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INSTALAÇÕES PRODUTIVAS E
CAPACIDADE INSTALADA
Autor(a): Dra. Nara Stefano
Bons estudos!
Introdução ao
Planejamento de
Instalações
Produtivas e
Capacidades
Instaladas
Para que você possa dar início a um planejamento, é primordial entender que a
capacidade pode ser definida como a taxa de produção máxima que pode ser
alcançada por uma instalação. A instalação pode ser uma organização inteira,
uma divisão ou apenas uma máquina. O planejamento de capacidade em uma
empresa é geralmente executado em dois níveis, cada um correspondendo a
decisões estratégicas ou táticas . Vamos conhecer cada um deles? O primeiro
nível de decisões de capacidade é estratégico e de longo prazo por natureza. É
aqui que a empresa decide quais investimentos em novas instalações e novos
equipamentos deve fazer.
É preciso ser cauteloso nesse nível, pois, como essas decisões são de
natureza estratégica, a empresa terá que conviver com elas por muito tempo.
Além disso, elas exigem grandes despesas de capital e terão um grande
impacto na capacidade da empresa de conduzir os negócios. O segundo nível
de decisões de capacidade é de natureza mais tática, concentrando-se em
questões de curto prazo que incluem planejamento da força de trabalho,
estoques e uso diário de máquinas .
Quero que imagine o exemplo de uma padaria. Não ter capacidade suficiente
significaria não ser capaz de produzir produtos de panificação para atender às
vendas. A padaria pode ficar sem estoque e os clientes podem começar a ir
para outro lugar. Além disso, a padaria não é capaz de aproveitar a verdadeira
demanda disponível. Por outro lado, se houver muita capacidade , a padaria
incorreria no custo de uma instalação desnecessariamente grande que não
está sendo usada, bem como custos operacionais muito mais altos do que o
necessário (REID; SANDERS, 2013).
SAIBA MAIS
Com tudo isso, já é possível ver que mudar a capacidade não é tão simples
quanto adquirir a quantidade certa de capacidade para atender exatamente às
nossas necessidades. A razão é que a capacidade é adquirida em partes
discretas. Além disso, as decisões de capacidade são de longo prazo e de
natureza estratégica.
Imagine um jovem casal que deseja comprar uma casa. Eles podem comprar
uma casa muito pequena que seja mais acessível, sabendo que, se tiverem
filhos, eventualmente precisarão enfrentar a interrupção e o custo da
mudança. Por outro lado, se comprarem uma casa maior agora, estarão
melhor preparados para o futuro, mas pagarão por um espaço adicional de
que não precisam no momento. Isso tudo é uma tomada de decisão no que
tange ao planejamento da capacidade que a casa deve ter no ponto de vista
do casal.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Aplicação na
Indústria e Serviços
Como planejar capacidade de produção quando seu produto não pode ser
quantificado exatamente? Vamos saber mais sobre isso neste tópico. Os
elementos de design são típicos de setores como manufatura e varejo, em que
o produto é tangível . Para as indústrias de serviços, em que o produto é
intangível , os elementos de design são igualmente importantes, mas têm uma
dimensão adicional. O design de serviço é único no sentido de que tanto o
serviço quanto todo o conceito estão sendo projetados.
Assim como acontece com um produto tangível, o conceito de serviço se
baseia no atendimento às necessidades do cliente . O design do serviço
adiciona os benefícios estéticos e psicológicos do produto. Esses são os
elementos de serviço da operação, como rapidez e simpatia. Eles também
incluem o ambiente, a imagem e os elementos de “bem-estar” do serviço
(BROWN et al ., 2005).
SAIBA MAIS
III. As decisões de operar horas extras e recrutar pessoal extra são baseadas
nos níveis de demanda previstos, que podem, na prática, diferir
expressivamente da demanda real, incorrendo com custos perdidos ou
atendimento ao cliente insatisfatório. Dessa forma, a vantagem de previsões
probabilísticas possibilita aos gerentes de operações realizar uma avaliação
entre planos possíveis que assegurem a capacidade da operação de atender à
demanda real e planos que tornam mínimos os custos.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
I. É tangível por natureza, pois pode ser tocado e sentido pelos indivíduos.
II. O indivíduo e seu trabalho passam a ser elementos centrais da transação
comercial entre comprador e vendedor.
a) V, V, F, F.
b) F, F, V, V.
c) V, F, F, F.
d) F, V, V, F.
e) F, V, V, V.
Definições de
Capacidades
Instaladas
Caro(a) estudante, quando se planeja, é preciso saber que, em todas as fases
de qualquer processo, as limitações são colocadas na capacidade. Uma
máquina tem uma produção máxima por hora, um caminhão tem uma carga
máxima, uma linha de produção tem um limite para sua velocidade de
operação, um avião tem um certo número de assentos para passageiros, um
computador processa um determinado número de bytes por segundo etc.
Para Waters (2001), a produção real será menor do que a capacidade efetiva.
Esse certamente será o caso se a capacidade não for bem gerenciada.
Gerenciar a capacidade é uma tarefa desafiadora, porque combinar a
produção com a capacidade efetiva é muito difícil. No entanto, ao distinguir
entre capacidade projetada e capacidade efetiva, estabelece-se a diferença
entre utilização e eficiência .
Fabricante de
Horas de trabalho Carros por turno
automóveis
Quantidade de pizzas
Pizzaria Horas de trabalho por dia
por dia
Espaço em metros
Loja de varejo Receitas por dia
quadrados
A) Capacidade disponível
É a taxa de produção máxima que pode ser alcançada por uma instalação em
condições ideais. Por exemplo, uma panificadora em que são produzidas 30
tortas por dia. A capacidade planejada pode ser sustentada apenas por um
período de tempo relativamente curto. Uma empresa atinge essa taxa de
produção usando muitas medidas temporárias, como horas extras, excesso de
pessoal, uso máximo de equipamento e subcontratação. Assim, capacidade
disponível é o volume produzido em uma planta industrial ao longo de uma
jornada completa de trabalho, ainda sem levar em conta as perdas.
B) Capacidade efetiva
~
~
ç
taxa de produ ao real
ç
U tiliza ao = (100%)
capacidade
Uma vez que se tem duas medidas de capacidade, pode-se medir a utilização
em relação ao planejado ou à capacidade efetiva (Equação 2 e 3):
sa í da real
~
ç
U tiliza ao = (100%)
capacidade efetiva
~
~
ç
taxa de produ ao real
ç
U tiliza ao = (100%)
capacidade planejada
Para tanto, é necessário que você faça uma distinção entre saídas e entradas
da capacidade. Elas estão vinculadas, porém é preciso se concentrar em cada
uma, porque as entradas podem atuar como restrições às saídas. Uma das
principais restrições que precisam ser gerenciadas em capacidade são os
problemas de gargalo, pois a produtividade é melhorada se a taxa de fluxo for
consistente em todo o processo. Aplicar isso à engenharia e manufatura levou
ao surgimento de uma série de regras, que você vai conhecer agora (BROWN
et al ., 2005):
Existem duas variáveis principais que precisam ser gerenciadas. Essas são a
demanda total para a oferta de produto/serviço e a gama de diferentes ofertas
de produto/serviço disponibilizadas aos consumidores. O primeiro define o
tamanho da capacidade produtiva da operação, o último define o escopo
dessa capacidade. Ambos podem mudar com o tempo. Estes podem ser
considerados como os quatro Vs. Conheça cada um deles a seguir (BROWN et
al ., 2005):
Agora que já conheceu os quatro Vs, há dois outros fatores que afetam o
gerenciamento de capacidade que podem aumentar sua complexidade; a
previsibilidade da demanda e a perecibilidade da produção . Em mercados
onde há alta variação e variabilidade, a complexidade da gestão da
capacidade pode ser reduzida se houver um alto grau de certeza sobre qual
será a demanda.
praticar
Vamos Praticar
João fabrica calças de linho. Sua empresa cresceu ao longo dos anos e tem
clientes em todo o mundo. Não é apenas João que está fabricando as calças
de linho agora. Ele tem vários colaboradores que também costuram as calças
de linho. A cada mês, João realiza o planejamento de requisitos da
capacidade. O planejamento de necessidades de capacidade informa se há
capacidade suficiente para produzir a quantidade de produtos de que
precisa. Para João, isso diz se ele e sua equipe são capazes de costurar o
número necessário de calças de linho que vendem a cada dia. Ele realiza esse
planejamento uma vez por semana para poder continuar atendendo às
demandas de fabricação de calças de linho de seus clientes.
Até agora, neste estudo, você viu que, por uma série de razões, as decisões de
capacidade estão entre as mais fundamentais de todo o projeto de decisões
que os gerentes devem tomar. Na verdade, as decisões de capacidade podem
ser críticas para uma organização (STEVENSON, 2015). Entenda, nos pontos a
seguir, como a falta de planejamento pode afetar vários pontos de uma
empresa:
em custos maiores.
VI. Selecionar a alternativa a ser seguida que será melhor em longo prazo.
DETERMINANTES DA
CAPACIDADE EFICAZ
Muitas decisões sobre o planejamento do sistema têm impacto na capacidade.
O mesmo se aplica a muitas decisões operacionais.
#PraCegoVer : o infográfico é apresentado em forma de linha do tempo, na
vertical, com abas a interagir e uma imagem em desenho que há transparência,
mas são máquinas de produção de uma fábrica. O infográfico tem como título
geral “Determinantes da capacidade eficaz” e, abaixo do título, está escrito:
“Muitas decisões sobre o planejamento do sistema têm impacto na capacidade.
Isso também se aplica a muitas decisões operacionais”. As abas são,
respectivamente: 1º “Instalações: incluem tamanho e provisão para expansão.
Fatores locais, como custos de transporte, distância do mercado, oferta de mão de
obra, fontes de energia e espaço para expansão, também são importantes. Da
mesma forma, o layout da área de trabalho muitas vezes determina como o
trabalho pode ser executado sem problemas”. 2º “Fatores de produto e serviço: o
projeto do produto ou serviço pode ter uma grande influência na capacidade. O
mix específico de produtos ou serviços prestados também deve ser considerado,
uma vez que diferentes itens terão diferentes taxas de produção”. 3º “Fatores de
processo: a capacidade quantitativa de um processo é um determinante da
capacidade. Melhorias de processo que aumentam a qualidade e a produtividade
podem resultar em aumento da capacidade”. 4º “Fatores humanos: a motivação
dos colaboradores tem uma relação muito básica com a capacidade, assim como
o absenteísmo e a rotatividade de mão de obra”. 5º “Fatores de política: a política
de gerenciamento pode afetar a capacidade, permitindo ou não as opções de
capacidade, como horas extras, segundo ou terceiro turnos etc.”. 6º “Fatores
operacionais: podem ocorrer problemas de agendamento quando uma
organização tem diferenças nas capacidades do equipamento (entre
equipamentos alternativos) ou diferenças nos requisitos do trabalho. Decisões de
estoque, atrasos nas entregas, requisitos de compra, aceitabilidade de materiais e
peças adquiridos e procedimentos de inspeção e de controle de qualidade
também podem ter impacto na capacidade efetiva”.
As necessidades de capacidade de longo prazo exigem a previsão da
demanda ao longo de um horizonte de tempo e a conversão dessas previsões
em requisitos de capacidade. As necessidades de capacidade de curto prazo
estão menos preocupadas com ciclos ou tendências do que com variações
sazonais e outras variações da média. Esses desvios são importantes porque
podem colocar uma grande pressão na capacidade de um sistema de
satisfazer à demanda em alguns momentos e ainda resultar em capacidade
ociosa em outros momentos. Planejamento exige prática, então vamos aplicar
esses conhecimentos, que tal?
praticar
Vamos Praticar
Sem dúvida, os videogames são uma grande mania tanto para crianças
quanto para adultos. No entanto, quando algumas das grandes empresas de
jogos começaram a fabricar seus sistemas de jogos, elas podem ter
começado em um pequeno prédio com apenas alguns funcionários. À
medida que a indústria começou a crescer e houve uma maior demanda por
sistemas de jogos, muitas das empresas precisaram participar do
planejamento de capacidade e instalações. Vamos imaginar que você seja um
dos proprietários de uma grande empresa de jogos conhecida como Alpha
Games. Quando você começou seu negócio, você tinha três colaboradores e
um prédio onde os sistemas de jogos foram produzidos. Agora, sabe-se que
a definição de capacidade é o maior potencial de saída de um produto ou
bem quando uma empresa está trabalhando em sua capacidade máxima.
Tendo por base o conteúdo estudado, para você (aluno e aluna), porque é
importante o planejamento da capacidade?
Material
Complementar
FILME
Formiguinhaz
Ano: 1998
TRAILER
LIVRO
Gestão da produção
Editora: Edgard Blücher
ISBN: 978-85-212-0469-5
Referências
BROWN, S. et al . Strategic operations
management . 2. ed. Burlington: Elsevier,
2005.
HILL, T. Production/operations
management . Hemel Hempstead:
Prentice Hall, 2000.
REID, R. D.; SANDERS, N. R. Operations management : an integrated approach. 5. ed.
New Jersey: Wiley, 2013.
RUSSELL, R. S.; TAYLOR III, B. W. Operations management : creating value along the
supply chain. 7. ed. New Jersey: Wiley, 2011.
R e v i s o r : P a u l o H . P. S e t t i
Introdução
ç
Olá, caro(a) estudante!
Seja bem-vindo(a) ao conteúdo sobre Projeto de Fábrica! É com entusiasmo que convido
você para a leitura deste material.
Localização da
unidade produtiva
REFLITA
Para algumas empresas, uma mudança no mercado faz com que considerem a
relocação, ou os custos de fazer os negócios em um determinado local chegam a um
ponto em que outros locais começam a parecer mais atraentes. Para muitos tipos de
negócios, as decisões de localização são tomadas com pouca frequência, mas tendem a
ter um impacto significativo na empres a.
Para serviços, uma localização ruim pode resultar em falta de clientes e/ou altos custos
operacionais. Tanto para manufatura quanto para serviços, as decisões de localização
podem ter um impacto significativo na vantagem competitiva . Outra razão para a
importância das decisões de localização é a importância estratégica para as cadeias de
suprimentos.
Segundo Slack, Brandon-Jones e Johnston (2008), uma vez que a função “operações”
compreenda seu papel nos negócios, e depois de articular seus objetivos de
desempenho, ela precisará formular um conjunto de princípios gerais que guiarão sua
tomada de decisão. Essa é a estratégia de operações da empresa
Como regra geral, as organizações orientadas para o lucro baseiam suas decisões no
potencial de lucro, enquanto as organizações sem fins lucrativos esforçam-se para
alcançar um equilíbrio entre o custo e o nível de serviço ao cliente que fornecem. Parece
que todas as organizações tentam identificar o “melhor” local disponível.
Mas esse não é necessariamente o caso. Em muitos casos, nenhum local pode ser
significativamente melhor do que outro. Pode haver vários locais aceitáveis para
escolher, como mostrado pela grande variedade de locais onde as organizações de
sucesso podem ser encontradas. Além disso, o número de locais possíveis que teriam de
ser examinados, para se encontrar o melhor local, pode ser muito grande, o que pode se
transformar em uma busca exaustiva (STEVENSON, 2015).
A maioria das organizações não parte para a intenção de identificar o melhor local, mas
esperam encontrar vários locais aceitáveis. Os critérios de localização podem depender
de onde a empresa está na cadeia de suprimentos. Quer um exemplo? No final de uma
rede de varejo, a seleção do local tende a se concentrar mais na acessibilidade,
demografia do consumidor (densidade populacional, distribuição por idade, renda média
do comprador), nos padrões de tráfego e nos costumes locais.
C) Mudanças na demanda
O significado do termo “demanda” pode ser resumido como a quantidade de uma peça,
um produto ou um serviço que os clientes finais gostariam de adquirir, dentro de uma
faixa de preço aceitável para aquele mercado. A demanda poderia ser compreendida
como as buscas dos consumidores.
Uma mudança na localização pode ser provocada pela mudança da demanda do cliente.
Por exemplo, à medida que a fabricação de roupas mudou para a Ásia, fornecedores de
zíperes, linhas, etc. começaram a ‘ir atrás’. Alterações no volume da demanda também
podem direcionar para a realocação.
Para atender à demanda mais alta, a operação pode expandir seu site existente, ou
escolher um site maior em outro local, ou manter a localização existente e encontrar um
segundo local para uma operação adicional; as duas últimas opções envolverão uma
decisão de localização (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
Desse modo, operações de alta visibilidade podem não ter a alternativa de expandir no
mesmo local para atender à demanda crescente. Um serviço de lavagem a seco, ao
oferecer um serviço local e conveniente, pode atrair apenas um pouco a mais ao expandir
para um novo local. Encontrar um novo local para uma operação adicional é
provavelmente sua única opção de expansão.
D) Alterações na oferta
De acordo com Reid e Sanders (2013), a localização dessas instalações pode envolver
comprometimento de recursos de longo prazo, riscos e benefícios conhecidos que
devem ser considerados com cuidado. Uma questão relacionada é se deve haver
distribuição centralizada ou descentralizada. Você sabe o que significa cada uma delas?
A importância dessas decisões é enfatizada pelo fato de que refletem a estratégia básica
para acessar os mercados de clientes, e as decisões terão um impacto significativo nos
custos, receitas e capacidade de resposta. As técnicas quantitativas descritas neste
tópico podem ser úteis para você durante a avaliação de configurações alternativas da
cadeia de suprimentos.
Para aprofundar um pouco mais o conhecimento obtido até aqui, a partir de nossas
discussões sobre o conteúdo, leia o conteúdo a seguir, que apresenta importantes
considerações sobre a temática do material.
Fonte: chekman / 123RF.
Você sabia que a competitividade de uma empresa será afetada por sua localização?
Isso ocorre porque haverá impacto sobre os custos de transporte e mão de obra. Em
operações de serviço, quando a instalação pode não apenas produzir o produto, mas
também entregá-lo ao cliente a partir da instalação, a conveniência do local para o cliente
é vital. A decisão de localização é cara e demorada para alterar . Os custos incluem a
compra de terrenos e construção de edifícios.
Uma organização pode ser localizada inadequadamente devido a uma decisão anterior
ou pela falta de vontade de enfrentar os custos de uma realocação. Uma mudança nos
custos de insumos, como materiais ou mão de obra, também pode levar à necessidade
de mudança de local. Para atender à previsão de demanda de longo prazo , é necessário
considerar o tamanho da instalação (PORTER, 2009).
SAIBA MAIS
A globalização abriu novos mercados e significou uma dispersão crescente das operações de
manufatura e serviços em todo o mundo. Além disso, muitas empresas estão terceirizando
operações para outras empresas em locais estrangeiros. No passado, as empresas tendiam a
operar a partir de uma “base doméstica” localizada em um único país.
Para melhor entendimento desse tema, leia o artigo “Otimização multicritério para o problema
de localização de centros de distribuição de uma empresa com unidade produtiva no Polo
Industrial de Manaus” disponível no link a seguir:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-530X2015005098015&script=sci_arttext
Fonte: Guazzelli e Cunha (2015).
Agora, as empresas estão encontrando razões estratégicas e táticas para globalizar suas
operações. Ao fazê-lo, algumas empresas estão lucrando com seus esforços, enquanto
outras estão encontrando dificuldades, mas todas devem enfrentar os problemas
envolvidos no gerenciamento de operações globais.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
III. Na manufatura, o foco está na mão de obra, enquanto, no serviço, o foco está nas
matérias-primas.
IV. Tanto o foco na manufatura quanto no serviço têm aspectos muito parecidos,
principalmente no processo produtivo, em que o cliente está presente.
a) V, F, V, V.
b) F, F, V, F.
c) F, V, V, V.
d) V, F, F, F.
e) F, V, F, V.
SAIBA MAIS
O layout da instalação trata da disposição dos recursos em uma instalação para aprimorar o
processo de produção. Se os recursos não forem organizados de maneira adequada, a
empresa terá ineficiência e desperdício. O tipo de processo que uma empresa usa afeta
diretamente o layout da instalação e os problemas inerentes encontrados.
Leia o artigo “Gestão de projetos: como estruturar as atividades para a realização de projetos
de layout em sistemas de envasamento de bebidas na indústria alimentícia” e saiba mais sobre
esse tema: http://journal.ftt.com.br/seer/index.php/FTT/article/view/75
#PraCegoVer : na parte superior da figura, há um texto que diz “(a) operações intermitentes
(recursos agrupados por funções)”, abaixo, há seis retângulos agrupados e grudados (sendo
três em cima e três embaixo), começando na primeira linha, da esquerda para direita: no
primeiro retângulo, está escrito “Departamento A”, no segundo retângulo, está escrito
“Departamento B” e, no terceiro retângulo, está escrito “Departamento C”; na segunda linha, da
esquerda para direita: no primeiro retângulo, está escrito “Departamento D”, no segundo
retângulo, está escrito “Departamento E” e, no terceiro retângulo, está escrito “Departamento
F”. Na segunda parte da figura, há um texto que diz “(b) operações repetitivas (recursos
arranjados por sequência)”, com um fluxo em sequência, da esquerda para a direita: há um
retângulo e dentro há o texto “Estação de trabalho 1”, dele sai uma seta que leva para o
segundo retângulo e, dentro, há o texto “Estação de trabalho 2”, dele sai uma seta que leva
para o terceiro retângulo e, dentro, há o texto “Estação de trabalho 3”, dele sai uma seta que
indica “produto finalizado”.
O tipo de operação que uma empresa possui está diretamente relacionado a sua
estratégia de produtos e serviços. As estratégias de produtos e serviços podem ser
classificadas como: produção para estoque, montagem sob encomenda e produção sob
encomenda . Essas estratégias diferem pela duração do tempo de entrega, que é a
quantidade de tempo desde o recebimento do pedido até a entrega do produto. Essas
estratégias também diferem pelo grau de personalização do produto. A Figura 2.2 mostra
essas diferenças.
Figura 2.2 – Estratégia de opções para produtos e serviços
Fonte: Reid e Sanders (2013, p. 80).
#PraCegoVer : a figura mostra três situações com um fluxo representado por retângulos. A
primeira situação exibe a estratégia de “produção para estoque”, apresentando quatro
retângulo, começando da esquerda para a direita: o primeiro retângulo é azul claro e dentro
dele está escrito “processamento”; o segundo retângulo é azul claro e nele está escrito
“montagem”; o terceiro retângulo é azul escuro e nele está escrito “estoque de produto”; por
último, o quarto retângulo é azul claro e nele está escrito “envio”, em cima desse retângulo, há
a descrição “tempo de entrega” limitada por duas setas. A segunda situação exibe a estratégia
de “montagem sob encomenda” como quatro retângulo, começando da esquerda para a
direita: o primeiro retângulo é azul claro e dentro dele está escrito “processamento”; o segundo
retângulo está em azul escuro e nele está escrito “estoque de produto”; o terceiro retângulo é
azul claro e nele está escrito “montagem”; e o quarto retângulo é azul claro e nele está escrito
“envio”, em cima do retângulo de “envio até o retângulo de “montagem”, há a descrição “tempo
de entrega”, limitado por duas setas. Por fim, a terceira situação exibe a estratégia de
“produção sob encomenda” com quatro retângulo, começando da esquerda para a direita: o
primeiro retângulo é azul escuro e está escrito “estoque de produto”; no segundo retângulo,
está escrito “processamento”; no terceiro retângulo, está escrito “montagem”; por fim, no
quarto retângulo, está escrito “envio”, em cima do retângulo de “envio” até o retângulo de
“processamento”, está escrito “tempo de entrega” limitado por duas setas.
A produção para estoque é uma estratégia que produz produtos acabados para venda ou
entrega imediata, antecipando a procura. As empresas que usam essa estratégia
produzem um produto padronizado em volumes maiores. Essa estratégia é vista em
operações repetitivas. O prazo de entrega é mais curto, mas o cliente não tem
envolvimento no design do produto. Os exemplos incluem roupas de varejo de prateleira,
refrigerantes, peças automotivas padronizadas ou voos de companhias aéreas. Um
hambúrguer em um restaurante fast-food , como McDonald's ou o Burger King, é feito
para estoque, assim como um taco no Taco Bell. Como cliente, você ganha velocidade de
entrega, mas perde a capacidade de personalizar o produto.
A estratégia de fazer sob encomenda é usada para produzir produtos de acordo com as
especificações do cliente após o recebimento do pedido. O tempo de entrega é mais
longo e os volumes de produtos são baixos. Exemplos são roupas feitas sob medida,
casas feitas sob medida e serviços profissionais personalizados. Pedir um hambúrguer
ao seu gosto em um restaurante com mesa é outro exemplo dessa estratégia. Essa
estratégia é melhor para uma operação intermitente.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Para que uma organização tenha uma unidade de manufatura eficaz e eficiente, é
importante direcionar o olhar para o layout das instalações. O layout da instalação é um
arranjo de diferentes aspectos da manufatura de maneira apropriada, para atingir os
resultados de produção desejados. Ele leva em conta espaço disponível, produto final,
segurança dos usuários e facilidade de realização das operações. Uma decisão de
localização de produção de bens enfatiza a importância de:
a) estacionamento e acesso.
b) custos de utilidade e mão de obra.
c) aparência e imagem.
d) decoração e rapidez.
e) segurança e iluminação.
Fatores para
localização
Mas atenção, antes que você selecione um local para uma planta, previsões de longo
prazo devem ser feitas, para antecipar as necessidades futuras da empresa. A
localização da fábrica deve ser baseada no plano e na política de expansão da empresa,
no plano de diversificação para os produtos, nas mudanças das condições de mercado,
nas mudanças das fontes de matérias-primas e em muitos outros fatores que
influenciam a escolha da decisão de localização. A necessidade de selecionar um local
adequado surge devido às situações especificadas a seguir.
Uma fábrica deve encaixar-se em uma estratégia de operações de várias fábricas. Isso é,
a localização da planta adicional no mesmo local e de outra forma nas seguintes
circunstâncias (KUMAR, SURESH, 2008; NEUMANN, SCALICE, 2015):
fábricas que fabricam produtos distintos – cada fábrica atende a toda a área de
mercado da empresa. Essa estratégia é necessária quando as necessidades de
insumos tecnológicos e de recursos são especializadas ou diferentes para as
linhas de produtos. Por exemplo, uma linha de produtos de precisão de alta
qualidade não deve ser localizada junto com outra linha de produtos que requeira
pouca ênfase na precisão. Pode não ser adequado ter muitas contradições, como
equipamentos sofisticados e antigos, pessoal altamente qualificado e
semiqualificado, processos delicados e aqueles que poderiam permitir manuseios
rudes, tudo sob o mesmo teto e um conjunto de gerentes. Tal configuração leva a
muita confusão sobre a ênfase necessária e as políticas de gestão. A
especialização do produto pode ser necessária em um mercado altamente
competitivo, pois, quanto mais descentralizados forem esses pares, em termos de
gestão e de localização física, melhor será o planejamento, o controle e a
utilização dos recursos;
fábricas que fornecem para uma área de mercado específica – cada fábrica
fabrica quase todos os produtos da empresa. Esse tipo de estratégia é útil onde a
consideração da proximidade do mercado domina os recursos e as considerações
de tecnologia. Isso requer muita coordenação da gestão. Um exemplo dessa
estratégia são as fábricas de engarrafamento de refrigerantes;
plantas divididas com base no processo ou nos estágios de manufatura – cada
processo de produção ou estágio de manufatura pode exigir capacidades de
equipamento, habilidades de trabalho, tecnologias, políticas gerenciais e ênfases
diferentes;
plantas enfatizando a flexibilidade – isso requer muita coordenação entre as
plantas para atender às necessidades de mudança e, ao mesmo tempo, assegurar
o uso eficiente de instalações e recursos. Mudanças frequentes na estratégia de
longo prazo, a fim de melhorar, com eficiência, temporariamente, não são
saudáveis para a empresa. Em qualquer problema de localização de instalação, a
questão central é: este é um local em que a empresa pode permanecer
competitiva por muito tempo? Para uma empresa estabelecida, a fim de aumentar
sua capacidade, as maneiras são as seguintes:
Muitas empresas sediadas nos EUA e no Reino Unido, por exemplo, no setor de serviços
e no de manufatura, frequentemente, enviam parte de seus processos de negócios para
locais estrangeiros. Assim, em vez de suas próprias operações, uma empresa poderia
usar as instalações de operações de seus associados de negócios, um local pode ser
próprio ou sócio de negócios. A decisão de localização não precisa necessariamente
pertencer às próprias operações.
Outro fato para se refletir é que, embora as operações globais ofereçam muitos
benefícios, elas costumam criar novos problemas para a gestão: as diferenças culturais
e de idioma aumentam o risco de falha de comunicação e podem interferir no
desenvolvimento da confiança, que é imprescindível nas relações comerciais. Os estilos
de gestão podem ser diferentes e as táticas que funcionam bem em um país podem não
funcionar em outro.
B) Motivos intangíveis – observe o Quadro 2.1 e veja quais são as razões intangíveis
para considerar a criação de uma instalação de operações no exterior.
Razões relacionadas ao cliente
#PraCegoVer : o quadro tem três colunas e três linhas. Começando da esquerda para a direita:
na primeira linha da primeira coluna, há um espaço em branco, na segunda coluna, a palavra
“Manufatura” e, na terceira coluna, “Serviços”. Na segunda linha da primeira coluna, temos os
“fatores dominantes”, na segunda coluna: “Clima de trabalho favorável: pode ser o fator mais
importante nas decisões de localização para empresas intensivas em mão de obra, como nos
setores têxteis, móveis e eletrônicos de consumo. O clima de trabalho inclui salários,
requisitos de treinamento, atitudes em relação ao trabalho, produtividade do trabalhador e
força sindical. Proximidade dos mercados: a localização perto dos mercados é importante
quando os produtos finais são volumosos ou pesados e com altas taxas de transporte.
Qualidade de vida: boas escolas, instalações recreativas, eventos culturais e um estilo de vida
atraente contribuem para a qualidade de vida. Esse fator é relativamente sem importância por
si só, mas pode fazer a diferença nas decisões de localização. Proximidade de fornecedores e
recursos: em muitas empresas, as fábricas fornecem peças para outras instalações ou
contam com outras para gerenciamento e suporte de pessoal. Isso exige coordenação e
comunicação frequentes, que podem tornar-se mais difíceis com o aumento da distância.
Serviços públicos, impostos e custos imobiliários: incluem custos de serviços públicos,
impostos locais e estaduais, incentivos financeiros oferecidos por governos locais ou
estaduais, custos de relocação e custos de terras”. A terceira coluna apresenta o seguinte
texto: “Proximidade com os clientes: a localização é um fator-chave para determinar a
conveniência dos clientes fazerem negócios com uma empresa. Por exemplo, poucos
indivíduos gostariam de ir a uma lavanderia a seco ou a um supermercado em locais remotos,
se outro for mais conveniente. Assim, a influência da localização nas receitas tende a ser o
fator dominante. Custos de transporte e proximidade para os mercados: para operações de
armazenamento e distribuição, os custos de transporte e proximidade com os mercados são
importantes. Com um depósito próximo, muitas empresas podem manter o estoque mais
perto do cliente, reduzindo o tempo de entrega e promovendo as vendas. Localização dos
competidores: a gestão não deve apenas considerar a localização atual dos concorrentes,
mas também tentar antecipar sua reação à nova localização da empresa. Evitar áreas onde os
concorrentes já estão bem estabelecidos pode compensar. No entanto, em alguns setores,
como showrooms de vendas de carros novos e cadeias de fast-food, localizar-se perto dos
concorrentes é realmente vantajoso. A estratégia é criar um “aglomerado”, por meio do qual
várias empresas concorrentes, agrupadas em um local, atraem mais clientes do que o número
total que compraria nas mesmas lojas em locais dispersos. Reconhecendo esse efeito,
algumas empresas usam uma estratégia de seguir o líder ao selecionar novos locais”. Na
terceira linha, na primeira coluna, temos os “fatores secundários”, a segunda coluna apresenta
o seguinte: “Incluindo espaço para expansão, custos de construção, acessibilidade a vários
modais de transporte, competição de outras empresas pela força de trabalho, atitudes da
comunidade e muitos outros”; e, na terceira coluna temos “Os varejistas também devem
considerar o nível de atividade das atividades, a densidade residencial, o fluxo de tráfego e a
visibilidade de site (caso exista um). A atividade de varejo na área é importante, já que os
compradores decidem por impulso ir às compras ou comer em um restaurante. Fluxos de
tráfego e visibilidade são importantes porque os clientes das empresas chegam em carros. A
visibilidade envolve a distância da rua e o tamanho dos edifícios e placas nas proximidades. A
alta densidade residencial garante negócios noturnos e nos finais de semana, quando a
população da área encaixa-se nas prioridades competitivas da empresa e no segmento de
mercado-alvo”.
praticar
Vamos praticar
De todas as peças do planejamento, a localização da instalação é a mais estratégica e
crítica. Depois de construir uma nova fábrica, você fez um investimento substancial de
tempo, recursos e capital que não pode ser alterado por um longo tempo. Selecionar o
local errado pode ser desastroso. Considerando esse tema, destaque alguns dos
principais fatores que influenciam a localização das instalações.
FEEDBACK
As condições de localização são complexas e cada uma compreende uma característica
diferente de natureza tangível (ou seja, taxas de frete, custos de produção) e não tangível
(ou seja, confiabilidade, segurança de frequência, qualidade). As condições de
localização são difíceis de medir. Fatores com base em custos tangíveis, como salários e
custos de produtos, podem ser quantificados precisamente, o que torna os locais mais
fáceis de comparar.
Material
Complementar
FILME
Tróia
Ano : 2004
TRAILER
LIVRO
ISBN : 978-85-352-5407-5
Até breve!
Referências
FERNANDO, P. H. L. et al . Gestão de projetos: como
estruturar as atividades para a realização de projetos
de layout em sistemas de envasamento de bebidas na
indústria alimentícia. FTT Journal of Engineering and
Business , São Bernardo do Campo, 2018. Disponível
em:
http://journal.ftt.com.br/seer/index.php/FTT/article/view/75
. Acesso em: 20 maio 2021.
KUMAR, S. A.; SURESH, N. Production and operations management : with skill development,
caselets and cases. 2. ed. New Delhi: New Age International Ltd., Publishers, 2008.
NEUMANN, C.; SCALICE, R. K. Projeto de fábrica e layout . São Paulo: Campus. 2015.
RUSSELL, R. S.; TAYLOR III, B. W. Operations management : creating value along the supply
chain. 7. ed. New Jersey: Wiley, 2011.
SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção . 8 ed. São Paulo:
Atlas, 2018.
TRÓIA - Trailer Legendado. [ S. l.: s. n .], 2004. 1 vídeo (2 min 15 s). Publicado pelo canal
Newmoviebrasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lzyHXeMyI4Y . Acesso
em: 21 maio 2021.
PROJETO DE FÁBRICA
PLANEJAMENTO DO LAYOUT
Autor(a): Dra. Nara Stefano
Introdução
Olá, estudante! É com prazer que apresentamos a você este material. Durante nosso estudo,
falaremos como um bom layout desempenha um papel vital no sucesso comercial contínuo de um
projeto. Isso torna a planta segura e eficiente para construir , operar e manter , ao mesmo tempo
em que faz uso eficaz do terreno disponível. Um layout bem pensado também contribui para o
planejamento bem-sucedido dos estágios de planejamento e construção de um projeto. Um bom
layout não compensa o mau design do processo, mas um layout ruim pode facilmente levar a uma
planta malsucedida ou insegura . Mudanças no layout durante ou após a construção custam muito
dinheiro e tempo. Obter a configuração correta no papel antes do início da construção minimizará a
possibilidade disso.
Etapas do Projeto de
Layout e Projeto de Layout
da Área de Materiais
Prezado(a) estudante, você sabia que o layout da planta refere-se ao arranjo físico das instalações
de produção? É a configuração de departamentos , centros de trabalho e equipamentos em
processo de conversão, sendo uma planta baixa das instalações físicas que são utilizadas na
produção.
O layout é o arranjo físico das instalações dentro de uma fábrica ou instalação de serviço. O layout
de uma planta (NEUMANN; SCALICE, 2015) especifica onde várias máquinas e equipamentos serão
colocados, e afeta a produtividade e os custos de transporte (manuseio de materiais).
Por exemplo, os layouts de serviço inteligentes são extremamente importantes. A Disney gastou
grandes somas de dinheiro na configuração do protocolo de linha e sinalização de suas atrações. A
ideia era tornar a espera o mais agradável possível. Conforme a linha circula, as pessoas têm a
chance de fazer “ observação de individuos ”, que é uma forma de entretenimento apreciada por
muitos. Assim, um bom design de linha pode reduzir a frustração . Paredes espelhadas na frente
dos elevadores permitem que os indivíduos vejam a si mesmos, por exemplo (GUPTA; STARR,
2014).
Os corredores, degraus e elevadores do hospital devem ser projetados com o melhor transporte
disponível para os pacientes que estão sendo transferidos, por exemplo, das salas de raio-X para
seus quartos. O layout ideal do hospital interage com a invenção tecnológica .
A) Layout de processos
O volume do pedido de cada cliente é baixo e a sequência de operações necessárias para concluir
um pedido pode variar consideravelmente. Os layouts de processos em empresas de serviços
exigem grandes corredores para os clientes se moverem para frente e para trás e um amplo espaço
de exibição para acomodar suas diferentes preferências (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON,
2018).
Embora os trabalhadores possam operar várias máquinas ou realizar várias tarefas diferentes em
um único departamento, sua carga de trabalho frequentemente flutua - desde filas de trabalhos ou
clientes esperando para serem processados até o tempo ocioso entre trabalhos ou clientes.
A principal preocupação de layout para um processo é como localizar os departamentos ou centros
de máquina em relação uns aos outros . Embora cada trabalho ou cliente tenha potencialmente
uma rota diferente pela instalação, alguns caminhos serão mais comuns do que outros.
Informações anteriores sobre pedidos de clientes e projeções de pedidos podem ser usadas para
desenvolver padrões de fluxo na loja.
B) Layout de produto
Os layouts de produto (ou linhas de montagem) organizam as atividades em uma linha, de acordo
com a sequência das operações que precisam ser realizadas para montar um determinado produto
. Cada produto tem sua própria “linha”, projetada especificamente para atender às suas
necessidades. O fluxo de trabalho é ordenado e eficiente, passando de uma estação de trabalho
para outra, na linha de montagem, até que um produto acabado saia do final da linha (NEUMANN;
SCALICE, 2015).
Uma vez que a linha é configurada para um tipo de produto ou serviço, máquinas especiais podem
ser adquiridas para atender aos requisitos de processamento específicos de um produto. Os layouts
de produto são adequados para produção em massa ou operações repetitivas , em que a demanda
é estável e o volume é alto. O produto ou serviço é um padrão feito para um mercado geral, não para
um cliente específico (RUSSELL; TAYLOR III, 2011).
Agrupamento funcional de
Descrição Arranjo sequencial de atividades
atividades
Espaço de
Pequeno Grande
armazenamento
Caminho variável
Manuseio de materiais Caminho fixo (transportador)
(empilhadeira)
Devido ao alto nível de demanda , os layouts de produto são mais automatizados do que os layouts
de processo, e a função do colaborador é diferente . Os colaboradores executam tarefas de
montagem estritamente definidas, que não exigem salários tão altos quanto aqueles dos
trabalhadores mais versáteis em um layout de processo.
Tipos semelhantes de equipamentos ou trabalhos são agrupados . Os tornos, por exemplo, ficam
em um lugar e as prensas em outro. Para serviços, o arquivamento fica em uma sala e as
copiadoras em outra. Os inspetores estão em um só lugar, designers estão em outro. Os layouts do
processo de job shop facilitam o processamento de muitos tipos diferentes de trabalho em lotes
relativamente pequenos (GUPTA; STARR, 2014).
D) Layout celular
Esse layout é usado com uma equipe de indivíduos e máquinas trabalhando juntas para produzir
uma família de peças, como na tecnologia de grupo. O layout é projetado para facilitar a
transferência eficiente de trabalho entre as estações na célula. A configuração e a transferência são
programadas pelo sistema para trocas rápidas que permitem pequenas tiragens de um número
limitado de peças ou itens.
Esse layout é usado para produzir famílias de peças com eficiência , sem ênfase nos controles de
programação de computador, como nos layouts celulares. O layout é baseado na vantagem de
possuir semelhanças de recursos de design .
Alguns dos produtos em algumas oficinas de trabalho atingem volumes de demanda que permitem
que sejam operados por longos períodos como oficinas de fluxo intermitente. As peças modulares
projetadas para produtos geralmente têm grandes volumes que permitem a fabricação de celulares
ou layouts de tecnologia de grupo com, em alguns casos, vantagens de flow shop serializado
(GUPTA; STARR, 2014).
Ao mesmo tempo, outros trabalhos na oficina permanecem em baixos volumes , adequados apenas
para o layout de processo das oficinas de trabalho. A combinação produz uma orientação de layout
misto (ou híbrido).
Nesse layout , o produto não se move . As máquinas, os materiais e os indivíduos são trazidos para
o produto. Os exemplos incluem construção naval e um arranha-céu como o Burj Khalifa, em Dubai.
SAIBA MAIS
O projeto do layout das instalações é crítico porque pode ser duplicado em muitas instalações. Pense na
lanchonete favorita que você frequenta. Ao entrar, muitas vezes é difícil distinguir uma instalação de outra
na cidade ou em um estado diferente. O processo e o projeto das instalações de um restaurante de rede
são duplicados muitas vezes, de modo que a ineficiência é ampliada em cada local.
Leia o artigo “Mapeamento de layout em empresa de varejo: um estudo de caso” e saiba mais:
https://bit.ly/3uWmLHv
O objetivo na concepção de layouts é colocar os recursos próximos uns dos outros com base na
necessidade de proximidade . Essa necessidade, por exemplo, pode decorrer do número de viagens
que são feitas entre esses recursos ou de outros fatores, como compartilhamento de informações e
de comunicação. Existem algumas etapas na concepção de layouts da planta; a seguir, veremos
cada uma delas.
I) Coletar informações
A primeira etapa consiste em coletar informações que serão usadas para projetar um layout inicial .
Vários tipos de informações são necessários, tais como (REID; SANDERS, 2013):
Um plano de blocos pode ser desenvolvido por tentativa e erro , ou escolhendo entre uma variedade
de ferramentas de suporte à decisão . Primeiro, usa-se tentativa e erro para desenvolver um plano
de bloqueio melhor para a recuperação. Quando o problema de layout é pequeno , tentativa e erro
podem funcionar bem. No entanto, quando o problema é grande , pode ser necessário contar com o
software disponível. Independentemente da escolha de um software para tomar as decisões de
layout, é importante entender a lógica por trás da primeira opção, porque as ferramentas de suporte
à decisão são baseadas em heurísticas que usam lógica semelhante à usada na tentativa e erro.
Quando alguns movimentos são mais difíceis ou caros do que outros, isso deve ser refletido na
análise do fluxo de materiais. Se os métodos de manuseio forem fornecidos ou conhecidos, pode
ser relativamente simples “fatorar” o fluxo de material em cada rota, levando em consideração a
facilidade ou a dificuldade associada a cada classe ou tipo de material, a cada tipo de dispositivo de
manuseio. As considerações típicas incluem: velocidade, segurança, risco, número de pessoas
necessárias para fazer a mudança, interrupção da produção.
Existem vários métodos diferentes de análise do fluxo de materiais. Parte do problema, é claro, é
saber qual método usar para determinado projeto.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Desde o início da manufatura organizada, um esforço considerável foi despendido para tornar a
instalação de manufatura a mais eficiente possível. As localizações e as disposições dos
departamentos e centros de trabalho contribuem, em grande medida, para a maneira como uma
instalação está operando.
I. Os layouts de produtos são usados para obter um fluxo rápido e suave de grandes volumes de
mercadorias ou clientes por meio de um sistema.
II. Os layouts de processo são projetados para processar itens ou fornecer serviços que envolvem
uma variedade de requisitos de processamento.
IV. A produção de tecnologia em grupo é um tipo de layout no qual as estações de trabalho são
agrupadas no que é conhecido como uma célula.
a) V, F, F, F.
b) V, F, V, F.
c) V, V, V, F.
d) V, V, F, F.
e) F, F, F, V.
Aplicação na Indústria e
em Serviços
As linhas de montagem são um caso especial de layout de produto. Em um sentido geral, o termo linha de montagem refere-se
à montagem progressiva , ligada por algum dispositivo de manuseio de materiais.
A suposição usual é que alguma forma de ritmo está presente e o tempo de processamento permitido é equivalente para
todas as estações de trabalho. Dentro dessa definição ampla, existem diferenças importantes entre os tipos de linha (KUMAR;
SURESH, 2008).
Alguns deles são: dispositivos de manuseio de materiais (esteira ou esteira rolante, ponte rolante);
configuração de linha (em forma de U, reta, ramificada); ritmo (mecânico, humano); mix de produtos
(um produto ou vários produtos); características da estação de trabalho (os indivíduos podem
sentar, ficar de pé, andar com a linha ou percorrer a linha); e comprimento da linha (poucos ou
muitos indivíduos). Segundo Kumar e Suresh (2008, p. 48):
Considere o caso das linhas de montagem tradicionais ilustradas na Figura 3.1, a seguir. Vamos
analisá-la:
Figura 3.1 – Linha de montagem tradicional
Fonte: Kumar e Suresh (2008, p. 48).
#PraCegoVer : a figura mostra uma linha de montagem com os seguintes processos: primeiro – uma peça
por minuto; segundo – transportadora. Logo abaixo do processo, temos a explicação: primeira operação 3
minutos/unidade/operador; segunda operação 1 minuto/unidade; e terceira operação 2
minutos/unidade/operador.
Nesse exemplo, as peças se movem ao longo de um transportador a uma taxa de uma peça por
minuto para três grupos de estações de trabalho. A primeira operação requer 3 minutos por
unidade; a segunda operação leva 1 minuto por unidade; e a terceira requer 2 minutos por unidade.
O número de operadores em cada posto de trabalho foi escolhido para que a linha fosse balanceada
. Como três operadores trabalham simultaneamente na primeira estação de trabalho, em média,
uma parte será concluída a cada minuto. Isso também é válido para as outras duas estações. Como
as peças chegam a uma taxa de uma por minuto, também são concluídas com essa taxa.
Desse modo, uma linha de modelos mistos produz vários itens pertencentes à mesma família. Uma
linha de modelo único produz um modelo sem variações. A produção de modelos mistos permite
que uma fábrica atinja uma produção de alto volume e uma variedade de produtos. No entanto, isso
complica a programação e aumenta a necessidade de uma boa comunicação sobre as peças
específicas a serem produzidas em cada estação.
O principal fator considerado para os prestadores de serviço é o impacto da localização nas vendas
e na satisfação do cliente. Os clientes geralmente observam a proximidade de uma instalação de
serviço, principalmente se o processo exigir um contato considerável com eles.
Consequentemente, os layouts das instalações de serviço devem fornecer uma entrada fácil a partir
das estradas . Áreas de embalagem bem organizadas , instalações de fácil acesso, calçadas bem
projetadas e áreas de estacionamento são alguns dos requisitos do layout das instalações de
serviço.
#PraCegoVer : a figura mostra dois painéis com imagem. O painel (a) mostra o layout de serviço para
manutenção de automóveis, que apresenta os seguintes elementos: Check-in; Serviço; Lavagem;
Estacionamento; e Escritório. O painel (b) mostra o layout para serviço de hospital e exibe os seguintes
componentes: Ala 1; Ala 2; Consultórios; Consultórios; Sala de cirurgia; Sala de espera de pacientes; Saída;
Raio-x e laboratórios; Utilitários; Loja médica; Recepção.
O layout da instalação de serviço é projetado com base no grau de contato com o cliente e no
serviço fornecido para ele. Esses layouts de serviço seguem os convencionais, conforme
necessário. Por exemplo, para posto de serviço de carro, é adotado o layout do produto, em que as
atividades de manutenção de um carro seguem uma sequência de operação independentemente do
tipo de veículo. O serviço hospitalar é o melhor exemplo de adaptação do layout de processo. Nesse
caso, o serviço necessário para um cliente seguirá um caminho independente.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
a) manuseio de materiais.
b) máquinas para fins especiais.
c) matéria-prima.
d) mão de obra qualificada.
e) células de produção.
Caro(a) estudante, atenção! Cabe ressaltar que a necessidade de estudo e planejamento cuidadoso
de um sistema de manuseio de materiais pode ser atribuída a dois fatores . Em primeiro lugar, os
custos de manuseio de materiais representam uma grande parte do custo de produção. Em
segundo lugar, o manuseio de materiais afeta as operações e o projeto das instalações em que é
implementado.
Isso leva ao objetivo principal do projeto de sistemas de manuseio de materiais – reduzir o custo de
produção por meio de manuseio eficiente ou, mais especificamente: aumentar a eficiência do fluxo
de material, garantindo a disponibilidade de materiais quando e onde forem necessários; reduzir o
custo de manuseio de materiais; melhorar a utilização das instalações; melhorar a segurança e as
condições de trabalho ; facilitar o processo de fabricação; e aumentar a produtividade.
Projetar e operar sistemas de manuseio de materiais é uma tarefa complexa devido aos inúmeros
problemas envolvidos. Não existem regras definidas que podem ser seguidas para obter um
sistema de manuseio de materiais bem-sucedido. No entanto, existem várias diretrizes que podem
resultar na redução do custo do sistema e no aumento de sua eficiência . Essas diretrizes são
conhecidas como princípios de manuseio de materiais (SULE, 2008). Eles representam a
experiência de designers que trabalharam no projeto e nas operações de sistemas de manuseio. Os
20 princípios de manuseio de materiais estão listados no Quadro 3.2, a seguir. Vamos analisar seu
conteúdo e aprender mais:
Princípio Descrição
Esses princípios também podem ser compilados de forma ligeiramente diferente para sugerir como
os objetivos devem ser alcançados . Por exemplo, para reduzir o custo de manuseio, deve-se reduzir
o manuseio desnecessário, planejando adequadamente a movimentação de materiais; entregando
as unidades no local desejado pela primeira vez sem escalas; usando equipamentos adequados de
manuseio de materiais, como empilhadeiras, paletes, caixas e transportadores; substituindo
equipamentos obsoletos por sistemas novos e mais eficientes, quando a economia o justificar; e
reduzindo a relação entre o peso morto (paletes, caixas) e a carga útil. Também é possível usar
cargas unitárias e mover o máximo de peças possível ao mesmo tempo.
REFLITA
Finalmente, as características físicas do edifício, como largura do corredor, altura do teto e colunas,
afetarão a seleção do equipamento e seu roteamento.
ESPECIFICAÇÕES DO PLANEJAMENTO
DE LAYOUT DE MATERIAIS
De modo geral, as etapas a serem seguidas na concepção de um sistema de
manuseio, assumindo que o layout já foi preparado, são as apresentadas a
seguir.
Fonte: tarapong / 123RF.
Essas etapas são mais facilmente declaradas do que seguidas e devem ser repetidas várias vezes
até que a compatibilidade entre os componentes da equação de manuseio de materiais seja
garantida . Durante o projeto do sistema, os objetivos e os princípios do manuseio de materiais
devem ser mantidos em mente. Alcançar tantos objetivos e princípios quanto for possível resultará
em um projeto satisfatório e eficiente . Embora não haja referência para medir sua qualidade , um
bom projeto de manuseio de materiais deve possuir a maioria ou todas as seguintes características
:
bem planejado;
seguro;
Por que essa atividade está acontecendo? Por exemplo, mover uma unidade de entrada do
recebimento para a inspeção e, depois, de volta para o recebimento pode ser evitado se a inspeção
de garantia de qualidade final ocorrer no fornecedor e se pudermos confiar nos dados dele.
A pergunta está associada à compreensão do tipo de material a ser tratado. O material a ser
movido e sua frequência podem definir o tipo de equipamento e de acessórios que podem ser
usados na movimentação desse material. Por exemplo, pequenas unidades discretas podem ser
manuseadas por um transportador ou por uma empilhadeira por unitização, enquanto grandes
unidades volumosas, como vasos de pressão, podem precisar de um guindaste. Listas de peças e
materiais e programações de produção são boas fontes dessas informações.
Como indicar o método para a movimentação? Ao analisar o método, aspectos ineficientes e caros
são revelados . Gráficos de operações e dados de estudo de tempo são úteis nessa análise.
Quem é a pessoa responsável pelo manuseio do material, bem como a mão de obra necessária para
tal tarefa? Mão de obra suficiente é necessária para um trabalho eficiente e, embora o grau de
mecanização determine a mão de obra, os trabalhadores que manuseiam o material também
devem perceber sua responsabilidade e importância no bom funcionamento da fábrica.
Fazer essas perguntas sobre os sistemas de manuseio de materiais, especialmente sobre as áreas
problemáticas, revela a natureza das dificuldades gerais. Na maioria dos casos, as respostas
sugerem o modo de melhoria e/ou fornecem orientação sobre locais em que estudos mais
aprofundados seriam apropriados.
vamos praticar
Vamos Praticar
O objetivo principal do layout da fábrica é maximizar a produção a um custo mínimo. O layout
deve ser projetado de forma que seja flexível para ser alterado de acordo com novos processos e
técnicas de produção. O layout deve ser capaz de satisfazer às necessidades de todos aqueles que
estão associados ao sistema de produção, como colaboradores, supervisores, gerentes etc., para
cumprir as metas planejadas, entre tantos outros aspectos.
Aponte os principais objetivos que você considera importantes para o planejamento de um layout
de fábrica.
Layout de Materiais e
Facilities
Caro(a) estudante, note que as boas práticas de layout alcançam um equilíbrio entre os requisitos
de segurança , economia , proteção do público e do meio ambiente, construção, manutenção,
operação, espaço para expansão futura e necessidades de processo . Também levará em
consideração as condições climáticas, as legislações e as regulamentações específicas de cada
país, bem como a estética e a percepção pública.
A. Edifício da fábrica.
B. Iluminação.
C. Condições climáticas.
D. Ventilação.
A) Edifício da fábrica
A construção de uma fábrica é o fator mais importante a ser considerado para cada empresa
industrial. Uma construção de fábrica moderna é necessária para fornecer proteção para homens,
máquinas, materiais, produtos, ou mesmo para os segredos da empresa. Deve servir como parte
das instalações de produção e como fator para maximizar a economia e a eficiência nas operações
da planta. Também deve oferecer um ambiente de trabalho agradável e confortável e projetar a
imagem e o prestígio da gestão. É por essas razões que a construção da fábrica adquire grande
importância.
Os seguintes fatores são considerados para um edifício industrial: projeto do edifício e tipos de
edifícios, ilustrados na Figura 3.3. Vamos analisá-la juntos:
Figura 3.3 - Projeto e tipo de edifício
Fonte: Adaptada de Kumar e Suresh (2008).
#PraCegoVer : a figura mostra duas caixas, conectando-as com outras. A primeira (projeto do edifício)
está conectada à que diz: “Flexibilidade: é uma das considerações importantes, porque o edifício tende a
se tornar obsoleto e fornece maior eficiência operacional, mesmo quando os processos e a tecnologia
mudam”. A segunda mostra: “Produto e equipamento: tipo de produto a ser fabricado, determinação do
espaçamento entre colunas, tipo de piso, de teto, de aquecimento e de ar-condicionado. Um produto de
natureza temporária pode exigir uma construção menos cara, o que seria um produto de natureza mais
permanente”. A terceira exibe: “Expansibilidade: o crescimento e a expansão são naturais para qualquer
empresa de manufatura. Eles são os indicadores da prosperidade de um negócio”. A quarta mostra:
“Instalações para funcionários e área de serviço: as instalações para funcionários devem encontrar um
lugar adequado no projeto do edifício, pois afetam profundamente a moral, o conforto e a produtividade. O
plano de construção deve incluir instalações para refeitórios, refeitórios, refrigeradores de água, área de
estacionamento e afins”. A segunda caixa (tipo de edifício) está conectada por: “Edifícios de um único
andar: a maioria dos edifícios industriais que agora são projetados e construídos são de um só andar,
onde os terrenos estão disponíveis a preços razoáveis. Uma construção de um andar é preferível quando o
manuseio de materiais é difícil, porque o produto é grande ou pesado, a iluminação natural é desejada,
cargas pesadas no piso são necessárias e mudanças frequentes no layout são previstas” e “Edifícios de
múltiplos andares: para escolas, faculdades, complexos comerciais e residenciais, e indústrias de serviços
como software, BPO etc., estruturas de vários andares são geralmente populares, especialmente nas
cidades. Esses edifícios são úteis na fabricação de produtos leves, quando a aquisição de terrenos se
torna difícil e cara, e quando a carga do piso é menor”.
De um modo geral, as fábricas têxteis, as indústrias alimentares, as fábricas de detergentes, as
indústrias químicas e a indústria de software utilizam esses tipos de edifícios.
B) Iluminação
Estima-se que 80% das informações necessárias para fazer o trabalho são percebidas visualmente.
A boa visibilidade do equipamento , do produto e dos dados envolvidos no processo de trabalho é
um fator essencial para acelerar a produção, reduzir o número de produtos defeituosos, diminuir
desperdícios e prevenir fadiga visual e dores de cabeça nos trabalhadores. Também se pode
acrescentar que tanto a visibilidade inadequada como o encadeamento são frequentemente
causadores de acidentes . A princípio, a iluminação deve ser adaptada ao tipo de trabalho (KUMAR;
SURESH, 2008).
A limpeza regular das luminárias é essencial. Contrastes excessivos nos níveis de iluminação entre
a tarefa do trabalhador e o ambiente geral também devem ser evitados . O uso de luz natural deve
ser incentivado , com a instalação de janelas que se abrem, considerando a hora do dia em que
ocorrem os trabalhos, a distância entre os postos de trabalho e as janelas e a presença ou ausência
de persianas.
Por esse motivo, é essencial ter iluminação artificial, que permitirá às pessoas manter uma visão
adequada e garantirá que as relações de intensidade de iluminação entre a tarefa, os objetos ao
redor e o ambiente geral sejam mantidas. A fim de fazer o melhor uso da iluminação no local de
trabalho, os seguintes pontos devem ser levados em consideração (KUMAR; SURESH, 2008):
a. para uma distribuição uniforme da luz, instalar um interruptor independente para a fileira de
luminárias mais próxima das janelas. Isso permite que as luzes sejam ligadas e desligadas,
dependendo da luz natural, se for suficiente ou não;
b. para evitar reflexos, é preciso evitar superfícies de trabalho muito brilhantes e lustrosas;
c. usar iluminação localizada para atingir o nível desejado para um trabalho específico;
e. evitar o contato direto dos olhos com as fontes de luz. Isso geralmente é possível posicionando
as fontes na propriedade adequadamente. O uso de difusores também é bastante eficaz.
C) Condições climáticas
O controle das condições climáticas no local de trabalho é de suma importância para a saúde e o
conforto dos colaboradores e para a manutenção de maior produtividade . Com excesso de calor
ou frio, os colaboradores podem se sentir muito desconfortáveis e a eficiência diminui. Ademais,
isso pode causar acidentes . O corpo humano funciona de modo a manter o sistema nervoso
central e os órgãos internos em temperatura constante . Ele mantém o equilíbrio térmico necessário
pela troca contínua de calor com o meio ambiente. Assim, é imprescindível evitar calor ou frio
excessivo e, sempre que possível, manter as condições climáticas ótimas para que o corpo
mantenha um equilíbrio térmico .
No controle do ambiente térmico, um ou mais dos seguintes princípios podem ser aplicados
(KUMAR; SURESH, 2008):
regular a temperatura da sala de trabalho, evitando a entrada de calor ou frio externo ( design
aprimorado do telhado, material de isolamento ou instalação de uma sala de trabalho com
ar-condicionado. O item é caro, especialmente em fábricas, mas, às vezes, vale a pena
investir, se um tipo apropriado for escolhido);
controle da umidade com o objetivo de mantê-la em níveis baixos, evitando, por exemplo, a
fuga de vapor de tubulações e equipamentos;
redução do tempo de exposição, por exemplo, por mecanização, por controle remoto ou por
alternância de horários de trabalho;
D) Ventilação
A ventilação dispersa o calor gerado por máquinas e pessoas no trabalho, por isso, a instalação
adequada deve ser considerada um fator importante na manutenção da saúde e da produtividade
do trabalhador. Exceto em espaços confinados, todos os locais de trabalho têm alguma ventilação
mínima. Para garantir o fluxo de ar necessário (que não deve ser inferior a 50 metros cúbicos de ar
por trabalhador por hora), o ar precisa ser trocado entre quatro a oito vezes por hora em escritórios
ou para colaboradores sedentários, entre oito e 12 vezes por hora em oficinas e até 15 a 30 ou mais
vezes por hora em locais públicos ou com altos níveis de poluição atmosférica ou umidade
(MORAN, 2016).
A velocidade do ar usada para a ventilação do local de trabalho deve ser adaptada à temperatura e
ao gasto de energia: para trabalho sedentário, deve exceder 0,2 metros por segundo; mas, para um
ambiente quente, a velocidade ótima é entre 0,5 e 1 metro por segundo.
Para trabalhos perigosos, pode ser ainda maior. Certos tipos de trabalho a quente podem ser
tolerados direcionando-se um jato de ar frio para os colaboradores. A ventilação natural, obtida pela
abertura de janelas ou por ventilações nas paredes ou tetos, pode produzir fluxos de ar
significativos, mas só pode ser usada em climas relativamente amenos.
A eficácia desse tipo de ventilação depende muito das condições externas . Onde a ventilação
natural é inadequada, a artificial deve ser usada. A escolha pode ser feita entre um sistema de ar
soprado, um sistema de exaustão de ar ou uma combinação de ambos ( ventilação push-pull ).
Apenas os sistemas de ventilação push-pull permitem uma melhor regulação do movimento do ar.
Instalações de bem-estar oferecidas no local de trabalho ou por meio dele podem ser fatores
importantes. Algumas são muito básicas , mas frequentemente ignoradas, como água potável e
banheiros ; outras podem parecer menos necessárias, mas geralmente têm uma importância muito
maior para os trabalhadores em comparação ao custo para a empresa.
Beber água : a água potável fria e segura é essencial para todos os tipos de trabalho,
especialmente em um ambiente quente. Sem ela, o cansaço aumenta rapidamente e a
produtividade diminui. Água potável adequada deve ser fornecida e mantida em pontos
convenientes.
Instalações sanitárias : devem existir instalações sanitárias higiênicas em todos os
locais de trabalho e vestiários. Os lavatórios, como pias com sabão e toalhas, ou
chuveiros, devem ser colocados dentro dos vestiários ou próximo a eles.
Primeiros socorros e instalações médicas : estão diretamente relacionadas à saúde e
segurança dos colaboradores. As caixas de primeiros socorros devem ser claramente
marcadas e convenientemente localizadas, e conter apenas requisitos de um padrão
prescrito, a cargo de pessoa qualificada.
Instalações de descanso : podem incluir assentos, banheiros, salas de espera e
abrigos. Elas ajudam os colaboradores a se recuperarem do cansaço e a se afastarem
de uma estação de trabalho barulhenta, poluída ou isolada.
Instalações de alimentação : é necessária uma refeição completa no local de trabalho,
quando os colaboradores residem a alguma distância, e quando o horário de trabalho é
tão organizado que os intervalos para refeição são curtos.
Instalações de cuidado infantil : devem ser em locais seguros, arejados, limpos e bem
iluminados. As crianças devem ser cuidadas por pessoal qualificado, com a oferta de
comida, educação, bebidas e brincadeiras a um custo muito baixo.
Instalações de recreação : oferecem aos colaboradores a oportunidade de passar seu
tempo de lazer em atividades que possam aumentar o bem-estar físico e mental.
Cursos especiais de treinamento educacional e profissional também podem ser
organizados.
vamos praticar
Vamos Praticar
As matérias-primas constituem uma parte crítica da manufatura, bem como da organização de
serviços. Em qualquer organização, uma quantidade considerável de manuseio de materiais é
feita de uma forma ou de outra. Essa movimentação é feita manualmente ou por meio de um
processo automatizado. Ao longo do material, processos de manuseio significativos de segurança
e saúde, e desafios são apresentados aos trabalhadores, bem como à gestão.
FILME
TRAILER
LIVRO
ISBN : 978-85-352-5407-5.
Referências
A FANTÁSTICA Fábrica de Chocolate (2005) - Trailer. [ S. l.: s. n
.], 2011. 1 vídeo (2 min 27 s). Publicado pelo canal
apiciuslivraria. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=gguVvhNheCM . Acesso em: 30 maio 2021.
GUPTA, S.; STARR, M. Production and operations management systems . Boca Raton: CRC Press, 2014.
KUMAR, S. A.; SURESH, N. Production and operations management : with skill development, caselets and
cases. 2. ed. Nova Deli: New Age International Publishers, 2008.
NEUMANN, C.; SCALICE, R. K. Projeto de fábrica e layout . Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
REID, R. D.; SANDERS, N. R. Operations management : an integrated approach. 5. ed. Nova Jersey: Wiley,
2013.
RUSSELL, R. S.; TAYLOR III, B. W. Operations management : creating value along the supply chain. 7. ed.
Nova Jersey: Wiley, 2011.
SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção . 8. ed. São Paulo: Atlas,
2018.
SULE, D. R. Manufacturing facilities : location, planning, and design. 3. ed. Boca Raton: CRC Press, 2008.
PROJETO DE FÁBRICA
PLANEJAMENTO DO
DIMENSIONAMENTO
Autor(a): Dra. Nara Stefano
Introdução
Olá, estudante! Como vai?
Iniciamos nossa jornada de estudos conhecendo o layout físico e o processo de transformação que
uma organização emprega, que são fatores críticos para o gerenciamento estratégico de
operações . Isso ocorre porque, tanto o layout quanto, mais especificamente, o processo de
transformação do processo (ou escolha do processo, como às vezes é chamada) fornecem pistas
sobre o que a organização pode fazer, bem como o que não pode fazer. Isso é importante porque,
às vezes, uma organização será atraída por uma oportunidade de mercado, e a tentativa se revelará
inútil, porque a escolha apropriada do processo não está em vigor. No entanto, em alguns setores, o
layout não é uma questão de escolha. Isso aplica-se a operações em que o cliente interage com o
provedor de serviços. Um exemplo clássico é um hotel. Os quartos do hotel são limpos em lotes,
cada funcionário sendo alocado de dez a quinze quartos para o serviço. Idealmente, eles devem ser
organizados por processo ou produto ; na realidade, eles têm uma posição fixa. O layout é fixo,
embora os clientes que utilizam os quartos sejam processados em lotes.
Modelagem e
dimensionamento
de processos produtivos
Por um lado, a maioria dos colaboradores rapidamente ficaria entediada com o escopo limitado do
trabalho. Por outro lado, o número de colaboradores necessários para concluir até mesmo um
produto ou serviço simples seria enorme. Em vez disso, as tarefas são agrupadas em pacotes
gerenciáveis e atribuídas a estações de trabalho com um ou dois operadores.
Mas quais critérios determinam um layout satisfatório ? Veja no infográfico a seguir algumas
medidas de eficácia do layout.
#PraCegoVer : o infográfico estático está representado por uma imagem com sete linhas horizontais em
tons de azul-claro e azul-escuro, enumeradas de 1 a 7, de cima para baixo. O infográfico apresenta o título
“ Layout ” e os seguintes textos: na primeira linha, de número 1, apresenta o título “Capacidade”, que
contém o seguinte texto: “taxa de transferência. O objetivo é maximizar os volumes totais de produção e
as taxas de transferência”. Na segunda linha, de número 2, apresenta o título “Equilíbrio”, que contém o
seguinte texto: “para um equilíbrio perfeito, as taxas de transferência de operações consecutivas são
100% alinhadas e sincronizadas. Aplicável a flow shops e projetos; mais difícil de avaliar para job shops —
embora o equilíbrio das taxas de trabalho para job shops seja sempre desejável. O objetivo é o equilíbrio
perfeito”. Na terceira linha, de número 3, apresenta o título “Quantidade de investimento e custos
operacionais”, que contém o seguinte texto: “despesas mínimas são a meta”. Na quarta linha, de número
4, apresenta o título “Flexibilidade para alterar layouts ”, que contém o seguinte texto: “o objetivo é
maximizar a facilidade de mudança”. Na quinta linha, de número 5, apresenta o título “Quantidade de
trabalho em processo (WIP)”, que contém o seguinte texto: “o objetivo é minimizar unidades de estoque”.
Na sexta linha, de número 6, apresenta o título “Distância que as peças percorrem”, que contém o seguinte
texto: “economizar somas de uma polegada viajada milhares de vezes por dia para economias
consideráveis. O objetivo é minimizar o tempo total de viagem e a distância”. Na sétima e última linha, de
número 7, apresenta o título “Armazenamento para WIP”, que contém o seguinte texto: “quanto
equipamento de manuseio é necessário para mover as peças de um local para outro na instalação. O
objetivo é minimizar o espaço usado para armazenamento e minimizar o equipamento em movimento”.
Estudante, todos os sete critérios apresentados podem ser avaliados de forma crua, mas com
percepções razoavelmente corretas, usando modelos de planta baixa. Os desenhos da planta baixa
são métodos gráficos de tentativa e erro usados por decoradores de interiores . Eles usam
recortes de papel que representam os móveis. Segundo Gupta e Starr (2014, p. 397):
Os modelos de layout de planta podem ser 2D ou 3D. Frequentemente, plantas baixas 2D,
com recortes feitos de modelos, são usadas para representar as várias peças do
equipamento. Quando transportadores são empregados, os requisitos de espaço no alto
podem ser importantes, e modelos 3D de ‘casa de bonecas’ são preferidos. Caso
contrário, é um planejamento plano que significa que estudos detalhados foram
concluídos e estão sendo avaliados. Essas técnicas são úteis para uma abordagem
incremental de um layout satisfatório. Eles não trazem nenhum poder quantitativo para
suportar. Embora um layout ideal baseado em números possa estar longe de ser
satisfatório, as informações quantitativas podem ajudar na criatividade.
O espaço físico é dividido em áreas que se conformam aos layouts do piso, incluindo diferentes
áreas de trabalho, escadas, elevadores, banheiros etc. Os locais do espaço físico são designados
como A, B, C, D e E. Observe a Figura 4.1:
Figura 4.1 – Layout (com áreas A, B, C, D e E e centros de trabalho 1-5 atribuídos às áreas)
Fonte: Adaptada de Gupta e Starr (2014).
#PraCegoVer : a figura mostra a planta de um layout especificado em três locais, ou seja, A(1), B(2), C(3),
D(4), E(5).
A distância média que deve ser percorrida entre as áreas A, B, C, D e E é mostrada na Tabela 4.1.
Por exemplo, a distância entre os locais A e D é de 9,7 metros; entre os locais B e C, é de 4,8 metros
etc. A Tabela 4.1 é chamada de matriz de distância . Essa matriz é simétrica, assim, a distância de
A a D (9,7 metros) é a mesma que a distância de D a A. No entanto, a simetria nem sempre se
mantém por causa de passagens unilaterais, escadas rolantes, correias transportadoras e sistemas
de distribuição de alimentação por gravidade. Observe:
PARA
A B C D E
A 0 3 6 10 12
B 3 0 5 5,4 6
DE C 6 5 0 3,6 4,5
D 10 5,4 3,6 0 3
E 12 6 4,5 3 0
#PraCegoVer : a tabela tem sete colunas, a primeira designa “DE”, a segunda mostra três locais
(A, B, C, D e E) e, acima, uma linha chamada “PARA”. Na linha três: “A” para A” temos o valor 0
(coluna três); “A” para “B” temos o valor 3 (coluna quatro); “A” para C” temos o valor 6 (coluna
cinco); “A” para D” temos o valor 10 (coluna seis); “A” para E” temos o valor 12 ( coluna sete).
Na linha quatro: “B” para “A” temos o valor 3 (coluna três); “B” para “B” temos o valor 0 (coluna
quatro); “B” para “C” temos o valor 5 (coluna cinco); “B” para “D” temos o valor 5,4 ( coluna
seis); “); “B” para “E” temos o valor 6 (coluna sete). Na linha cinco: “C” para “A” temos o valor 6
(coluna três); “C” para “B” temos o valor 5 (coluna quatro); “C” para “C” temos o valor 0 (coluna
cinco); “C” para “D” temos o valor 3,6 (coluna seis); “); “C” para “E” temos o valor 4,5 (coluna
sete). Na linha seis: “D” para “A” temos o valor 10 (coluna três); “D” para “B” temos o valor 5,4
(coluna quatro); “D” para “C” temos o valor 3,6 (coluna cinco); “D” para “D” temos o valor 0
(coluna seis); “D” para “E” temos o valor 3 (coluna sete). Na linha sete: “E” para “A” temos o
valor 12 (coluna três); “E” para “B” temos o valor 6 (coluna quatro); “E” para “C” temos o valor
4,5 (coluna cinco); “E” para “D” temos o valor 3 (coluna seis); “E” para “E” temos o valor 0
(coluna sete).
Um arranjo físico adequado contribui para que as atividades sejam realizadas com segurança, com
uso eficiente do espaço físico e com níveis de produtividade e flexibilidade definidos.
O layout é projetado em torno de trabalhos que são mais importantes porque são os mais
frequentes, envolvem o maior número de unidades, são os mais difíceis e caros de transportar ou
são os mais lucrativos. Frequentemente, não mais do que 20% dos empregos consomem 80% dos
recursos de transporte. Para os trabalhos mais importantes, o objetivo é minimizar a distância total
percorrida . Matrizes apropriadas para esses empregos especiais devem ser criadas e estudadas.
A Tabela 4.2 apresenta a informação relativa ao número de unidades que se deslocam entre os
centros de trabalho com base na análise das funções selecionadas para conceber o layout. Por
exemplo, 100 unidades são movidas do centro de trabalho 1 para o centro de trabalho 2; 60
unidades são movidas do centro de trabalho 1 para o centro de trabalho 3; e assim por diante.
Observe:
PARA
1 2 3 4 5
1 0 100 60 80 20
2 40 0 50 10 90
DE 3 80 90 0 60 30
4 120 10 40 0 70
5 110 5 5 30 0
Tabela 4.2 – Matriz de carga – número de unidades sendo movidas entre centros de trabalho
Fonte: Adaptada de Gupta e Starr (2014).
#PraCegoVer : a tabela tem sete colunas; a primeira designa “DE”, a segunda mostra três
locais (1, 2, 3, 4 e 5) e, acima, uma linha chamada “PARA”. Na linha três: “1” para 1” temos o
valor 0 (coluna três); “1” para 2” temos o valor 100 (coluna quatro); “1” para 3” temos o valor 60
(coluna cinco); “1” para 4” temos o valor 80 ( coluna seis); “1” para “5” temos o valor 20 (
coluna sete). Na linha quatro: “2” para 1” temos o valor 40 (coluna três); “2” para 2” temos o
valor 0 (coluna quatro); “2” para 3” temos o valor 50 (coluna cinco); “2” para 4” temos o valor 10
( coluna seis); “); “2” para 5” temos o valor 90 ( coluna sete). Na linha cinco: “3” para 1” temos o
valor 80 (coluna três); “3” para 2” temos o valor 90 (coluna quatro); “3” para “3” temos o valor 0
(coluna cinco); “3” para 4” temos o valor 60 (coluna seis); “3” para 5” temos o valor 30 (coluna
sete). Na linha seis: “4” para 1” temos o valor 120 (coluna três); “4” para 2” temos o valor 10
(coluna quatro); “4” para 3” temos o valor 40 (coluna cinco); “4” para 4” temos o valor 0 (coluna
seis); “4” para 5” temos o valor 70 (coluna sete). Na linha sete: “5” para “1” temos o valor 110
(coluna três); “5” para “2” temos o valor 5 (coluna quatro); “5” para “3” temos o valor 5 (coluna
cinco); “5” para “4” temos o valor 30 (coluna seis); “5” para “5” temos o valor 0 (coluna sete).
A matriz da Tabela 4.2 não é simétrica. Por exemplo, 80 unidades movem-se do centro de trabalho
3 para o centro de trabalho 1. A palavra “carregar” ou “carga” é um termo genérico e pode
representar o número de unidades movidas, o peso, o volume do produto que é movido ou o número
de viagens que são feitas entre departamentos.
Gupta e Starr (2014) salientam que as matrizes de carga e distância podem ser combinadas em
uma matriz carga-distância fornecida (Tabela 4.3). A matriz carga-distância multiplica a distância e
a carga para cada combinação do centro de trabalho e da área de localização. Por exemplo, 100
unidades movem-se do centro de trabalho 1 (localizado em A) para o centro de trabalho 2
(localizado em B) por uma distância de 10 pés (distância entre os locais A e B). Observe a tabela a
seguir:
#PraCegoVer : a tabela apresenta seis colunas (A(1), B(2), C(3), D(4), E(5) e seis linhas (A(1),
B(2), C(3), D(4), E(5)). A linha dois apresenta: A(1) e A(1) = 0; A(1) e B(2) = 300; A(1) e C(3) =
360; A(1) e D(4) = 800; A(1) e E(5) = 240. A linha três apresenta: B(2) e A(1) = 120; B(2) e B(2) =
0; B(2) e C(3) = 250; B(2) e D(4) = 54; B(2) e E(5) = 540. A linha quatro apresenta: C(3) e A(1) =
480; C(3) e B(2) = 450; C(3) e C(3) = 0; C(3) e D(4) = 216; C(3) e E(5) = 135. A linha cinco
apresenta: D(4) e A(1) = 1200; D(4) e B(2) = 30; D(4) e C(3) = 144; D(4) e D(4) = 0; D(4) e E(5) =
210. A linha seis apresenta: E(5) e A(1) = 1320; E(5) e B(2) = 30; E(5) e C(3) = 22,5; E(5) e D(4) =
90; E(5) e E(5) = 0.
Estudante, observe a combinação de células A (1) (o número da linha) e B (2) (o título da coluna) na
Tabela 4.3 e perceba que a distância total percorrida por todos os itens que se movem de A (1) para
B (2) é de 300 metros-unidade (Tabela 4.3). Da mesma forma, as distâncias totais percorridas de A
(1) a C (3), A (1) a D (4) e A (1) a E (5) são 360, 800 e 240 metros unitários, respectivamente. Dessa
forma, as distâncias percorridas entre cada combinação de centros de trabalho podem ser
calculadas . O número total de metros-unidade percorridos nesse layout é 7015,5.
Esse é o melhor layout ? Não se pode dizer sim ou não até que alguns layouts alternativos sejam
avaliados. Pode haver outro layout melhor do que o layout atual. Para esse problema, existem cinco
formas (fatoriais) (5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120) para atribuir cinco centros de trabalho a cinco locais.
Considere, por exemplo, as seguintes atribuições: A (1), B (4), C (5), D (3) e E (2), chamado de Layout
-2. Os cálculos mostram que uma melhoria resulta quando essas novas atribuições são usadas.
Essas novas atribuições são a base da Tabela 4.4, apresentada a seguir:
A(1) B(4) C(5) D(3) E(2)
#PraCegoVer : a tabela apresenta seis colunas (A(1), B(4), C(5), D(3), E(2) e seis linhas (A(1),
B(4), C(5), D(3), E(2)). A linha dois apresenta: A(1) e A(1) = 0; A(1) e B(4) = 244; A(1) e C(5) =
122; A(1) e D(3) = 585; A(1) e E(2) = 1219. A linha três apresenta: B(4) e A(1) = 366; B(4) e B(4)
= 20; B(4) e C(5) = 341; B(4) e D(3) = 220; B(4) e E(2) = 61. A linha quatro apresenta: C(5) e A(1)
= 670; C(5) e B(4) = 146; C(5) e C(5) = 0; C(5) e D(3) = 18; C(5) e E(2) = 23. A linha cinco
apresenta: D(3) e A(1) = 780; D(3) e B(4) = 329; D(3) e C(5) = 110; D(3) e D(3) = 0; D(3) e E(2) =
275.
O número total de metros-unidade percorridos nesse layout é 6621. Os metros unitários percorridos
diminuíram em 394,5. Isso é uma melhoria de aproximadamente 6%. É provável que diminuições
adicionais possam ser alcançadas ao se estudar as matrizes e tentar eliminar atribuições
incorretas de volumes de unidades pesadas para movimentos de grande distância. Em vez disso, as
regras heurísticas são usadas para desenvolver um layout razoavelmente bom (não
necessariamente o ideal). Também atribuem centros de trabalho com pequenas taxas de fluxo de
unidade entre eles para locais tão distantes quanto possível. Agora, estudante, veremos o que são
essas regras heurísticas.
Os métodos heurísticos são regras lógicas, sensatas e inteligentes para encontrar boas soluções
para problemas complexos , ou seja (GUPTA; STARR, 2014):
1. atribuir centros de trabalho com grandes taxas de fluxo de unidade entre eles para locais o
Caro(a) estudante, na Tabela 4.2 , observe os pares de centros de trabalho que têm as maiores
taxas de fluxo de trabalho entre eles . Eles estão em ordem decrescente : o centro de trabalho 4
para o centro de trabalho 1 tem um fluxo de 120 unidades. O centro de trabalho 5 para o centro de
trabalho 1 tem um fluxo de 110 unidades. O centro de trabalho 1 para o centro de trabalho 2 tem um
fluxo de 100 unidades. Atribua esses centros de trabalho a locais os mais próximos possíveis.
Observe (na Tabela 4.1) que a distância entre A e B é de 3 metros e, entre C e D, é de 3,6 metros.
Usando os dados da Tabela 4.1, as maiores distâncias são entre os locais A e D (10) e entre A e E
(12). Isso significa que o Layout-1, A (1), B (2), C (3), D (4) e E (5), atribuiu 120 unidades à segunda
maior distância (ou seja, 32 entre A e D) na matriz da Tabela 4.2. Além disso, o Layout-1 atribuiu o
centro de trabalho 1 ao local A e o centro de trabalho 5 ao local E. Isso significa que 110 unidades
foram atribuídas para mover a maior distância entre os locais – a saber, 10 entre A e E.
Seguir a heurística “atribuir o maior número de unidades à distância mais curta” significaria atribuir
o centro de trabalho 1 a A e o centro de trabalho 4 a B. Isso foi feito no Layout -2, que reatribuiu o
centro de trabalho 4 ao local B. Como o centro de trabalho 1 já foi atribuído a A, a próxima melhor
distância de A é 6 em C. O centro de trabalho 5 foi atribuído a C no Layout -2. A segunda parte da
heurística é atribuir os centros com as menores taxas de fluxo de trabalho entre eles para os locais
que estão os mais distantes possíveis.
As duas menores taxas de fluxo entre centros (na matriz da Tabela 4.2) são as seguintes: o centro
de trabalho 5 para o centro de trabalho 2 tem um fluxo de 5 unidades. O centro de trabalho 5 para o
centro de trabalho 3 tem um fluxo de 5 unidades.
Na Tabela 4.1, as distâncias mais curtas são, de C a D, de 3,6 e, de C a E, de 4,5. Desse modo,
atribui-se o centro de trabalho 3 ao local D e o centro de trabalho 2 a E. Esse é o Layout -2 (a
atribuição revisada) mostrado na Tabela 4.4. A heurística fez seu trabalho, mas não está claro se
melhorias adicionais ainda são possíveis. Tentativa e erro com a matriz aprimorada podem ser
usados para testar mudanças adicionais.
A matriz de carga fornece o número de unidades de todos os trabalhos que estão mudando de um
centro de trabalho para outro. Considere o problema fornecido na Tabela 4.5. Existem cinco
trabalhos, Trabalho 1 a Trabalho 5. O número de unidades a serem produzidas de cada trabalho é
fornecido na coluna “Carga”. A carga pode representar o número de unidades ou número de
viagens. Existem seis centros de trabalho, rotulados como A, B, C, D, E e F. Observe, agora, a Tabela
4.5.
Sequência de processamento – número da operação
Trabalho Carga 1 2 3 4 5 6 7 8
1 100 A B C A C D F E
2 200 C A B D B E F D
3 300 C B A B C D E F
4 50 B A C D F E F C
5 150 A B D C E F D C
#PraCegoVer : a tabela tem dez colunas e sete linhas. As colunas são denominadas da
seguinte forma: na coluna 1, trabalho 1, 2, 3, 4, 5; coluna 2 (carga, com os seguinte valores 100,
200, 300, 50, 150); coluna 3 (1); coluna 4 (2); coluna 5 (3); coluna 6 (4); coluna 7 (5); coluna 8
(6); coluna 9 (7); coluna 10 (8). Existem seis centros de trabalho designados: A, B, C, D, E, F. Na
linha 3, “100 unidades do trabalho 1 devem ser produzidas e movem a seguinte sequência de
centros de trabalho”: A-B-C-A-C-D-F-E. Na linha 4, “200 unidades do trabalho 2 devem ser
produzidas e movem a seguinte sequência de centros de trabalho”: C-A-B-D-B-E-F-D. Na linha 5,
“300 unidades do trabalho 3 devem ser produzidas e movem a seguinte sequência de centros
de trabalho”: C-B-A-B-C-D-E-F. Na linha 6, “50 unidades do trabalho 4 devem ser produzidas e
movem a seguinte sequência de centros de trabalho”: B-A-C-D-F-E-F-C. Na linha 7, “150
unidades do trabalho 5 devem ser produzidas e movem a seguinte sequência de centros de
trabalho”: A-B-D-C-E-F-D-C.
Por exemplo, 200 unidades do trabalho 2 devem ser produzidas e movidas pela seguinte sequência
de centros de trabalho: C-A-B-D-B-E-F-D. Em vez do número de unidades, poderia ser o número de
viagens do trabalho 2 entre vários centros de trabalho.
A matriz de carga para esse problema é fornecida na Tabela 4.6. Considere, por exemplo, os
centros de trabalho A e B. A matriz de carga mostra que 750 unidades estão sendo movidas do
centro de trabalho A para o centro de trabalho B. Vamos ver como obter o número 750. Serão
usadas as informações fornecidas na Tabela 4.5. O movimento de A para B ocorre para os
seguintes trabalhos:
PARA
A B C D E F
A 0 750 150 0 0 0
E 0 0 0 0 0 700
F 0 0 50 350 150 0
Sobre o trabalho:
● trabalho 1 (100 unidades), após concluir sua primeira operação no centro de trabalho A, vai para o
centro de trabalho;
● trabalho 2 (200 unidades), após a segunda operação ter sido feita no centro de trabalho A, vai
para o centro de trabalho;
● o trabalho 4 nunca vai do departamento A para o centro de trabalho; embora vá de B para A, mas
essa é uma ordem diferente. Portanto, o número total de unidades que vão do centro de trabalho A
para o centro de trabalho B é 750 (= 100+ 200 + 300 + 150). Da mesma forma, o número de
unidades que vão do centro de trabalho A para o centro de trabalho C é 150, e assim por diante.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
À medida que o volume começa a aumentar, seja em termos de produtos individuais (ou seja,
volume total) ou na fabricação de “tipos” ou “famílias” de produtos semelhantes (ou seja, maior
número de produtos em qualquer grupo ou família), o processo se desenvolverá na fabricação em
lote.
A principal suposição de estabilidade da demanda é importante para justificar qual dos seguintes
tipos de layout ? Assinale a alternativa correta.
a) Armazém.
b) Layout de posição fixa.
c) Layout de produto.
d) Layout de processo.
e) Celular.
Aplicação na indústria e
em
serviços
Um design de layout ruim pode afetar adversamente o desempenho do sistema . Por exemplo, uma
mudança no layout no Aeroporto Internacional de St. Paul, em Minneapolis, resolveu um problema
que atormentava os viajantes. No layout anterior, os pontos de controle de segurança estavam
localizados na área de embarque. Isso significava que os passageiros que precisavam trocar de
aeronave deveriam passar por um posto de controle de segurança antes de poderem embarcar no
voo de conexão, junto com outros passageiros cujas viagens partiam de Minneapolis – St. Paul.
Tal situação criou tempos de espera excessivos para os dois conjuntos de passageiros. O novo
layout realocou os pontos de controle de segurança, transferindo-os da área de embarque para uma
posição próxima aos balcões de passagens. Assim, foi eliminada a necessidade de passageiros
que estavam fazendo voos de conexão passarem pela segurança e, no processo, o tempo de
espera para passageiros partindo de Minneapolis – St. Paul ficou consideravelmente menor.
Desse modo, o objetivo básico do design de layout é facilitar um fluxo uniforme de trabalho,
materiais e informações por meio do sistema . Os objetivos de apoio geralmente envolvem o
seguinte: facilitar a obtenção da qualidade do produto ou serviço; usar colaboradores e espaço de
forma eficiente; evitar gargalos; minimizar os custos de manuseio de materiais; eliminar
movimentos desnecessários de colaboradores ou materiais; minimizar o tempo de produção ou o
tempo de atendimento ao cliente e para projetar segurança (MORAN, 2017).
O arranjo físico ou layout de uma operação está relacionado com a disposição física de recursos,
que podem ser instalações ou pessoas. Em um ambiente produtivo, o arranjo físico diz respeito à
maneira como máquinas, equipamentos e pessoas estão posicionados para a realização das
atividades necessárias para a produção de um produto. A seguir, são destacados, detalhadamente,
alguns tipos de layouts utilizados em serviços e manufatura.
Esses layouts são aplicados para se obter um fluxo rápido de grandes volumes de mercadorias ou
clientes por meio de um sistema. Isso é possível devido a produtos ou serviços altamente
padronizados que permitem um processamento repetitivo e altamente padronizado. O trabalho é
dividido em uma série de tarefas padronizadas , permitindo a especialização dos equipamentos e a
divisão do trabalho.
Os grandes volumes manuseados por esses sistemas geralmente tornam mais econômico o
investimento de quantias substanciais de dinheiro em equipamentos e projetos de trabalho. Como
apenas um ou alguns itens muito semelhantes estão envolvidos, é possível organizar um layout
inteiro para corresponder aos requisitos de processamento tecnológico do produto ou serviço
(STEVENSON, 2015).
O arranjo resultante forma uma linha, como a representada na Figura 4.2 (a), (b). Em ambientes de
manufatura , as linhas são chamadas de linhas de produção ou linhas de montagem , dependendo
do tipo de atividade envolvida. Em processos de serviço, o termo “linha” pode ou não ser usado. É
comum referir-se a uma linha de cafeteria como tal, mas não a um lava-rápido, embora, do ponto de
vista conceitual, os dois sejam quase idênticos.
Figura 4.2 – Processamento repetitivo: layouts de produto (a) linha de fluxo para produção ou serviço;
(b) linha de produção em uma cafeteria
Fonte: Adaptada de Stevenson (2015).
#PraCegoVer : pelos seguintes processos (caixas): início; matérias-primas ou cliente; com várias estações
de trabalho (1, 2, 3, e n); materiais e/ou mão de obra; fluxo do trabalho; fim; item acabado.
A Figura 4.2 (b) ilustra o layout de uma linha de serviço de cafeteria típica. Exemplos desse tipo de
layout são menos abundantes em ambientes de serviço porque os requisitos de processamento
geralmente apresentam muita variabilidade para tornar a padronização viável.
Sem alta padronização , muitos dos benefícios do processamento repetitivo são perdidos . Quando
as linhas são usadas, certos compromissos podem ser feitos. Por exemplo, uma lavagem
automática de um carro oferece tratamento igual a todos os carros – a mesma quantidade de
sabão, água e esfregão – embora os carros possam diferir consideravelmente nas necessidades de
limpeza.
a divisão intensiva do trabalho cria empregos tediosos e repetitivos que oferecem poucas
oportunidades de promoção e podem levar a problemas de moral e lesões por estresse
repetitivo;
colaboradores pouco qualificados podem demonstrar pouco interesse na manutenção do
#PraCegoVer : a figura mostra uma linha de produção em forma de U com os seguintes elementos:
“Dentro” (1, 2 ,3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) com três trabalhadores realizando suas funções e o fluxo acaba (saída)
com “Fora”.
A flexibilidade nas atribuições de trabalho é aumentada porque os colaboradores podem lidar não
apenas com as estações adjacentes , mas com estações em lados opostos da linha. Além disso, se
os materiais entram na fábrica no mesmo ponto em que os produtos acabados saem, uma linha em
forma de U minimiza o manuseio de materiais (KUMAR; SURESH, 2008).
Os layouts de processos (funcionais) são projetados para processar itens ou fornecer serviços que
envolvem uma variedade de requisitos de processamento. A variedade de trabalhos processados
requer ajustes frequentes no equipamento. Isso causa um fluxo de trabalho descontínuo, conhecido
como processamento intermitente.
#PraCegoVer : a figura mostra dois layouts , o primeiro de serviços e, o segundo, de produtos. O primeiro é
composto por cinco departamentos (A, B, C, D, E, F). O segundo, composto por três estações de trabalho.
Desvantagens
● Os custos de estoque em processo podem ser altos se o processamento em lote for usado
em sistemas de manufatura.
● O roteamento e a programação representam desafios contínuos.
● As taxas de utilização do equipamento são baixas.
● O manuseio de materiais é lento e ineficiente e mais caro por unidade do que em layouts de
produtos.
● A complexidade do trabalho geralmente reduz a amplitude da supervisão e resulta em
custos de supervisão mais altos do que com layouts de produtos.
● Atenção especial necessária para cada produto ou cliente (por exemplo, roteamento,
programação, configurações de máquina) e baixos volumes resultam em custos unitários mais
elevados do que com layouts de produto.
● Contabilidade, controle de estoque e compras estão muito mais envolvidos do que layouts
de produtos.
#PraCegoVer : o quadro apresenta uma coluna e quatro linhas. A linha 1 (vantagens) apresenta
o seguinte texto: os sistemas podem lidar com uma grande variedade de requisitos de
processamento. Os sistemas não são particularmente vulneráveis a falhas de equipamento.
Equipamentos de uso geral costumam ter preços mais baixos do que equipamentos
especializados usados em layouts de produtos e são mais fáceis e menos dispendiosos de
manter. É possível usar sistemas de incentivos individuais. A linha 2 (desvantagens) apresenta
as seguintes informações: os custos de estoque em processo podem ser altos se o
processamento em lote for utilizado em sistemas de manufatura. O roteamento e a
programação representam desafios contínuos. As taxas de utilização do equipamento são
baixas. O manuseio de materiais é lento e ineficiente e mais caro por unidade do que em
layouts de produtos. A complexidade do trabalho geralmente reduz a amplitude da supervisão
e resulta em custos de supervisão mais altos do que com layouts de produtos. Atenção
especial necessária para cada produto ou cliente (por exemplo, roteamento, programação,
configurações de máquina) e baixos volumes resultam em custos unitários mais elevados do
que com layouts de produto. Contabilidade, controle de estoque e compras estão muito mais
envolvidos do que layouts de produtos.
Em layouts de posição fixa , o item que está sendo trabalhado permanece estacionário e os
colaboradores, materiais e equipamentos são movidos conforme necessário. Isso está em
marcante contraste com os layouts de produto e processo. Quase sempre, a natureza do produto
dita esse tipo de arranjo: peso, tamanho, volume ou algum outro fator torna indesejável ou
extremamente difícil mover o produto.
Os layouts de posição fixa são usados em grandes projetos de construção (edifícios, usinas de
energia, barragens), construção de navios e produção de grandes aeronaves e foguetes de missão
espacial. Nesses casos, a atenção está voltada para o tempo de entrega de materiais e
equipamentos, de modo a não “entupir” o local de trabalho e evitar ter que realocar materiais e
equipamentos ao redor do local de trabalho.
O manuseio de materiais pode ou não ser um fator; em muitos casos, não há nenhum produto
tangível envolvido (por exemplo, projetar um sistema de inventário computadorizado). Quando bens
e materiais estão envolvidos, o manuseio de materiais muitas vezes assemelha-se ao tipo de
processo, ao caminho variável e ao equipamento de uso geral. Os projetos podem exigir o uso de
equipamentos de movimentação de terra e caminhões para transportar materiais de/para e ao
redor do local de trabalho, por exemplo.
D) Layout celular
A produção celular é um tipo de layout no qual as estações de trabalho são agrupadas no que é
conhecido como uma célula . Os agrupamentos são determinados pelas operações necessárias
para realizar o trabalho para um conjunto de itens semelhantes, ou famílias de peças, que requerem
processamento semelhante.
As células tornam-se versões em miniatura de layouts de produtos . As células podem não ter
movimento transportado de peças entre as máquinas ou podem ter uma linha de fluxo conectada
por um transportador. Todas as peças seguem a mesma rota, embora pequenas variações sejam
possíveis. Em contraste, o layout funcional envolve vários caminhos para as peças. Além disso, há
pouco esforço ou necessidade de identificar famílias de peças (SLACK; BRANDON-JONES;
JOHNSTON, 2018).
O arranjo físico celular é viável quando a demanda é estável e suficientemente alta e, também,
quando é possível agrupar produtos em famílias, de acordo com características similares. É
utilizado, por exemplo, para a fabricação de chips para computadores.
SAIBA MAIS
A manufatura celular permite que as empresas produzam uma variedade de produtos com o mínimo de
desperdício possível. Um layout de célula fornece um fluxo de trabalho suave por meio do processo, com
transporte ou atraso mínimos. Os benefícios frequentemente associados à manufatura celular incluem
trabalho em processo mínimo, requisitos de espaço e prazos de entrega reduzidos, melhoria de
produtividade e qualidade e maior flexibilidade.
Para melhor aprofundamento do assunto, caro(a) estudante, leia o artigo “Melhoria do processo de
criação e confecção de uma indústria de moda feminina a partir da implantação do layout celular”:
https://bit.ly/3gDF27n
A Figura 4.5 fornece uma comparação entre um layout de processo tradicional (a) e um layout
celular (b) . Para ter uma noção da vantagem do layout celular, trace o movimento de uma ordem no
layout tradicional (b) que é representado pelo caminho da seta. Comece no canto inferior esquerdo
em Envio/Recebimento e siga a seta para Armazém, onde um lote de matéria-prima é liberado para
produção. Siga o caminho (mostrado pelas setas) que o lote percorre, à medida que se move pelo
sistema para a Remessa/Recebimento e, em seguida, para o Cliente. Agora, vá para a Figura 4.5b.
Observe o caminho simples que o pedido segue à medida que se move pelo sistema:
Figura 4.5 – Comparação de processos e layouts celulares
Fonte: Adaptada de Stevenson (2015).
#PraCegoVer : a figura mostra dois painéis (A) e (B). O painel (A) mostra “Exemplo de um pedido
processado em um layout de processo tradicional”. É mostrado um exemplo de um processo ligado por
setas e composto pelos seguintes elementos: Cliente / Fornecedor de peças; Envio / Recebimento;
Armazém (400 unidades liberadas para produção); Dept. de mandrilar; Departamento de moagem;
Departamento de tratamento químico; Departamento de pintura; Depto. de montagem Depto. de
rebarbação. O painel (B) apresenta o mesmo processo do painel (A) só que no formato celular, assim,
temos os seguinte elementos ligados por setas: Fresadora; Fornecedor (4 unidades entregues para
produção); Máquina de rebarbação; Máquina de tratamento químico; Máquina de mandrilar; Máquina de
pintura; Máquina de montagem; Cliente.
Entretanto, os requisitos de layout de serviço são um pouco diferentes dos requisitos de layout de
fabricação. O grau de contato com o cliente e de personalização são dois fatores-chave no design
do layout de serviço. Se o contato e a customização são altos, como em cuidados de saúde e
pessoais, o ambiente de serviço é uma oficina de empregos, com alto conteúdo de mão de obra e
equipamentos flexíveis, e um layout que suporta isso.
Se a personalização for alta, mas o contato for baixo (por exemplo, enquadramento de imagem,
alfaiataria), o layout pode ser organizado para facilitar as atividades dos colaboradores e do
equipamento . Se o contato for alto, mas a personalização for baixa (por exemplo, supermercados,
postos de gasolina), o autosserviço é uma possibilidade, caso em que o layout deve levar em
consideração a facilidade de obtenção do serviço, bem como a segurança do cliente (GUPTA;
STARR, 2014).
Se o grau de contato e a necessidade de customização forem baixos , o núcleo do serviço e o
cliente podem ser separados, facilitando o alcance de um alto grau de eficiência nas operações.
Serviços altamente padronizados podem prestar-se à automação (por exemplo, serviços da web ,
banco on-line , caixas eletrônicos). O Quadro 4.2 mostra alguns exemplos de layout para serviços.
Observe:
Layout para
Contexto
serviços
Caro(a) estudante, uma forma de melhorar a produtividade e reduzir custos em serviços é afastar o
cliente do processo o máximo possível. Os serviços automatizados são uma alternativa cada vez
mais utilizada. Por exemplo, os serviços financeiros usam caixas eletrônicos, atendimento
automatizado de chamadas, serviços bancários on-line e transferências eletrônicas de fundos; as
lojas de varejo usam digitalização óptica para processar as vendas; e a indústria de viagens usa
sistemas eletrônicos de reserva. Outros exemplos de serviços automatizados incluem remessa,
processamento de correio, comunicação e serviços de saúde.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
II) As células de fabricação dedicadas a uma peça ou a um produto são casos especiais de layout
por produto ou linha de produção.
III) Uma célula de manufatura consiste em uma operação ou estação de trabalho fazendo um
número ilimitado de peças ou produtos.
IV) Mudanças nas características inerentes de produtos e materiais também devem ser
antecipadas pelo planejador do layout .
a) V, F, F, F.
b) V, V, V, F.
c) V, F, V, F.
d) V, V, F, V.
e) V, F, F, V.
Uso da simulação
computacional
na indústria e em
serviços
As melhorias de processo são descritas como redução no tempo de ciclo ou lead time ; redução no
custo de espaço, estoque e equipamento de capital; aumento na utilização da capacidade e
eliminação de gargalos.
Como tal, os gerentes de operações têm a responsabilidade de planejar, operar e manter recursos
complexos e diversos . Semelhantes aos processos de fabricação, as melhorias nesses sistemas
de produção também podem ser descritas em termos de tempo de ciclo reduzido, redução no
custo, aumento na utilização da capacidade e eliminação de gargalos. Em qualquer ambiente, a
simulação de eventos discretos é uma ferramenta poderosa para análise, planejamento, projeto e
operação dessas instalações (ELIZANDRO; TAHA, 2007).
Se o número de aviões “em espera” exceder uma determinada cota, o controlador de tráfego aéreo
deve limpar a pista de decolagem e permitir que os aviões em movimento pousem. As pistas são
conectadas ao terminal de passageiros por meio de pistas de taxiamento. Um avião que não pode
decolar imediatamente ao chegar ao final da pista de taxiamento aguarda em um pátio de espera. A
autoridade aeroportuária está conduzindo um estudo com o objetivo de aprimorar os serviços de
pouso e decolagem da instalação.
Considerando os regulamentos estritos sob os quais a maioria dos aeroportos opera, tais medidas
de desempenho geralmente podem ser determinadas a partir de dados históricos. No entanto, ao
se conduzir um estudo, o interesse é avaliar o impacto das mudanças propostas no sistema (por
exemplo, aumentar o número de pistas) nas medidas de desempenho desejadas.
A modelagem de simulação deve ser considerada como a melhor proposição depois de se observar
um sistema real em operação. Na verdade, a contribuição básica de um modelo de simulação é que
ele permite que sejam observadas as características de desempenho do sistema ao longo do
tempo (BATTESINI, 2016).
Essas observações podem, então, ser usadas para estimar as medidas de desempenho esperadas
do sistema. Para o exemplo do aeroporto, um modelo de simulação registra uma observação que
representa o número de aviões circulando, cada vez que uma nova aeronave entra ou sai das pilhas
de espera. Essas observações podem ser usadas para calcular o número médio (ponderado no
tempo) de planos nas pilhas.
REFLITA
Grande parte da experimentação em voos espaciais foi conduzida usando simulação física, que
recriou as condições do espaço. As condições de ausência de peso foram simuladas usando salas
cheias de água. Outros exemplos incluem túneis de vento, que simulam as condições de voo, e
esteiras, que simulam o desgaste dos pneus de automóveis em um laboratório, em vez de na
estrada (RUSSELL; TAYLOR III, 2014).
Alguns problemas são difíceis de resolver analiticamente porque consistem em variáveis aleatórias
representadas por distribuições de probabilidade. Assim, grande parte das aplicações de
simulações é para modelos probabilísticos. O termo Monte Carlo tornou-se sinônimo de simulação
probabilística nos últimos anos.
O nome Monte Carlo é apropriado, uma vez que o princípio básico por trás do processo é o mesmo
que na operação de um cassino em Mônaco. Em Mônaco, dispositivos, como rodas de roleta, dados
e cartas de jogar, produzem resultados numerados aleatoriamente, a partir de populações bem-
definidas. Por exemplo, um sete, resultante do lançamento de dados, é um valor aleatório de uma
população de onze números possíveis (ou seja, 2 a 12). Essa mesma operação é empregada, em
princípio, no processo de Monte Carlo usado em modelos de simulação (RUSSELL; TAYLOR III,
2014).
SAIBA MAIS
A técnica de Monte Carlo pode ser definida, de forma mais restrita, como uma técnica para selecionar
números, aleatoriamente , de uma distribuição de probabilidade (ou seja, amostragem) para uso em um
teste (computador) de execução de uma simulação. Como tal, a técnica de Monte Carlo não é um tipo de
modelo de simulação, mas, sim, um processo matemático usado em uma simulação.
https://www.scielo.br/j/gp/a/CwHFybhycHNbqyXsSNgMsKs/?lang=pt
A simulação é uma das técnicas quantitativas mais populares porque pode ser aplicada a
problemas operacionais que são muito difíceis de modelar e resolver analiticamente. Alguns
analistas acreditam que sistemas complexos devem ser estudados por meio de simulação,
podendo ou não serem analisados analiticamente, porque fornece um veículo fácil para
experimentos no sistema.
De acordo com Russell e Taylor III (2014), a grande maioria das grandes corporações usa simulação
em áreas funcionais, como produção, planejamento, engenharia, análise financeira, pesquisa e
desenvolvimento, sistemas de informação e pessoal. A seguir, estão as descrições de algumas das
aplicações mais comuns de simulação:
A simulação tornou-se uma técnica quantitativa cada vez mais importante para resolver problemas
nas operações . Pesquisas têm mostrado que a simulação é uma das técnicas mais amplamente
aplicadas a problemas do mundo real. A evidência dessa popularidade é o número de linguagens de
simulação especializadas que foram desenvolvidas pela indústria de computadores e pela
academia para lidar com áreas de problemas complexos.
praticar
Vamos Praticar
Estudante, o layout físico e o processo de transformação que uma organização emprega são
fatores críticos para o gerenciamento estratégico de operações . Isso ocorre porque tanto o
layout quanto, mais especificamente, o processo de transformação do processo (ou escolha do
processo, como às vezes é chamado) fornecem pistas massivas sobre o que a organização pode
fazer, bem como o que não pode fazer. Lote é a forma de processo mais comum em engenharia e
a mais difícil de gerenciar. Somente determinando os volumes de cada produto e dividindo-os em
seções, de baixo e alto volume, uma empresa pode esperar ser focada e, por sua vez, orientada
para o cliente.
FEEDBACK
Material
Complementar
FILME
TRAILER
LIVRO
ISBN : 9788559720228
Foi bom compartilhar todo esse conhecimento com você, estudante! Até breve!
Referências
BATTESINI, M. Projeto e leiaute de instalações produtivas .
Curitiba: Intersaberes, 2016.
GUPTA, S.; STARR, M. Production and operations management systems . Boca Raton: CRC Press Taylor &
Francis Group, 2014.
KUMAR, S. A.; SURESH, N. Production and operations management : with skill development, caselets and
cases. 2. ed. New Delhi: New Age International Ltd., Publishers, 2008.
REID, R. D.; SANDERS, N. R. Operations management : an integrated approach. 5. ed. New Jersey: Wiley,
2013.
RUSSELL, R. S.; TAYLOR III, B. W. Operations management : creating value along the supply chain. 7. ed.
New Jersey: Wiley, 2014.
SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2018.