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Aula 2 - 21/09/2023 ✅

quinta-feira, 21 de setembro de 2023 18:10

Aproximação ao universo da Organização Administrativa

O objeto da cadeira é a chamada organização administrativa.


Parte-se da distinção entre organização e atividade administrativa. Não são compartimentos que funcionam
sozinhos, eles complementam-se.
- Organização: conjunto de entidades. Entidades é uma expressão neutra para abranger uma data de
realidades. Estas desempenham determinadas tarefas, traduzindo-se na atividade. É uma perspetiva
estática.
- Atividade: é uma série de formas de atuação levadas a cabo pelas entidades. É uma perspetiva
dinâmica.

A regente não gosta da separação, pois a organização administrativa é também dinâmica. As entidades vão-se
alterando com o decorrer do tempo, desenvolvendo-se, extinguindo-se, etc.
Pode referir-se que estas realidades são a administração pública em sentido orgânico ou em sentido
material.
Os dois universos não são absolutamente coincidentes, porque o universo das entidades que integram e
compõem a administração publica não esgotam as entidades que levam a cabo a atividade administrativa. A
atividade administrativa não é desenvolvida apenas por estas entidades em sentido orgânico, mas também
por outras entidades externas. Os regimes jurídicos podem também ser desenvolvidos por todas as entidades.

1) As Entidades
Quem são as entidades que compõem a administração publica em sentido orgânico?
1. Autarquias, freguesias…
2. Institutos públicos
3. Empresa pública
4. Estado
5. Entre outros.

Basta estes exemplos para perceber que as natureza jurídicas entre as entidades vão modificando. Estudar-se-
á também as características de algumas destas entidades, mais precisamente, o Estado, os institutos públicas,
as autarquias locais, entre outros.

O que há em comum nestas entidades?


Não é a sua natureza jurídica, porque há entidades com natureza jurídicas diferentes. Há entidades sobre
forma jurídica privada (não confundir com os particulares) e outras públicas.
Não é a sua temporalidade.
Não é também o regime jurídico a que estão sujeitas. O regime jurídico deve ser uma consequência. No
entanto, o facto de pertencerem a este universo, faz com que haja um núcleo duro de regimes jurídicos
aplicável a toda a administração, principalmente na Constituição.

- Há prossecução do interesse público, previsto constitucionalmente. É o ponto comum a todo o


universo de entidades. Todas estas entidades estão funcionalizadas à prossecução de fins de interesse
público.
O que é o interesse público? Está plasmado na Constituição. De um ponto de vista jurídico, a definição deste
está plasmado num plano jurídico-constitucional, político-constitucional. A componente histórica é
importante para este aspeto, pois o interesse público atualmente não é igual ao de um século passado.
De um ponto de vista jurídico-administrativo, chama-se à razão a expressão das necessidades coletivas. Para
tentar definir os interesses públicos, diz-se que este, em cada momento, traduz-se, essencialmente, para as
entidades pública, na atividade de satisfação das necessidades coletivas. O interesse público prende-se com
a atividade administração no desempenho de tarefas da satisfação de necessidades coletivas.

Existem vários tipos de necessidades coletivas. Estas são sentidas pelas coletividade como um todo. Um
exemplo para esta necessidade coletiva é a segurança. Mesmo a segurança também é sentida
individualmente. Esta ideia da necessidades sentidas em particular, sendo algumas delas sentidas pela
comunidade, releva que o seu aspeto mais importante, num plano jurídico, é relacioná-la como uma
necessidade cuja satisfação é assumida pela coletividade/Administração Pública.
Partir daqui para pensar nas tarefas das várias entidades, é uma tarefa complicada devido à sua
complexidade.
Atualmente, há uma grande panóplia de necessidades.

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