Esquistossomose
Importante: Destaca-se que a
Oque é?
É uma doença parasitária,
diretamente relacionada ao
saneamento precário, causada pelo
Schistosoma mansoni. A pessoa
adquire a infecção quando entra em
contato com água doce onde existam
caramujos infectados pelos vermes
causadores da esquistossomose. No
Brasil, a esquistossomose é conhecida
popularmente como “xistose”, “barriga
d’água” ou “doença dos caramujos”. O
período de incubação, ou seja, tempo
que os primeiros sintomas começam a
aparecer a partir da infecção, é de
duas a seis semanas. A magnitude de
sua prevalência, associada à contaminada;
severidade das formas clínicas e a sua
evolução, conferem a esquistossomose
uma grande relevância como problema
de saúde pública.
A transmissão da
esquistossomose ocorre quando o
indivíduo, hospedeiro definitivo,
infectado elimina os ovos do verme por
meio das fezes humanas. Em contato
com a água, os ovos eclodem e liberam
larvas que infectam os caramujos,
hospedeiros intermediários que vivem
nas águas doces. Após quatro semanas,
as larvas abandonam o caramujo na
forma de cercarias e ficam livres nas
águas naturais. O ser humano adquire
a doença pelo contato com essas águas.
transmissão da esquistossomose não
ocorre por meio do contato direto com
o doente. Também não ocorre
“autoinfecção”.
Qualquer pessoa, de qualquer
faixa etária e sexo, pode ser infectada
com o parasita da esquistossomose,
mas as situações abaixo são grandes
fatores de risco para se contrair a
infecção:
Existência do caramujo
transmissor;
➢ Contato com a água
➢ Fazer tarefas domésticas em
águas contaminadas, como lavar
roupas;
➢ Morar em região onde há falta
de saneamento básico;
➢ Morar em regiões onde não há
água potável.
Importante: A infecção por
esquistossomose é prevalente em
áreas tropicais e subtropicais, em
comunidades carentes sem acesso a
água potável e sem saneamento
adequado. Milhões de pessoas em todo
o mundo sofrem de patologias graves
em consequência da esquistossomose.
 conhecido popularmente como barriga
Sinais e sintomas d’água. Se não tratada
Fase crônica: adequadamente, a esquistossomose
pode evoluir e provocar algumas
Nessa fase da doença, a complicações, como, por exemplo:
diarreia se torna mais constante,
alternando-se com prisão de ventre, e • Aumento do fígado;
pode aparecer sangue nas fezes. Além • Aumento do baço;
disso, o paciente pode apresentar • Hemorragia digestiva;
outros sinais, como: • Hipertensão pulmonar e portal;
• Morte.
• Tonturas;
• Sensação de plenitude Diagnóstico, tratamento e
gástrica;
• Prurido (coceira) anal; prevenção
• Palpitações;
• Impotência; O diagnóstico da
• Emagrecimento; esquistossomose é feito por meio de
• Endurecimento e aumento do exames laboratoriais de fezes. É
fígado. possível detectar, por meio desses
exames, os ovos do parasita causador
Fase aguda da doença. O médico também pode
A maioria dos portadores são solicitar teste de anticorpos para
assintomáticos. No entanto, nessa verificar sinais de infecção e para
fase, o paciente infectado por formas graves ultrassonografia. O
esquistossomose pode apresentar tratamento da esquistossomose, para
diversos sintomas, como: os casos simples, é em dose única e
supervisionado feito por meio do
• Febre; medicamento Praziquantel, receitado
• Dor de cabeça; pelo médico e distribuído
• Calafrios; gratuitamente pelo Ministério da
• Suores; Saúde. Os casos graves geralmente
• Fraqueza; requerem internação hospitalar e até
• Falta de apetite; mesmo tratamento cirúrgico,
• Dor muscular; conforme cada situação.
• Tosse;
• Diarreia.

Casos graves

Nesse estágio, o estado geral

do paciente piora bastante, com
emagrecimento, fraqueza acentuada e
aumento do volume do abdômen,

Grupos-alvo para o
tratamento são:
• Comunidades inteiras que vivem
em áreas de alta contaminação;
• Crianças em idade escolar nas
áreas urbanas residentes em
áreas endêmicas;
• Pessoas com profissões que
envolvem contato com a água
contaminada, tais como
pescadores, agricultores,
trabalhadores de irrigação;
• Pessoas que praticam tarefas
domésticas que envolvem
contato com água contaminada.
A prevenção da esquistossomose
consiste em evitar o contato com
águas onde existem os caramujos
hospedeiros intermediários
infectados, implementação de medidas
de saneamento básico, educação em
saúde.
Situação epidemiológica
No mundo: a esquistossomose
mansoni é uma doença de ocorrência
tropical, registrada em 54 países,
principalmente na África e Leste do
Mediterrâneo, atinge as regiões do
Delta do Nilo e países como Egito e
Sudão.
Sudeste são os mais afetados sendo
que a ocorrência está diretamente
ligada à presença dos moluscos
transmissores.
A esquistossomose está
presente no Brasil de forma mais
intensificada em 19 Unidades
Federadas. São áreas com transmissão
endêmicas que compreendem os
Estados de Alagoas, Bahia,
Pernambuco, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e
Minas Gerais, com predominância no
norte e nordeste deste estado. No
Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio de
Janeiro, São Paulo, Santa Catarina,
Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e no
Distrito Federal, a transmissão é
focal, não atingindo grandes áreas.
No período de 2009 a 2019,
segundo dados do Sistema de
Informação do Programa de Controle
da Esquistossomose (SISPCE), o
percentual de positividade para S.
mansoni nas áreas endêmicas
apresentou variações de positividade
de 5,20% em 2009 e 3,22% em 2019.
Neste período foram realizados na
rotina em torno de 9.867.120 exames
e detectados 423.117 casos e um
percentual médio de positividade de
4,29%.

Nas Américas: atinge a

América do Sul, destacando-se a
região do Caribe, Venezuela e Brasil.

No Brasil: estima-se que cerca

de 1,5 milhões de pessoas vivem em
áreas sob o risco de contrair a doença.
Os estados das regiões Nordeste e