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Trabalho Pertubacoes de Humor
Trabalho Pertubacoes de Humor
Faculdade de Educação
Perturbações de Humor
2º Ano/3º Grupo
Tete
Setembro de 2023
Celso Elias Fabião Bechane
Sheila Uaite
Perturbações de Humor
Tete
Setembro de 2023
ÍNDICE
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
1.1. Objectivos da pesquisa ..................................................................................................... 2
1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 2
1.1.2. Específicos ................................................................................................................ 2
2. Metodologia de Pesquisa ......................................................................................................... 2
3. Revisão da Literatura ............................................................................................................... 3
3.1. Conceitos .......................................................................................................................... 3
3.1.1. Humor ....................................................................................................................... 3
3.1.2. Perturbações de Humor ............................................................................................. 3
3.2. Tipos de perturbações do humor ...................................................................................... 4
3.2.1. Perturbações depressivas .......................................................................................... 4
3.2.2. Perturbação bipolar ................................................................................................... 5
3.2.3. Perturbação ciclotímica ............................................................................................. 6
3.2.4. Perturbação Distímica ............................................................................................... 7
3.3. Abordagem clínica geral das perturbações de humor ...................................................... 8
4. Conclusão ................................................................................................................................ 9
5. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 10
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1. Introdução
As perturbações de humor são um grupo de condições de saúde mental que afectam a maneira
como uma pessoa se sente emocionalmente. Elas são caracterizadas por alterações persistentes e
anormais no humor, que podem variar de episódios de tristeza profunda a períodos de euforia ou
excitação intensa. Essas perturbações podem ter um impacto significativo na qualidade de vida,
no funcionamento diário e nas relações interpessoais das pessoas afectadas.
O presente trabalho versa sobre “perturbações de humor”, não se trata de um enfoque cabal, mas
sim, o mesmo aborda aspectos básicos sobre os temas supracitados.
1.1.1. Geral
Debruçar sobre as Perturbações de Humor.
1.1.2. Específicos
Definir Perturbações de Humor;
Identificar os tipos de perturbações de humor;
Falar da abordagem clínica das perturbações de humor.
2. Metodologia de Pesquisa
3. Revisão da Literatura
3.1. Conceitos
3.1.1. Humor
Salgaro (2013), define o humor como uma forma de lidar com pensamentos e desejos reprimidos
de uma maneira socialmente aceitável. O humor envolve a expressão simbólica de conteúdo
inconsciente por meio de um chiste ou de uma piada.
Para Martin (2007), o humor é resultado da interação entre a rigidez mecânica do pensamento e a
fluidez da vida real. O humor surge quando uma pessoa se comporta de maneira mecânica, como
uma máquina, em situações em que a flexibilidade e a adaptabilidade seriam mais apropriadas.
Já Lefcourt (2001), refere que o humor é um processo mental que ocorre quando dois sistemas de
pensamento incompatíveis colidem. Esse conflito gera uma "bisserização" mental, onde a mente
é forçada a saltar de um sistema de pensamento para outro, criando assim o elemento surpresa e
humorística.
Beck et.al (2012), referem que Perturbações de Humor são transtornos nos quais a perturbação
fundamental é uma alteração do humor ou do afecto, no sentido de uma depressão (com ou sem
ansiedade associada) ou de uma elação. A alteração do humor é pervasiva. Pode ser
desencadeada por estresse, assédio, jornada de trabalho excessiva, problemas financeiros,
desemprego, cobrança pessoal, frustrações e luto.
Perturbações depressivas;
Perturbação Bipolar.
Frequentemente, estas crenças contribuem para o isolamento do indivíduo, bem como para a
perda de interesse nas actividades anteriormente percebidas como interessantes, verificando-se
um desinvestimento em si e no mundo.
Segundo Doe (2019), a perturbação bipolar caracteriza-se pela presença de episódios depressivos
e episódios de mania ou hipomania. Consoante se verifique a presença de episódios maníacos ou
hipomaníacos, a perturbação bipolar é designada por perturbação bipolar tipo I ou tipo II,
respectivamente, notando-se diferenças ao nível da intensidade dos sintomas.
Segundo a American Psychiatric Association (2013), na perturbação tipo I (presença por pelo
menos uma semana), verifica-se a presença de humor eufórico ou irritável, diminuição da
necessidade de dormir, acompanhada de agitação psicomotora, pensamento acelerado com
conteúdos de grandiosidade, que podem acarretar comportamentos impulsivos e consequências
negativas (por exemplo adquirir produtos ou serviços de forma inconsequente), podendo ainda
ocorrer sintomas psicóticos, como ideias delirantes de grandeza, congruentes com a elação de
humor do indivíduo.
A perturbação tipo II, isto é, a presença de pelo menos um episódio hipomaníaco (presença por
pelo menos quatro dias), distingue-se sobretudo por ser menos intenso nos seus sintomas, não
produzindo marcada disfuncionalidade social ou necessidade de hospitalização, contrariamente
ao que se verifica na perturbação tipo I. Na perturbação bipolar tipo II, usualmente, os episódios
de hipomania são menos frequentes do que os episódios depressivos, não obstante ser a presença
de pelo menos um episódio hipomaníaco que determina a avaliação de uma perturbação bipolar
tipo II (American Psychiatric Association, 2013).
De acordo com a teoria cognitiva de Beck, a mania pode ser entendida como a “imagem em
espelho da depressão” verificando que a tríade cognitiva, ao invés de se caracterizar por crenças
negativas sobre o Self, o mundo e o futuro, é caracterizada por crenças positivas, embora
igualmente não adaptativas. Neste sentido, o Self é percebido pelo indivíduo como grandioso, o
mundo é percebido como expansivamente positivo e o futuro como vasto em oportunidades.
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Segundo Dias (2009), a Perturbação ciclotímica é uma perturbação do humor que se situa no
espectro do transtorno bipolar. Caracteriza-se por oscilações crônicas de humor, mas de menor
intensidade do que aquelas observadas no Perturbação Bipolar.
Conforme Doe (2019), Pessoas com Perturbação ciclotímica experimentam flutuações de humor
regulares, alternando entre períodos de hipomania (elevação do humor) e depressão leve. Essas
oscilações são menos intensas do que os episódios maníacos e depressivos completos observados
na perturbação Bipolar.
Os episódios de humor elevado e depressão leve na Perturbação ciclotímica duram pelo menos
alguns dias e podem se estender por semanas ou meses. A ciclotimia é uma condição crônica,
com oscilações que ocorrem ao longo de vários anos (American Psychiatric Association, 2013).
Nos episódios depressivos leves, os sintomas incluem tristeza, falta de motivação, fadiga,
problemas de sono e apetite, sentimentos de desesperança e baixa autoestima. Esses sintomas são
menos intensos do que os da depressão maior.
A American Psychiatric Association (2013) refere que as pessoas com Perturbação Distímica
podem enfrentar desafios nas relações interpessoais, no trabalho ou na escola, e podem ter
dificuldade em aproveitar as atividades cotidianas. É importante notar que a Perturbação
Distímica muitas vezes coexiste com outros transtornos de saúde mental, como transtornos de
ansiedade.
Para Doe (2019), a conscientização sobre a Perturbação Distímica é fundamental, pois essa
condição é muitas vezes sub’diagnosticada devido à sua natureza crônica e sintomas menos
intensos. Reconhecer os sintomas e procurar ajuda profissional pode ser o primeiro passo
importante para gerenciar eficazmente essa condição e melhorar o bem-estar emocional.
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Segundo Dias (2009), a avaliação de perturbações de humor exige assim uma adequada
intervenção psicológica, que deste modo possibilite a redução do mal-estar psicológico do
indivíduo, a par da promoção do seu bem-estar psicológico e da satisfação das suas necessidades
psicológicas. Apesar de se afigurar importante a redução da sintomatologia, efeito para o qual
poderá ser importante a contribuição da psiquiatria na prescrição de fármacos, é essencial a
compreensão do funcionamento de cada indivíduo no que respeito à sua experiência subjectiva e
ao seu processamento psicológico. Neste sentido, a intervenção implica também a avaliação
daquelas que parecem ser a abordagem e as estratégias mais adequadas às necessidades da
pessoa e à promoção da sua percepção de controlo, tomada de decisão e autonomia.
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4. Conclusão
As perturbações de humor são condições de saúde mental que afectam o estado emocional das
pessoas, resultando em mudanças no humor, que podem ser extremamente elevadas (mania) ou
extremamente baixas (depressão). As perturbações mais comuns incluem a perturbação
Depressiva e a perturbação Bipolar. Os sintomas de depressão incluem tristeza profunda, perda
de interesse, fadiga e pensamentos suicidas, enquanto os episódios maníacos envolvem euforia,
impulsividade e pensamento acelerado. Essas perturbações têm um impacto significativo na vida
cotidiana, afetando o trabalho, as relações e as atividades diárias. O diagnóstico é realizado por
profissionais de saúde mental, e o tratamento pode incluir psicoterapia, medicamentos ou ambos.
Reduzir o estigma em torno das perturbações de humor e aumentar a conscientização sobre saúde
mental são aspectos importantes da abordagem dessas condições. A pesquisa continua a
aprimorar nossa compreensão e tratamento das perturbações de humor.
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5. Referências Bibliográficas
Beck, A., Rush, A., Shaw, B., & Emery, G. (2012). Cognitive Therapy of Depression. New
York: The Guilford Press.
Dias, J.C. (2009). Manual de Psiquiatria Clínica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.