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1. Identificação do Público-alvo
O processo deve começar tendo-se em mente um público-alvo bem definido:
possíveis compradores dos produtos da empresa, usuários atuais, pessoas que
decidem ou influenciam; indivíduos, grupos, públicos específicos ou público em geral.
O público-alvo exerce uma influência fundamental nas decisões do comunicador
sobre o que, como, quando, onde e para quem dizer.
o Análise da imagem: a maior parte da análise do público é a avaliação da atual
imagem da empresa e de seus produtos e concorrentes. A imagem é um
conjunto de crenças, ideias e impressões que uma pessoa tem em relação a
um objeto. As atitudes e ações de uma pessoa em relação a um objeto são
bastante condicionadas pela imagem dele.
2. Determinação dos objetivos de comunicação
Depois de identificar o mercado-alvo e suas percepções, o comunicador de
marketing precisa decidir sobre a resposta desejada do público. O profissional de
marketing pode estar procurando uma resposta cognitiva, afetiva ou
comportamental. Ou seja, ele pode desejar inspirar alguma coisa na opinião dos
consumidores, mudar uma atitude ou levar o consumidor a agir. Mesmo aqui, existem
diferentes modelos de estágios de resposta do consumidor.
A figura resume os quatro modelos de hierarquia de respostas mais conhecidos.
Todos esses modelos pressupõem que o comprador passa por um estágio
cognitivo, afetivo e comportamental, nessa ordem. Essa sequência “aprender-sentir-
agir” é apropriada quando o público tem grande envolvimento com uma categoria de
produtos que parece muito ampla e heterogênea, como no caso da compra de um
automóvel. Uma sequência alternativa, “agir-sentir-apreender”, é importante quando
o público tem grande envolvimento com o produto, mas faz pouca ou nenhuma
distinção entre os produtos da categoria, como na compra de uma placa de alumínio.
Uma terceira sequência, “aprender-agir-sentir”, é importante quando o público tem
pouco envolvimento e faz pouca diferenciação entre os produtos da categoria, como
na compra de sal. Quando escolhe a sequência certa, o profissional de marketing
consegue planejar melhor sua comunicação.
Vamos supor que o comprador tenha grande envolvimento com a categoria de
produtos e faça bastante diferenciação dentro dela. Ilustraremos a seguir o modelo
“hierarquia de efeitos”, (segunda coluna da figura acima):
➢ Conscientização: se a maioria do público-alvo não está consciente do objeto,
a tarefa do comunicador é desenvolver a conscientização, talvez apenas um
reconhecimento do nome, com mensagens simples repetindo o nome do produto.
➢ Conhecimento: o público está consciente do produto, mas não sabe nada
mais sobre ele. Quando o conhecimento do produto é pequeno, esse se torna o
objetivo da comunicação.
➢ Simpatia: o público-alvo conhece o produto e tem uma opinião desfavorável,
o comunicador precisa descobrir a causa. Boas relações com o público exigem ‘boas
ações seguidas de boas palavras’.
➢ Preferência: o público pode gostar do produto, mas não preferi-lo a outros.
Nesse caso, o comunicador pode tentar conquistar a preferência do consumidor
promovendo a qualidade, o valor, o desempenho e outras características do produto.
➢ Convicção: um público-alvo pode preferir determinado produto, mas não
estar convencido a comprá-lo. A tarefa do comunicador é tentar convencer de que se
trata da melhor escolha.
➢ Compra: finalmente, algumas pessoas do público-alvo podem estar
convencidas, mas não efetuar realmente a compra. Podem esperar por mais
informações ou planejar comprar mais tarde. O comunicador precisa levar esses
consumidores a tomar a iniciativa de compra, oferecendo o produto a um preço mais
baixo.
3. Elaboração da mensagem
Depois de definir a resposta desejada, o comunicador passa a desenvolver uma
mensagem eficaz. A mensagem ideal deve atrair a atenção, manter o interesse,
despertar desejo e iniciar à ação. Na prática, poucas mensagens fazem com que o
consumidor passe diretamente da conscientização para a compra.
A formulação da mensagem exigirá que se resolvam quatro problemas: o que
dizer (conteúdo da mensagem), como dizê-lo de maneira lógica (estrutura da
mensagem), como dizê-lo de maneira simbólica (formato da mensagem) e quem
deve dizê-lo (fonte da mensagem).
o Conteúdo da mensagem: ao determinar o conteúdo da mensagem, a
administração procura estabelecer um apelo, um tema, uma ideia ou uma
proposição exclusiva de venda.
o Estrutura da mensagem: a eficácia depende tanto da estrutura quanto do
conteúdo. Algumas experiências anteriores reforçavam a ideia de que se
deveriam apresentar as conclusões prontas para o público, em vez de deixar
que ele mesmo as deduzisse.
o Formato da mensagem: o comunicador deve desenvolver um formato sólido
para a mensagem. Em um anúncio impresso, precisa decidir sobre o título, o
texto, a ilustração e a cor. Se a mensagem for transmitida pelo rádio, o
comunicador precisa escolher as palavras, os tipos de voz e os estilos de
locução. Se a mensagem for transmitida pela televisão ou pessoalmente,
além de todos esses elementos é preciso planejar também a linguagem
corporal (comunicação não-verbal).
o Fonte da mensagem: as mensagens provenientes de fontes atraentes ou
populares chamam mais atenção e são mais facilmente lembradas. É por
isso que os anunciantes geralmente utilizam celebridades como porta-
vozes. Celebridades tendem a ser mais eficazes quando personificam o
atributo principal de um produto, mas a credibilidade de porta-voz é
igualmente importante.
4. Seleção de canais de comunicação
O comunicador precisa selecionar canais de comunicação eficientes para
veicular a mensagem. Por exemplo, os vendedores de laboratórios farmacêuticos
raramente conseguem mais que dez minutos da atenção de um médico ocupado. Sua
apresentação tem de ser incisiva, rápida e convincente. Isso faz com que as vendas
do setor farmacêutico sejam extremamente caras, pois o setor precisou ampliar seu
conjunto de canais de comunicação, incluindo anúncios em revistas médicas, envio
de malas diretas, amostras grátis e telemarketing.
As empresas farmacêuticas patrocinam conferências para as quais convidam
um grande número de médicos – com todas as despesas pagas, os médicos passam
um fim de semana, por exemplo, ouvindo colegas importantes enaltecerem as
qualidades de determinados medicamentos na parte da manhã e praticando esportes
na parte da tarde.
o Canais de comunicação pessoais: envolve duas ou mais pessoas
comunicando-se diretamente uma com a outra, seja pessoalmente – em
forma de diálogo ou de exposição para a plateia, seja pelo telefone ou por e-
mail. A eficácia dos canais de comunicação pessoal provém das
oportunidades de individualizar a apresentação e o feedback. A influência
pessoal adquire grande peso especialmente em duas situações. A primeira é
quando o produto é claro, dá margem a risco ou é comprado com frequência
irregular. Nesse caso os compradores costumam procurar mais informações
a respeito. A segunda, quando o produto sugere algo sobre o status e o gosto
do usuário. Nesse caso, os compradores consultarão outras pessoas afim de
evitar constrangimentos.
Marketing direto: embora existam muitas formas de marketing direto, como por
exemplo, mala direta, telemarketing, marketing pela internet, todas possuem quatro
características em comum. O marketing direto é:
- Privado - a mensagem normalmente é dirigida a uma pessoa específica.
- Personalizado - a mensagem pode ser preparada para atrair a pessoa a quem
é endereçada.
- Atualizado - a mensagem pode ser preparada rapidamente.
- Interativo - a mensagem pode ser alterada, dependendo da resposta da
pessoa.