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Psicologia Da Educação Gabriel
Psicologia Da Educação Gabriel
1.4.Metodologias ......................................................................................................................... 4
2.1.Ramos da psicologia.............................................................................................................. 6
1.1. Contextualização
O presente trabalho é da Universidade Aberta ISCED e tem como tema Psicologia como campo
teórico da educação. O seu objectivo Geral é compreender a psicologia como campo teórico na
educação. A Psicologia estuda todos os aspectos do funcionamento interno da mente, como a
memória, os sentimentos, o pensamento e a percepção, bem como de funções de relação, como o
comportamento e a fala. Estuda também a inteligência, a aprendizagem e o desenvolvimento da
personalidade. Alguns dos métodos utilizados em Psicologia são a observação, a recolha de
histórias pessoais e a utilização de instrumentos de avaliação de funções cognitivas, como a
inteligência e a personalidade. Existem vários ramos especializados, dentro da Psicologia.
Algumas das área que tem conhecido um maior desenvolvimento nos últimos anos são a
Psicologia Clínica, a Psicologia Social e das Organizações e a Neuropsicologia.
1.2.Objectivo Geral
1.3.Objectivos Específico
1.4.Metodologias
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CAPÍTULO II:REFERENCIAL TEÓRICO
A Psicologia tem conhecido um grande desenvolvimento em Portugal nos últimos anos, mas
apesar desta divulgação e presença nos média de temas psicológicos, são frequentes algumas
ideias pré- concebidas, não inteiramente verdadeiras, sobre o que faz o Psicólogo e o que é a
Psicologia.
A Psicologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo mental humano e o
comportamento observável. A sua origem remonta ao séc. V a.C., altura em que Platão e
Aristóteles se viam às voltas com muitos dos problemas que ocupam hoje os Psicólogos. O
estabelecimento formal desta ciência deu-se em 1879, em Leipzig na Alemanha, com o
laboratório de Psicologia Experimental de Wundt. A Psicologia estuda todos os aspectos do
funcionamento interno da mente, como a memória, os sentimentos, o pensamento e a percepção,
bem como de funções de relação, como o comportamento e a fala. Estuda também a inteligência,
a aprendizagem e o desenvolvimento da personalidade. Alguns dos métodos utilizados em
Psicologia são a observação, a recolha de histórias pessoais e a utilização de instrumentos de
avaliação de funções cognitivas, como a inteligência e a personalidade. Existem vários ramos
especializados, dentro da Psicologia. Algumas das áreas que tem conhecido um maior
desenvolvimento nos últimos anos são a Psicologia Clínica, a Psicologia Social e das
Organizações e a Neuropsicologia.(Coll,1996).
Foi há pouco mais de cem anos que os psicólogos definiram os fundamentos da psicologia e o
seu objecto de estudo. Ao longo do séc. XIX, à medida que o método científico era utilizado para
resolver os problemas da psicologia, houve várias manifestações de que esta disciplina estava a
emergir. Dão-se a enunciação das leis psicofísicas de Weber e de Fechner e a criação de
laboratórios de psicologia por Sergi, em Roma. Mas foi então, em Dezembro de 1879, que
Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia do mundo que permitiu conquistar
autonomia para esta disciplina, emancipando-se da Filosofia. Wundt também criou a revista
Philosophische Studien , dedicada a relatos de experiências.
2.1.Ramos da psicologia
Existem diferentes tipos de psicologia que servem a propósitos diferentes. Não existe uma
maneira fixa de classificá-los, mas aqui estão alguns tipos comuns.(Coll,1996).
Psicologia Clínica
A psicologia clínica integra ciência, teoria e prática para compreender, prever e aliviar problemas
com adaptação, incapacidade e desconforto. Promove a adaptação, ajuste e desenvolvimento
pessoal. Um psicólogo clínico concentra-se nos aspectos intelectuais, emocionais, biológicos,
psicológicos, sociais e comportamentais do desempenho humano ao longo da vida de uma pessoa,
em diferentes culturas e níveis socioeconómicos psicologia clínica pode nos ajudar a entender,
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prevenir e aliviar o sofrimento ou a disfunção psicologicamente causados e promover o bem-
estar e o desenvolvimento pessoal de um indivíduo.
Psicologia cognitiva
Psicologia do desenvolvimento
Este é o estudo científico das mudanças psicológicas sistemáticas que uma pessoa experimenta
ao longo da vida, muitas vezes referida como desenvolvimento humano. Ele se concentra não
apenas em bebés e crianças pequenas, mas também em adolescentes, adultos e idosos. Os
factores incluem habilidades motoras, resolução de problemas, compreensão moral, aquisição de
linguagem, emoções, personalidade, autoconceito e formação de identidade. Ele também analisa
as estruturas mentais inatas contra a aprendizagem através da experiência, ou como as
características de uma pessoa interagem com os factores ambientais e como isso afecta o
desenvolvimento. A psicologia do desenvolvimento se sobrepõe a campos como linguística.
Psicologia evolucionária
A psicologia evolutiva analisa como o comportamento humano, por exemplo a linguagem, foi
afectado por ajustes psicológicos durante a evolução. Um psicólogo evolucionista acredita que
muitos traços psicológicos humanos são adaptativos na medida em que nos permitiram
sobreviver ao longo de milhares de anos.
Psicologia Forense
Psicologia da saúde
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A psicologia da saúde também é chamada de medicina comportamental ou psicologia
médica.Observa como o comportamento, a biologia e o contexto social influenciam a doença e a
saúde.Um médico muitas vezes olha primeiro para as causas biológicas de uma doença, mas um
psicólogo da saúde focará a pessoa como um todo e o que influencia seu estado de saúde. Isso
pode incluir seu status socioeconômico, educação e histórico, e comportamentos que podem ter
um impacto sobre a doença, como o cumprimento de instruções e medicação.(Gatti,1997)
Neuropsicologia
Psicologia ocupacional
Psicologia Social
A psicologia social usa métodos científicos para entender como as influências sociais impactam
o comportamento humano. Procura explicar como sentimentos, comportamentos e pensamentos
são influenciados pela presença real, imaginada ou implícita de outras pessoas. Um psicólogo
social examina o comportamento do grupo, a percepção social, o comportamento não-verbal, a
conformidade, a agressão, o preconceito e a liderança.
A Psicologia da Educação foi construída com a finalidade de fornecer subsídios teóricos para a
prática de ensinar e aprender, de forma a torná-las mais eficazes. De forma geral, podemos
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entender a aprendizagem como um processo mental de adquirir, reter e utilizar conhecimentos,
aptidões, hábitos, virtudes, atitudes, valores e idéias, sendo assim entende-se qual é a relação
entre psicologia e educação.As estratégias de ensino, a relação professor-aluno, a divisão
curricular, as etapas de ensino, são objeto de estudo da Pedagogia, mas decorrem dos estudos da
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem humana (Coll,1996).
Conforme Cosmo (2006) é preciso situar na trajetória dessa relação, as características que
marcaram a relação da Psicologia com a Educação, as ideias psicológicas presentes na Educação
Nacional, e ainda as contribuições da Psicologia para a área da Educação. Assim, os estudos de
pesquisadores da área da história da Psicologia, e, especialmente os dedicados à relação
Psicologia e Educação revelam significativas contribuições da participação da Psicologia nos
contextos educativos. Sendo assim, considerando os pesquisadores do campo da história da
psicologia, faremos este resgate com vistas a compreender melhor a presença da Psicologia na
Educação, especialmente por meio das chamadas teorias do desenvolvimento e da aprendizagem.
Para Cosmo (2006), na construção histórica elaborada por Coll (1996), até aproximadamente o
final do século XIX, a relação entre a Psicologia e a Educação esteve totalmente mediada pela
filosofia, sendo correta, portanto, a afirmação de que nesse período, o pensamento educativo
sofreu significativas influências de explicações psicológicas de natureza filosófica. Cosmo (2006)
considera que as primeiras décadas do século XX, praticamente todas as teorias da Psicologia
foram consideradas úteis para a Educação. O foco da Psicologia da Educação centrou-se na
aplicabilidade do conhecimento psicológico no campo educativo, especialmente, no ambiente
escolar.Para Gatti (1997), o domínio da Psicologia sobre a Educação remonta ao início do século
XX e deixou evidências de que a Psicologia, desde seu surgimento, foi configurando-se como
principal sustentáculo teórico para as práticas educativas.
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Durante os anos de 1920, o Brasil viveu o movimento escola novista e a Psicologia desponta
como principal domínio científico fornecedor dos recursos teóricos metodológicos para educação
escolarizada. (CUNHA, 1995).Para Urt (1989, apud COSMO, 2006), os ideais da Escola Nova
se contrapunham ao discurso da Pedagogia tradicional, enfatizado pela dimensão lógica dos
conteúdos, em nome do processo ensino-aprendizagem, portanto, valorizando os aspectos
psicológicos.Ainda nessa década, destaca-se a participação de Helena Antipoff, discípula de
Claparède, na direção, em Belo Horizonte, Minas Gerais, de uma organização para formação de
professores para o ensino de crianças com deficiência mental.
Segundo Nogueira et al (2002, apud Cosmo, 2006), nos últimos 40 anos, a aproximação da
Psicologia com a Educação aparece na comunidade científica nacional e internacional, bem
como no interesse de pesquisadores pela chamada Psicologia Genética.
Essa nova perspectiva teórica da Psicologia para a Educação acha-se presente desde o início dos
anos 1960 pelo desenvolvimento das teses do biólogo Jean Piaget (1896-1980), e, mais tarde,
especificamente em torno dos anos 1980, pelos trabalhos de Lev Semenovich Vygotsky (1896-
1934), e, mais recentemente, pela Psicologia proposta pelo psicólogo e educador, Henri Wallon
(1879-1962). (Cosmo, 2006). Desta forma, os trabalhos desses autores ganharam amplitude no
campo da pesquisa educacional, o que representou relevante contribuição da área da Psicologia à
Educação nos últimos anos.
Para Cosmo (2006), esses estudos possibilitaram melhor compreensão do papel dos educadores e,
em consequência, melhor atuação deles no contexto da escola, tendo em vista que focalizaram
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pesquisas cujas reflexões dirigiram-se ao conhecimento acerca do desenvolvimento da criança e
da aprendizagem.
Todavia, ainda que se reconheça o valor das contribuições da Psicologia à Educação ao longo da
história da produção do conhecimento do ser humano e do mundo, vale ressaltar a complexidade
que envolve as relações entre as abordagens teóricas, como também a aplicabilidade e imediata
transposição dessas teorias nas práticas educativas. Cosmo (2006), sobre esse aspecto, considera
importante uma reflexão acerca do volume e rapidez com que teorias são difundidas no sistema
de ensino, atendendo quase sempre ao clamor dos educadores por orientações que possibilitem
uma prática educativa de qualidade.
2.3.Desenvolvimento Humano
Sigmund Freud, considerado como o Pai da Psicanálise, foi um dos psicólogos mais influentes
dos últimos dois séculos. Polêmicas, ousadas e radicais, suas teorias a respeito de fenômenos
como interpretação dos sonhos, sexualidade e inconsciente ainda são alguns dos temas mais
estudados e criticados nesse campo de saber. Como se sabe, a motivação sexual foi muito
enfatizada por Freud, particularmente, nos seus primeiros trabalhos. Uma das mais conhecidas -
as cinco fases do desenvolvimento psicossexual da criança - ainda provoca acaloradas discussões
entre os profissionais da área. (Cosmo, 2006)
Desde o nascimento, Freud afirma que a primeira fase de desenvolvimento de uma criança se
concentra na região oral. Tendo como exemplo principal foco a amamentação da mãe, a criança
obtém prazer no momento da sucção e sente satisfação com a nutrição proporcionada pelo ato.
Caso a amamentação fosse interrompida precocemente, o autor afirmava que a criança teria
atitudes suspeitas, não confiáveis ou sarcásticas, enquanto aquela que for constantemente
amamentada terá uma personalidade confiante e ingênua. Com duração de um ano a um ano e
meio, a fase oral termina com na época do desmame.
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II – A fase anal (1 – 3 anos)
Após receber orientações sobre higiene íntima, a criança desenvolve uma obsessão para com a
região anal e o ato de brincar com as próprias fezes. Freud afirmava que a criança vê esta fase
como uma forma de se orgulhar das suas "criações", o que levaria à personalidade "anal
expulsiva". A criança poderia também propositadamente reter seu sistema digestivo como forma
de confrontar os pais, o que levaria à personalidade "anal retentiva". Esta fase tem duração de um
a dois anos.
De acordo com o psicanalista, a fase fálica é a mais crucial para o desenvolvimento sexual na
vida de uma criança. Ela se concentra nos órgãos genitais - ou a falta deles, se a criança for do
sexo feminino - e os complexos de Édipo ou Electra surgiriam. Para um homem, a energia sexual
é canalizada no amor por sua mãe, levando a sentimentos de inveja (às vezes violentos) contra o
pai. Geralmente, no entanto, o menino aprenderá a se identificar com o pai, em termos de órgãos
genitais correspondentes, reprimindo assim o complexo de Édipo. Por outro lado, o complexo de
Electra, embora Freud não tenha sido tão claro assim, principalmente diz respeito ao mesmo
fenômeno, porém invertido, para as meninas. Esta fase dura de três a quatro anos.
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Segundo Freud, na fase genital, a criança mais uma vez volta a sua energia sexual para seus
órgãos genitais e, portanto, em direção às relações amorosas. Ele diz que esta é a primeira vez
que uma criança quer agir de acordo com seu instinto de procriar. Os conflitos internos típicos
das fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura
do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta. Neste momento, meninos e meninas
estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de
satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.
estágio sensório-motor
estágio-pré-operatório,
estágio de operações concretas; e
estágio das operações formais.
O estágio sensório-motor (0-2 anos), inicia com o nascimento do bebé. À nascença, o bebé
possui apenas um conjunto de esquemas reflexos sensório-motores, com os quais interage com o
meio.
Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebé começa a construir esquemas de
acção para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo
são construídas pela acção. O contacto com o meio é directo e imediato, sem representação ou
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pensamento. Por exemplo, o bebé pega o que está na sua mão; ―mama‖ o que é posto na sua boca;
―vê‖ o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objecto, pegá-lo e
levá-lo à boca.
Neste contexto, a criança ―pré-operatória‖ volta a passar por um novo tipo de egocentrismo,
agora já não ao nível da acção, mas ao nível do pensamento. Por egocentrismo do pensamento
infantil, Piaget entende a indiferenciação entre o ponto de vista próprio e o ponto de vista do
outro; em outras palavras, a criança assume que outras pessoas vêem o mundo do mesmo ponto
de vista como ela. Uma outra tendência é que a criança pára a concentração nas experiências
individuais e a concentração dos aspectos mais salientes dos objectos ou situações, o que leva a
negligenciar outros.
O estágio das operações concretas (7-11/12 anos): neste estágio, a criança desenvolve estruturas
cognitivas organizadas de forma estável, que lhe permitem um pensamento lógico face ao mundo
que a rodeia. Assim, no estágio operatório concreto, o pensamento da criança deixa de ser
egocêntrico, passando a ter capacidade de descentração e reversibilidade intelectuais cada vez
mais generalizadas, que se manifestam, por exemplo, no que concerne ao exemplo anterior
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relacionado à identificação do copo com maior quantidade do líquido. Neste estágio, a criança
deixa de fixar apenas o tamanho, mas sim, abstrai-se também para o volume como elemento de
comparação, pois o pensamento já é reversível na observação das quantidades, líquidos, massa,
peso, e volume.
Portanto, neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem,
casualidade, já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não
se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à
abstração. E desenvolve a capacidade de representar uma acção no sentido inverso de uma
anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
O estágio das operações formais (a partir dos 11/12 anos): neste estágio vão desenvolver-se
estruturas cognitivas de natureza abstracta, que permitem não só pensar o real, mas também o
possível, construir cenários hipotéticos de forma lógica e coerente, que constituem o raciocínio
hipotéticodedutivo.
Com isso, a representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a
representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar
em todas as relações possíveis logicamente, procurando soluções a partir de hipóteses e não
apenas pela observação da realidade.
Até o final do século XIX, as relações entre a psicologia e a educação eram mediadas pela
filosofia. Grandes pensadores dessa época como Platão, Aristóteles, e posteriormente John Locke,
influenciaram o pensamento educativo através de explicações psicológicas de natureza filosófica
sobre o pensamento, o conhecimento, a aprendizagem, as sensações e as leis de associação. No
final desse mesmo século, começa a surgir um distanciamento entre psicologia e filosofia, o que
culminará com o surgimento da psicologia científica, através do método experimental, derivado
das ciências naturais, o qual serviu de instrumento para a afirmação da psicologia como ciência
autônoma. Um fato que marca esse momento é a criação do primeiro Laboratório de Psicologia
Experimental em Leipzig, na Alemanha, fundado por Wundt, em 1989, ano ao qual é atribuído o
surgimento dessa ciência.
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Nesse momento, as teorias da educação também se desenvolvem através das correntes de
pensamento filosófico. No início do século XX, foram surgindo progressivamente instituições
ligadas à educação, que antes era tarefa da comunidade e passa a ser responsabilidade da família
e da escola, o que implicou a exclusão da criança do mundo adulto. Inicia-se uma escolarização
da população, que foi se tornando generalizada e obrigatória. Aos poucos, vai se configurando a
psicologia da educação como área de interesse e reflexão, com a aplicação de conhecimentos
relevantes das pesquisas da psicologia científica, destacando-se: a análise dos processos de
aprendizagem; o estudo e a medida das diferenças individuais, do comportamento; a elaboração
de testes com a psicometria e a psicologia da criança e da clínica infantil, todos referidos a
problemática educativa e escolar.O surgimento da Psicologia da Educação foi marcado pelo
lançado do livro de thorndike, em 1903, o qual nomeou pela primeira vez esse campo, trazendo
também preocupações ligadas à aprendizagem. (Cosmo,2006)
Behavorismo
Como os primeiros behavioristas tentaram legitimar a psicologia como uma ciência, suas teorias
enfatizavam mudanças comportamentais externas e cientificamente mensuráveis em resposta a
estímulos igualmente mensuráveis.
Cognitivismo
Usando o computador como uma metáfora para a mente humana, os cognitivistas veem a
aprendizagem como um produto de faculdades e atividades mentais, incluindo pensamento,
conhecimento, memória, motivação, reflexão e resolução de problemas. Reformulando a
aprendizagem como a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento da compreensão, esta
abordagem enfatiza a leitura como modalidades de aprendizagem.
Construtivismo
O construtivismo ganhou notoriedade nas décadas de 1930-40 e ressurgiu nas décadas de 1970-
80. Essa visão desafia tanto a noção behaviorista do aprendiz como uma lousa em branco quanto
a noção cognitivista de aprendizagem como a aquisição de informações objetivas de um
especialista. Em vez disso, essa escola de pensamento sugere que os alunos criem suas próprias
informações subjetivas interpretando seu mundo e reestruturando seu pensamento. As teorias
construtivistas adotam uma abordagem centrada no aluno, na qual o professor serve como guia –
e não como fonte – do aprendizado do aluno.
Essa escola de pensamento surgiu na década de 1970 a partir da influência dos focos interativos e
centrados no aluno do construtivismo e das teorias de aprendizagem social. As teorias de
aprendizagem experiencial identificam a experiência cotidiana significativa como o fator mais
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central para aumentar o conhecimento e a compreensão de um aluno, bem como transformar seu
comportamento.
O teórico Carl Rogers prioriza abordagens experienciais para a educação porque elas trabalham
com o desejo natural dos humanos de aprender. Rogers postula que os humanos são mais
propensos a aprender e reter informações quando participam ativamente do processo de
aprendizagem.
Já David A. Kolb identifica quatro estágios nesse processo de aprendizagem: vivenciar, absorver
e refletir sobre a experiência, conceituar a experiência e testar conceitos em outras situações.
Esses são estágios cíclicos que funcionam como um ciclo de feedback contínuo, que, por sua vez,
permite que os alunos melhorem habilidades e apliquem conhecimentos novos ou recentes.
Social-Comportamental
Surgindo pela primeira vez no final do século 20, as teorias de aprendizagem Social-
comportamental desafiam as abordagens focadas no indivíduo, evidentes tanto no construtivismo
quanto no cognitivismo. As teorias sociais e contextuais são influenciadas pela pesquisa
antropológica e etnográfica e enfatizam as formas como o ambiente e os contextos sociais
moldam a aprendizagem de uma pessoa.
A teoria da aprendizagem social presta atenção especial aos aspectos sociais e interativos da
aprendizagem. Albert Bandura, por exemplo, enfatiza os papéis que a observação social e a
modelagem desempenham na aprendizagem, enquanto Jean Lave e Etienne Wenger postulam
que a aprendizagem funciona melhor em uma comunidade de prática que produz capital social
que melhora a saúde da comunidade e de seus membros.
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CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho tinha com tema Psicologia como campo teórico na educação, é importante
salientar que a Psicologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo mental
humano e o comportamento observável. A sua origem remonta ao séc. V a.C., altura em que
Platão e Aristóteles se viam às voltas com muitos dos problemas que ocupam hoje os Psicólogos.
O estabelecimento formal desta ciência deu-se em 1879, em Leipzig na Alemanha, com o
laboratório de Psicologia Experimental de Wundt. A Psicologia estuda todos os aspectos do
funcionamento interno da mente, como a memória, os sentimentos, o pensamento e a percepção,
bem como de funções de relação, como o comportamento e a fala. Estuda também a inteligência,
a aprendizagem e o desenvolvimento da personalidade. Existem diferentes tipos de psicologia
que servem a propósitos diferentes. Não existe uma maneira fixa de classificá-los.
A Psicologia da Educação foi construída com a finalidade de fornecer subsídios teóricos para a
prática de ensinar e aprender, de forma a torná-las mais eficazes. De forma geral, podemos
entender a aprendizagem como um processo mental de adquirir, reter e utilizar conhecimentos,
aptidões, hábitos, virtudes, atitudes, valores e idéias, sendo assim entende-se qual é a relação
entre psicologia e educação.As estratégias de ensino, a relação professor-aluno, a divisão
curricular, as etapas de ensino, são objeto de estudo da Pedagogia, mas decorrem dos estudos da
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem humana.
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4.Referencias Bibliográficas
Coll, A. (1996), :. Três Conselhos para a Educação das Crianças. In: CALLIGARIS, Contardo et
al. Educa-se uma Criança? Porto Alegre: Artes e Ofícios.
Gatti, E. (1997):Cultura é aquilo que fica de tudo o que se esquece. Revista da Associação
Psicanalítica de Porto Alegre. Psicanálise e Educação: Uma Transmissão Possível. Ano IX. N.
16
Cosmo A. (2006):Apesar de você, amanhã há de ser outro dia: Dialética da demanda e do
desejo na educação. In: CALLIGARIS, Contardo et al. Educa-se uma Criança? Porto Alegre:
Artes e Ofícios.
Kupfer, C. (2005): Violência da Educação ou Educação Violenta? In: LEVINSKY, David Léo
(Org.). Adolescência: Pelos Caminhos da Violência.. São Paulo: Casa do Psicólogo.
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