a seguir. Há um princípio fundamental a reter: a
responsabilidade pela qualidade da criação publicitária deve ser partilhada, tanto pelo
anunciante, como pela agência. Não se devem confundir os papéis entre si. A agência dispõe
dos especialistas adequados para dar resposta criativa às necessidades de comunicação do
seu cliente, o que pressupõe que este lhas transmita de forma adequada e as discuta com
ele.
Não podemos confundir a criação em si. A arte é um gesto gratuito, dá para ver, pensar,
sentir, mas não tenta convencer o indivíduo a alterar comportamentos tendentes à compra.
A criação publicitária é orientada. Tem objetivos específicos e normalmente comerciais. Ela
insere-se num quadro, do briefing criativo, que limita o seu alcance. Neste sentido temos de
encontrar uma ideia o mais original possível e com o máximo impacto. Isto é, o desafio
proposto ao criativo da agência de publicidade é que, ao sair do briefing, se depare com
uma folha branca. O Que é notável nos criativos de uma agência é o seu espírito rigoroso e
estruturado. Os grandes criativos possuem uma lógica implacável. Quando recebem o
briefing, pesam cada palavra. Se o briefing está mal escrito, se tem
incoerências, se tem indicações contraditórias, um bom criativo aborda e questiona a equipa-
estratégia e comercial para perceber o que está realmente no briefing.
As campanhas da Super Bock têm por base eventos culturais, tradições e ícones de música.
As campanhas da Knorr para apresentar “A melhor sopa do mundo” foi integralmente
filmada na aldeia de Sortelha, e conta com a participação de habitantes locais.
Processo Criativo:
Preparação; Incubação; Iluminação ou Surgimento da Ideia; Verificação e
aperfeiçoamento.
Preparação: Investigação do problema. Durante a preparação o criador define, o melhor
possível, o problema e procura o maior número de recursos para a sua solução. Em certas
ocasiões, o criativo toma decisões preliminares sobre a relativa importância de cada um
deles. Visa “tornar familiar o estranho”. A ordem é absorver informações.
Verificação: Crítica sobre a ideia. É o processo de fazer pequenos ajustes para se chegar à
forma final de apresentação. É preciso comprovar que a ideia adotada como solução seja
realmente a melhor. Todas estas etapas fazem parte de um processo cansativo, mas
eficiente, que deve ser aplicado no momento de surgimento de novos serviços.
5. Brainstorming
Brainstorming: O brainstorming (literalmente: “tempestade de ideias”), mais que uma
técnica de dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade
criativa de um indivíduo ou de um grupo – criatividade em equipa – colocando-a a serviço de
objetivos pré-determinados. Dos diversos outros métodos, a técnica de brainstorming propõe
que um grupo de pessoas, de duas até dez pessoas, se reúnam e se utilizem das diferenças
nos seus pensamentos e ideias para que possam chegar a um denominador comum eficaz e
com qualidade, gerando assim ideias inovadoras que levem o projeto adiante.
Dos diversos outros métodos, a técnica de brainstorming propõe que um grupo de pessoas,
de duas até dez pessoas, se reúnam e se utilizem das diferenças nos seus pensamentos e
ideias para que possam chegar a um denominador comum eficaz e com qualidade, gerando
assim ideias inovadoras que levem o projeto adiante. É preferível que as pessoas que se
envolvam nesse método sejam de sectores e competências diferentes, pois suas
experiências diversas podem colaborar com a “tempestade de ideias” que se forma ao longo
do processo de sugestões e discussões. Nenhuma ideia é descartada ou julgada como errada
ou absurda. Todas as ideias são ouvidas e levadas até ao processo de brainwriting, que se
constitui na compilação ou anotação de todas as ideias ocorridas no processo
de brainstorming, numa reunião com alguns participantes da sessão de brainstorming, e
assim evoluindo as ideias até à chegada da solução final. Quando se necessita de respostas
rápidas a questões relativamente simples, o brainstorming é uma das técnicas mais
populares e eficazes. Esta técnica vem a ser difundida e inserida ainda em diversas outras
áreas, tais como educação, negócios, informática, internet e outras situações mais técnicas.
Etapas de um brainstorming:
• Definição do tema;
• Escolha de uma equipa;
• Definir o tipo de brainstorming;
• Geração da ideia;
• Seleção da ideia;
• Encontrar a solução.
Tipos de brainstorming:
Brainstorming Estruturado: A cada rodada cada membro deve dar uma ideia sobre o tema
escolhido. Podem ser definidas em função do tempo quantas rodadas serão feitas ou ainda
deixar que o brainstorming prossiga até que todos não tenham mais ideias para apresentar.
Esse brainstorming tem uma vantagem pois evita que os membros mais comunicativos
predominem sobre os mais quietos. Ajuda ainda a impedir a inibição de opiniões em
reuniões onde pessoas de diferentes níveis hierárquicos de uma organização participam.
Brainstorming Não estruturado: Todos podem, a qualquer momento, dar uma opinião, não
existe vez como no brainstorming estruturado. A vantagem é que as pessoas em geral
“pegam nas ideias, é menos metódico e mais dinâmico. Ideal quando as pessoas do grupo
são todas comunicativas e pouco tímidas+
Da busca dos factos na resolução de um problema existem duas subpartes:
• Definição do problema;
• Preparação.
Inicialmente, define-se o problema. Poderá ser necessário subdividir o problema em várias
partes. A técnica de Brainstorming funciona para problemas que têm muitas soluções
possíveis tal como a geração de ideias para o seu desenho. Depois é necessário colher toda
a informação que pode relacionar-se com o problema. Geração de ideias por brainstorming.
Busca da solução. Avaliar e selecionar as melhores ideias.
Quantidade é necessária – Quanto mais ideias forem geradas, mais hipóteses existem de
encontrar uma boa ideia. Quantidade gera qualidade.
Linhas de Direção:
Embora, universalmente não haja linhas de direção aceites para passos específicos a
implementar numa sessão de brainstorming, as seguintes atividades principais são bastante
típicas:
• Desenvolver um enunciado para o problema.
• Selecionar um grupo de 6 a 12 participantes.
• Enviar uma nota aos participantes falando-lhes acerca do problema. Deverá ser incluído o
enunciado do problema, o contexto, bem como algumas soluções e outras coisas que se
revelem úteis para o caso.
• Começar por escrever o problema num quadro visível a todos os elementos pertencentes
ao grupo.
• Falar, novamente, sobre as 4 regras principais do brainstorming.
• Requisitar novas ideias aos participantes pela ordem pela qual estes levantam a sua mão.
Apenas uma ideia deve ser sugerida em cada momento.
• Ter um gravador, ou uma secretária de maneira a que se possa escrever e tomar nota das
ideias.
• A sessão deve durar cerca de 30 minutos. Não se deve durar quatro horas!
• Selecionar um grupo para avaliação de três a cinco pessoas.
• Fornecer ao grupo a lista de ideias e dizer-lhes que sugiram e selecionem as melhores
ideias.
• Fornecer ao grupo original um relatório com as ideias selecionadas pelo grupo de avaliação
e requisitar a submissão de quaisquer ideias adicionais estimulada pela lista.
• Dar a lista final de ideias à pessoa ou grupo de trabalho do projeto.
Composição do grupo:
A maioria dos grupos de brainstorming são constituídos por três elementos:
• O líder.
• Os membros.
• Um secretário.
Devem ser escolhidas pessoas que tenham alguma experiência com o problema em causa. É
necessário não misturar os chefes com os trabalhadores. Devem escolher-se pessoas que
estejam no mesmo patamar da hierarquia na organização. A maioria das pessoas não se
consegue libertar nem ser suficientemente criativo diante do seu chefe. O líder de grupo
deve ser familiar com o processo de brainstorming e ter facilidade em manter-se relaxado, e
numa atmosfera descontraída. O secretário deve ter facilidade na escrita rápida. Este vai ter
que tomar nota de uma numerosa lista de ideias que vão ser geradas. As ideias não têm,
necessariamente, de ser escritas exatamente da mesma forma que são ditas. O nome da
pessoa que sugere as ideias não deve ser anotado, já que o anonimato encoraja a liberdade
de expressão.
6. Cinética
Uma observação importante que deve ser feita em relação à Cinética é que só
deve ser aplicada em situações em que o problema se encontre bem definido.
Essa técnica tem pouca ou nenhuma utilidade na identificação de problemas.
Christopher Jones divide o processo em quatro etapas:
Formação do grupo com representantes das mais diferentes áreas, com
conhecimentos vinculados ao projeto em questão. Indicar a essência do problema
e estimular o grupo no uso das analogias.
Finalizados os exercícios com analogias, seguem-se as seguintes etapas:
a. Expor o problema projetual
b. Relacionar as soluções óbvias para o mesmo
c. Familiarizar-se com o problema
d. Definir o problema, observando seus conflitos
e. Iniciar o processo de solução utilizando um dos tipos de analogias citados.
Após o desenvolvimento da ideia, é necessário realizar testes para verificar seu
valor como solução inicial.
7. Estímulos visuais
Muitas vezes temos dificuldade de, comunicar visualmente, porque o que nós
criamos, não é o que nós ou os outros realmente vêem. Nós criamos o que nós
recordamos e lembramos aquilo a que prestamos atenção, não o que nós vemos.
Uma lição importante do neuromarketing: quando olhamos para algo, somente a
parte visual do cérebro é ativada; quando ouvimos algo, ativam-se as regiões
relacionadas com os cinco sentidos: visão, olfato, tato, paladar e audição.
É por isso que, quando ouvimos uma música da nossa infância, voltam-nos à
mente tantas recordações visuais. A Harley-Davidson criou um som distinto dos
demais para o arranque do motor, por exemplo.
Outras, como a Apple, compuseram melodias que tocam ao ligar o computador
ou iniciar o sistema; trata-se de melodias muito simples, mas que acabam se
tornando inesquecíveis.
Quando as ouvimos, imediatamente reconhecemos e pensamos na marca
associada.
Competências artísticas
Da mensagem centrada no texto passamos para a comunicação com imagens,
som, movimento, etc.
Expressão oral
• Capacidade para compreender e usar a linguagem oral:
Narração com voz, adicionando imagens, música, sons;
Escrever a história, gravá-la, escutá-la e reescrevê-la ou gravá-la de novo.
• Tudo começou com a narrativa oral. Uma aula interessante não é mais do que
uma boa história. Por muito desenvolvida que seja a tecnologia, a expressão oral
será sempre uma poderosa ferramenta de comunicação.
• A expressão oral fornece um conjunto de competências que podem ser usadas
em qualquer situação.
• A expressão oral é uma ferramenta para melhorar a expressão escrita.
• Como exercício de pré produção, a expressão oral pode ser uma forma efetiva
para desenvolver a voz e determinarem quais os aspetos importantes a incluir
nas suas histórias.
• Frequentemente pede-se que façam apresentações acompanhados de ajudas
visuais. Ex: power point.
Expressão escrita
• A escrita, apesar de não ser o produto final, é uma parte importante do processo
na criação da narrativa.
• Um bom guião (script) é absolutamente essencial para o sucesso de uma
história.
• Frequentemente os estudantes preferem escrever guiões em vez de relatórios.
Pode ser uma forma de desenvolver o gosto pela escrita.
• As competências de escrita usadas pelos estudantes no processo de criação
das suas histórias cobrem vários aspetos. As histórias digitais requerem que os
estudantes sintetizem as técnicas criativas e expositivas da escrita para
produzirem algo efetivo.
Capacidades a desenvolver
• Ler e interpretar diferentes tipos de mensagens em diferentes suportes.
• Pesquisar e aplicar informação.
• Resolver problemas.
• Colaborar.
• Criar mensagens para novos media de acordo com as expectativas e
necessidades da audiência.
• Decompor e analisar novos media.